Mergulho cego em piscina vazia
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Mergulho cego em piscina vazia - Jéssica Barbosa
PREFÁCIO
MERGULHO CEGO EM PISCINA VAZIA é a primeira publicação dramatúrgica de Jéssica Barbosa, jornalista e graduanda de Direção do curso de Teatro da UFRGS, onde desde 2015 integra o Grupo de Pesquisa em Escrita Dramatúrgica do Departamento de Arte Dramática (DAD-UFRGS), contexto no qual o presente texto emerge. Nos estudos em dramaturgia do grupo, busca-se congregar teorias e experimentações práticas de escrita, com o propósito de investigar impulsos, mecanismos e instrumentos propulsores à criação. As tessituras características do drama contemporâneo são exploradas em processos e fábulas que não se fecham em si mesmos, brincando com os limites da identidade dos personagens e da própria ação. Nesse sentido, a autora se destaca pela capacidade de reinventar formas, mesclar linguagens e transformar em palavras as inquietações distintivas de nosso tempo.
O texto em questão apresenta quatro personagens que se despertam em um aeroporto sem se lembrar de quem são. A metáfora de um lugar de passagem, encontros e despedidas, lugar de atrasos, malas e ansiedades é o cenário escolhido pela autora para explorar as possibilidades de seguirmos vivos mesmo após o borramento do eu. O que acontece quando existimos sem ter ideia de quem somos, sem lembranças, sem passado, restando apenas o vazio e a nossa capacidade de imaginar e de sonhar. A tecnologia e a ciência que prometem dar conta daquilo que não conseguimos mais suportar, mesmo que o intolerável sejamos nós mesmos. A nostalgia do eu, do que nunca chegamos a ser. A melancolia das possibilidades, do abandono. 7236J – [...] Se você perceber que não gosta nenhum pouco de quem você é? / 9812F – Eu sinto saudade. / 7236J – Saudade do quê? Você não se lembra de nada. / 9812F – Eu sei. É só uma falta. Uma ausência. Não sei explicar.
Vozes que se mesclam, diálogos entrecortados, interrompidos, personagens que são códigos, uma tradução do humano quando reduzido a números e atrelado a um valor de mercado. O consumismo que tenta preencher a existência. A solidão. 7236J – Deveríamos gastar este dinheiro. Quem precisa de memórias? Quem precisa de identidade quando se tem o dinheiro que temos?
E, depois de dias de consumo, o que nos resta? Até aonde vão nossa energia e capacidade de fingir que não vemos o que está acontecendo. Os vícios de tantos tipos. As fugas. A angústia do esquecimento. A vontade de lembrar. Um texto que se abre a diferentes tipos de entendimento e interpretação. O impulso de enfrentar a vida, o mundo de fora. Mais uma vez o medo, a renúncia, o vazio. A dramaturgia