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A Lógica Da Servidão
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E-book282 páginas3 horas

A Lógica Da Servidão

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Sobre este e-book

A aplicação da teoria de Radcliffe-Brown é a possibilidade de comparar a vida pós-moderna com a primitiva e de acordo com ele, é uma técnica possível de ser realizada, com base nos achados arqueológicos, a etografia, fatos históricos e ações de vários outros povos, sejam primitivos ou evoluídos, eram compostos por humanos, dos quais, suas ações, são e serão, sempre semelhantes, independente da tecnologia que está ao seu alcance.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de dez. de 2021
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    Pré-visualização do livro

    A Lógica Da Servidão - Mário Wilson

    AGRADECIMENTOS

    Ao professor Dr. Guilherme Moura Fagundes, que ao dividir o conhecimento me orientou e abriu meus olhos no caminho em qual andar.

    A todos da 2ª turma de 1.993 da Força Aérea Brasileira, que de alguma maneira contribuíram para a realização desta obra, Canavarro, Gabriel, Hermes, John, Panissa, Domingos, Marcondes, Natanael, Damasceno, a todos 198 soldados que aos 18 anos ingressaram na FAB para o serviço obrigatório, dos quais somos amigos até aos dias atuais. E agradeço aqueles que, infelizmente sucumbiram, seja no passado e em especial nosso amigo Policial Militar Weudes que esteve conosco nas diversas discussões nas mídias sociais nos agraciava com suas orientações e conselhos.

    Ao Policial Militar Sérgio Santos, que em nossas conversas, desvendamos diversos horizontes do conhecer.

    Ao Policial Militar Gilmar Andrade que em nossas discussões prazerosas abrimos vários caminhos para desvendar o conhecimento.

    Ao Policial Militar Vanderlei que suas perguntas diárias: como está o livro? e as várias horas de discussão de diversas teorias que engrandeciam a ele e a mim.

    A todos os colegas do Quarto Comando de Policiamento Regional em Ceilândia onde estão todos os amigos, dos quais tive a oportunidade de: além de desfrutar de horas de bate papo, muitos momentos de diversão, boas risadas, desfrutar de vários momentos de suas amizades seja no dia a dia, seja nas rotinas administrativas, puxando hora (risos) na guarda, atendendo ocorrências.

    E a todos aqueles que dividem o que conhecem.

    Índice

    AGRADECIMENTOS      5

    INTRODUÇÃO      11

    PREFÁCIO      15

    UM MOMENTO DE REFLEXÃO      16

    CAPÍTULO I      20

    O HUMANO – PRIMORDIAL      20

    SUA MENTE E SUA BIOLOGIA      27

    O ANIMAL      29

    A FAUNA      35

    BIOS FISIO NECESSIDADE FISIOLOGIA      39

    SINESTESIA      51

    A LUTA PELO PODER      57

    CAPÍTULO II      67

    SERVIDÃO – ÀS RAÍZES      67

    EQUALIZAÇÃO – MIGRAÇÃO      73

    CAPÍTULO III      85

    ASCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE      85

    O INCESTO      107

    CAPÍTULO IV      123

    EXEGESE DO FIRMAMENTO      123

    A MORTE      135

    A FOME      141

    CAPÍTULO V      153

    A MOEDA – HUMANOS OU OBJETO?      153

    CONSTITUIÇÃO      180

    CAPÍTULO VI      191

    MINHA – FAMÍLIA      191

    A PROPRIEDADE – RAIZ DO COSTUME      197

    O NOVO CAMINHO      208

    BIBLIOGRAFIA      210

    Maturana e Francisco (2004:p.22)

    Tendemos a viver num mundo de certezas, de solidez perceptiva não contestada, em que nossas convicções provam que as coisas são somente como as vemos e não existe alternativa para aquilo que nos parece certo. Essa é nossa situação cotidiana, nossa condição cultural, nosso modo habitual de sermos humanos.

    INTRODUÇÃO

    Nesta, tocamos em instituições que tem estrutura forte em nossa sociedade, não temos o interesse em destruir ou pôr em cache esta instituição.

    Como todos sabemos, neste tempo de pandemia, uma palavra bem comum virou quase um palavrão nos dias em que vivemos. O hábito comum está preso naquilo que ouço e não naquilo que conheço, dificilmente, na atualidade, temos pessoas interessadas em descobrir, estamos mais direcionados ao que ouvimos.

    O grande palavrão dos dias atuais é a ciência, confiamos na ciência, tudo é ciência, porém pouquíssimas pessoas sabem o que é, o que significa e para que serve, mas o termo é sempre usado, confio na ciência, mas, qual ciência?

    Pesando o termo, podemos dizer que é tudo aquilo que catalogado de forma sistemática, organizado e transcrito de forma ordenada e seguindo parâmetros normativos aponta resultados sobre algo.

    Em nosso país, ainda seguimos na ciência ainda limitada a amigos do que para cientistas ou pesquisadores, ainda temos em nossas cadeias o termo aos meus amigos, onde grande parte da ciência brasileira é limitada para colegas, a bajulação, o implorar, o sentir supremo, ainda está colada em grande parte dos brasileiros, segundo vossa magnificência.

    Pensando na bajulação e na sabujice que é bem comum na sociedade brasileira, temos o sentido de ou você me bajula ou te lasco que é uma regra bem abrasileirada e está no corredor de diversas instituições.

    Sabemos que este hábito não se instalou sozinho, foi necessário anos e anos para se desenvolver e se instalar, no entanto, são quase bilhões de anos para limpar isso das sociedades.

    O termo, ser sabujo, carregamos diversos jargões que são comuns em nosso povo, dos quais têm a tentativa de diminuir o outro com as duas palavras bem comuns: sabe com quem está falando ou ponha-se em seu lugar, em que pese ainda, por mais difícil que seja, ainda tratamos o profissional de coleta de resíduos como lixeiro. Estes jargões, querem apresentar o lugar de alguém, o ser supremo que olha de cima para baixo, que no fim é apenas uma pessoa que abusa de sua posição, podemos dizer que sofre da síndrome da inferioridade forçando estar acima de tudo de todos e esquece que é apenas um humano como outro qualquer, apenas exerce função diferente em nossa sociedade, a qual chamamos de pós-moderna, ainda temos traços de um passado longínquo.

    Como sabemos nossa sociedade é pautada no mando e desmando, o conhecimento não tem sido horizontal, propondo sempre um desequilíbrio, de um lado pobreza de outro riqueza, mas este desequilíbrio é proposital, ele não ocorre devido sermos uma sociedade evoluída?

    O hábito, como diz Radcliffe, ele tem uma profundidade maior, porém ela é tão profunda que não está na sociedade como um todo, está no sujeito que ao possuir uma pequena chance e impor o seu hábito fará o possível para se elevar ao patamar, infelizmente, eu sou o próprio deus na terra.

    Por sermos uma sociedade colonizada, como diz Murilo de Carvalho, ao tratar de história brasileira. Ao evoluirmos, se pensarmos que somos uma sociedade moderna, deveríamos ter uma equalização, no entanto, nas entrelinhas percebemos que não somos assim.

    Regras e normas instaladas em nossa sociedade, liberam privilégios para uns e freio para outros, temos vários estados paralelos em nossa sociedade, uma sociedade dentro da outra. No entanto, elas são impostas devido o acesso a bens e coisas são limitados, não somente que as coisas são assim. Para termos acesso às coisas que beneficiam o todo precisam, necessariamente, que o todo esteja envolvido e não parte, como deveria ser o hábito, porém não é o que vemos.

    Seguindo o rumo deste pensamento, tratando diretamente da instituição em que pesamos no início, no qual tocamos incessantemente em todo o decorrer do texto que por hora se seguirá, não queremos desvalorizar o Deus que nos constituiu, contudo, no desenvolver de nossas sociedades ele se metamorfoseou e entrou no homem que aprendeu a ser o eu sou e não mais a criatura que foi constituída, sendo agora o próprio.

    Esta ferramenta, que os humanos aprenderam a usar, apresenta sentimentos de egoísmo de vantagem de se pôr acima, é possível questionar: evoluímos?

    Um dos freios mais importantes que todos deveriam possuir, é o hábito de conhecer, que nele, está a chave da evolução, pois no momento em que os humanos aprenderam os pictogramas marcaram a sociedade de forma tão profunda que para aqueles que sabem, lutam para ser comum, porém, devido aqueles que cavam o poder, bloqueiam diretamente para que nem todos compreendam o que acontece e o que acontecerá, se o que não sabem, saibam. A partir do momento em que todos saibam, com esta chave na mão, a (in) justiça passa a ser justa.

    Ao momento em que os humanos aprenderam seus signos, evoluíram, é certo, porém, a partir do momento que o conhecimento da escrita é limitado a alguns, daí não somos mais evoluídos e sim ultrapassados, pois em uma margem, aqueles que sabem e em outra, aqueles que são proibidos de saber e quanto menos saber, mais aquele que sabe se tornará o líder, o deus, o soberano, como em Max Savelle, o que conhece domina e o que não conhece é dominado. Podemos estender as falas de Savelle, tratando de uma sociedade da pós-modernidade, para: os que bajulam alcançam e os bajulados oprimem, não tratando aqui de esquerda ou direita, mas equalização ou horizontalidade, não apontado, a confusão literal que vemos nos dias atuais, simplesmente falácias, quando vemos o mundo como mundo de todos e não de parte, o eu deles ou nós contra eles e sim, humanos como um todo, diferentes mas semelhantes.

    Não somos seres humanos e sim humanos e não a pessoa humana como em um pleonasmo – entrar para dentro e sair para fora – não conhecemos nenhuma pessoa que não seja humana ou você conhece alguma?

    Porém, voltando e falando das instituições, como em Susana Durão e Daniel Seabra em que somos nós e da luta celular do biopoder em que uma estão sobre as outras, porém, nós humanos, mesmo lutando e desenvolvendo seja em nossa havana ou em nossa fauna, como em Desmond, devemos ter o equilíbrio social, uma vez que somos humanos diferentes porém iguais, temos os mesmos órgãos, temos as mesmas bios-fisiessidade a mesmas necessiologias, independente de onde estivermos, humanos sempre serão humanos. A divisão social, imposta, é a causa maior para o domínio dos diferentes, o separar do eu deles. No momento em que um humano começa com este intuito, automaticamente já pode ser separado, pois a sua intenção não é equalizar e sim sobrepor, estar acima ser o supremo o maior o eu sou.

    No momento em que as sociedades começaram o sentido de nobreza, criaram o cidadão e deram o privilégio a alguns, daí, começa a divisão a promoção da hierarquia das coisas. A hierarquia, o mau social, gerou adjetivos pejorativos em que os humanos deixaram de ser humanos e se tornaram coisas: o escravo, o servo, o subalterno, a viúva, o órfão, que deveriam ser apenas, os humanos que exercem funções diferentes, porém esta atividade e situações os transformaram em outra coisa. É incrível, que na história, líderes religiosos, fervorosos, após esquartejar um escravo, levanta suas mãos aos céus e diz: ó Deus como sou santo, podemos dizer, como Bell, cuidado ao se aproximar de um esquizoparanóide.

    A positivação do direito marcou a sociedade e a escrita é a peça chave para a evolução, no entanto, esta peça chave, também foi o marco para a ruína, para a segregação, para a fixação da marca nas mãos e na testa dos humanos, em que uns têm nelas a forma de fixar nos outros o que eu quero e não o que precisamos.

    O sentimento de justiça ou o o fazer justiça transformou a sociedade, pois para uns a justiça é estar acima, ser o grande, porém para outros, é socorrer o outro.

    Sempre pensamos que o servo é o primeiro a surgir na humanidade, no entanto, não foi ele e sim ela. Em nossa suposição, caminhando como um primitivo, nos fez enxergar a lógica da servidão que veremos nos capítulos posteriores.

    PREFÁCIO

    Em primeiro momento tratamos da reflexão, em que pese, é um ensaio raiz que promove uma base de raciocínio e impulsiona a nossa hipótese.

    No capítulo I, veremos os humanos e sua biologia, a qual estará separada em momentos biológicos, sua composição, sua estrutura, sua fauna e sua bios-fisiessidades.

    No capítulo II apresentaremos a sua estruturação enraizada em Radcliffe-Brown que trata diretamente uma visão mais profunda na estruturação do hábito em caminharmos na migração, religião e servidão.

    No capítulo III desenvolvemos parte da religião, bem arraigada em nossa sociedade, dos quais apresentamos em um passado longínquo e sua estruturação.

    No capítulo IV, momento em que as sociedades se estabilizam saindo das migrações e estruturando suas cidades, com início em ajuntamentos, transformado e transformando a morte e superando a fome.

    No capítulo V abrimos a economia, questionando o que realmente é a moeda. Ela é o que? Ou quem?

    No capítulo VI, a estruturação do hábito, confirmando nossa investigação, na qual propomos novos caminhos de pesquisa e gerando possibilidades de novos horizontes.

    UM MOMENTO DE REFLEXÃO

    Questionamos, até que ponto, um sujeito, seja ele, moderno ou primitivo, se tornando líder, sua busca incansável por estímulo e saciar sua bios-fisiessidade e necessiologia, podem promover uma mudança em toda uma sociedade?

    Os humanos são comuns em sua vida, desde os primórdios. A sua busca incansável de sobrevivência os fez avançar e evoluir, tanto como humanos, quanto em seu habitat. Transformamos o mundo e criamos uma fauna própria e única em todo o mundo, tanto em seu interior quanto em seu exterior.

    Os humanos são uma espécie curiosa e questionadora sobre tudo e, principalmente, sobre si mesma. Seu convívio e seu desenvolvimento, sua estrutura, as resultantes de sua convivência. Avançamos na escrita, em nossa fala, em nosso comportamento, na colaboração, inventamos o dinheiro, armas, vestimentas mais elaboradas, comida industrializada, comércio, utensílios que facilitaram, tanto a vida individual quanto coletiva, superamos o frio, o calor, os terremotos, quase todos os cataclismos naturais, que a terra pode propor. Saímos da vida rudimentar para uma vida urbanizada, não civilizada, porém, mais elaborada, mais complexa, mais completa.

    Desmond aponta que somos uma espécie sempre insatisfeita e em busca da inovação, da novidade, dos desafios, somos oportunistas e incansáveis e corremos constantemente atrás da inovação sem parar e, isso, motiva a evolução constante da fauna humana, tanto da forma individual de viver quanto da coletiva.

    Independente de toda nossa evolução, pairam dúvidas do eu mesmo, que é outra incansável interrogação, mesmo que evoluamos, nossas questões não desaparecerão, elas apenas serão transformadas em novas, nós apenas daremos novas formas de interpretá-las, tanto para si quanto para o mundo.

    Com base no comportamento humano, sabemos que além de toda a sua evolução, achamos uma linha, que persegue os humanos desde os primórdios: sua necessidade de controle de si mesmo, dos outros, do ambiente, do coletivo, do espaço.

    Esta necessidade o acompanha desde os primórdios, desde quando conseguiu melhorar sua comunicação e sua escrita, pensamos: ao criar a escrita, melhoramos ou pioramos?

    Ao criarmos normas e regras, em um passado remoto, sempre nos pautamos, no hábito repetitivo de nossas ações, que, às vezes, necessita de controle, das quais nomeamos de ética e moral que tem base religiosa, que desde o início da humanidade estão agarrada em nós, a partir dela criamos a afirmação, incansavelmente repetida por vários autores: quem desobedece à lei, desobedece Deus.

    A partir deste momento, nós, criamos pesos e contrapesos, para que nós mesmos, em linha, pudéssemos nos respeitar e tentar levantar uma balança que está constantemente desequilibrada, pendendo para um lado e outro, desde a fundação dos humanos neste planeta.

    Zelando por passos na história da humanidade e neste desequilíbrio, tentando traçar a rota, pautado no comportamento humano e sua evolução diante dos passos desmondianos, firmemente enraizado nele e na questão: a busca incansável por estímulo e saciar a bios-fisiessidade e necessiologia? Nesse enigma, como resultado da busca incansável, temos a segregação, como veremos, é uma pauta totalmente animal, quando tiramos o raciocínio humano da soma matemática.

    Ao voltarmos um pouco e (re) incluirmos o raciocínio, a inteligência, a aprendizagem, os humanos evoluem. Em uma tarefa não simples, traçando uma linha do tempo, será visível, nas próximas linhas o efeito, vendo o evoluir da humanidade.

    Ruminando na linha do tempo da humanidade, pensando na migração, a religião e a servidão e como evoluíram e se desenvolveram, até chegar ao mundo tecnológico. Estas fundações, são a base de nossa sociedade, que com o passar do tempo, ficaram mais robustas, evoluíram, é certo, por diversos motivos que tentarei explanar.

    E um deles, robusto, que em plena era tecnológica, em que o papel e a escrita a cada dia deixa de existir, não como no passado, que do barro evoluiu para o papel e passou para telas de touchscreen, em que os humanos não deixaram de usar seus dedos para escrever, porém, além de ter saído do punho dos escribas, evoluímos para quase todos, em nossas sociedades do mundo, usam a escrita para se comunicar.

    Apesar disso, a servidão esteve e está presa em nós, desde os primórdios e traçando sua linha, partimos do princípio da humanidade para identificar, com base, diretamente no humano animal, é possível enxergar que criamos mecanismos constantes, mediante a escrita, para segregar com segurança, afastando o eu deles ou o nós deles.

    Antes, o eles, eram apenas eliminados, hoje, em plena era tecnológica, são apenas mortos. Como uma questão da tentativa de um ensaio: ponha-se em seu lugar! Que lugar é este no espaço que os humanos querem que o outro esteja? Onde é este lugar?

    Em outro papel está o estranho, que é aquele que está situado no universo ou fora dele, que pode ou não ouvir os ruídos, dos quais ocorrem em uma modernidade chamada de chefe e empregado ou entre aqueles que exercem poder de um sobre o outro. Mbembe, trata do biopoder e em determinados momentos diz que os humanos podem transcender este poder e se colocar um sobre o outro usando métodos para domínio e o utiliza para decidir morte e vida.

    Em um universo, quando impera a dominação sobre o outro, signos como: subalterno, inferior, aquele lá, aquele que não sabe, são signos ditos pelo outro que ocupa uma posição de soberania e/ou de dominação apresentando, em tese, uma afirmação de: todos aqueles que estiverem abaixo de mim são e serão aniquilados, oxalá, mortos. Não trato aqui da soberania de nação e sim uma soberania de poder de um humano ao ocupar uma posição em um universo e para os rituais escondidos na dimensão no espaço-tempo, sem considerar gênero ou cor de pele, mas, tratando-o como humanos enquanto humanos comuns a todos na sociedade.

    Reverberando as afirmações modernas, das quais vimos, no passado não foi diferente, a partir do momento em que nós humanos, criamos a hierarquia das coisas, um dos primeiros passos foi colocarmos a nós mesmos acima de outros, com estímulo constante de posse. Se tenho? Mando! Sou dono! Eu posso! Eu sou! Eu vou! Eu faço! Diante das afirmações, desenvolvemos a lógica da servidão.

    CAPÍTULO I

    O HUMANO – PRIMORDIAL

    Com um vislumbre que os humanos vêm desde os primórdios da humanidade, apontamos alguns comportamentos que são comuns a eles.

    Acompanhando o pensamento de Desmond Morris nascido na Inglaterra em 24 de Janeiro de 1.928, um zoólogo, etólogo e bem popular em sociobiologia humana. Escreveu diversos livros sobre o tema, dentre eles destacamos o The Animal Man (O Homem Animal).

    Doutor em Biologia e em seu livro, relata a fauna humana ou zoológico humano, apontando diversas situações e afirma:

    (…) minha primeira tarefa foi fazer o que é chamado de etograma das ações humanas. Um etograma é uma lista de todos os movimentos ou posturas característicos dos membros de uma espécie em particular. Como um peixe ou um pássaro, a lista é longa. Para os humanos é imenso. Passei vários anos reunindo centenas de arquivos de fotografias de todos os tipos possíveis de gesto, gesticulação, expressão facial, postura corporal, ação dos membros e forma de locomoção. Comecei a classificá-los e a descobrir as muitas variações locais que existem à medida que se move de região para região ao redor do globo.

    Foi amplamente criticado nos anos 60, contudo, algumas de suas teorias são bem-aceitas na atualidade e podem ser aplicadas em diversas áreas do conhecimento, principalmente na neurociência, partindo da premissa que eles possuem um comportamento diverso de sua comunicação.

    Os humanos têm uma forma natural de comunicação, independente de sua fala, nomeamos de intuição. Para os estudantes de psicologia, consideram esta parte inata do sujeito como id, que são impulsos naturais.

    Este autor foi duramente criticado por Adam Rutherford, dizendo que Morris, comete o pecado científico da história do justo, afirmando que promoveu uma especulação em vez de uma análise científica.

    Rutherford, apresenta seu livro, seguindo as trilhas de Desmond

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