Paranoias

De Acir Caiana

Incontrolável, o homem deseja o sexo, o tesão e aquele aperto no peito... Goza, desdenhando a traição, e ama, rejeitando a sensatez ao renascer em outros mundos... Toca na agonia, beija a ira e traz à tona a culpa e a revolta, a repulsa e outra aposta. Manipula-se o amor através do pecado e o ressentimento devido volta a ser cobrado. Há o nojo, a miséria, o orgulho, a bela e a fera. Há o sexo dissimulado com o amor ao seu lado. E, sem motivos para mais conflitos, a negação da pureza volta a expor nossa real natureza.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 16 de out. de 2017

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PARANOIAS

Acir Caiana

Poemas e Poesias

2017

ACIR CAIANA

PARANOIAS

1ª edição

Muriaé

Edição do Autor

2017

Copyright © 2017 by Acir Caiana

Todos os direitos deste livro estão reservado* ao autor.

É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, do autor.

Edição do autor

Projet* gráfico e capa

O autor

Impressão e acabamento

O autor

Sumário

Paranoias

Dor

Das d*res que vivi e senti nesta vida

há uma que veio e marcou-me pra sempre;

aguda e profunda como velha ferida,

veio sem dono e acertou-me inocente.

Chorei reprimido, pedindo socorro.

Ninguém entendeu ou se fez de entendido...

Senti *os meus ombros as dores do mundo.

Sofrimento alheio que veio escondido.

Energia que chega, sentimento que vai.

Angústia sentida na pele e que aflora.

Força coesa e ajuda sagaz.

Batalha vencida e a marca exposta.

Ajuda pedida e ajuda negada.

Mal entendido, *or pouco verdade.

Me viro de novo só do meu jeito.

Tentando manter alguma sanidade.

Lição vivida, lição aprendida.

Se dizem amar, esqueça o valor.

Siga o seu rumo, siga a sua vida.

Aprenda com o erro, aceite a sua dor.

Quem quer

Se ontem quis demais, hoje tanto faz.

Se ontem ansia*a, hoje não importa.

Se ontem eu deixei, hoje sou o rei.

Se ontem ignorou, hoje eu não vou.

Se ontem fosse hoje, tomaria outro porre.

Decisões

Há decisões a serem *omadas.

Pessoas presentes, mais que envolvidas.

Perco o meu chão e arrisco a jornada.

Mostro quem sou e aguardo a saída.

Entrego-me sempre pra quem me merece.

Desconfio, se sinto que não reco*hece.

Agradeço a ajuda, mas não sou a vítima.

Entendo; não sabe, não sente, não mente.

Fidelidade medida, lealdade testada.

Duas medidas, diferentes estradas.

Escolhas diversas, ambientes vividos.

Pessoas ause*tes ditando as jornadas.

Observe a sua vida e seja feliz.

Trabalhe os seus dotes e siga adiante.

Sábio daquele que acerta as escolhas.

Triste do pobre, também radiante.

Quente

Sinto seu fogo ao tocar sua pele.

Sinto-a ardendo, sinto-a leve.

*guardo o olhar de prazer em seu rosto.

Aguardo e trabalho, aguardo ansioso.

Percebo o quanto queima em desejo.

Percebo os gestos, percebo o seu jeito.

Sei quando quer-me de toda maneira.

Sei que se entrega, sei das certezas.

Amo se goza comigo em sequência.

Amo os gemidos, amo a *adência.

Mosca

Sincero se digo que amo, perdi-me de amor neste ano.

Conquistou-me sem nenhum alarde. Permiti que usasse o seu charme.

Admito, então, ser usado, apenas não mais abusado.

Já sei o quanto nos mente, brincando com o seu amante.

Muda os nossos encontros, esquece-me quando estão juntos.

Conh*ce bem meus horários. Sabe do meu trabalho.

Tão certa quando me trai, relaxa e se distrai.

Sei que não faz por dinheiro, sempre no mesmo poleiro.

Prometeu-me a fidelidade, arrasando *om a dignidade.

Não sabe o quanto me humilha o cheiro que vem da urina.

Leio o prazer em seu corpo. Sei quando muda de gosto.

Triste se a sinto melhor. Arrasado ao sentir no suor.

Entendo mais a sua tram*, quando finge e diz que me ama.

Não se engane, porque já sabia. Também tenho a minha galinha.

Triste

Quero que saiba da vastidão da minha tristeza.

É como um deserto sem água e sem beleza.

Repleto de areia, seco