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Zé Ninguém (a Biografia Não Autorizada)
Zé Ninguém (a Biografia Não Autorizada)
Zé Ninguém (a Biografia Não Autorizada)
E-book81 páginas51 minutos

Zé Ninguém (a Biografia Não Autorizada)

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Sobre este e-book

A vida de Zé “[...] não passa de uma longa sequência de eventos quase totalmente irrelevantes. O ‘quase’, é fundamental explicar, é a própria razão deste encontro”. Aleatoriedade, conectividade, miséria, humanidade, Zé, eu, você e o ponto de exclamação. Agora, tudo está ligado (ponto de exclamação)
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jun. de 2018
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    Zé Ninguém (a Biografia Não Autorizada) - Dádi Furtado

    OLÁ,

    Se você localizou o título desta obra, apostaria alto que uma curiosidade beliscou sua vontade; gerou um impulso. Do contrário, esta carente página jamais teria a chance de reivindicar um tiquinho de memória em sua mente. Entretanto, se a mensagem da simbólica pele que protege esta história do mundo dos pragmáticos não lhe pareceu suficientemente clara, é indispensável¹, desde já, ressaltar que este é um livro dedicado a alguém absolutamente desconhecido, totalmente; a um ser tão anônimo que sequer mereceria fragmentos de uma inicial maiúscula em seu nome; que poderia, simplesmente, ser etiquetado como ninguém, afinal sua vida não passa de uma longa sequência de eventos quase totalmente irrelevantes. O quase, é fundamental explicar, é a própria razão de ser deste encontro.

    A circunstância de tratarmos de uma vida tão comum,

    de ninguém,

    naturalmente, não justificaria a publicação de um pesado calhamaço de papel ou de um arquivo de muitos megabytes transbordando de dados e informações reconhecidamente ordinários. Daí porque escrevi este resumo biográfico, como acho mais apropriado categorizá-lo apenas para satisfazer aos incontroláveis desejos reducionistas dos imperadores da ordem classificatória. Sendo ainda mais rigoroso, considerando que estamos resumindo a vida de ninguém importante, apesar de soar um pouco estranho, cairia bem mesmo chamar este documento de uma nanobiografia.

    O fato é que esta obra foi pensada para ser lida, num ritmo de leitura focada, aos olhos de um leitor experiente, em menos de uma hora, algo em torno dos cinquenta e nove minutos, o que não é lá um tempo extraordinário e que, imagino, poderia até ser totalmente desperdiçado se, ao fim, sua sensação, ó divina leitora, ó divino leitor, ó sagrado ser que lê independentemente de desinências nominais de gênero; se sua sensação for de frustração plena.

    Justifico minha hipótese com o argumento de que, dependendo de onde você more, esse pode ser metade do tempo que você perde no tráfego todos os dias, algo sim que considero o cúmulo da perda de tempo da humanidade. E você, perdão se soo ofensivo, faz isso todos os seus dias úteis da semana, fazendo com que a expressão dia útil, nessa perspectiva, seja altamente questionável. Logo, se perder tempo com coisas frívolas for algo abominável no seu cotidiano, sugiro interromper agora mesmo esta leitura e dedicar sua energia literária a outra obra.

    Qualquer outra.

    Sem sacanagem.

    Superada a questão da prescindibilidade desta leitura, ainda é apropriado ressaltar ser tão importante quanto a explanação acima chamar-lhe atenção para as notas de rodapé. Tradicionalmente, notas de rodapé são consideradas uma ferramenta muito eficiente para atribuir citações e esmiuçar algum pormenor. A julgar pela primeira na página anterior, contudo, você poderá inferir que as notas aqui lançadas são bem inúteis. Com bastante dedicação, elas saíram assim. A dica é que alguns minutos do tempo total de leitura poderão ser economizados se elas forem solenemente ignoradas. E, sem perder a deixa da referida nota, mais especificamente de sua temática, alerta-se ser in-dis-pen-sável reler o último período do antepenúltimo parágrafo, o que começa com Logo.

    Tendo em conta que você conseguiu superar o meditativo loop dos últimos quatro parágrafos, é de se presumir seu interesse nesta leitura.

    Então, vamos lá!

    Trata-se, reforçando o título, da versão não consentida da história de ninguém. Não foi expressado na capa é que, em realidade, nunca tive a honra de ser apresentado ao dito cujo. Até me ocorreu, em razão disso, de complementar o título da seguinte maneira: a biografia não autorizada de ninguém ao qual nunca tive a honra de ser apresentado, mas, ao fim, simplesmente, considerei esse arremedo perfeitamente dispensável.

    Por quê?

    Porque sim.

    A falta de anuência devidamente advertida logo ao primeiro contato, portanto, deriva do fato de que jamais tive uma oportunidade de perguntar diretamente ao zé Ninguém algo sobre sua vida e, obviamente, se ele autorizaria ou não sua exposição pública. Nunca conheci, ademais, ninguém de sua família ou qualquer representante legal capaz de suprir o seu de acordo neste documento simples, mas visceralmente revelador.

    Isso, no entanto, esteja seguro, não foi uma barreira insuperável à obtenção de informações valiosas sobre o biografado.

    Não, não foi.

    É que pude entrevistar fartamente uma fonte, uma confidente desse personagem, uma vasta conhecedora de sua trajetória. Ela apontou direções que me permitiram aprofundar valiosamente as pesquisas. Isso me fez o guardião das memórias de

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