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Os Elohim
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Os Elohim
E-book170 páginas2 horas

Os Elohim

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Sobre este e-book

A Grande Fraternidade Branca reconhece que a chama divina se divide em três reinos: o angelical, no qual existem os anjos; o hominal, do qual são oriundos os seres humanos; e o elemental, em que evoluem os elementais ligados a construção da forma e a natureza em seus diversos aspectos. Estes se apresentam em diversos estágios ascencionais (elemental, deva ou elohim). Este estudo explica a participação dos elementais na vida humana. sua própria evolução a partir de sua escolha em servir, mas, sobretudo a sua ligação com os Sete Raios Sagrados.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de abr. de 2018
Os Elohim

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    Os Elohim - Lenin Campos

    1

    2

    Os Elohim:

    os senhores da matéria.

    3

    4

    Lenin Campos

    Os Elohim:

    Os Senhores da Matéria

    

    Lenin Campos Soares

    2018

    5

    CAMPOS, Lenin. Os Elohim: os senhores da

    matéria. Natal: LCS, 2018. Vol. 1.

    ISBN:

    1. Elohim. 2. Exegese bíblica. 3. Grande

    Fraternidade Branca.

    6

    Sumário

    Volume I

    1. O que significa Elohim?…………………………...11

    2. Os Elohim e a criação……………………………..18

    3. A evolução dos Elohim…………………………....25

    4. Os Elohim e a Grande Fraternidade Branca

    4.1. Primeiro Raio: Hércules e Amazônia……….45

    4.2. Segundo Raio: Cassíope e Minerva………..74

    4.3. Terceiro Raio: Órion e Angélica……………..82

    4.4. Quarto Raio: Claire e Astreia………………..89

    4.5. Quinto Raio: Ciclope e Cristal……………....98

    4.6. Sexto Raio: Tranquilitas e Pacífica………..106

    4.7. Sétimo Raio: Arcturos e Diana……………..111

    7

    8

    Aos mestres Ferdinando Taveira e

    Paulo Cordeiro

    9

    10

    O que significa Elohim?

    Diz Cassíope, elo'ah do Raio Dourado, que eles,

    os elohim, são a manifestação da vontade divina. Diz

    ele: "Nós somos a força divina manifesta no mundo

    objetivo, como o princípio divino nas árvores, nas plantas

    e até nos pensamentos dos seres humanos. Nós somos

    a centelha de luz que se torna densa e se transforma em

    matéria" 1. A palavra Elohim tem origem no cananeu.

    Estes habitavam a região de Canaã antes da chegada

    dos hebreus à região, por volta de 3500 anos antes de

    Cristo. Ela tem sua raiz na palavra Bel cananeia que

    pode ser traduzida como grande senhor. Deuses como

    Belzebu, o senhor das moscas, Aglibel, senhor da lua, e

    Belsamim, o senhor do céu, tem em seu nome a origem

    das palavras fenícias Baal e El.

    A relação entre os cananeus e os fenícios é

    intensa, com vários deuses sendo compartilhados como

    Astarté e Haddad, e é inclusive citada na Bíblia. Em

    Gênesis (10:15) lemos: "Canaã gerou a Sídon, seu

    primogênito". Os hebreus entendem que os fenícios (ou

    sidônios) representados por Sídon são descendentes

    dos cananeus e que, portanto, seus deuses tem origem

    em Canaã. A Fenícia foi uma civilização que habitou as

    margens do continente asiático banhadas pelo mar

    Mediterrâneo a partir de 2500 a.C.. Os atuais Síria,

    Líbano e Israel eram pintadas de cidades fenícias.

    Arvard e Ugarit, na Síria, Tripoli, Biblos, Beritus, Sidón,

    1

    ORLOVAS, Maria Silvia Pacini. Os sete mestres: suas origens e

    criações. São Paulo: Madras, 2005. p. 43.

    11

    Tiro e Qadesh, no Líbano, por exemplo, são cidades de

    origem fenícia.

    Em fenício, portanto, haviam as palavras El ( elat,

    no feminino) que possuía o sentido de alto, elevado. Na

    Fenícia, este é o nome do deus do céu e da atmosfera,

    do alto, deus da fecundidade e da chuva, que dirigia o

    tempo, o ano, as estações. Como também com a palavra

    Baal ( baalit, no feminino) que pode ser traduzido como

    senhor, título que cada deus de uma cidade fenícia

    possuía: Baal Tammuz, Baal Hammon, Baal Dagon, Baal

    Dayyog, Baal Esmun, Baalit Astarté. Somente El não

    possuía o título de Baal porque este era uma categoria

    inferior à categoria que o deus da criação ocupava na

    mitologia fenícia e cananeia. Além destas palavras, os

    fenícios chamavam todos os seus deuses, no plural,

    como Elonim, os elevados, ou Baalim, os senhores 2.

    Como é comum no hebraico, a palavra foi

    absorvida. Entre os hebreus, povo nômade que circulava

    com facilidade entre os territórios da Fenícia,

    Mesopotâmia, Egito e Canãa. Era um hábito comum

    entre eles a adoção pacífica de conceitos, mitos e

    palavras estrangeiras. É em contato com os sidônios e

    cananeus que os hebreus forjam a palavra םי ִֹהל ֱא que é o

    plural da palavra Elo'ah e é erroneamente traduzida na

    Bíblia como deus. Sua primeira ocorrência acontece

    ainda no Velho Testamento, Gênese: "No princípio, Deus

    ( elohim) criou o céu e a terra. A terra estava deserta e

    vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus

    ( elohim vëruach) pairava sobre as águas" (Gen 1:1) 3.

    Aqui uma palavra que representa o plural é traduzida por

    2

    Uma tríplice fonte é a responsável pelo conhecimento da religião

    fenícia: o Antigo Testamento, autores gregos e latinos como Fílon (42

    a.C.) e as tabuinhas de Ras Shamra, conseguidas com escavações

    arqueológicas em Ugarit, na Síria.

    3

    Todas as referências a Bíblia são da BÍBLIA SAGRADA. Tradução da

    Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), 12a. ed. Brasília:

    CNBB/Canção Nova, 2012.

    12

    uma no singular. Se a tradução correta de Elohim fosse

    deus, como ela está no plural a versão que deveria ser

    adotada seria "no princípio, deuses criaram o céu e a

    terra", contudo a necessidade de provar o monoteísmo

    ideológico (a existência de um único deus que era

    responsável por absolutamente tudo na existência do

    mundo e dos homens) impediu que a tradução

    respeitasse a verdade. Elohim precisou ser traduzida

    apenas como Deus para garantir que a verdade

    fundante das religiões do livro, a crença em uma única

    divindade criadora, se encaixasse com a palavra

    sagrada que havia sido recebida pelo povo de Israel.

    A palavra elohim reaparece inúmeras vezes na

    Bíblia. Sendo mais preciso: ela é usada 2.600 vezes no

    Velho Testamento 4, obviamente ela não reaparece no

    Novo Testamento já que este é escrito em grego,

    mascarando definitivamente o problema. Todavia, no

    texto em aramaico a questão permaneceu. Em Êxodo,

    quando Moisés recebe as tábuas com os Dez

    Mandamentos, temos: "Deus ( elohim) pronunciou todas

    estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus ( eloheikha

    yhvh), que te tirou do Egito, da casa da escravidão, Não

    terá outros deuses ( elohim) além de mim" (Ex 20: 1-3). E

    quando em Êxodo também outras leis são colocadas ao

    povo que vaga pelo deserto, a Palavra diz: "Quem

    oferecer sacrifícios aos deuses ( läelohym) e não

    unicamente ao Senhor ( layhvh), será votado ao interdito"

    (Ex 22:20). Em ambos os casos a palavra ainda é

    utilizada no seu sentido no plural quando convém.

    Quando ela refere-se ao deus único, torna-se singular,

    quando ela refere-se aos (ditos) deuses falsos ela

    retorna ao seu sentido de plural. É importante

    reconhecer aqui que esta interpretação é dos tradutores

    4

    Hunt, Michael. The many names of God. Disponível em

    http://www.agapebiblestudy.com/documents/the%20many%20names

    %20of%20god.htm, consultado em 02/05/2015.

    13

    da Bíblia e não de seus autores que sabiam o sentido

    preciso das palavras que escolheram utilizar para seu

    livro sagrado.

    Também, como podemos ver nestes exemplos,

    existe uma identificação do povo hebreu com um

    determinado elo'ah, Javé ( yhvh), que passa a ser

    traduzido como Senhor quando é um nome próprio

    (não estranhem yhvh nunca aparece com letra

    maiúscula, apesar de nome próprio, porque isso não

    existe no aramaico/hebraico). Davi chega a concluir, em

    seu Salmos (entre o Gênese e os Salmos de Davi, se

    passam 112 anos) quando obviamente o culto a Javé já

    está consolidado em Israel que "feliz o povo cujo Deus

    ( elohim) é o Senhor ( yhvh)" (Sl 144:15) cuja tradução

    mais exata seria feliz o povo cujo elohim é Yavé.

    Moisés conclui a fuga do Egito dizendo: "Agora sei que o

    Senhor ( yhvh) se mostrou maior do que todos os deuses

    ( elohim), libertando o povo dos egípcios, quando agiram

    com arrogância contra eles" (Ex 18:11).

    Em Deuteronômio, o livro em que Moisés

    promulga sua lei, uma delas diz: "Não pronunciarás o

    nome do Senhor, teu Deus ( eloheika yhvh) em vão,

    porque o Senhor ( yhvh) não deixará impune quem

    pronunciar o seu nome em vão (Dt 5:11). Ou: Temerás

    o Senhor teu Deus (eloheika yhvh) , a ele servirás e só

    por seu nome jurarás. Não seguirás outros deuses,

    dentre os deuses ( elohim) dos povos vizinhos, porque o

    Senhor ( qana el) teu Deus ( eloheika yhvh), que mora no

    meio de ti, é um Deus ciumento. Não suceda que a ira

    do Senhor teu Deus ( eloheika yhvh), inflamando-se

    contra ti, venha a exterminar-te da face da terra" (Dt

    6:13-15). São inúmeras as vezes que a palavra é usada,

    como já dissemos.

    Temos aqui, três expressões para falar em Deus:

    elohim, os deuses, as potências criadoras; qana el, o

    grande senhor, aquele a quem deve-se obediência; e

    14

    eloheika yhvh, o grande deus Yavé; todas as três

    expressões são traduzidas, como Deus (com esta letra

    maiúscula) nesta necessidade de provar um monoteísmo

    ético. Jaime Pinsky caracteriza este conceito a partir da

    existência de uma divindade (Yavé, Deus) com uma

    função normativa bem definida: fazer com que os

    homens ajam de forma correta e justa 5. Entre os

    cristãos, Deus cumpria este papel, de propagar a

    verdade e a justiça, portanto, as traduções se voltavam

    não para explicar o que estava escrito na Bíblia, mas

    para comprovar que este Deus único era o espírito que

    movia toda a História. Que tudo acontecia por causa de

    sua vontade. O monoteísmo ético, no entanto, não nega

    a existência de outros deuses, ele reafirma a existência

    deles quando acorda que ninguém deve cultuá-los diante

    de Yavé/Deus, mas afirma que apesar da infinidade de

    deuses, o Deus cristão, defende o projeto de tradução

    bíblica, deve ser o modelo de verdade e justiça, ou seja,

    de virtude, ao qual os cristãos devem se voltar.

    Quando a Bíblia hebraica é traduzida para o grego

    (a língua universal

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