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De Aluno Trabalhador A Professor Pós-doutor
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E-book277 páginas3 horas

De Aluno Trabalhador A Professor Pós-doutor

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Sobre este e-book

Este livro conta, sobretudo, a história de um jovem estudante trabalhador, ferroviário, que foi se transformando em professor doutor e pesquisador universitário. Mostra como a sua história de vida pessoal e profissional foi contribuindo decisivamente para a produção de seus livros e artigos acadêmicos, apresentados no Brasil e no exterior. Tecnicamente, este trabalho é um Memorial Acadêmico Descritivo: em que o autor apresenta de forma analítica e crítica os principais fatos relativos à sua trajetória pessoal, acadêmico-profissional e intelectual. Por meio deste exercício eu busquei revisitar cada etapa de minha experiência até um determinado ponto de minha trajetória. Esforcei-me para não deixar de fora o essencial: os motivos pelos quais fiz minhas escolhas profissionais, decidi por minhas linhas de atuação, minhas atividades de ensino e extensão universitária, meus objetivos; enfim, meus planos para o desenvolvimento de minha carreira de pesquisador. Eu indico a leitura deste livro a diversos públicos: a começar pelos interessados em metodologia – ou que necessitam realizar um TCC, Dissertação ou Tese – e desejam fazê-lo sem sofrimentos. Este trabalho apresenta, de modo franco e sincero, a maneira pela qual eu fui construindo, prazerosamente, minha pauta de pesquisa (do TCC até o pós-doc.). E, como venho estruturando minha nova pauta de pesquisas – que trata da expansão do ensino superior no Brasil. Espero que o outro grupo de leitores sejam os ferroviaristas, que são os apaixonados por ferrovias e pelas memórias e histórias dos ferroviários. O livro se destina também a pesquisadorxs do sistema ferroviário tais como historiadorxs, economistas, antropólogxs, e estudiosxs do patrimônio histórico, que além de uma farta indicação de referências de fontes e bibliografias, encontrarão neste material os argumentos centrais de uma nova tese, que venho defendendo, sobre a explicação da crise que atingiu o sistema ferroviário brasileiro, no final dos anos 1940. Na segunda parte do livro eu busco dialogar com os estudiosos da Educação Brasileira, em especial, os interessados em debater o processo de expansão do ensino superior no país a partir de meados da década de 1940. O maior grupo engloba professorxs (e estudantes do curso de Pedagogia) - do ensino infantil ao superior - , profissionais que necessitam repensar cotidianamente as questões relativas à aprendizagem e ao ensino. Afinal, será que as experiências de vida de professorxs interferem (positivamente ou negativamente) na forma como eles ou elas ensinam? Será que as experiências de vida dos estudantes interferem na forma como eles aprendem? Será que a experiência de vida deste pesquisador que vos escreve interfere na forma como ele vem definindo seu objeto e seus objetivos de pesquisa? Espero que a leitura deste atípico Memorial venha a servir de parâmetro para que você se anime a realizar o seu próprio: de modo a contar, de próprio punho, por meio de seu próprio livro, como é que se deu a relação entre a sua formação escolar (acadêmica) e a sua própria formação profissional. Boa leitura! profivanilnunes
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de fev. de 2021
De Aluno Trabalhador A Professor Pós-doutor

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    De Aluno Trabalhador A Professor Pós-doutor - Ivanil Nunes

    Memorial Acadêmico Descritivo

    De aluno trabalhador a professor pós-doutor

    Ivanil Nunes

    Memorial Acadêmico Descritivo: síntese de uma trajetória pessoal e acadêmico-profissional.

    São Paulo 2021

    53970 - Ficha Catalográfica

    APRESENTAÇÕES:

    Prof. José Farias dos Santos

    Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.

    (Guimarães Rosa)

    A frase acima, de Guimarães Rosa, é uma inspiração para lermos o memorial do Compadre Ivanil...

    Ao longo da obra, encontraremos a experiência pessoal do menino de Guaraci-PR que, graças à desconfiança e à contínua teimosia, nos leva à singeleza do caminhar em busca da sabedoria...

    Sabedoria na busca das raízes ferroviárias, inclusive com riqueza de detalhes sobre a história do trisavô paterno e das plantações de café e de algodão em que trabalharam seus pais, passando pela trajetória acadêmica, permeada pelo rigor no levantamento das informações, no aprofundamento teórico, nas análises históricas e, sobretudo, no reconhecimento e na gratidão àqueles que fizeram parte da procissão que vislumbra o conhecimento...

    No desenvolvimento da leitura, somos apresentados ao Estudante - Ferroviário-Pesquisador – Professor – Amigo que prima pela inquietude de compreender a dinâmica da frase lapidar de Seu Pedro Nunes: Esse mundo... é esse mundo.

    Dona Anita e Seu Pedro estão orgulhosos! ...

    --- o menino virou DOUTOR!

    Rita de Cássia da Silva Leão

    Em De estudante-trabalhador a professor pós-doutor, o amigo Ivanil revela uma imaginação sociológica digna de ser narrada. Gostei muito de sua narrativa. Admirável como a sua história de vida está relacionada à história de como um país trata os seus jovens, levando-os ao mundo do trabalho sem antes desenvolver as suas potencialidades nos estudos. Embora o amigo tenha destacado que foi precocemente ao mundo do trabalho por decisão própria (ainda assim) sua escolha pessoal reflete a condição da grande maioria dos jovens brasileiros.

    Parabéns, sinto muito orgulho de você e saiba que a sua história é a minha também.

    Sigamos ocupando lugares que a princípio não eram pensados para nós, estudantes-trabalhadores.

    -------------------

    Aurelio Vicario

    Felicitaciones por la meritoria y comprometida publicación digna de un militante social interprete de la realidad de su tiempo. Es un orgullo compartir ideales y 36 años de amistad.

    Mi gran amigo todo un ejemplo para alumnos y la juventud. Al final es ella la que cambia el mundo.

    Fraternalmente el Profe Vicario.

    Agradecimentos

    Às pessoas que contribuíram, intelectualmente de modo direto, para a minha formação e/ou para minha produção acadêmica.

    Alcides Goularti Filho Alexandre M. Saes (Xixo) Andrea Gutiérrez Carlos Sartori (Papau) Dilma de Paula Andrade Elena Salerno Fausto Saretta Fernando Ariel Ortega

    Fernando Mendonça (Prof.)

    Flávio A. Marques Saes Guilherme Grandi Jorge Schvarzer Lourides B. Albertim María José Fontanille

    Maria Lúcia Lamounier Marilda da Silva Norma Iracema Paulo Roberto Cimó Queiroz Prof. Reinaldo (Senai, SP) Prof. Valério (EEPG da Aldeia) Renato Perim Colistete Rogério Naques Faleiros Sandra Lencioni Silvia Maria Carbone Sueli T. Ramos Schiffer Teresita Gomez Vera Botta

    Wilian Sumerhill

    E mais agradecimentos!

    Aos colegas, amigas ou amigos e familiares, que em interação comigo em algum momento da vida acrescentaram algo para a minha formação pessoal (ou profissional) até este momento. Aos que esqueci de incluir nesta lista minhas sinceras desculpas.

    Adalberto Vieira Barbosa Adão Nunes (Adãozinho) Adelmo Magalhães de França Ademir Ferrer Ademir Vieira Adenilson Padovam Adevaldo M. Oliveira Adilson A. C. Carvalho (Tito) Adriana Thome Y. Abrão Agnaldo Elias Águida de Assis Vieira (tia) Águida Loureiro Albério Neves Filho Alcindo (Cindão/da Aldeia) Alexandre M. Russo Aline Neves Aline Sousa Amadeu Salim Filho Amanda Graças Silva Amarildo Baesso (Aldeia) Amarildo Dudu Bolito Amarildo Gonçalves (Aldeia) Ana Cláudia Belfort Ana Lourdes Fideles de Oliveira Ana Lúcia Máximo Ana Lúcia Pereira Ana Lúcia Silva Souza Ana Paula Camilo Pereira Ana Paula Nunes Mendonça Anderson Clayton Santos André Baldraia Andrea da Silva Andréa Maia Andrea O. Silva (Gonçalves) Andréa Oliveira Gozetto Andréa Ramires Andréa Sacco Andréia Pereira Andreia Vieira Andrés Donoso Romo Ângela Maria dos Santos Angélica do Carmo Belini Ângelo Rosolem Anisia Donato Anita M. V. Nunes Antônia Aparecida Nunes Antônio Capuchinho Antônio Carlos Cordeiro Antônio Cortada Antônio Marques (tio) Aparecida Marques (tia Cida) Aparecida Prado Luiz Aparecido Alves (Nenê) Aparecido Nazio Silva Aparecido Nunes (avô) Aquilino de Assis Vieira (avô) Arilton Bastos (Tcho) Arlindo Nunes Aurelio Vicario Munch Bárbara Galleli Dias Ben Hur M. S Silva Bernadete Loureiro Seabra Bianco (DPM/Fepasa) Breno Dallaqua Bruna Marques Bruninho Nunes Bruno Aidar Bruno Prado Luís de Lima Caio Haffner Caio Nunes Calisa Assis Camila Bento Camila Stocco Zanatta Carla C. Lopes Côrte Carlos Henrique Marques Carlos R. Marques (Pezinho) Carlos Renato dos Reis Carlos Roberto Cabau Carlos Roberto Tonielo Carolina Carraro Cecília Bastos (Ciça) Célia Fernandes Celina Maria Silva Pessoa Celinha Marques Célio Marques Celso Scanavini China (Carapicuíba) China (do Leonor/Aldeia) Claudemir Roberto Ramos Cláudia Alessandra Tessari Cláudia Heller Cláudia T. Jouanneau S. Correa Claudio Dezotti Cláudio Santos Nascimento Cleonilda Sales (Cléia) Clodoaldo Antônio Neto - CAN

    Cristiane Ferreira Cristiane Guedes Cristina (profa. EEPG Aldeia) Daniel A Feldmann Daniel de Oliveira Daniel Moreira Santos Daniel Moreira Santos Danilo Dias David Castro Débora Marques Débora Santos de Araújo Dejanira Barbosa Delcides Marques de Oliveira Delmario Ferreira Lima Deusa Mônica Dirce Alves Domingo Cuéllar Villar Domingos Carnesseca Neto Donizetti Paiva Dorival C. Varanda (Dori) Dorothi Carbone Douglas Francisco Hayashi Edgar Cândido do Carmo Edilson Búfalo Martins Edineide Oliveira Edison (Pelé da tia Chiquinha) Edison Gabriel Citelli Edison Prado Luís (Nenê) Edivaldo Silveira Edmir Deróbio Edmir Ferrer Edmundo Oliveira (Unesp) Edna Sandra Martins Edson Antônio da Silva Edson C. Inforsato (Tamoio) Edson Santana Eduardo de Febo Eduardo Kostriuba Eduardo Matarazzo Suplicy Eduardo Rois Morales Alves Eduardo Romero de Oliveira Edvalda Lima de Oliveira (Edna) Edvaldo Búfalo Martins Elaine Romanini Carvalho Eli Fernandes de Souza (019301/0) Eliana Ap. Sacramento Tabatini Eliana Sacramento Eliana Takeia Eloy Morandi Elvira Alves Elza Marques Emilly Mary Caires Emmanuel Souza Estéfani Santos Souza Nunes Estela Santos de Souza Nunes Everson M. Inforsato (Dicão) Ewerton Henrique Moraes Expedito Vieira (tio Dito) Fábio Alexandre dos Santos Fábio Antônio de Campos Fábio Fonseca Fábio R. Cassimiro Correa Fátima Cafácio Fatima Ciolari (Fafá) Fátima Ramalho Lefone Fernanda C. Pereira Fernando César Câmara (Galo) Fernando Longo Vidal Fernando Morandi Filipe Nunes Flávia Dias do Vale Mendes Flavio Galio Araujo Dutra Flávio Tayra Francisca Marques (tia Chiquinha) Francisco Marques Mendonça Francisco Pierrine Francisco Ruiz (CFT) Gabriel Arcanjo de Brito (Bié) Gabriel Vouga Chueke Gabriela Porfírio Dias Galvão (V. Dirce) Giszele Silva Grasiela Lima Graziela Dias Oliveira Guilherme Barros Guilherme Cardoso Guilherme Duarte Reis Guidu Gustavo Nunes Mathias Hamilton Picolli Heidy R. Ramos Helena Santos de Souza Hélio Saraiva HélvioTamoio Ignez Otubo Ferreira Moraes Inês Maria Nunes Inubia Maria Iolete L. Seabra Isabel Cristina Janke Isabel Cristina Rossi Isabel Ribeiro Ivan Eduardo Arruda Ivanil Lopes Ivanilda Nunes Ivo Arias Izildinha Rodrigues Jailton B. Melo Jair Araujo Jane Meire Salomão Jânis Bçrziòð (Ivan) Jean Cafácio Jefferson Mariano Jerry (Jerrinho) Jesuína de Jesus Nunes Jesuína Marques Oliveira (vó) Jesuíno Vieira Joanele Gomes João Furtado (prof.) João Marcos Vivieiro João Marques João Mirabe (Guaraci) João Nélson Soldi João Nunes (tio) João Pedro Cunha Batista João Soldi (FEPASA) Jonathan Angeli C. Alves (Joe) Jorge Ap. de Deus (Nêgo) Jorge Luiz Gianelli José Aluísio Vieira José Alves da Cruz (Zezinho) José B. Evangelista - Ivan José Carlos de Freitas José Carlos Miranda José Eduardo Oliveira José Farias dos Santos José Ferreira José Galdino José Jorge Hércules José Lobo (Faz. Bela Vista) José Marcos Scolari José Maria Mascarim José Marques José Pedro Antunes (UNESP) José R. Denardi Jr José Ricardo da Silva José Ultemar da Silva José Vicario Josismael Lourenço Juarez Rodrigues dos Santos Jucely Bochorny Júlio César Sacramento Júlio Cesar Zorzenon Costa Júnior (Vieira) Júnior Caires Juraci Borges de Carvalho Jr Jussara de Deus Jussara Ferreira dos Anjos Kátia Hale Katia Kenez Keli Cunha Koji Kuwano Laércio Fidelis Dias Laerte Machado (Fepasa) Lauro (laurinho) Leandro de Carvalho Leandro Petarnella Leia Assis Leide de Almeida Praxedes Leonildo (Guaraci) Liliam Marques Lina Moreira Lindinete de Sousa Barrios Luana Soares Lucas Mariani Corrêa Lucas Soares dos Santos Lúcia Matos Lúcia Soares da Silva Luciana dos Santos Geraci Luciana Suarez Galvão Lucimara Leite Lúcio Tadeu Costabile Luís Carlos Nunes Luís Carlos Vieira Luiz Cláudio dos Santos Luiz Fernando Saraiva Luiz Marques (primo) Luiz Marques (vô) Luiz Oliveira Baraúna Luiza Breda Lurdes Marques Luzinete Novaes Manezinho (União/da Aldeia) Manoel dos Santos Nascimento Marçal Fernando de Oliveira Marcelo Beck Marcelo Eloy Fernandes Marcelo José Batista Marcelo Lima Marcelo Sá Márcia Alegro Márcia Prado Luís Márcio de Andrada Nunes Márcio José dos Santos Marco Antônio Soares Marco Aurélio Moura Marco Ferrer Marco Lima Mathias Marcos Agostinho dos Santos Marcos Correa Marcos Morandi Margareth Galvão Maria Brito Maria Cristina Cacciamali Maria das Graças Oliveira Maria Hélia da Silva Almeida Maria José (profa. Aldeia) Maria Nunes (tia) Mariana Aron Mariana Prado Luís Nunes Marilda da Silva Marilse Silva Mário Luiz Marli Prado Luís Marta Alves Gonçalves Marta Bellinazzi Matheus Soares Gomes Maurício de Carvalho Paiva Mauricio Santos Martins Lopes Mayara Laporta Meire Alves Miguel Nasser Milena Nunes Milton Lahuerta Milton Pinho Miriam Assis Mirian Nere Moacir Dutra Macedo Moisés Búfalo Martins Moises Cristovann Nadir Assis (D. Nadir) Nágila Christian Nair Feld Naldo Flores de Almeida Nedson Adilson A Mattos Nei Silva J

    Neide Elias Nelcides Marques de Oliveira Nelson dos Santos (FEPASA) Nélson Gonçalves (Tiziu) Nélson Marques de Oliveira Nélson Theodoro (o Theo) Nélson Vieira Netinho (da Aldeia) Neusa de Oliveira F. Silva Neusa Santos de Souza Nunes Newton Freitas Bonifácio Ney Melo (FEPASA) Ney Vieira (Carapicuíba) Nidia Saraiva Nilza Lourdes Marques Nilzete Santos de Souza Noemi Silva X. Souza Norma Iracema Octaviano Assis Neto (Pagão) Odair Ferreira Orlando S. Rodrigues Osvaldo Nunes Pancho (B. Aires) Paula Meyer Paula Saes Paulo César de Oliveira Paulo César Nunes de Almeida Paulo Roberto Oliveira Pedrinho Nunes Pedro da Cida Pedro Geraldo Tosi Pedro Nunes Pedro Pacola Stoppa Pedro Raffy Vartanian Pelé (da tia Chiquinha) Prof. Valério (EEPG Aldeia) Rafael Nunes Ralph Mennucci Giesbrecht Raphael Nunes de Mendonça Regina ap. Correia Macedo Reginaldo (Pelota) Renata Valente Ricardo Fortunato Ricardo Nunes de Mendonça Rita Almico Rita de Cássia da Silva Leão Rita Masaro Roberto (Vale Sol – Araraq.) Roberto Bassi Rodrigo Fernando Campos Rodrigo Fontanari Rodrigo Leite da Silva Rodrigo Prado Luiz Nunes Rosa Maria Luís Rosana Cristina S. Carvalho Rosane Araujo (Zane) Rosângela Paulino Rubens Brasil Scauri Rui Júlio Almeida Samuel Scott de Oliveira Sandra Carbone Sandra Maria Andrade Nunes Sandra Prado Luís Sandra Soares Lima Sandro Aparício Saulo Tarso Gomes Oliveira Shiguel Kuwano (Shi) Shirley Vieira Sidnei Dezotti Sidney Capelos de Souza Silvana Aparecida Bretas Silvia Maria Carbone Silvia Paes Simone Nunes Evangelista Sirlene Andrade Sofia Prado Dallaqua Solange Crespi Solange Santos Sônia Cristina Sonia Fonseca Cassoli Sonia Jaimes Sônia Rodrigues Stanley Plácido Sueli Botta Sueli Nunes Sueli Prado Luís Suzy Derobio Suzy Sueli Nascimento Matos Tabata Okamura Mouratorio Taíssa Sales Calor Tassia Cobo Tatinha Bragagnollo Teco/Renivaldo Teresita Gomez Teté (da Aldeia) Thaís Santos Thomas Iazzetti Silva Tiãozinho (prof. Aldeia) Valdemir Bataielo (Bata) Valdir (Dãobo/Aldeia) Valdir Donizeti Mayer Valdir Lima Valdirene Gomes (Val) Valéria Carraro Valério (prof. Aldeia) Valério Gabriel de Lima Valney Oliveira dos Santos Valter Roberto Silvério (Valtão) Veneziano de Castro Araújo Vera Maria Pina Vera Regina Hashimoto Vera Ventura Vilma Vieira Walter Marquezan Augusto Welbson Madeira William de Paula Wilson Furquim de Castro Wilson M. Oliveira Wilson Roberto Ferreria Wilson Vieira Wladimir Ramos Filho Yandra Lalleska L. P. Bonfim

    Prefácio

    Guilherme Grandi

    Recebi com grande satisfação o convite para escrever este prefácio, pois, para mim, é uma honra falar sobre o autor do presente livro, um pesquisador ultra competente, um amigo extremamente leal e um cidadão ímpar, logo, plenamente consciente acerca da realidade socioeconômica da sociedade brasileira. Conheço o Ivanil desde 1998, quando ingressei no curso de Ciências Sociais da Unesp, no campus de Araraquara. Ivanil sempre foi uma inspiração para minha carreira como pesquisador; veterano a mim no curso de Sociais e, em seguida, no mestrado em Economia na mesma instituição, me considero seu discípulo, um seguidor da sua linha de investigação científica, um companheiro de pesquisa não somente pelo tema tratado, que é comum a nós dois – o sistema ferroviário brasileiro –, mas também pelo fato de eu ter sempre buscado seguir os seus passos ao migrar do campo das ciências sociais para o da história econômica.

    Muito do conhecimento que acumulei nesses mais de vinte anos de pesquisa sobre a infraestrutura ferroviária do Brasil eu devo à produção acadêmica do Ivanil e, claro, às inúmeras conversas e debates com ele sobre esse e outros temas de investigação. Temos uma amizade de anos proporcionada, portanto, pela trajetória de pesquisa comum e pela admiração, creio que mútua, que nutrimos um pelo outro. Ivanil não representa apenas um interlocutor de luxo para mim, ele foi, e continua sendo, o pesquisador responsável por muitos dos meus insights. Sem a ajuda dele, e de outros dois professores que tiveram participação e influência decisivas ao longo da minha trajetória acadêmica, eu não teria chegado à formulação de problemas de pesquisa que hoje considero importantes dentro da tradição dos estudos de historiografia ferroviarista produzidos aqui no Brasil. Maria Lúcia Lamounier e Flávio Saes são os outros dois; sem suas orientações, na Iniciação Científica e no Mestrado, não sei se chegaria aos resultados os quais alcancei em meu trabalho sobre a Companhia E.F. Rio Claro, publicado em 2007 no formato livro. Sou muito grato a eles e ao Ivanil pelo estímulo constante e por todos os ensinamentos transmitidos!

    Nunes também me ajudou muito durante o meu mestrado e no decorrer do doutoramento, ao ler os meus originais e sempre tecer excelentes comentários e dar proveitosas sugestões. O seu livro sobre a estrada de ferro Douradense, publicado em 2005, me serviu de guia na condução da minha pesquisa sobre a rio-clarense. Nossas afinidades de pesquisa fizeram emergir uma amizade de extrema cumplicidade e confiabilidade; Ivanil é uma espécie de irmão mais velho ou aquele primo gente fina, que você admira tanto a ponto de imaginar oniricamente ser como ele algum dia.

    Da amizade verdadeira veio a parceria de pesquisa que nos rendeu aprofundar nossos conhecimentos sobre a infraestrutura de transporte brasileira e latino-americana. Ivanil se doutorou, fez dois pós-doutorados, sendo um deles na Argentina, e sua produção acadêmica se tornou, a meu ver, uma das principais referências sobre os desenvolvimentos (ou atrasos) ferroviários ocorridos no Brasil e na Argentina. Seus trabalhos sobre a Douradense e sobre os sistemas ferroviários latino-americanos reúnem resultados de pesquisa de anos e, portanto, representam verdadeiros tours de force a respeito do padrão de desenvolvimento econômico desses países e das políticas públicas voltadas ao setor de transporte. A seguir, destaco os seus trabalhos mais relevantes, de acordo com a minha humilde opinião:

    Do público ao privado: a transição do modelo de negócios ferroviários no Brasil, 1930-2015.Revista Transporte y Territorio 20 (enero-junio, 2019).

    La transformación de los negocios ferroviarios en Argentina y Brasil entre las décadas de 1940 y 1990. In: Gómez, Teresita; Olivares, Javier Vidal. Los ferrocarriles en América Latina. Historia y legado (siglos XIX y XX). Buenos Aires: EUDEBA/Asociación Internacional de Historia Ferroviaria, 2018.

    Expansão e crise das ferrovias brasileiras nas primeiras décadas do século XX. América Latina en la historia económica. vol. 23, no. 3 México sep./dic. 2016.

    Rede ferroviária Federal S/A: uma estrada passageira. In: Faleiros, Rogério Naques; Nunes, Ivanil (orgs.) Sistema de Transportes e Formações Econômicas Regionais: Brasil e Argentina. [v. 1]. Vitória: EDUFES, 2016.

    Ferrocarriles argentinos: concessión pública, uso privado. In: Grandi, Guilherme (org.). Transportes e formações econômicas na América Latina. São Paulo/Criciúma: Annablume/EdiUnesc, 2016.

    Política de transporte e a concepção do projeto viário nacional na era Vargas. In: Grandi, Guilherme (org.). Transportes e formações econômicas na América Latina. São Paulo/Criciúma: Annablume/EdiUnesc, 2016 (em coautoria com Guilherme Grandi).

    Los ferrocarriles que supieron conseguir: concesión pública, uso privado. Buenos Aires: libros Y bites, 2014.

    Integração Ferroviária Sul-Americana: por que não anda esse trem? São Paulo: Annablume/Fapesp, 2011.

    Acumulação de capitais e sistemas de transportes terrestres no Brasil. In: Goularti Filho, Alcides; Queiroz, Paulo Roberto Cimó (orgs.). Transportes de Formação Regional: contribuições à história dos transportes no Brasil. Dourados: UFGD, 2011.

    Como o arrolamento acima deixa evidente, em praticamente um decênio, Ivanil produziu nove trabalhos de qualidade sobre a temática dos transportes, em especial sobre o modal ferroviário tanto no Brasil como na Argentina. Para quem lê os seus estudos, saltam aos olhos a sua capacidade analítica e de formulação de excelentes problemáticas de pesquisa. Sua quase obsessão pela rigorosa delimitação do objeto, do problema e dos objetivos de pesquisa é uma de suas principais marcas como investigador. Ao participar ao seu lado de bancas examinadoras e em congressos científicos, sempre o notei atento às imprecisões metodológicas dos estudos alheios, embora seus comentários e críticas fossem feitos de maneira construtiva e sempre em tom cortês.

    Em suma, sou um afortunado por conhecer bem o Ivanil e nutrir por ele uma grande amizade. E fico feliz também em poder ler nessas páginas sobre a sua gloriosa trajetória como pesquisador e o seu caráter de ser humano exemplar, que sempre buscou superar as dificuldades da vida de maneira honesta, ética e propositiva. Sua transição para a área educacional é mais uma prova do que estou tentando deixar transparecer nessas linhas, haja vista que Ivanil sempre buscou olhar para o próximo com compaixão, dado o seu notório espírito cívico e o seu comprometimento com uma sociedade mais justa e igualitária. Se a história econômica brasileira perde hoje um dos seus melhores pesquisadores, seus trabalhos são, a meu ver, eternos, contribuições decisivas e fundamentais para os interessados na temática dos transportes. Sorte dos pesquisadores da área da educação que terão a oportunidade de encontrar nas reflexões de Ivanil Nunes um oásis em meio ao cenário desértico que tem marcado o meio científico e educacional do nosso país. O fato é que precisaríamos de muitos outros educadores como o Ivanil, para ensinarmos/formarmos às novas gerações e, assim, revertermos o quadro de retrocesso gerado por governantes obscurantistas e seus apoiadores, tão comuns nos dias de hoje. Que sua atuação agora no campo educacional possa incidir luzes sobre as mentes de muitos meninos e meninas, homens e mulheres, e despertar à esperança de dias melhores a todos nós brasileiros.

    Guilherme Grandi São Paulo, 04 de fevereiro de 2021

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