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Obscuros
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E-book88 páginas47 minutos

Obscuros

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Sobre este e-book

Em um passeio pelo subconsciente do ser humano, surgem poetas loucos, palhaços corruptos, donzelas disfarçadas e doutores matutos. Os reis do mundo lutam pelo poder à revelia, enquanto o homem puro, digno em suas origens, lamenta o seu lugar no jogo a ser jogado, observando o todo de fora, sem sequer tocar na bola. O submundo apresenta-se à pobreza e à miséria, à doença e à quimera. Vai ao futuro, mantendo-se no presente, observando o passado através das profecias, aguardando pela guerra e pela guerrilha, pelas revoluções e suas novas visões. Fala da seca, da chuva, do pai, do filho e do irmão e, com um pouco de filosofia, convida à reflexão...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de out. de 2017
Obscuros

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    Obscuros - Acir Caiana

    OBSCUROS

    Acir Caiana

    Poemas e Poesias

    2017

    ACIR CAIANA

    OBSCUROS

    1ª edição

    Muriaé

    Edição do Autor

    2017

    *opyright © 2017 by Acir Caiana

    Todos os direitos deste livro

    estão reservados ao autor.

    É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, do autor.

    Edição do autor

    Projeto gráfico e capa

    O autor

    Impressão e acabamento

    O aut*r

    Sumário

    Obscuros

    Tristeza

    Mais que profundamente,

    me pergunto inconsciente,

    por que é que a gente sente

    dessa f*rma diferente

    tanta dor em tanta gente?

    Sinto o choro mais doído,

    vindo até do inimigo,

    entre mortos e feridos,

    repetindo o mesmo hino,

    que já soa mais sofrido.

    Ouço as lágrimas caindo,

    a esperança se esvaindo.

    Choro mais que um menino

    que, ainda pequenino,

    já entende o seu destino.

    Chegando

    *hegamos e nos apresentamos sem saber das verdades.

    Tentaram, se apressaram, correram contra o tempo.

    Nos tentaram, nos compraram, nos levaram pras cidades.

    Nos disseram que o mundo era novo e era belo.

    Son*amos e contamos nossos sonhos em detalhes.

    Vieram, nos prenderam, perguntaram e se cansaram.

    Fugimos para os campos, buscando identidades.

    Encontramos outro mundo, bem longe das verdades.

    Filho

    Filhos da terra vermelha,

    bisn*tos da fome e da seca,

    errantes capachos do credo,

    vivendo do pouco que ganham,

    comendo do pão e do fogo.

    Vidas vividas pro grão,

    plantando e colhendo do chão,

    miséria presente no início,

    farinha e melado na bolsa,

    nascidos dos seus sacrifícios.

    * pele escamada reclama,

    pedindo o alívio na água.

    Poeira soprando ao vento,

    colheitas perdidas pro sol,

    dispensas já sem mantimentos.

    Malditos benzidos na fé,

    vivendo daquilo que der,

    orando e pedindo por chuva,

    crescendo sem rota e sem rumo,

    lembranças de homens matutos.

    Amores

    Entr* lembranças de amores e conquistas,

    vive aquele que, um dia, renunciou;

    escolhendo a solidão ao orgulho.

    Do alto do penhasco de suas dúvidas,

    saltou com o medo de quem e*colhe

    a morte do espírito ao prazer da carne.

    Sangrou lágrimas pelos erros cometidos,

    pairando no ar, enquanto revia o seu legado,

    voando junto com a imaginação de outros.

    Trouxe a dor p*ra dentro do seu mundo,

    reencontrando, escondida no mais íntimo

    do seu ser, aquela alma abandonada.

    Por vezes, tentou uma reconstrução,

    ignorando lampejos súbitos de sua

    última personalidade dominante.

    Acredito* na fé daqueles que pregaram

    a abstinência como forma de punição,

    vivendo o seu inferno na terra.

    Tentou persistir no erro aprendido,

    impregnado por ideias que nunca lhe pertenceram,

    que nunca tiveram um verdadeiro significado.

    Reencont*ou o carinho esquecido na criança,

    a sua, aquela rejeitada pela covardia

    que, com empatia, dominou toda uma vida.

    Então morreu, atingindo o solo em sua loucura,

    em nossa homenagem, para o seu prazer.

    Renascendo entre o céu e o inferno da alma

    daquela que um dia *mou, que abandonou.

    Fez de madeira o seu cálice, untado em óleo

    sagrado, em seus dogmas; pobre em sua ilusão.

    Pediu socorro na escuridão do seu renascimento

    sem o som da vida que, antiga, deixou de ser sua,

    deixou de ser uma para se tornar a resposta.

    Novamente se viu preso ao enredo que, p*r tanto tempo,

    tentou evitar, fugindo de suas próprias feridas

    que, ainda abertas e despertas, insistiam em sangrar.

    Encontrou

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