DENTRO DO TEU OLHAR - VOLUME 2
De Sili Romani
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DENTRO DO TEU OLHAR - VOLUME 2 - Sili Romani
Direitos autorais © 2022 SILI ROMANI
Todos os direitos reservados
Os personagens e eventos retratados neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou falecidas, é coincidência e não é intencional por parte do autor.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação, ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a permissão expressa por escrito da editora.
ISBN-13: 9781234567890
ISBN-10 1477123456
Design da capa por: Pintor de arte
Número de controle da Biblioteca do Congresso: 2018675309
Impresso nos Estados Unidos da América
Índice
Direitos autorais
Filos Editora
SUMÁRIO
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
Sobre o autor
Livros deste autor
Image 2Image 3Copyright© ROMANI, Sili
Preparo de Originais: Filos Editora
Diagramação: Júnio Liberato
Capa: Lucas Vinícius
Revisão: Edna Rocha de Barros
Coordenação: Beatriz de Castro Penaquine
Impresso no Brasil, 2022
Image 4Filos Editora
Av. João Cardoso, 818 | Centro
CEP: 18760-063 | Cerqueira César SP
E-mail: assessoriafilos4@gmail.com
www.filoseditora.com.br
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio. Lei Nº 9.610/1998 - Lei dos direitos autorais. 2022. Escrito e produzido no Brasil.
A você, amor de todas as minhas vidas!
Até breve!
SUMÁRIO
PRÓLOGO 9
CAPÍTULO 1 13
CAPÍTULO 2 25
CAPÍTULO 3 37
CAPÍTULO 4 47
CAPÍTULO 5 69
CAPÍTULO 6 99
CAPÍTULO 7 113
CAPÍTULO 8 135
CAPÍTULO 9 149
CAPÍTULO 10 159
CAPÍTULO 11 167
CAPÍTULO 12 171
CAPÍTULO 13 179
CAPÍTULO 14 193
CAPÍTULO 15 209
CAPÍTULO 16 217
CAPÍTULO 17 227
CAPÍTULO 18 235
CAPÍTULO 19 251
CAPÍTULO 20 263
CAPÍTULO 21 277
PRÓLOGO
Amanhecia um lindo dia de outono na pacata cidade litorânea do sul do Brasil.
Na mansão dos Vasilis, todos dormiam ainda, recuperando-se da grande festa dada na noite anterior, quando Don e Angel tornaram-se o Senhor e a Senhora Vasilis. Apenas os empregados faziam seus afazeres cotidianos.
O casal começava a despertar:
— Bom dia, senhora Vasilis! - disse Don enquanto Angel abria os olhos lentamente. Já estava virando rotina ela acordar e encontrar os olhos de Don sobre si.
— Bom dia, minha vida! - tornou Angel, sorrindo e se aconchegando nos braços dele.
Estavam extremamente felizes. Levaram quase trinta anos para se encontrarem e poucos meses para estarem juntos, casados e felizes. Haviam vencido o tempo e a distância, que de forma cruel, os mantiveram separados. Mas encontraram novos percalços pelo caminho.
Para Angel e Don, não havia lugar melhor e nem mais seguro do que aquele onde seus olhares se encontravam. E eles tinham uma conexão tamanha que eram capazes de mergulhar nesse olhar, mesmo quando estavam distantes. Parecia um su-perpoder.
Certa vez, Isis conversava com os dois sobre esse assunto, dizendo que isso deveria ser coisa de almas gêmeas
, mas Angel refutava esse termo e não se sentia assim em relação a eles.
— Pode parecer estranho, - argumentou Angel - mas para uma alma ser gêmea da outra, é preciso que sejam duas e... quando nos vejo aqui... percebo que somos duas pessoas. Contudo, quando mergulho nos olhos dele, só vejo um... não sei explicar... só sentir.
Não havia dúvidas para ninguém quanto ao fato de que tinham um amor imenso que havia rompido as barreiras impostas pelo cosmos. Porém, já haviam percebido que apesar desse amor todo, de conhecerem tão profundamente a alma um do outro, pouco sabiam das trivialidades dos seus cotidianos.
No princípio, isso parecia não importar muito visto que o principal, que era aquele sentimento de proporções faraônicas, eles já possuíam. Mas à medida que o tempo foi passando, eles perceberam que as mazelas, deixadas pela vida que tiveram antes de se encontrarem, criaram para ambos personalidades por vezes contrastantes demais.
Algumas características que possuíam eram apaixonantes. Outras, porém, pareciam ser amea-çadoras. Mas... poderia um amor que resistiu a tantas vidas... séculos de desencontros e reencontros, sucumbir a algum desvio de personalidade?
Eles começavam a se perguntar: Existe algo nesse mundo capaz de destruir esse amor?
O tempo diria...
Meses se passaram desde aquele encontro à beira-mar... e nunca mais haviam falado nas coincidências
que fizeram com que estivessem unidos agora. Talvez um dia, o destino
os fizesse rever essa caminhada. Por enquanto, tentavam apenas descansar de uma vida de solidão, angústia e da procura de um pelo outro.
CAPÍTULO 1
Don e Angel haviam combinado que a lua de mel ficaria para uma data mais remota, pois ele estava transferindo a Matriz das empresas de Londres para o Brasil, o que fazia com que a presença dele fosse imperati-va. Não teria como se ausentar agora. Finalmente, teria a sua família toda reunida novamente.
Para Angel, estava tudo certo. Gostava de todos os irmãos de Don. Sabia da ligação entre eles.
Mais do que um irmão, Don os havia criado, apesar da pouca diferença de idade. E ela o admirava muito por isso.
Mesmo sendo segunda-feira, todos haviam tirado uma folga do trabalho para poderem descansar da festa do casamento. Dessa forma, a vida na mansão logo estaria bem mais agitada do que de costume.
Todos os cinco irmãos de Don ainda dormiam. Mercedes e a filha Maya (filha de Harry, o primogênito dos Vasilis) também não haviam descido.
Ainda se encontravam na mansão: os três irmãos de Angel com as respectivas esposas, bem como sua mãe e seu filho Rafael (do primeiro casamento). Esses já estavam morando lá desde antes da recepção.
Os demais convidados haviam se hospedado no hotel da família, na Avenida Beira-mar da cidade.
Don e Angel foram os primeiros a descer para o desjejum. Ao chegarem à sala do café, Angel cumprimentou a copeira com um largo sorriso. A moça retribuiu:
— Bom dia, Senhora Vasilis!
Angel não gostava que a chamassem de senhora, mas preferia não se contrapor, pois sabia que Don se zangaria com ela.
Para ele, com exceção de Mary, a cozinheira que era como uma segunda mãe para todos na casa, qualquer empregado deveria ser tratado com um certo distanciamento.
Don puxou a cadeira para que Angel se sentasse e sentou-se ao seu lado. Juliana serviu chá para ele e café para ela, como fazia todas as manhãs.
Angel olhou aquela mesa com diferentes tipos de pães, bolos, biscoitos, frios... e pensou: Quanto tempo faz que não preparo um café da manhã, almoço ou jantar?
Desde que fora morar com Don.
Era um mundo muito diferente do seu, esse em que ela vivia com Donald Vasilis, o quarto homem mais rico do mundo. Muito dinheiro... muitos empregados para servi-los...
Ela tentava imaginar como seria o marido vivendo no mundo dela. Ele era um homem forte, bonito, elegante, inteligente e um empresário muito bem-sucedido, mas... não sabia ligar o fogão para esquentar uma chaleira de água. Seria interessante experimentar... algum dia. Então, ela lhe fez uma proposta:
— Eu estava pensando... quando conseguirmos viajar em lua de mel, poderíamos ir para algum lugar... não um hotel... pensei em uma casa ou cabana, onde ficaríamos somente nós dois. Sem seguranças ou empregados.
Don olhou para Angel sem entender do que ela falava:
— Como assim?
— É! Só nós dois, tendo uma vida normal.
— Nós temos uma vida normal, querida!
— O que quero dizer é que nós poderíamos cuidar da casa, cozinhar...
Ele a interrompeu ainda sem compreender:
— E por que o faríamos? A ideia de uma lua de mel é justamente o oposto disso.
— Eu pensei que tu poderias experimentar da minha vida. Talvez, dessa forma, conseguirias compreender algumas das minhas atitudes.
— Quais atitudes?
— A forma como eu trato os empregados, por exemplo.
Don suspirou, revirando os olhos.
— Diz que vai pensar, pelo menos! - suplicou Angel.
— Vou pensar! - concordou ele, beijando sua testa.
Isis entrou na sala, cumprimentando-os:
— Bom dia, Senhor e Senhora Vasilis!
Ela tinha um sorriso lindo e, geralmente, estava com um ótimo humor. A irmã mais ponderada dos Vasilis procurava manter o bom andamento da casa e, junto com Don, da família.
— Só o casal acordado nessa casa? - sorriu ela.
— Pois é! - assentiu Don - Parece que depois de nos retirarmos, a festa foi boa.
— De fato! - concordou Isis - Divertida e sem contratempos. Mantive meus olhos em cima do Harry a noite toda e ele, apesar de ter bebido demais, como de costume, não aprontou nada. Por sorte, o Sheik foi embora pouco depois que vocês saíram. E... por falar nisso, você vai encontrá-lo hoje para se despedir?
Don tomou um gole de chá, pensativo:
— Não! Ainda não esqueci o que ele falou para Angel ontem - referindo-se ao fato de o Sheik ter dado em cima da mulher dele sem disfarçar.
— Provavelmente, isso estampará os tabloides hoje - Isis murmurou.
Don torceu a boca e arqueou as sobrancelhas:
— Lembre-se que eu fui contra convidar a imprensa para o casamento.
Os três ficaram em silêncio enquanto a sala começava a encher de gente. Logo, eram muitos ali conversando sobre a festa e Angel os olhava com carinho. Gostava daquela família grande. Uma casa cheia é uma alegria (quase sempre)
, pensava ela.
Logo, Rafael entrou na sala e sentou-se ao lado da mãe para tomar seu café. Ele questionou-a acerca de convidar alguns colegas para passar à tarde na piscina com ele.
Don expôs que estava um pouco frio para piscina naquele dia. Que embora estivesse um dia bonito, o sol era fraco nessa época do ano.
Angel, concordando com o marido, sugeriu que pensassem em outras atividades que não envolvesse água. O menino tomou seu café e foi para o jardim.
Após o desjejum, os irmãos de Angel se despediram e retornaram às suas casas que ficavam em outras cidades.
O casal se dirigiu ao jardim. Bem próximo a sala do café, ficava o lugar favorito de Angel nos jardins da mansão. Era um recanto com três confortáveis bancos sob um pergolado que possuía, em cada um dos cantos, um pé de Buganvília. Atrás de um dos bancos, corria um dos braços da piscina que serpenteava pelos jardins.
Harry, vendo que os dois estavam a sós, foi ao encontro deles:
— Posso sentar-me com vocês? - perguntou ele com um sotaque charmoso e já se sentando no banco próximo de onde Angel estava.
— Claro - respondeu Angel, sorridente.
Don o encarava com o semblante sério. Havia percebido os olhares de Harry para a sua esposa durante o casamento e sabia o quanto o irmão era mulherengo. Só esperava que tivesse um pingo de bom senso e não desse em cima da cunhada.
— Fale logo - proferiu Don sem nenhuma simpatia. - Você não veio apreciar o dia conosco, então, vamos ao ponto.
Angel olhou com repreensão para Don.
— Pois é - iniciou Harry olhando rapidamente para Don e desviando o olhar em seguida. - Mercedes quer ir visitar a família dela no Chile e quer levar a Maya com ela. Mas eu não quero que ela me separe da minha filha.
— É um direito dela - argumentou Angel.
Harry, um pouco exaltado, retrucou:
— Mas a Maya também é minha filha