Não escrevo porque
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Artes Linguísticas e Disciplina para você
Gramática Contextualizada Para Concursos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Guia prático da oratória: onze ferramentas que trarão lucidez a sua prática comunicativa Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Príncipe: Texto Integral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Redação: Interpretação de Textos - Escolas Literárias Nota: 5 de 5 estrelas5/55 Lições de Storytelling: Fatos, Ficção e Fantasia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Leitura em língua inglesa: Uma abordagem instrumental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Nunca diga abraços para um gringo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Oficina de Escrita Criativa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNão minta pra mim! Psicologia da mentira e linguagem corporal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fonoaudiologia e linguística: teoria e prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Grafismo Infantil: As Formas de Interpretação dos Desenhos das Crianças Nota: 4 de 5 estrelas4/5Oficina de Alfabetização: Materiais, Jogos e Atividades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPlanejando Livros de Sucesso: O Que Especialistas Precisam Saber Antes de Escrever um Livro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO poder transformador da leitura: hábitos e estratégias para ler mais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desvendando os segredos do texto Nota: 5 de 5 estrelas5/5Diálogos com a Gramática, Leitura e Escrita Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gêneros textuais em foco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Falar em Público Perca o Medo de Falar em Público Nota: 5 de 5 estrelas5/5
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Não escrevo porque - Ángela Cuartas
© EDIPUCRS 2021
CAPA EDIPUCRS
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Maria Fernanda Fuscaldo
REVISÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA CAROL FERRARI
Edição revisada segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
COMITÊ DE AVALIAÇÃO E SELEÇÃO | Amilcar Bettega, Bernardo Bueno, Diego Grando e Julia Dantas
Projeto apoiado pela Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS.
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
N999 Não escrevo porque [recurso eletrônico] / Ángela Cuartas ... [et
al.] organizadoras. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
EDIPUCRS, 2021.
1 Recurso on-line (106 p.)
Modo de Acesso:
ISBN 978-65-5623-065-8
1. Crônicas brasileiras. 2. Crônicas. 3. Literatura brasileira.
I. Cuartas, Ángela.
CDD 16. ed. 869.987
Lucas Martins Kern CRB-10/2288
Setor de Tratamento da Informação da BC-PUCRS.
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CONSELHO EDITORIAL EDIPUCRS
Chanceler Dom Jaime Spengler
Reitor Evilázio Teixeira | Vice-Reitor Manuir José Mentges
Carlos Eduardo Lobo e Silva (Presidente), Luciano Aronne de Abreu (Editor-Chefe), Adelar Fochezatto, Antonio Carlos Hohlfeldt, Cláudia Musa Fay, Gleny T. Duro Guimarães, Helder Gordim da Silveira, Lívia Haygert Pithan, Lucia Maria Martins Giraffa, Maria Eunice Moreira, Maria Martha Campos, Norman Roland Madarasz, Walter F. de Azevedo Jr.
Ángela Cuartas, Geysiane Andrade, Harini Kanesiro, Juliana Maffeis, Manuela Furtado, Márcia Bastilho e Vitória Vozniak.
(Organizadoras)
NÃO ESCREVO PORQUE
logoEdipucrsPorto Alegre, 2021
Sumário
Capa
Créditos
Folha de Rosto
APRESENTAÇÃO
não escrevo, quem sabe
negociação
Processo de oração
ano novo
Novos tempos
Entrelinhas
Não escrevo. Por quê?
Meu haikai é livre, a escrita não
Não sei dizer não
Os pássaros, a caixa torácica e a escrita
A lógica do fracasso
Fonte
Não tem título porque não tem texto
¿Por qué no? Dá um nó!
Só quando vivo
Página-lapso
Clichetes: goma de suturar. 1º de janeiro de 2019
Poréns
Não estou me sentindo
Meu silêncio não é voluntário
Hoje eu cortei meu dedo
A palavra não basta
A day in the life
A não escrita das escritas
Não escrevo
Despalavrar
Não escrevo porque
Ainda não viveu o suficiente
Não escrevo porque ainda estou arranjando desculpas para não escrever
Anúncio
Enquanto eu corro com os lobos, a palavra rasga meu silêncio
Destempo
Dívida
Língua lúbrica
QUEM (NÃO) ESCREVE
EDIPUCRS
APRESENTAÇÃO
Ángela Cuartas
Tudo começou em Bogotá. Eu e meu amigo Fredy Ordóñez costumávamos tomar café em um pequeno local do bairro La Soledad e conversar sobre livros inexistentes. Mais do que o desejo da escrita, que era muito forte, compartilhávamos dúvidas sobre a necessidade do gesto e sobre a origem da paralisia, da constante autosabotagem, que ultrapassava os limites do ato criativo. Há quem diga que a vocação é uma teimosia, uma incapacidade para não fazer. A gente desconfiava dessa nossa incapacidade e, ao mesmo tempo, trançava conversas estimulantes sobre tudo aquilo que começávamos e não terminávamos, sobre a beleza de certos objetos e de certos olhares que talvez justificassem tudo. Ou talvez não.
Um dia ele me contou que tinha a ideia de publicar um livro sobre os pretextos que dava a si mesmo para não escrever. Fazia pouco tempo que tinha inaugurado uma editora independente: Ediciones Milserifas, com um livro ilustrado de fachadas bogotanas e fragmentos de história sobre os bairros da cidade. Fiquei muito feliz com a notícia e, mais feliz ainda, quando vi o resultado: No dibujas, no escribes porque. Ele continuou publicando livros preciosos na sua editora e eu continuei em busca do centro do novelo da escrita. O fio me trouxe até Porto Alegre e me juntou a outras escritoras que também viviam em uma luta-dança-conversa constante com a impossibilidade da (não) escrita. Então decidimos criar este primo brasileiro do livro