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Os 33 Signos
Os 33 Signos
Os 33 Signos
E-book244 páginas2 horas

Os 33 Signos

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Sobre este e-book

A popularização da astrologia a partir da década de 1960 fez com que se espalhasse a ideia de que temos um signo, o signo solar, mas este é um erro crasso. Cada planeta representa um signo próprio, é sua união com os arquétipos, comumente confundidos com os próprios signos, que os define. Aqui, apresentamos, trinta e três destes planetas mais arquétipos que formam signos que podem ser utilizados nas análises astrológicas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de mar. de 2017
Os 33 Signos

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    Os 33 Signos - Lenin Campos

    1

    2

    3

    33 Signos

    4

    5

    Lenin Campos

    33 Signos

    

    Lenin Campos Soares

    2017

    6

    Capa: Werban Freitas

    CAMPOS, Lenin. 33 signos.

    Natal: LCS, 2017.

    ISBN:

    1.

    Astrologia. 2. Signos. 3.

    Horóscopo. 4. História da

    astrologia.

    CDD: 133.5

    7

    Sumário

    1. Os Que São Signos?..................................11

    As Ovelhas Selvagens................................14

    Os Cães de Perséfone...........…..................22

    2. Aqueles Que Caminham Pelo Céu........….38

    3. Os 33 Signos..............................................45

    Os Signos Maiores.....................................47

    O Signo Solar........................................48

    O Signo Lunar.......................................55

    O Signo Mercurial.................................63

    O Signo Venusiano................................69

    O Signo Marcial....................................75

    O Signo Jupiteriano...............................81

    O Signo Saturniano...............................87

    O Signo Uraniano.................................93

    O Signo Netuniano...........................….99

    O Signo Plutoniano.............................105

    Os Signos Menores..................................110

    O Signo Quironiano............................111

    O Signo Cério.....................................117

    O Signo Paládio..................................123

    O Signo Vestal....................................129

    O Signo Astreído ...............................134

    O Signo Junonal............................…..139

    8

    O Signo Cupidíneo..........................145

    O Signo Hígio.................................150

    O Signo Irisdicente..........................155

    O Signo Proserpiniano.....................160

    O Signo Diânico..............................165

    O Signo Apolíneo............................171

    O Signo Báquico.............................180

    O Signo Vulcanal............................188

    O Signo Adônico.........................….194

    O Signo Íxico.............................…..200

    O Signo Fólico...........................…...206

    O Signo Néssico..........................…..211

    O Signo Erístico.........................…...216

    O Signo Nemésico......................…...221

    O Signo Caríclico......................…….226

    Os Signos Matemáticos.................….....230

    O Signo Lílio.............................…....231

    O Signo Príapico.........................…..238

    9

    à Priscilla Fontenele

    "Que os deuses sejam bons comigo,

    E de minha parte deixe-me observar um

    silêncio religioso em relação a eles. Mas se

    minhas fábulas disserem alguma coisa

    superada, a culpa deve ser colocada a seu

    cargo".

    Aelian, Os Animais.

    10

    11

    O Que São Signos?

    O iniciante em astrologia ou um completo

    ignorante na tradição astrológica responderiam esta

    pergunta muito facilmente e, ironicamente, da mesma

    forma: citando as constelações que nomeiam as casas

    da roda zodiacal, isto é, Áries, Touro, Gêmeos,

    Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário,

    Capricórnio, Aquário e Peixes. Estas constelações têm

    origem, em sua maioria, na tradição astrológica

    egípcia (Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Libra,

    Escorpião e Capricórnio), enquanto as outras são

    originárias da Grécia Antiga.

    Contudo, mal sabem eles, que de fato esta

    pergunta tem um duplo sentido. Sim, estas

    constelações também são chamadas de Signos, não é

    errado chamá-las assim porque a tradição ocidental,

    iniciada em 1913 (ou seja, tem hoje pouco mais de

    cem anos), confundiu os signos com as constelações

    que nomeiam os arquétipos, porém o estudante sério

    de astrologia precisa ter consciência que eles não são

    a mesma coisa. Estas constelações, de fato, não são os

    signos, mas sim os arquétipos que compõem os

    signos.

    É preciso entender que quando alguém fala

    meu signo é, hoje em dia, ele está dizendo que o

    Signo Solar, isto é, a posição do Sol no dia do seu

    12

    nascimento está em um dos doze arquétipos zodiacais.

    Arquétipos é uma palavra originária da teoria do

    psicólogo suíço Carl Gustav Jung que define um

    conjunto de imagens psíquicas presentes no

    inconsciente coletivo, no mais profundo do

    inconsciente humano. Na teoria junguiana os

    arquétipos são herdados geneticamente dos ancestrais

    (da família, de uma civilização ou de uma etnia). A

    astrologia moderna apropriou-se da palavra para

    explicar o que o senso comum chama de signos.

    Dizer que Áries tem determinadas

    características, Leão tem outras tantas e Sagitário tem

    estas, é nomear aquilo que define os arquétipos e não

    as constelações. A confusão entre signo e arquétipo é

    uma simplificação, muito por culpa do livro de Linda

    Goodman, de 1968, Sun Signs. Linda Goodman,

    pseudônimo da americana Mary Alice Kemery, foi a

    primeira astróloga a ter um livro na lista dos mais

    vendidos do The New York Times. O motivo para que

    os livros dela venderem tanto é porque Linda

    Goodman era uma excelente professora e como tal

    simplificou a astrologia ao básico para garantir que

    essa informação simples alcançasse o maior número

    de pessoas possível. Isto foi ótimo! Goodman

    disseminou o conhecimento da astrologia e tornou-se

    a papisa do Movimento New Age. Contudo o

    conhecimento raso que foi espalhado criou

    desfigurações grotescas da linguagem astrológica.

    Este é talvez o maior problema causado pela obra de

    13

    Linda Goodman: a falta de precisão com o que as

    pessoas se referem a palavra signo.

    Essa é a grande confusão que acontece entre os

    que se dizem entender de astrologia sem nenhuma

    formação ou estudo sério na área. A confusão entre o

    signo e a posição do Sol no seu mapa. Os signos não

    são as constelações por si só, eles são a posição exata

    de um planeta em um certo setor do céu (as Casas

    Zodiacais) que são caracterizados pelo arquétipo. Essa

    combinação que forma o signo: planeta + arquétipo.

    Essa deveria ser a definição usada para signo

    que o estudante devia tomar para si e deixar de usar o

    que o senso comum dita. Afinal, a astrologia é um

    exercício de tomada de consciência e libertação dos

    movimentos de massa. É hora de libertar-se. Portanto,

    para isso, neste livro apresentarei o que são os signos,

    de fato, e apresentarei seus significantes, me

    apropriando do vocabulário saussariano.

    Estes foram, sem dúvida, os primeiros

    elementos tratados pela astrologia, mesmo antes da

    divisão do céu no Zodíaco. Mesmo antes da existência

    de Touro, Virgem e Capricórnio, os signos já existiam,

    pois os planetas já se deslocavam pelo céu. E eles são

    os primeiros elementos da astrologia, e eram

    conhecidos primeiramente como estrelas errantes.

    14

    As Ovelhas Selvagens.

    Os planetas são observados no céu desde a

    Antiguidade. Na Mesopotâmia, por exemplo, as

    chamadas estrelas móveis tinham o nome de uduidim,

    em sumério, e biibbu, em acadiano, que uma tradução

    aproximada significa ovelha selvagem 1. Eles

    consideravam que as estrelas fixas e móveis eram

    manifestações visíveis dos deuses e, portanto, quando

    um deus queria manifestar sua irritação era através

    delas que ele se comunicava2. As estrelas móveis eram

    chamados:

    Shamash (em acadiano) e Utu (em sumério), o

    Sol, o nome do próprio deus solar, era filho da Lua e

    juiz dos homens porque observava tudo que se

    passava na Terra. Segundo a lenda suméria do dilúvio,

    no qual se baseia o mito de Noé, é Shamash quem

    avisa Utnapishtim para construir a arca, salvando o

    único homem justo sobre a terra.

    A Lua chamava-se Sin (em Acad) e Nannar (na

    Suméria), o deus da lua; seu símbolo era a foice com a

    qual lutava contra os espíritos maus que haviam

    tomado o lar dos deuses de assalto. Era assim que os

    1 KASAK, Enn, VEEDE, Raul. Understanding planets in Ancient

    Mesopotamia. IN : Folklore. Tartu : Group of Elm, 2001, p. 7-33).

    2 KOCH-WESTENHOLZ, Ulla. Mesopotamian astrology: an introduction

    to Babylonian and Assyrian celestial divination. Copenhagen : The Carsten

    Niebuhr Institute/ Museum Tusculanum, 1995.

    15

    mesopotâmicos explicavam o eclipse, Sin havia sido

    derrotado pelos espíritos e precisava ser salvo por

    Marduk, o grande filho de Ea.

    Mercúrio era chamado Nabû, na Acádia, e

    Enki, na Suméria, o deus do conhecimento e da

    atividade intelectual, filho de Marduk, era

    inicialmente uma divindade agrícola que ascendeu ao

    cargo de secretário dos deuses e, com isso, atribui-se a

    ele o dom de, à sua vontade, aumentar ou diminuir os

    dias dos mortais. Era protetor das fronteiras, dos

    sacerdotes e mantinha o tempo fluindo.

    Vênus era Ishtar (em acadiano) e Inanna ou

    Nanã (em sumério), a deusa do amor e da fertilidade e

    da guerra; seu símbolo era a estrela de oito raios. Era

    chamada de a mestra do país ou a mestra das

    montanhas. Era, na Assíria, esposa de Asur, o que eles

    chamavam de grande pai.

    Marte era conhecido como Nergal, em Acad, e

    Gugulanna, em Sumer, o deus das pragas, da fome e

    da morte; representava como Ishtar a guerra, mas no

    sentido da destruição que ela causava, e era conhecido

    como o invencível, o violento, o devastador e também

    o aniquilador. Seu símbolo era a espada.

    Júpiter era Marduk, o príncipe dos deuses que

    substituiu Bel na trindade divina após a ascensão de

    Babel como cidade mais importante da Mesopotâmia.

    Entre os sumérios era chamado de Enlil. Era filho de

    Ea e tinha por símbolo a lança. Foi o criador dos

    16

    homens ao misturar a Terra o sangue do monstro

    Kingu. Governava os céus e a terra.

    E, por fim, Saturno, que era conhecido como

    Ninurta (ou Nimurta), filho primogênito de Enlil ou

    Bel, era deus da guerra e da caça. Ou seja, ele é filho

    do deus que foi substituído por Marduk no governo do

    universo.

    A base da astrologia se manterá nestes sete

    planetas. É importante que apesar dos planetas serem

    considerados como manifestações dos deuses, eles

    não eram venerados como sendo os deuses. Não existe

    na Mesopotâmia a idolatria dos astros. Apenas "se

    alguém aprendesse a ler e interpretar o sentido da

    atividade desses deuses, seria possível descobrir quais

    os seus objetivos" 3.

    Na versão hindu da astrologia, estes sete

    planetas continuam igualmente sendo utilizado, mas

    dois mais são acrescentados. Eles são chamados em

    conjunto de Navagraha, ou as nove casas.

    O Sol é Surya, ou Ravi, deus solar adorado nos

    Vedas. É filho de Aditi, o espaço, a mãe de todos os

    deuses, e esposo de Sañjña, a consciência espiritual.

    Ele habita a esfera solar, em sânscrito, suryaloka, e

    seu reino se estende até onde os raios solares

    3 WEST, John Anthony, TOONDER, Jan Gerhard. A astrologia : história e

    julgamento. Tradução: Márcio Tavares de Amaral. São Cristovão/RJ:

    Artenova, 1974. P. 12.

    17

    alcançam. Ele é chamado de Graha-raja, o rei das

    casas.

    A Lua será chamada de Chandra, que apesar

    de ser associada a Rama, uma das encarnações de

    Visnhu, também é um deus, que acabou se fundindo

    com o deus Soma. Conta seu mito que ele sequestrou

    Tara, a esposa de Brihaspati, o planeta Júpiter, e com

    ela teve um filho, Budha, o planeta Mercúrio.

    Brihaspati, no entanto, não queria aceitar Tara de volta

    enquanto o bebê não nascesse. Ouvindo a ordem do

    protetor dos deuses, Budha nasceu belo, poderoso e

    inteligente. Brihaspati e Soma alegaram ser o pai da

    criança, o que somente a intervenção de Brahma pode

    resolver o impasse. Budha era filho de Soma e foi

    viver com o pai, tornando-se a estrela mais rápida no

    céu.

    O planeta Marte é conhecido pelo nome do deus

    Mangala, ou o deus vermelho. Deus da guerra e do

    celibato, muitas vezes confundido com Kartikeya, o

    comandante dos exércitos divinos. Conta-se que ele

    seria filho de Bhumi, a deusa da terra, e Vishnu, em

    algumas versões de Shiva, mas sempre ele uma gota

    de suor ou de sangue havia caído na Terra e gerado o

    deus da guerra.

    E Vênus, Shukra. Este era o preceptor e

    sacerdote dos gigantes Daityas, que se insurgiram

    contra os Devas. Era o único deus conhecedor da

    Mritasanjeevani-vidya, a fórmula capaz de trazer a

    18

    vida aqueles que haviam morrido. Ocupava o lugar

    oposto da Brihaspati, o planeta Júpiter, que era o

    preceptor e sacerdote dos Devas. Brihaspati era o

    protetor dos próprios deuses, chamado de Graha-

    guru, mestre das casas, possui sete bocas pelas quais

    entoa mantras o tempo todo para manter a unidade dos

    céus e da terra. Seu símbolo é o fogo e por isso é

    muitas vezes confundido com o deus do fogo, Agni,

    sua esposa chama-se Tara, a estrela polar.

    Já Saturno se chama Shani, um deus que

    aparece nos textos dos Puranas. Um deus que

    facilmente se irrita com os homens e quando faz isso

    traz má sorte como vingança. Mitos tardios, da

    literatura medieval hindu, dão a ele como pais

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