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O Clube Das Rodas De Aço
O Clube Das Rodas De Aço
O Clube Das Rodas De Aço
E-book58 páginas57 minutos

O Clube Das Rodas De Aço

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Sobre este e-book

Esse livro não se trata de textos do blog Clube das Rodas de Aço (que muitos levam a malicia), mas é um livro da síntese de todos esses anos de luta e que culminou em uma análise já madura. O resultado é um livro que mostra a etimologia da deficiência, mostra o que é o capacitismo e o que difere da fraternidade e a filantropia. Esse livro pode e deve ser entendido como uma crítica, mas uma crítica filosófica e não do senso comum. Uma análise de quem viveu em instituições e sabe o que são essas instituições, sabe o que viveu na pele, o preconceito e a discriminação de uma sociedade um pouco mais consciente. Mas que ainda tem seu padrão de beleza. Padrão de trabalhador, padrão de marido e esposa, padrão de até, deficiência. Somos 40 milhões de indivíduos que tem alguma deficiência e ainda somos um país assistencialista, um país que não respeita os nossos direitos e as escolhas que fazemos. Enfim, esse é um trabalho analítico de toda a extensão da minha vida. São Paulo 28/09/2016
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de jun. de 2017
O Clube Das Rodas De Aço

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    O Clube Das Rodas De Aço - Amauri Nolasco Sanches Jr

    O Clube das Rodas de Aço

    Tratado sobre o Capacitismo

    Amauri Nolasco Sanches Jr

    Índice

    No table of contents entries found.

    Gostaria de dedicar esse livro ao Criador, aos meus pais e a mulher que eu amo, Marley, no qual sem ela não teria esse livro. Embora eu tenha saído do movimento, gostaria de dedicar esse livro para o pessoal da FCD (Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência) e aos companheiros de luta.

    Apresentação

    Esse livro não se trata de textos do blog Clube das Rodas de Aço (que muitos levam a malicia), mas é um livro da síntese de todos esses anos de luta e que culminou em uma análise já madura. O resultado é um livro que mostra a etimologia da deficiência, mostra o que é o capacitismo e o que difere da fraternidade e a filantropia.

    Esse livro pode e deve ser entendido como uma crítica, mas uma crítica filosófica e não do senso comum. Uma análise de quem viveu em instituições e sabe o que são essas instituições, sabe o que viveu na pele, o preconceito e a discriminação de uma sociedade um pouco mais consciente. Mas que ainda tem seu padrão de beleza. Padrão de trabalhador, padrão de marido e esposa, padrão de até, deficiência.

    Somos 40 milhões de indivíduos que tem alguma deficiência e ainda somos um país assistencialista, um país que não respeita os nossos direitos e as escolhas que fazemos. Enfim, esse é um trabalho analítico de toda a extensão da minha vida.

    São Paulo

    28/09/2016

    Introdução- A essência da deficiência

    Um deficiente não nasce deficiente e sim, se torna deficiente pelas imagens (estereótipos) que a sociedade o dará. Ora, o médico já começa com a imagem que o deficiente vai depender dos seus familiares e aquelas pessoas que o prover, mas nunca conseguira viver por si só sozinho, um ser humano que depende de outro ser humano para viver. O que ele não sabe é que entrou no Clube das Rodas de Aço e o pior, ou melhor se preferir, nunca mais sairá desse clube. Etimologicamente, estamos unidos em uma mesma situação, mas não a mesma deficiência, pois, existe milhares de deficiências dentro da mesma situação. Deficiência vem do latim (língua que os romanos antigos falavam e que vem o português), deficiens, do verbo deficere que quer dizer desertar, revoltar-se, falhar, de DE fora e mais FACERE fazer, realizar. Estamos falhos diante a alguma atividade, ou, estamos realizando algo fora de um padrão estético que a sociedade nos tenta impor.

    Essencialmente, a sociedade nos fabrica com a sua própria imagem de criaturas sofredoras que precisam de alguma piedade, um momento de pedir perdão por um pecado que não cometemos. Mas a sociedade sempre precisa de mitos para fazer dela uma sociedade que idealiza uma imagem, um estereotipo daquilo que ela constrói de seus valores (que virarão conceitos). Assim, o sujeito passa ser um ente que personifica o ser enquanto cabe na imagem que a sociedade tem dele em mito, um ser mitológico que surge de uma realidade alternativa, para o mundo real. O corcunda do Em Nome da Rosa ou O Corcunda de Notre Dame, vive no nosso meio e não é mero personagem fictício, mas um personagem construído dentro de uma realidade que vive, sonha, se apaixona e a essência da sua existência é a mesma da existência do seu ser enquanto é um ser humano. A deficiência (aquilo que falha), nada mais é do que uma imagem exótica como os peixinhos betas que tenho aqui no meu aquário e não é exagero, pois o ser humano cultua e segue aquilo que não é perfeito, mistifica aquilo que não parece fazer sentido. Não é à toa, no século XX com o aparecimento do cinema e da TV, que cultuamos vilões extremamente, retorcidos e acreditamos em extraterrestres realmente, assustadores. Talvez, lá traz quando os homens viviam nas cavernas, começaram a criar mitos e lendas daquilo que viam nas sombras e talvez, nessas sombras, viam crianças imperfeitas ou anões abandonados à própria sorte.

    O sujeito passa ser a imagem daquilo que eu entendo que é a minha realidade, a realidade que é construída partir dos nossos estereótipos que construímos diante do sujeito e o predicado. Ora, quando dizem pessoa com deficiência não estão dando uma qualidade, não temos a qualidade de sermos uma pessoa deficiente, porque a deficiência nesse caso é meramente, uma condição. Uma pessoa com deficiência é um termo com sujeito e um predicado e está indicando que a pessoa no caso, é uma pessoa com alguma deficiência, portanto, terá dificuldades motoras (dificuldades nos nervos e o enfraquecimento ósseo) para fazer algumas tarefas, mas são pessoas como qualquer outra. A grosso modo, vamos dizer que o ser humano tem um

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