Arquivos Da Vida (akasha)
De Gil Epifânia
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Arquivos Da Vida (akasha) - Gil Epifânia
Gil Epifania
Arquivos
da
Vida
(Akasha)
O Poder de Mudar
Avctoris 2017 by Gil Epifania
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser uti-
lizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, sem a permissão
da autora, exceto trechos curtos para resenhas com referência à autora.
1º edição brasileira 2017 - Digital e Impressa
Dedicatória
Aos Mestres, e a todos os leitores.
Agradecimentos
A vida, pelas infinitas oportunidades de aprendizados.
A Infinita Inteligência Criadora, pelo amor e paciência de
conduzir-me ao entendimento das leis que a todos orientam a
uma evolução plena.
ARQUIVOS DA VIDA
O Poder de Mudar
"A sua visão só se tornará clara quando puder olhar para o seu
próprio coração. Quem olha para fora sonha; quem olha para
dentro acorda".
Carl Gustav Jung
Sumário
Prefácio 7
1 A Festa 10
2 Uma Lástima 20
3 Recomeço 27
4 Encontrando Anne 34
5 Mudanças 40
6 Muito Estranho 46
7 Uma Chance 54
8 O Caminho 63
9 Porta Aberta 69
10 A Biblioteca 74
11 Entendendo o Sistema 80
12 Voltando para Casa 96
13 Nada Acaba 102
14 Descobrindo o Segredo 116
15 Citações Reflexivas 136
16 Sobre a Autora 140
Prefácio
Você suportaria pagar por um erro, que conscientemente sabe
que não cometeu? Ou se reconhecesse usaria em sua defesa o
argumento de que não conhecia as leis? Poderia ainda afirmar
que as conhecia, mas desafiou por não acreditar em suas conse-
qüências? Seria a aplicação da pena injusta em qualquer um dos
casos?
As leis humanas, não protegem aos desavisados, ignorantes
das suas regras, os descrentes das suas atuações, os desprepara-
dos, os que a desafiam. Elas existem para todos em todos os
tempos, não importando raças, culturas ou religiões, e são apli-
cadas aos seus infratores ou a quem assim for considerado, não
importando a maneira como será vista por cada um. Por mais
justas que possam ser e bem aplicadas, pode haver enganos de
várias maneiras, atribuindo assim culpa a um inocente.
Em outra situação, sem provas um inocente pagaria por não ter
como apresentar sua própria defesa. Mesmo alguém que dispõe
de provas, ainda continuaria no risco de ser condenado se por
qualquer motivo, fossem destruídas antes de chegarem até a lei.
Ainda que pudesse recorrer a testemunhas, continuaria dentro de
riscos, que fogem ao controle humano.
Dentro dessas leis não dispomos de um banco de dados, que
mantenham com segurança todas as nossas ações, o que senti-
mos ou pensamos, para acessá-las quando necessário, verifican-
do uma prova para nossa condenação ou absolvição sem alterá-
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Gil Epifania
las. Ainda que tivéssemos tal avanço tecnológico, acontecimen-
tos que gostaríamos de esquecer, e outros que certamente não
nos favorecessem, tentaríamos apagar em autodefesa, ficando
assim impunes a lei. Viveríamos portanto um caos de impunida-
des por toda uma eternidade.
Quem nunca mentiu na vida? É certo que todos, por mais de
uma vez e pelos mais diversos motivos, com argumentos até
justos, em se tratando de defender a si próprio, ou um ente que-
rido. Quantas mentiras, já foram para o túmulo com quem as
disseram que salvaram ou condenaram pessoas, e que nunca
saberemos que foram mentiras.
Alguém que por uma doença ou acidente perdeu a memória
poderia não mais recuperá-la, ou consegui de maneira parcial.
Arquivos de coisas importantes foram destruídos, não podendo
mais voltar às lembranças. Ela perdeu por assim dizer, parte da
sua história.
Entretanto existem leis pelas quais somos regidos com total
perfeição, as quais atuam plenamente sobre nós e nada se per-
derá com esquecimento, tempo ou violação. São Leis Universais
que não isentam quem as descumpre por ignorância ou desafio,
visto que todo ensinamento é livre para quem deseja conhecê-
las, uma vez que foram criadas não para punir, mas para o equi-
líbrio e crescimento de tudo e todos.
Elas são justas com provas incontestáveis. Nenhum inocente
correrá o risco de pagar por uma ação que não cometeu. Não há
engano em nenhuma prova ou réu.
Somos livres para cumpri-las ou não. Todavia, ao infligirmos
seus princípios, quer conscientes ou não, estaremos nas conse-
Arquivos da Vida (Akasha)
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qüências não importando se em um tempo presente ou futuro.
Não há meios de suborná-las nem de ficarmos impunes.
Nada será perdido ou esquecido ao longo da história. O que
se encontra na desordem, tende a caminhar para a ordem. Nunca
estamos sós, as leis nos amparam mais também nos corrigem.
Em tudo há um propósito e possibilidades de mudar quando
conhecemos, entendemos e aplicamos as leis da verdadeira har-
monia.
Boa leitura
Que a sua vida, seja de muita paz.
Com carinho
Gil Epifania
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Gil Epifania
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A Festa
A imaginação é mais importante que o conhecimento
Albert Einstein
dward e Suzan, finalmente realizaram o seu grande sonho,
a
E pós anos de planejamentos para comprarem a casa ideal,
no Bairro Alto de Pinheiros, na grande Metrópole de São Paulo
Brasil. Tudo foi planejado com grandeza de detalhes, com total
harmonia nas cores e moveis, atendendo as exigências de Suzan,
que sempre foi mais detalhista que Edward. Para ele, o que mais
o fascinava na casa, era o amplo jardim com suas palmeiras, e a
piscina que dançava suas águas sobre os refletores à noite, como
um véu azul ao vento. Sentava na varanda sentindo a carícia do
vento vindo das palmeiras, e relaxava tanto que o ruído dos car-
ros mais parecia uma orquestra.
Suzan fazia-lhe companhia algumas vezes. Sabia que ele gos-
tava de ficar em silencio, e entendia perfeitamente. Ela preferia
sempre uma boa leitura, sentada no sofá da sua ampla sala, que
lhe permitia também olhar a bela paisagem do jardim. Ainda
estavam na fase de namoro com a casa. Haviam se mudado a
menos de um ano. Gostavam de sair na noite paulistana, com
suas variadas opções em todos os seguimentos, o que ocorria
sempre nos fim de semana, pois Suzan fazia sua pós-graduação
em Odontologia a noite. Era um jovem casal ainda sem filhos, e
com muitos planos pela frente, mas já se sentiam realizados em
alguns projetos de vida. Estavam amando a escolha de moradia.
Arquivos da Vida (Akasha)
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As ruas do bairro eram tranqüilas, bem arborizadas e amplas.
Pouco se via pessoas andando, ou carros a circular. Quem traba-
lhava na rua, tinha acesso com o carro, ou vinham andando da
avenida que era perto. Francine que trabalhava com Suzan como
secretária do lar, já havia se acostumado com o trajeto. Recla-
mava muito no inicio, pois antes descia na porta do prédio, anti-
ga morada de Suzan. Raramente encontrava seus patrões quando
chegava, pois eles saiam cedo mais ela era de total confiança.
Uma senhora integra, cuidadosa, fiel há cinco anos nas tarefas
do lar. Foi indicada pela mãe de Edward, que já a conhecia co-
mo diarista há anos. Três dias por semana, ela dividia as tarefas
com Helena, outra diarista indicada por ela para ajudar na lim-
peza, uma vez que a casa era bem maior que o apartamento que
cuidava sozinha.
A mãe de Edward, também resmungava muito se referindo à
rua, que ela dizia ser isolada, e preferia que eles tivessem com-
prado um apartamento maior, pois considerava mais seguro se-
gundo a sua opinião. Gostava quando todos se reuniam na casa
em fins de semana, mas sempre demonstrava preocupação. Su-
zan procurava esconder a sua irritação com a conduta dela, para
não criar discórdias, mas logo que ela saía desabafava chaman-
do-a de agourenta. Ele sempre ria das duas; gostava da preocu-
pação da mãe, como da determinação e positividade em tudo
que Suzan fazia. A cada dois meses, definiam um domingo para
estarem todos juntos, e tudo acabava bem, com muitas risadas.
Já era inicio de dezembro, e faltavam apenas vinte e dois dias
para o Natal. Suzan decidiu que faria uma comemoração quase
natalina, na próxima reunião, uma vez que ela viajaria com
Edward de férias para a Europa na semana anterior ao Natal.
Também não queria uma comemoração só com os familiares;
convidaria seus amigos e colegas da faculdade, bem como al-
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Gil Epifania
guns amigos de Edward. Resolveu que seria melhor fazer no
sábado, fugindo um pouco à regra. Ela começaria a planejar com
ele, como seria a festa pensando em cada detalhe.
- Dona Suzan separei as tolhas bordadas e lavei do jeitinho
que a senhora pediu.
- Você, sempre eficiente Francine.
- Tudo que a senhora pediu eu fiz. Separei a louça e os talhe-
res novos no seu gosto.
- Perfeito Francine. Faltam só dois dias; estranho a ansiedade
que estou.
- É normal dona Suzan, a senhora vai também viajar, por isso
fica nervosa.
Suzan estava mesmo precisando de férias. Neste momento,
não era só o preparo da festa para os familiares e amigos que a
deixava tensa, estava em avaliação na faculdade, atendia em seu
consultório e em duas empresas. Claro que podia sempre contar
com a colaboração de Edwar, que participava com alegria. Ele
se divertia como uma criança com tudo, às vezes ansioso.
Enfim, chegou o tão esperado dia. Estava lindo e ensolarado,
digno de um dia de festa. No jardim, as palmeiras dançavam
como em uma valsa, enquanto o olhar feliz de Edward as obser-
vava da mesa, tomando com Suzan o seu café da manhã. Tudo
estava no controle. Francine e Helena já haviam chegado, e eles
iriam descansar após ajustar pequenos detalhes. O Buffet contra-
tado chegaria para organizarem-se nos preparos, três horas antes
do horário confirmado aos convidados. Eles definiram iniciar às
19h, para que todos tivessem tempo a mais para desfrutarem da
Arquivos da Vida (Akasha)
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reunião. Alguns amigos do casal não conheciam ainda a casa, e
também parentes de Edward que moravam no interior. Conta-
vam com cinqüenta convidados. Ao fim da tarde, a campainha
tocou.
- Seu Edward, tem um carro grande na porta e falou que é da
festa.
Era Helena, com o jeito tímido dela pra falar.
- Obrigada dona Helena. Estou indo atender.
Edward não gostava muito desse jeito dela. Ele sempre falava
que ela era muito estranha. Concordou com Suzan em contratá-
la, por ser indicação de Francine, e ela fazia seu trabalho bem
feito. Ele sempre afirmava para Suzan que estava em alerta com
ela, desde que algumas vezes a encontrou falando muito baixo
ao celular, como quem se escondia, e tirava algumas fotos com
o mesmo, explicando que apenas achava a casa muito bonita.
Para Suzan, nada havia de errado, mas ainda assim chamou a
sua atenção pelas fotos, e a deixou livre para atender seu celular,
desde que isso não atrapalhasse seus afazeres. Depois disso, ela
ficou mais reservada, conversando sempre com aparente receio
de Edward, e ficava envergonhada quando se dirigia a Suzan.
Francine a indicou, pois sabia