Império Maldito
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Império Maldito - Edison Mendes
Dedicatória
Página em Branco
A formação do sujeito, objeto de estudo da psicanálise, psicologia e filosofia, é o que mais tem inquietado este jovem autor nos últimos anos, desde que me inseri neste meio, onde a palavra escrita é, ao mesmo tempo, arma e refúgio do escritor.
A palavra jovem, colocada no parágrafo anterior, não faz referência à idade do autor, mas ao tempo em que este está escrevendo, sendo este, o vigésimo trabalho a ser publicado, porém com um tempo relativamente curto. Afinal, há apenas quatro anos comecei a escrever.
Neste período de quatro anos, tenho melhorado, como pessoa e como escritor, na medida em que reflito sobre aquilo que eu mesmo escrevo. Tenho tentado ser, a cada dia, a cada trabalho, um pouco melhor do que fui no dia e/ou no trabalho anterior. Acredito que este seja o objetivo de cada ser humano: ser melhor a cada dia.
Esta, talvez, seja a consciência que esteja faltando para que possamos compreender o verdadeiro sentido das coisas, o real motivo para a nossa existência.
Precisamos compreender que nascemos para ser bons! Precisamos dar conta das nossas capacidades para o bem, para praticar o bem, para criar o que é bom!
Há quem diga que temos natureza má. Há quem diga que não podemos lutar contra o mal que existe dentro de cada um. Porém, isso não é, nada mais nada menos, que dizer que o copo está meio vazio quando podemos dizer, com a mesma verdade, que ele está meio cheio. Não precisamos mudar os sentidos das nossas expressões, mas as nossas expressões.
Dizer que violência gera violência é uma grande verdade e todas as pessoas já ouviram isso. Porém, dizer que gentileza gera gentileza é igualmente verdade, tem o mesmo sentido, ensina a mesma coisa e tira as palavras negativas da frase que pode passar um grande ensinamento.
Essas pequenas diferenças frasais, apesar de obvias, são as grandes sacadas que vamos percebendo ao longo da vida e que vão nos modificando a cada dia, ao longo da nossa caminhada em busca de dias melhores. São os pequeninos, quase imperceptíveis, conhecimentos que vão nos moldando e nos tornando quem nós seremos amanhã, a partir do que fomos ontem, no momento em que somos hoje.
Para haver a aprendizagem é necessário que haja, no mínimo, a necessidade, senão o desejo de melhora. Isso implica a existência da consciência de que somos, não imperfeitos, mas capazes de nos aperfeiçoar. Nascemos para sermos os melhores e temos este dever, de nos melhorar a cada dia. Uma história foi feita para isso. Um mundo existiu para que este, do qual eu faço parte, possa existir. Tenho a obrigação de deixá-lo melhor para os meus filhos e para os meus netos.
Felizes são aqueles que chegam a tal conclusão, por mais simplista que possa parecer! Felizes porque, não se chega a essa conclusão sozinho. É preciso vivência! É preciso convivência...
Vivência e convivência, assim como o aprendizado, só acontecem em relações de dualidades. Sem a relação interpessoal, esses fatores não podem ocorrer na vida de ninguém. Em outras palavras, se estou tentando melhorar a cada dia, se sinto que estou em busca de um aperfeiçoamento retilíneo, é porque estou cercado de pessoas que me levaram, de uma forma ou de outra, a tomar conhecimento de tudo o que acabo de expor.
Eu estaria sendo injusto com alguns, depois de uma reflexão como esta, se citasse aqui algumas dezenas de nomes, a quem devo agradecimentos, por me conduzirem a melhores dias. Citar todos que participaram, e que participam, da minha existência é impossível. Todos porque, como já disse em outros livros, até aqueles que nos fazem mal, participam de nossa evolução.
Então...
A todos aqueles que, de uma forma ou de outra, participaram e/ou participam da minha contínua evolução, meu muito obrigado! Deus os abençoe e os retribua, em dobro, tudo o que me fizeram ou me fazem, me desejaram ou me desejam! A vocês, dedico este meu trabalho!
Edison Mendes
Índice
Dedicatória
Índice
Prefácio
I Soraia e João Ambrósio
II O preço da desobediência
III Partida de João Ambrósio
IV Surge um novo chefe
V Primeiros passos
VI Desaparecido
VII Ardil do fazendeiro
IX Origem de Zé Caprone
X Primeiro abandonos
XI Gêmeo Solitário
XII Desistência de Lourival
XIII Peso em ouro
XIV Queda do império
XV Prisão do imperador
XVI Fim do imperador
XVII Fim do império
XVIII Esse que vos fala
Biografia
Livros do autor
Sites do Autor
Prefácio
Página em Branco
O mundo gira em torno de dominações, guerras e mortes em prol do interesse de uma minoria que se encontra no poder, ou pior, que acredita estar no poder. Nem sempre o poder significa força. Ou seja, nem sempre, o mais poderoso é o mais forte. O mais poderoso, geralmente é aquele que menos tem a perder, ou aquele que tem mais apoio ou mais liberdade para fazer o que for preciso para atingir seus objetivos.
Esta liberdade para fazer o que for preciso se remete não só a leis que protejam este ser, como no caso de políticos ou pessoas de grande poder aquisitivo, como comumente temos visto se darem bem parecendo estarem acima das leis do bem e do mal, mas também, aqueles que conseguem esta liberdade mental, não sentindo culpa alguma quando praticam aquilo que temos como mau.
O mais forte fisicamente sempre é vencido de alguma forma, ou porque encontra alguém mais forte que ele, e sempre há, ou porque encontra alguém mais astuto, com maior força de conhecimento ou maior poder intelectual. Casos assim são contados desde o início da nossa história, seja com a Bíblia Sagrada, no caso de Davi e Golias (1 Samuel 17), seja com Homero que narra a guerra de Troia que teria acontecido há cerca de 1300 antes da era cristã. Em ambos os casos, alguém menor, de menor força física, como acontece diariamente, em nosso cotidiano, derrota alguém muito mais poderoso, pela sagácia e habilidade de pensar e raciocinar.
Nos dias atuais, somente os brutos ainda usam da força para conseguir o que pretendem. Temos outras armas muito mais discretas e muito mais mortais do que armas bélicas ou uso de força bruta. É verdade que ainda temos muitas guerras e muitos homens de poder, que deveriam ser mestres nessas armas como a diplomacia, que parecem enxergar apenas o poder bélico como significante de força. Todavia, eles não são mais do que peões nas mãos de verdadeiros poderosos que, para manterem seu poder através da construção de armamentos, os movimentam a seu mero prazer ou segundo seus desejos, como se vivessem em um grande tabuleiro de xadrez. Isso não é amedrontador? Se os grandes homens, presidentes de grandes nações como Estados Unidos e Rússia, são peões nas mãos de gente realmente poderosa, a que poderíamos comparar nós, meros mortais?
Eu não sei dizer o que somos. Ao menos, não na visão de um desses grandes poderosos do mundo, que controlam o fluxo monetário para onde, como e quando querem, sabendo que é este fluxo monetário que domina os desejos e as paixões da humanidade. Estas entidades que se escondem por trás de alguma mesa de escritório, por trás de um grupo ou de uma empresa, aparentemente inocentes e inofensivos, porém, completamente inatingíveis, são como o Zé Caprone, personagem central deste livro.
Como já dito, hoje não se usa mais o armamento bélico como prova de poder. Sei que isso causará uma repulsa no leitor que perguntará em que mundo vive esse autor? Será que é um idiota que não assiste televisão, não lê jornais, não lê revistas? Será que este autor vive tão alheio ao mundo que não vê quantas mortes acontecem todos os dias por armas de fogo? Em resposta, caríssimo leitor, sou obrigado a dizer que, todas essas pessoas que morrem e que são mortas, também não passam de ferramentas de poder, utilizadas por quem realmente detém o poder e que não usa este tipo de armamento. Pelo contrário, elas as constroem e as colocam no mercado, instigam a violência e novas vendas do seu produto, criando mercado suficiente para escoar sua produção.
Estes produtores de armas são, na verdade, quem promovem a guerra e instigam a criação de leis contra os armamentos para que