Poesias Que A Vida Escreveu

De Vanda Valdemarin

Uma poetisa... Não sei qual seria o termo correto para designar Vanda Valdemarim. Porque a autora é prática, realista, prosadora, dispoetisa ao mesmo tempo que escreve poeticamente com uma escrita que aparece vozes da natureza, vozes interiores, vozes de outras pessoas através de suas memórias. Não sei o porquê da autora passar tanto tempo para lançar esse livro. Ela tem seus motivos, e nós temos nossos motivos para desejar que sua escrita venha para um público maior, Quem não a conhece. ao ler esse livro saberá o porquê de estar falando dessa maneira. Não sei o porquê... Mas penso que cada pessoa que irá ler esse livro terá uma grande surpresa e fará a mesma pergunta que eu e muitos outros fizemos: Por que Vanda Valdemarim nos trouxe esse presente agora? Só lendo o livro que você poderá ter essa resposta, ou ainda. assim como eu, fazer mais outras indagações. Porque suas poesias nos faz questionamentos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 8 de jul. de 2019

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Poesias Que a Vida Escreveu

Copyright © 2019 Vanda Valdemarin

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Editora

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Produção editorial

Clube de Autores

Revisão

A autora

Capa & Diagramação

Antonio dos Anjos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Valdemarin, Vanda

Poesias Que a Vida Escreveu/Vanda Valdemarin ISBN: 978-85-85330-83- 5

1. Literatura. I. Título. II. Poesia 2. 1ª Edição- 2019

Clube de Autores Publicações S/A-CNPJ: 16.779.786/0001- 27 Rua Otto Boehm, 48 Sala 08, América Joinville/SC, CEP 89201- 700

VIM

Vim das serras...

Nasci lá nas matas

Onde os pássaros festejam Onde os sapos felizes coacham E a lua de prata lampeja

Vim dos morros...

Onde tudo é beleza

Simplicidade do homem do campo Que alegre ver seus filhos crescer Mesmo morando num pobre mucambo

Sou da terra firme, forte e cheirosa . Mesmo o sol rachando nosso chão Quando Deus manda um pouco de chuva Lava a magoa, alegra o coração.

Pingo da água...

Bem vindo pra todos

Que de bênçãos enche a mesa do pobre Só Deus pai nós trata com igualdade Não separa o mais simples no nobre.

D. Valdemarin (27/03/2002 )

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ALMA SERTANEJA

Afogados da Ingazeira 24/01/2001

Fasso meu protesto pela morte do índio Xico kelé Ocorrido hoje nas imediações da cidade de Pesqueira

Ele tinha 53 anos e pertencia a tribo xucuru Era um lutador pelos direitos do seu povo.

Foi surpreendido numa emboscada preparada por aqueles

Que não veem o índio como nosso irmão e parte da natureza.

Infelizmente ainda vivemos num mundo onde se chacinam crianças

E matam-se índios queimados.

A você Xico Kelé este poema, que as matas do céu Tenham lhe recebido como você merece.

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A DEUS MEU OBRIGADO

As folhas das árvores vão voando Levados pelos ventos sonhadores

Que ao longe levam ao mundo os aromas Almas sublimes de tantos amores

Me leva junto brisa preguiçosa

Me faz sonhar envolta em mil mistérios Me apresenta a musa dos meus versos Que estão perdidos em outros hemisférios

A tarde vai-se a noite já chegou... Trazendo a lua como companheira seresteando as chuvas de firata Cobrindo as matas, serras e ribeiras.

As flores dormem seu sono ino cente Nos caules verdes sangue perfumado Pra na manhã incendiar os camp os Com seus perfumes o solo sagrado

Obras de Deus só mesmo ele faria Pra na alegria aos homens ofertar Sem pagar nada nas telas da vida E só parar, pensar e observar.

Mul Waldemarin (10/01/2003 ) 7

É PRECISO SONHAR

Na imensidão do céu

A lua passa errante

Jogando seus raios de prata Para a terra quais diamantes É preciso sonhar...

É preciso ter fé...

E ser perseverante.

Nas espumas da praia ao luar Vejo um rosto ao longe me fita Como um sonho irreal

Como alguém que em Deus acredita É preciso sonhar...

Plantar fores e frutos

É preciso lutar, e fazer a vida mais bonita É preciso lembrar

Que fazemos parte da natureza

É preciso rezar, por tantos irmãos Que vivem na avareza

É preciso entender Que há tantos sofrendo Mesmo tendo riqueza

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OLHAR DO CRISTO

No olhar do cristo eu encontrei A paz que eu procurava tanto Nas mãos de Deus eu entreguei

Meu viver triste, tão cheio de pranto.

Procurei ser feliz entre os mortais Dando assas a imaginação...

Nos caminhos mais simples seguir Pra fazer o bem ao meu coração.

Seguindo na estrada de jesus Levando sempre seu olhar comigo Em todos os momentos desta vida Por sua mão sendo levada eu sigo

Apesar da vi olência

Da miséria e da fome

A humanidade precisa de poetas Que falem de amor e de paz.

D. Vanda (06/09/2001 )

9

DEVANEIO

Enquanto nossa mente gesta pensamentos de alegres cantos

A solidão atormentada da alma gera incertezas e faz doer

Como os verdores de plantas que renascem.

No coração ainda há esperança que fluem Como rios em busca de novos oceanos

Não sejamos como rios que secam, e se vão... Sejamos torrentes subterrâneas que transfusão em silencio...

Não deixando os ventos dos tempos secar em. A injustiça aniquila a vida...

A justiça regula pelo tempo a tudo compensa, Se compensam como inúmeros mundos e céus Que se tornam fortes dos pensamentos

Sou louca?

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DEPOIS QUE A CHUVA PASSOU