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Peças De Teatro Para Igreja
Peças De Teatro Para Igreja
Peças De Teatro Para Igreja
E-book152 páginas1 hora

Peças De Teatro Para Igreja

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Sobre este e-book

O Livro traz as seguintes peças, que podem ser assim classificadas:Admoestação: Alguém Faça Alguma Coisa; A Casa na Areia; A Campainha Divina. Vida Sentimental: A Atrapalhada Vida Amorosa de Edmundo; A Comédia da Vida Sentimental. Batalha Espiritual: Demônios em Ação. Fábulas Adaptadas: Chapeuzinho-Vermelho e o Campo Missionário; João-Formiga, Zé-Cigarra e Pedro-Cupim no Arrebatamento da Igreja; Os Três Porquinhos e as Três Edificações. Datas Especiais: O Natal de Júlia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de out. de 2017
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    Peças De Teatro Para Igreja - Silvio Nakano

    1 – ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA

    PERSONAGENS: Jovem

    Mulher

    Vovô

    Neto

    Homem Ferido

    ATO ÚNICO

    Cenário: Uma rua deserta.

    (Entra em cena um homem ferido. Ele anda com muita dificuldade. Para. Leva a mão ao abdômen. Ele demonstra estar ferido e perdendo sangue. Respira com dificuldade. Dá alguns passos e depois cai desacordado.)

    (Entra em cena um jovem. Ele se veste de bermuda, regata, usa boné e Havaianas. Distraído brinca ao celular.)

    Sonoplastia: Som do celular do jovem. Supostamente o game no qual o jovem está todo concentrado. Poderá ser Angry Birds, Candy Crush ou outro que pode ser facilmente reconhecido pela plateia.

    (O jovem estoura uma bola de chiclete. Ainda distraído dá um pulo por cima do homem, quase tropeçando no corpo estendido no chão.)

    Jovem: (Levando um susto) Meu Deus, o que é isso? (Para o homem) O senhor não está passando bem? Está precisando de ajuda? (Examinado o corpo) Talvez um médico?

    (O jovem tenta perceber se alguém se aproxima.)

    Jovem: (Para alguém fora de cena) Hei, você! Me ajude! Tem um homem ferido aqui. Ele está precisando de um médico. (Furioso) Virou as costas. Queria ver se fosse com tua mãe, seu... seu... (colocando a mão na boca, como que evitando soltar um palavrão).

    (Pelo lado oposto do palco entra em cena uma mulher.)

    Mulher: (Curiosa) O que aconteceu? Ele é seu pai?

    Jovem: Meu pai? Deus me livre. (Noutro tom) Ele está desmaiado. Parece que levou uma facada. Está perdendo muito sangue. (Lançando-lhe um olhar de desafio) Alguém precisa chamar uma ambulância.

    Mulher: (Fingindo não entender a indireta) Você tem razão. Alguém precisa chamar uma ambulância – e depressa. Antes que seja tarde demais. (Insinuativa) Hum? (Noutro tom) Vem vindo alguém aí. Talvez possa ajudar.

    (Entra em cena vovô e seu neto.)

    Neto: O que está aconteceu com aquele homem, vovô?

    Vovô: Só pode ser um vagabundo! Deve ter bebido além das contas.

    Neto: É, vovô. Só pode ser um pinguço.

    Vovô: Ele deve estar num coma alcoólico. E isso em plena luz do dia. Se você colocar um gole de pinga na boca, você vai ver uma coisa... Eu te dou uma surra. (Para o Jovem) É bêbado?

    (O jovem examina o corpo.)

    Jovem: (Para o vovô) Não, não há cheiro de álcool nele. Ele está ferido.

    Vovô: (Observando melhor o corpo) Coitado! E alguém já chamou uma ambulância?

    Jovem: Ainda não encontramos ninguém que esteja disposto chamar o SAMU, uma ambulância, os bombeiros...

    Vovô: Alguém precisa chamar uma ambulância. Este homem pode morrer. Alguém chame uma ambulância!

    Neto: (Aproximando-se do corpo) Ambulância? Que emocionante!

    Vovô: (Puxando-o pelo braço) Venha prá cá, seu xereta! Não fale assim. Deste jeito você envergonha o vovô.

    Mulher: (Em desespero) Ele já perdeu muito sangue. precisando de um médico com urgência.

    Jovem: É isto mesmo! Alguém chame uma ambulância. Pelo amor de Deus!

    Vovô: (Para o jovem) Você o conhece?

    Neto: (Lançando um olhar sobre o corpo) Não parece o Armando? Ë o Armando, sim!

    Vovô: Não é! Não tem nada a ver. Eu nunca vi este homem antes.

    Neto: (Com teimosia, fala baixinho) É o Armando. É sim!

    (Vovô puxa novamente o neto pelo braço.)

    Mulher: Chega de conversa! Vamos chamar uma ambulância.

    Neto: (Tentando se aproximar novamente do corpo) Será que ele ainda está vivo, vovô?

    Vovô: (Puxando-o pelo braço) É claro que está! Não fale bobagem.

    Mulher: (Indo até a extremidade do palco) Será que alguém já ligou para o pronto-socorro?

    Jovem: (Aproximando-se dela) Acho que não tem orelhão aqui por perto.

    Neto: O que é orelhão, vovô?

    Vovô: É como vai ficar a tua orelha se você não ficar quieto. Parece uma matraca.

    Neto: O que que é matraca, vô?

    Mulher: Alguém tem celular?

    Neto: Eu tenho.

    Vovô: (Puxando-o pelo braço) O teu é de brinquedo.

    Neto: É? (Faz biquinho, como se fosse chorar.)

    Jovem: O meu está sem crédito. Não liga, só recebe.

    Mulher: O pobreza!

    Jovem: E você, não tem?

    Mulher: (Dando as costas) O meu está sem bateria.

    Neto: Será que ele tem plano de saúde, vô?

    Vovô: Menino, agora isso não interessa. Uma vida precisa ser salva.

    Mulher: (Em angústia) Será que alguém já chamou os médicos, meu Deus?

    Jovem: (Num desafio) E por que não vai a senhora?

    Vovô: É isto mesmo. Só discute, discute e não faz nada.

    Mulher: Que cavalheiros vocês são, hein!

    Vovô: (Para o jovem) Você ainda é jovem... por que não vai você?

    Jovem: Eu não. Cheguei primeiro e já fui tomando providências. (Mulher e Vovô lançam-lhe um olhar) É... bom... fui eu que comecei a tentar encontrar alguém para ajudar. Além do mais... (Examina o corpo) Alguém precisa ficar cuidando dele enquanto os médicos não chegam. Por que não vai o senhor?

    Neto: É sim, vovô, vamos!

    Vovô: (Tossindo) Eu já sou velho. Sou fraco. Não posso fazer grandes distâncias. Se eu fosse mais novo eu com certeza seria o primeiro a ir. Vá, você!

    Jovem: (Ainda examinando o corpo) Vá o senhor!

    Vovô: Eu não vou!

    Jovem: (Percebendo algo de estranho) Silêncio um pouquinho, por favor!

    (O jovem examina com mais cuidado a vítima. Não acreditando no resultado tenta sentir seus batimentos cardíacos.)

    (O jovem lentamente se levanta.)

    Jovem: (Engolindo as lágrimas) Eu lamento!

    Mulher: Eu não acredito!

    Vovô: Não pode ser!

    Jovem: (Protestando) É uma pena que a saúde do nosso país está na UTI e o Governo não faz nada por ela.

    Mulher: Se estivéssemos num país de primeiro mundo hoje seria salva uma vida.

    (Hipocritamente, os personagens abraçam-se consolam-se mutuamente.)

    (Neto é o único que fica de fora.)

    Jovem: (Para a Mulher) Não fique assim. Ajuda-lo não estava a nosso alcance.

    Vovô: Foi uma pena.

    Neto: E agora? Quem será que vai providenciar uma funerária?

    Vovô: Sai daí, seu xereta!

    (De cabeça baixa os personagens se encaminham para a saída.)

    Jovem: (Levantando a cabeça) Hei, vejam! Alguém já tinha percebido que tem uma UPA ali em frente?

    Fim

    NOTA: Poderá ser desenvolvida uma mensagem com o tema O Pecado da Insensibilidade. Um bom texto para isso poderá ser o de Tiago 4:17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.

    2 – A ATRAPALHADA VIDA AMOROSA DE EDMUNDO

    PERSONAGENS: Ed

    Anabella

    Ana- Clara

    Roberto

    ATO I

    CENA I

    Cenário: Quarto de Ed.

    (Entra Ed, trazendo consigo uma flor e uma foto de Anabella.)

    Ed: (Com ar de apaixonado) Anabella! Anabella! (Suspirando) Seus olhos são azuis como o céu. E seus cabelos negros como a noite. (Acariciando a foto) E a sua pele deve ser macia como o algodão. (A cada pausa um beijo) Você ainda... vai... ser... minha... Anabella! (Noutro tom) Escutou bem? Minha!

    (Ed troca a foto por um travesseiro. Abraça-o com força, como se fosse a amada.)

    Narrador: Esse é nosso amigo Ed. Como vocês pode-se perceber, nosso amigo Ed nutre uma grande paixão por uma garota. E que pelo visto não é correspondida.

    Ed: (Infantil) Anabella, como você é bela.

    Narrador: Pior é que esta paixão está o deixando-o, com dizem por aí: fora da casinha.

    (Ed senta-se no chão. Deixa a namorada jogada ao lado. Fica cabisbaixo.)

    Ed: Ninguém me ama! Ninguém me quer. Eu sou irremediavelmente (fazendo biquinho) feio. (Num falso choro) Só pode ser isso. Ninguém dá bola pra mim. (Pequena pausa. Enxuga as lágrimas) Eu não posso ficar assim! (Dá uma tossida e fala num tom nada convincente) Eu sou vencedor.

    Narrador: (Irônico) Ih! Com essa determinação não sei se vai muito longe.

    Ed: Vou orar!

    Narrador: Boa ideia, cara! Vai lá! Faz alguma coisa.

    (Ed imita estar fechando a janela. Depois vai até uma falsa porta. Verifica se tem alguém se aproximando. Faz como que trancasse a porta.)

    Narrador: Parece que Ed está querendo orar em secreto. E bota secreto nisso.

    Ed: (Olhando para o céu) Senhor, agora é só eu e Você. (Apanhando o travesseiro) Ah, e a Anabella também. Desculpa, minha querida! (Ajoelha-se abraçado ao travesseiro). Senhor, eu quero te fazer um pedido. Sei que já é pela milésima vez que eu peço. E Tu já sabe qual é o meu pedido. (Em tom de cochicho) Preciso de uma namorada. Mas eu não quero qualquer uma, eu quero a Anabella. Sei que só a Anabella me fará feliz. A Anabella precisa ser minha. Eu só tenho olhos para a Anabella. Dá a Anabella pra mim, Senhor. (Pensativo) Hum! Acho que estou sendo um pouco egoísta. Deus não ouve orações egoístas. (Pensa um pouco e prossegue a oração) Hum! Já sei! Senhor, eu quero ser da Anabella. Faça com que a Anabella queira me conquistar. Que ela ore para que eu tome coragem para pedi-la em namoro. Que ela sonhe comigo. (Noutro tom) Acho que era só isso. Amém.

    Narrador: Oração típica de um guerreiro inexperiente. Despejou palavras... Oração que correm o risco de jamais serem atendidas.

    Sonoplastia: Toque de

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