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A Batalha da Fartura
A Batalha da Fartura
A Batalha da Fartura
E-book227 páginas2 horas

A Batalha da Fartura

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Sobre este e-book

O livro A Batalha da Fartura é uma ficção magnífica. A sociedade fictícia criada mostra a interdependência entre os seres celestiais e os seres humanos. O livro descreve as relações interespécies entre os seres celestiais e os humanos e a consequência dessas relações. Ele apresenta armas de batalha poderosas e seu uso nas batalhas. O livro narra os modelos econômicos, políticos e financeiros que sustentaram essa sociedade. Este universo ficcional também possui cidades magníficas, uma vez que as cidades caem devido às guerras sucessivas e à desigualdade social.
Os dois personagens principais são Tarsis, uma Principado que faz de tudo para salvar os humanos da extinção. A arma de Tarsis é uma espada poderosa e pesada espada chamada Angar, feita com o ouro mais puro da cidade do Sol. O outro personagem principal é Sior, um jovem humano que faz grandes coisas pela cidade e pelos seus semelhantes. Tarsis e Sior desenvolvem uma amizade nunca vista em seu tempo entre um principado e um humano. Juntos, lutam nas três batalhas daquela época.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento29 de ago. de 2022
ISBN9786525424286
A Batalha da Fartura

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    A Batalha da Fartura - Ana Martha Oliveira

    Os Seres Celestiais

    Há milhões de séculos, os céus, os mares e os abismos eram dominados por seres celestiais, enquanto a terra era dominada pelos humanos. Os seres celestiais eram fabulosos, donos de todas as virtudes, poderes e beleza que conhecemos até hoje. Eles tinham asas e suas mulheres eram perfeitas. Diferenciavam-se dos seres humanos por suas enormes asas As suas asas eram o seu orgulho.

    Existiam três principais reinos dos seres celestiais: os Principados, que comandavam o reino dos céus; os Potestades, que comandavam os reinos das águas; e os Abismos que comandavam os subsolos. Os humanos comandavam a terra.

    Durante esse período todos esses reinos mantinham forças políticas de concordância, e todos estabeleciam entre si regras gerais, as quais denominavam Termos. Os Termos eram equivalentes às leis que conhecemos nos dias de hoje.

    Os Potestades, os Principados e os Abismos estabeleceram Termos entre si para ajudarem os humanos com suas infinitas bênçãos. Os Principados abençoavam os humanos com as bênçãos dos céus, como as chuvas, a luz das estrelas, a iluminação das cidades. Todas estas coisas estavam sob seu domínio e comando. Todos os poderes pertencentes aos céus pertenciam aos Principados.

    As suas mulheres eram absolutamente sérias e totalmente desprovidas de humor e paixões, mas eram perfeitas. Não tinham pecados ou defeitos. Eram lindas e ricamente vestidas. Sempre utilizavam uma coroa de linho branco, presa por tiaras douradas de ouro. Suas asas brotavam de suas costas completamente brancas. A penugem no começo de suas asas era tão robusta que se assemelhava a um casaco de pele branco. Suas vestes brancas eram completamente longas, tanto no comprimento de suas mangas, cobrindo seus braços, quanto no comprimento de sua altura, cobrindo suas pernas. A maior desonra para uma mulher dos Principados era ter as partes de seu corpo expostas. Até mesmo seus cabelos sempre deveriam estar cobertos. Seus lindos vestidos eram ajustados a seus corpos por cinturões de ouro.

    Quando alguma mulher dos Principados se casava com algum homem dos Principados, ela ganhava de seu pai uma pesada e valente espada, conhecida como Angar. Essa espada tinha poderes próprios Tinham a capacidade de transformar essas mulheres em guerreiras. Em exímias dominadoras de espadas.

    A depender da Angar, ninguém poderia jamais destruir ou derrotar uma mulher dos Principados. A Angar era ligada a essa guerreira e a mais ninguém. Se um pai entregasse uma Angar a uma filha no dia de seu casamento, ninguém, em todos os domínios, poderia ter controle sobre aquela Angar. Nenhum dos seres celestiais poderia ter domínio sobre a Angar.

    O poder da Angar era proveniente do ouro do Sol. Geralmente a Angar era tão poderosa como o próprio Sol. A Cidade do Sol, de onde era retirado o ouro da Angar, era muito quente. Uma cidade infernal. Mesmo sendo seres divinos, os Principados não podiam permanecer lá por muito tempo, pois o Sol presente nessa cidade consumiria todas as suas energias.

    O calor era absoluto na Cidade do Sol. Eles não conseguiam respirar. Se a missão em pegar o ouro da Angar fosse malsucedida, eles poderiam permanecer desacordados lá, por toda a eternidade.

    Todas essas coisas dificultavam muito o relacionamento entre os Principados. Casar e se reproduzir era muito difícil entre eles por causa da dificuldade para obter o ouro e também devido à personalidade forte de suas mulheres.

    Embora o casamento não significasse muito para as mulheres dos Principados, ter uma Angar era tudo o que elas mais queriam. Nesse momento, o casamento era sua benção e sua maldição. A Angar só poderia pertencer a mulher dos Principados e a mais ninguém, do contrário seria uma grande blasfêmia.

    A blasfêmia era um pecado que faria com que os Principados passassem o resto de suas vidas condenados na Cidade do Sol. Os homens dos Principados também possuíam muitas virtudes. Eram bons guerreiros e suas roupas muito semelhantes às das mulheres celestiais. Suas roupas eram brancas, mas eles não usavam coroas. Suas roupas não eram longas no comprimento, nem nos braços nem nas pernas. Ainda assim, seus cintos, que eram completamente de ouro, ajustavam suas roupas aos seus corpos.

    As armaduras douradas de guerra utilizadas pelos Principados também eram inteiramente feitas de ouro. Suas armaduras eram completamente douradas. As ombreiras de suas armaduras imitavam o formato de suas asas cobrindo os seus dois braços Seus braços eram revestidos com uma manga de ouro. A armadura tinha gola alta. O peitoral da armadura dos Principados era bem definido. As laterais da armadura eram mais compridas, imitando o caimento das asas As laterais atingiam a altura das coxas dos Principados. Na parte da frente da armadura, mais especificamente no abdômen, havia uma faixa mais comprida para proteger suas virilhas. A armadura protegia suas asas também. Suas asas eram cobertas pela armadura dourada que se ajustava adequadamente a elas.

    Para todos os seres celestiais, gerar filhos era muito doloroso. As asas de seus filhos aumentavam e muito as dores do parto de todas as mulheres celestiais. Embora fossem seres absolutamente poderosos e virtuosos, eles não eram numerosos. Gerar filhos era evitado de todas as formas possíveis.

    Os Potestades que são os seres das águas tinham seus olhos claros. Quando eram Potestades dos rios, seus olhos eram verdes. Quando eram Potestades dos mares seus olhos eram azuis. Seus olhos eram dessa forma para que pudessem enxergar debaixo das águas, em que trabalhavam.

    Os Potestades eram entregues às paixões humanas. Os filhos que geravam com os humanos tinham os olhos azuis ou verdes. Quando os seres celestiais se relacionavam com os humanos eles poderiam ter filhos, mas seus filhos não nasceriam com asas e teriam que permanecer entre os humanos. Uma das maiores dores que os seres celestiais poderiam sofrer era ter que abandonar seus filhos com os humanos. Por isso, era muito raro seres celestiais se relacionarem com os seres humanos.

    Caso tivessem filhos com humanas, os homens celestiais teriam que deixar seus filhos com as mães. Caso tivessem filhos com humanos as mulheres celestiais teriam que deixar seus filhos com seus pais.

    Os Potestades marinhos, embora não vivessem debaixo das águas, não podiam sair dos mares e oceanos. Caso isso acontecesse, as correntes dos mares e oceanos invadiriam e destruiriam completamente a Terra e tudo que nela existe.

    Os Potestades eram seres celestiais completamente sensuais. Suas armaduras eram de platina. As mulheres usavam corset de platina com bustier, muito lindos. Os bustiers dessas mulheres eram muito chamativos. Os seios das Potestades eram fascinantes para os humanos. Eram seios fartos e suculentos aos olhos humanos. Suas saias eram de tecido branco A sua arma de trabalho se chamava Gema. As Gemas eram a junção de pedras preciosas em formato de pequenas esferas, que formavam uma espécie de corda feita completamente de pedras preciosas, com diamantes, aquamarines, rubis, esmeraldas e ametistas.

    Essas pedras eram entregues aos Potestades pelos humanos como forma de pagamento pela proteção que propiciavam aos humanos. Os humanos jogavam essas pedras nos mares e rios. Os Potestades coletavam essas pedras e produziam as Gemas.

    As Gemas das Potestades marítimas só podiam ser produzidas no reino de Tirantes. O Reino de Tirantes era uma ilha poderosíssima rodeada pelas mais impetuosas águas do oceano. Tirantes era uma cidade marinha bem protegida dos humanos e dos outros seres celestiais. Seu acesso não era fácil, era preciso vencer tormentas e tempestades para chegar lá. Com as Gemas feitas pelas pérolas dos oceanos, os Potestades dos mares conseguiam controlar as Correntes oceânicas.

    O poder das Gemas de pérolas consegue amarrar as Correntes das águas marítimas, evitando com que essas invadam a Terra e não destruam a humanidade. Os Potestades do mares, são seres muito ocupados. Eles têm que controlar as correntes dos mares, além de procurar por pérolas por todo o oceano e ainda coletar as pedras lançadas aos mares pelos humanos para fazer suas Gemas naturais de pedras preciosas. Era muito trabalho.

    Ao chegar ao reino de Tirantes, era possível confeccionar todo o tipo de Gemas necessário, além das Gemas de pérolas providas de poderes, para dominar as Correntes dos mares. As Gemas só obedeciam aos Potestades. Suas gemas não podiam ser coloridas, tinham que ser feitas em uma só cor. Demorava muito tempo para que os Potestades conseguissem todas as pedras preciosas para criar suas Gemas.

    As armaduras dos Potestades eram de platina. Os peitorais possuíam desenhos com o símbolo de folhas de oliveira sobre as asas de anjos. Um pouco abaixo das folhas de oliveira, que se cruzavam entre si, eram bordadas em platina duas asas. A cintura da armadura tinha uma faixa com placas de platina em relevo. As formas dessas placas eram em hexágono triangular. Essa faixa tinha como objetivo proteger seus abdomens de possíveis golpes. As ombreiras se diferenciavam de tamanho. A ombreira na qual o Potestade manuseava sua Gema era menor e mais leve do que a outra. Suas ombreiras tinham franjas nas duas extremidades. Na extremidade interna para proteger seus pescoços e na extremidade externa para proteger seus ombros. Suas botas eram de platina. Suas caneleiras alcançavam seus joelhos. Nelas, havia um símbolo que lembrava um peixe de cabeça para baixo. O símbolo também era semelhante a duas parábolas que se encontravam em duas intersecções.

    Os seres celestiais não eram tão populosos por causa das dores do parto, ao contrário dos seres humanos que são muito populosos em número. Os seres celestiais eram dotados de DomíniosOs Domínios, eram virtudes que lhes permitem ter total controle sobre suas emoções e sentimentos.

    As mulheres dos Potestades usavam seus cabelos completamente soltos. Podiam ser eles curtos ou longos. Elas costumavam seduzir os humanos para conseguirem as pedras preciosas que precisavam. Coletar essas pedras não era fácil, uma vez que a coleta envolvia o trabalho dos humanos, principalmente dos humanos mineradores, e envolvia também o trabalho de outros seres celestiais Os seres dos Abismos.

    Muitos humanos jovens eram capazes de tudo para seduzir uma Potestade. Eles ficavam eufóricos, encantados, impressionados com essas incríveis criaturas. Ao jogar suas pedras em alto mar, esses humanos imploravam pela oportunidade de verem as Potestades.

    Não era fácil coletar pedras preciosas nos mares. Os potestades eram sempre muito ocupados. Mas de vez em quando alguns jovens tinham essa sorte. Eles se relacionavam com elas por não resistirem às suas seduções. Havia uma maldição a todos os humanos que se deitassem com os Potestades. Eles enlouqueciam. A profecia da maldição predizia que: O homem que se deitar nos seios das Potestades, nu, como veio, assim há de partir. Gastará todos os seus dias em trevas e em muitos desgostos e enfermidades e em amarguras, assim como veio, terá de partir.

    Os Potestades dos mares não se casavam nem se davam em casamento. Os homens Potestades também eram muito sedutores. Cheios de glória e de pedras preciosas por causa de suas Gemas. Suas asas eram brancas e grandes, suas saias eram curtas e a manga de suas blusas também.

    Assim como nas mulheres Potestades, suas Gemas ajustavam-se à parte superior de seus corpos. Suas gemas ficavam enroladas em suas pernas desde seus calcanhares até o alto de suas coxas em apenas uma de suas pernas. Também tinham gemas enroladas em um de seus braços.

    Tanto os homens como as mulheres Potestades dos mares eram magníficos e lindos. As Gemas não podiam ficar do lado errado de seus corpos por estratégia de guerra e para serem mais eficientes para prender as correntes.

    O mesmo não ocorria aos Potestades dos rios. Esses não precisavam de suas Gemas. Podiam escolhê-las, tê-las em seus braços ou em suas pernas. Apenas em um de seus braços ou apenas em uma de suas pernas.

    Os humanos lançavam pedras aos mares, rios e lagos para obterem favores dos Potestades, segundo os Termos estabelecidos. Porém os seres dos Abismos que produziam essas pedras preciosas não ficavam satisfeitos com isso. Os Abismos dificultavam o encontro dessas pedras preciosas. Eles escondiam as pedras dos humanos nas montanhas, rochas e solos. Para os humanos obterem essas pedras dos seres dos Abismos pela natureza, o trabalho era árduo. Precisavam de muitos mineradores.

    Os Abismos eram sensíveis aos metais. Por isso suas armaduras eram feitas de couro. As ombreiras feitas de couro eram presas na armadura por tiras de couro que se cruzavam em forma de X, tanto na frente como atrás. As ombreiras eram feitas em placas de couro, mais especificamente eram feitas em cinco camadas de placas de couro. A frente e as costas das armaduras dos Abismos eram do mesmo tamanho. Uma grande placa de couro ornada com rebites de turmalina negra unia as quatro camadas de couro no tórax dos Abismos. Suas botas, na altura de seus joelhos, eram feitas com oito camadas de couro justapostas entre si.

    Os seres dos Abismos eram responsáveis por abençoar as colheitas e o que eles pediam em troca ao homem era a morte. O homem era feito de barro, de terra. Então os Abismos precisavam que os humanos um dia voltassem para a terra para que continuassem tendo terra, senão a terra acabaria e o reino dos Abismos também.

    Quando o Termo foi estabelecido entre todos esses seres, os humanos aceitaram morrer para que os Abismos pudessem continuar a existir, mas em troca abriram mão de suas asas para que pudessem se reproduzir mais do que qualquer outro ser. O reino dos humanos era o mais populoso em relação aos outros reinos. Ao perderem suas asas, os humanos perderam seus Domínios, o que os tornou capazes de terem sentimentos e de se apaixonarem, de se relacionarem e de se multiplicarem da forma como conhecemos até hoje.

    Os Abismos eram os mais formidáveis dos seres celestiais. De todos os seres eles produziam os alimentos e as pedras preciosas que os humanos tanto

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