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A estrada e a poetisa
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A estrada e a poetisa
E-book83 páginas26 minutos

A estrada e a poetisa

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Sobre este e-book

Em A Estrada e a Poetisa, a estrada não é somente um elo que liga a origem e o destino. A estrada é personagem: observa, permite observar, realça, inventa, conduz. As cidades, as pessoas, os amores. Os caminhos, as lutas, as morais.
Nas poesias, a autora fala de cidades que habitam sua vida, do universo que as preenche e do universo que há dentro das pessoas e dos sentimentos, por vezes contraditórios, que vivenciamos até sem notar.
Mas a estrada também simboliza mudança, peito aberto, vento no rosto. As novas verdades que se nos descortinam diariamente. As antigas verdades que ficam pelo caminho. Ser leve como as folhas ao vento. É por isso que a estrada é infinita: a gente nunca chega ao destino, porque a vida é justamente o caminhar. Manter os olhos aptos a se surpreenderem é tão poderoso quanto o oxigênio.
A experiência da leitura de cada poesia é algo completo, pleno, pois torna-se inteiro ao unir o sentimento que vem de cada um de nós com o que o mundo oferece.
Reconhecer o valor dos detalhes não é simples nem clichê, é das coisas mais difíceis de conseguir, um exercício permanente. Alessandra faz isso com esmero e naturalidade. Sua poesia vai além da forma, encanta pela serenidade que transmite e pela determinação que evoca. Nossa função é apenas viajar com a poetisa e reconhecer a poesia da vida, a poesia da estrada.
Estrada e poetisa são parceiras em harmonia para narrar histórias e extravasar sentimentos. É disso que o mundo é feito, afinal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jun. de 2016
ISBN9788561012670
A estrada e a poetisa

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    A estrada e a poetisa - Alessandra Terribili

    estrada.

    SUMÁRIO

    Prefácio

    A estrada e a poetisa

    Retrato

    Raiz

    São Paulo

    A Vila Matilde

    Céu de Brasília

    A volta

    Lado a lado

    O mar

    Oferenda para Iemanjá

    O sono das filhas de Iara

    Adargas

    A mágoa

    Não acredita não, Teresa

    Você

    Das memórias que faltam

    Casou-se

    De tudo o que não tem que ser

    Porões

    Pode ir

    Homem sentado sobre a cama com violão (tinta sobre papel)

    Amanhã

    Palavra

    Noel vive

    O flautista

    Vlucht

    O que você deixou

    Olhar e ver

    Anoitecer

    O buraco e a estrela

    Uma vida inteira

    Sonho

    Fato

    Cheia

    A música

    Perspectiva

    Distração

    A dor da pele

    Insolúvel

    O sol num quintal

    Léo e Verônica

    Princípio de adeus

    A sina inexata

    Grávida

    Prefácio

    Corre, menina.

    Corre até a perna cansar,

    até o pulmão aguentar,

    até onde a vista alcançar,

    até onde o peito não doer.

    Corre, guria.

    Corre até aquela curva

    e faz a volta.

    Que nossos tempos sempre foram curtos

    e nossas histórias querem durar pra sempre.

    Cristina Charão

    A estrada e a poetisa

    A estrada é minha noiva.

    Não posso esperar mais que isso,

    Não posso contrariar quem eu sou.

    Deixo-me guiar por estrelas sopradas

    Por ventos que cantam a estrada,

    Em laços recém-desatados,

    Em caminhos recém-descobertos.

    Porque se eu paro, não fico

    Ou fico ali em aberto.

    Tentei cantar, escrever, discursar.

    E se nada disso fiz bem,

    As palavras, carrego comigo

    E elas me levam também.

    Tentei ouvir e falar

    Fingi ser alguém e ninguém

    Assisti ao desabrochar

    De gentes, canções e poréns.

    Mas nunca lhes pude colher,

    Pois na ânsia de achar meu lugar

    É que pude perceber:

    Só a estrada é que me tem.

    Despertei paixões,

    Algumas me despertaram.

    Algumas me mataram.

    Mas sempre revivi no amor da estrada.

    Consolando-me nos alvoreceres,

    Para todo dia ver o sol ir embora.

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