As Jornadas Internacionais de Educação Física (Belo Horizonte, 1957-1962)
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Sobre este e-book
ziguezagueantes, de uma pesquisa e de uma pesquisadora que se comprometeu a compreender, de forma mais detalhada e historicamente, os caminhos da Educação Física e da formação de seus professores, nas décadas de 1950 a 1960.
Nessa direção, este livro apresenta as Jornadas Internacionais de Educação Física que se constituíram como um conjunto de cursos de aperfeiçoamento técnico e pedagógico realizado pela Diretoria de Esportes (DEMG), pela Escola de Educação Física de Minas Gerais (EEF-MG) e pela Associação de Ex-alunos da EEF-MG. O principal objetivo dessa iniciativa foi o de trazer "os mais modernos conceitos e métodos" produzidos sobre a Educação Física, com o fim de atualizar os conhecimentos dos professores e especialistas da área. As Jornadas obtiveram grande repercussão em Minas Gerais, sendo frequentadas por professores e professoras de diversas cidades mineiras e de outros estados brasileiros. Contou, ainda, com a presença de sujeitos oriundos de diversos países. Nesta pesquisa, interessou-nos compreender de que forma a circulação de saberes e práticas, realizadas nesse contexto, participou da construção do ensino e da formação docente em Educação Física na cidade de Belo Horizonte.
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As Jornadas Internacionais de Educação Física (Belo Horizonte, 1957-1962) - Cássia Danielle Monteiro Dias Lima
Sumário
CAPÍTULO I
CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
Escovando ossos
– o encontro com as fontes textuais e iconográficas
Apresentando os entrevistados
Um possível cenário: pistas de Belo Horizonte nos anos de 1957–1962
Sujeitos e saberes em circulação: maneiras de fazer e pensar a prática
CAPÍTULO II
AS INSTITUIÇÕES PROMOTORAS DAS JORNADAS
A Escola de Educação Física de Minas Gerais
A Diretoria de Esportes de Minas Gerais
Associação de Ex-Alunos da EEF-MG
CAPÍTULO III
OS SUJEITOS ENVOLVIDOS COM AS JORNADAS: ORGANIZADORES, PROFESSORES, CONVIDADOS E ALUNOS...
Os organizadores das Jornadas
Sylvio José Raso
Herbert de Almeida Dutra
Olavo Amaro da Silveira
Odilon Ferraz Barbosa
Major Geraldo Pinto de Souza
Antônio Rubem Mendes
Fernando Campos Furtado
Outros professores da EEF-MG
Guiomar Meirelles Becker
Padre Carlos José Gonçalves
Alguns dos professores convidados
Gerhard Schmidt
Auguste Listello
Os alunos
CAPÍTULO IV
CONTEÚDOS E SABERES EM CIRCULAÇÃO NOS ESPAÇOS E NOS TEMPOS DO CERTAME
Uma educação moral e religiosa
Ciências e Educação Física
Técnicas e métodos de ensino
A sistematização do ensino: a didática da Educação Física
Jogos, recreação e infância
Os espaços, os tempos e a cultura material
CONSIDERAÇÕES FINAIS
OUTRAS JORNADAS
REFERÊNCIAS E FONTES
As Jornadas Internacionais
de Educação Física
(Belo Horizonte, 1957-1962)
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Cássia Danielle Monteiro Dias Lima
As Jornadas Internacionais
de Educação Física
(Belo Horizonte, 1957-1962)
À minha mãe, Lúcia Monteiro Dias,
Ao meu pai, Joaquim Naziazeno de Lima (in memoriam);
À minha vovó Juraci Valentina de Lima (in memoriam);
"Amor é decisão, atitude
Muito mais que sentimento..." (Emicida)
Amo vocês até, até...
AGRADECIMENTOS
Nós todos sabemos que a história é um saber cumulativo, no qual nunca partimos do zero, é que devemos muito aos historiadores que nos precederam.
(DOMINIQUE JULIÁ, 2002, p. 36)
Embora este trabalho seja tratado como individual, considero-o como feito a muitas mãos
, e desse modo, é preciso reconhecer a colaboração de diversas pessoas. Assim, minha sincera gratidão a todos que, de alguma forma, participaram desse processo...
À Prof.ª Dr.ª Meily Assbú Linhales, pela orientação competente. Agradeço pela vibração sincera nas conquistas, pelo apoio e consolo nos momentos difíceis.
Ao Prof. Dr. Tarcísio Mauro Vago, pelo exemplo, carinho e pela atenção, por me encantar com seu entusiasmo e sua dedicação pela Educação Física e pela vida. Sua alegria me contagia!
Aos professores Fernando Campos Furtado (in memoriam), José Atayde Lacerda e Owalder Rolim, protagonistas de algumas narrativas históricas que se inscrevem nesta obra, pela disponibilidade em compartilhar lembranças, permitindo que viajasse no tempo
com eles.
Ao Cemef-UFMG, por todas as oportunidades que me foram ofertadas. Aprendi muito sobre a universidade, o cuidado com o que é público, a buscar, cuidar, organizar e analisar documentos, a tecer sobre eles perguntas – transformando-os em fontes – e tantos outros afazeres do ofício de historiadora... Mas o mais importante é que, nesse lugar/tempo, na interação com diversas pessoas, aprendi sobre a vida, sobre o valor do coletivo, sobre o amor!
À minha mãe, mulher por quem nutro uma profunda admiração, agradeço pelo carinho cotidiano, pela dedicação, pela atenção aos pequenos detalhes e por tanta compreensão. Ao meu pai (in memoriam), meu eterno companheiro, sou grata pelo apoio, pela confiança, pelo sustento e pela proteção. Aos dois, pelo amor incondicional.
Às minhas queridas irmãs, companheiras, conselheiras e amigas. Vocês são essenciais em minha vida e tornam os dias melhores e mais leves. Ao meu irmão (in memoriam), pelo carinho, pelo apoio, pela cumplicidade e pelo respeito. Aos meus sobrinhos e às minhas sobrinhas, pela confiança, por todo afeto, pela alegria com que vivem e me deixam participar de suas vidas.
Aos meus amigos e às minhas amigas queridas, sou grata pelas alegrias de cada encontro, pela preocupação genuína e pela torcida sempre presente e contagiante.
Aos meus alunos e minhas alunas, obrigada por darem sentido à minha docência.
Ao Gladiston, meu querido Momoso, pelo carinho, pelo cuidado, pela atenção, pelo incentivo, pelo respeito, pelo interesse e por tantos mimos.
Em especial, agradeço a todas as instituições públicas que frequentei, principalmente como aluna. Foi por intermédio desses espaços que minha formação se fez, tornando possível este estudo.
[...] o presente vem modificar permanentemente as questões dos historiadores, obrigando-os a um procedimento retrospectivo que os leva do conhecido para o desconhecido, que os faz descobrirem mudanças e continuidades... Essa curiosidade renovada nunca é gratuita: o fato é que a compreensão exigente é inseparável do conhecimento passado.
(PIERRE VILAR, 1998, p. 272)
APRESENTAÇÃO
No dia 24 de maio de 2012, defendi minha dissertação de mestrado. E é com muita satisfação que, 10 anos depois, organizo essa produção em um livro. Minha principal pretensão é a de fazer circular os movimentos, ziguezagueantes, de uma pesquisa e de uma pesquisadora que se comprometeu a compreender, de forma mais detalhada e historicamente, os caminhos da Educação Física e da formação de seus professores, nas décadas de 1950 a 1960¹.
Nessa direção, este livro apresenta as Jornadas Internacionais de Educação Física, que se constituíram como um conjunto de cursos de aperfeiçoamento técnico e pedagógico realizado pela Diretoria de Esportes (DEMG), pela Escola de Educação Física de Minas Gerais (EEF-MG) e pela Associação de Ex-alunos da EEF-MG. O principal objetivo dessa iniciativa era o de trazer os mais modernos conceitos e métodos
produzidos na Educação Física, com o fim de atualizar os conhecimentos dos professores e especialistas da área. As Jornadas obtiveram grande repercussão em Minas Gerais, sendo frequentadas pelo professorado de diversas cidades mineiras e de outros estados brasileiros. Contou, ainda, com a presença de sujeitos oriundos de outros países, tanto na condução de atividades quanto na condição de cursistas. A presença de docentes estrangeiros, por vezes, reconhecidos internacionalmente, também foi uma característica desse conjunto de cursos. Nesta pesquisa, interessou-nos compreender de que forma a circulação de saberes e práticas, promovida nesse contexto, participou da construção do ensino e da formação docente em Educação Física na cidade de Belo Horizonte, no final da década de 1950 e início de 1960.
Inseri-me no grupo de pesquisa do Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer da UFMG (Cemef-UFMG), em 2007, e meu primeiro vínculo foi voluntário, auxiliando na organização do acervo; posteriormente, fui selecionada como bolsista de extensão para trabalhar com a Coleção Iconográfica do Cemef-UFMG. Foi durante essa experiência que ocorreu meu primeiro encontro com as fontes relativas às Jornadas, por meio da Coleção Iconográfica, em duas de suas séries – a que leva o nome desse conjunto de cursos Jornadas Internacionais de Educação Física
– e na série Eventos, que possui alguns registros desses encontros. Várias etapas constituíram o trabalho com as fotografias, e contávamos com a colaboração de ex-professores da EEF-MG para identificarmos, nas fotografias, os lugares, as pessoas, os contextos. Esses encontros foram permeados pela emoção do lembrar. Por meio desses momentos, pude reconhecer a fotografia como fonte, assim como compreender as potencialidades e fragilidades dos testemunhos orais como versões de uma história. Na continuidade de minha formação, iniciei, em 2010, o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da UFMG, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre esse conjunto de cursos de aperfeiçoamento técnico e pedagógico de professores.
Entre os anos de 1957 e 1962, foram realizadas cinco edições das Jornadas, sendo a primeira em 1957 e a última em 1962. Esses encontros objetivavam, principalmente, aperfeiçoar e atualizar os conhecimentos dos professores que estavam atuando nesse campo pedagógico. Em sua primeira edição, o curso foi denominado Jornada de Estudos de Educação Física
, recebendo posteriormente a designação de Jornadas Internacionais de Educação Física, que permaneceu até a última edição. As cinco edições das Jornadas possuem semelhanças e particularidades. É notável certo movimento, nada linear, entre as edições. Podemos perceber que, da I a IV, aumenta-se o número de professores estrangeiros convidados para ministrar cursos, assim como a procedência deles se torna mais variada. Isso também acontece com os alunos – ou estagiários
, como referenciam algumas fontes –, que, na IV edição, vieram de vários estados brasileiros e de outros países da América do Sul e do México. Há, ainda, um aumento no número de religiosos participantes. Esses três pontos são sempre ressaltados pelos jornais. Os primeiros com o intuito de mostrar sua abrangência, qualidade e originalidade, já o último enfatizando que zelava pela moral e pelo aperfeiçoamento do espírito.
Este estudo baseou-se no arcabouço teórico e metodológico da pesquisa histórica. Com o propósito de conhecer conteúdos e saberes em circulação, sujeitos envolvidos e suas práticas, espaços, tempos e elementos da cultura material, tomamos como referência alguns parâmetros e noções que organizam o campo da História Cultural e da Microstoria em algumas de suas vertentes.
Conhecer as Jornadas em seus detalhes e as apostas feitas nesse conjunto de cursos como possibilidade de aperfeiçoamento dos professores foi o objetivo deste estudo. Para tanto, tivemos que percorrer um caminho permeado por escolhas, construções e desconstruções, incertezas, descobertas, pausas, avanços e recuos – um trajeto de pesquisa que intentamos compartilhar neste livro.
¹ Importa destacar que, no intervalo entre a produção da dissertação e a publicação deste livro, o Cemef-UFMG produziu novos ordenamentos para a documentação sob sua guarda. Desse modo, algumas fontes citadas nesta obra podem ser atualmente localizadas em arranjos distintos.
PREFÁCIO
Jornadas são caminhos, expedições, certames... ou, ainda, o que se pode percorrer em um dia. São as ações de sujeitos, homens e mulheres, suas tantas andanças, em diferentes tempos e lugares. E, neste livro, que tenho a honra de prefaciar, da autora Cássia Danielle Monteiro Dias Lima, são muitas as jornadas que se apresentam e se entrelaçam! Elas revelam percursos de trabalho e formação. São jornadas que fazem despontar uma artesania, capaz de conciliar um fazer científico e rigoroso, no âmbito da História da Educação Física, com a amorosidade e o compromisso ético, próprios à vida compartilhada.
Inicialmente, digo das Jornadas Internacionais de Educação Física, realizadas entre 1957 e 1962, na cidade de Belo Horizonte, tomadas pela autora como objeto central da obra, fruto de sua pesquisa de mestrado, defendida e aprovada no ano de 2012, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social, na Faculdade de Educação da UFMG. Vale lembrar que, à época, o trabalho foi aprovado com expressivos elogios da banca examinadora e, assim sendo, fazê-lo também circular no formato de um livro é uma maneira de oferecer ao púbico leitor novas possibilidades de acesso a um estudo original e primoroso. Como os leitores poderão constatar, este livro apresenta-nos os sujeitos, os conteúdos e os métodos de ensino que constituíram uma trama singular e, ao mesmo tempo, conectada a outros movimentos que aconteciam no país, em prol da formação de professores de Educação Física. Por meio de um minucioso trabalho com fontes documentais de natureza diversa – cadernos de planejamento, jornais, fotografias, planos de aula, filmes e depoimentos orais –, Cássia nos permite conhecer como foram e por que aconteceram as Jornadas Internacionais de Educação Física, que tanto movimentaram a cidade de Belo Horizonte, marcando de modo significativo os sujeitos que delas participaram. Ao operar com essa variedade de documentos, o estudo foi capaz de articular os fatos históricos às sutilezas e detalhes de ordem cultural, política e pedagógica que afetaram cada uma das cinco edições do certame, conferindo contextualidade à narrativa.
A escrita dessa história merece ser conhecida, pelos saberes que descortina. A Educação Física em Minas Gerais experimentava novas possibilidades, dialogando com propostas capazes de afirmar uma modelagem pedagógica que enfatizava a educação integral e a formação humanista, anunciando possibilidades modernas
e capazes de atualizar conhecimentos e práticas existentes. Nessa chave interpretativa, as páginas deste livro atestam que, nos anos de 1950 e 1960, a Educação Física se encontrava diante de uma pluralidade de temas e métodos considerados legítimos para o ensino escolar desse conteúdo e para a formação de seus professores. Ademais, a sensibilidade da autora no trato com as fontes históricas também foi capaz de trazer à escrita alguns fragmentos de cotidianos, dando a ver que os encontros entre pessoas, de diferentes países e regiões, foram mediados por trocas afetivas, festas, amizades e amabilidades. Deparar-se com os sujeitos da/na história e saber perquirir suas sensibilidades é algo de extremo valor para a História da Educação. E, nesse caso, estamos falando de educadores, militares, padres, freiras, crianças, representantes do poder político etc. Assim posto, parece relevante considerar que o público leitor da obra não deva restringir-se aos que compõem o campo pedagógico e científico da Educação Física. São transdisciplinares as contribuições.
Não menos importante é realçar que este livro é também revelador de uma outra jornada: o percurso acadêmico da autora. Seu tema de estudo guarda relação com uma experiência de trabalho nos acervos do Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef), sediado na Universidade Federal de Minas Gerais. No emaranhado de documentos imagéticos, textuais e orais, sempre a demandar ordenações, classificações e inteligibilidades, Cássia foi, de alguma forma, convocada a interrogar os documentos e os sentidos que orientaram sua produção e guarda, extraindo deles perguntas originais de pesquisa. Desde a iniciação científica, a jornada por ela percorrida corrobora o argumento de que viver a experiência dos arquivos – com seus cheiros, sujidades, lacunas, reparos necessários e ordens silenciosas – é dimensão decisiva na formação de uma pesquisadora em História da Educação e da Educação Física. Lembro-me da alegria de Cássia, em uma de suas primeiras incursões aos arquivos, ainda como estudante de graduação, na sede da Associação Brasileira de Educação (ABE), no Rio de Janeiro. Seus olhos brilhavam e seu respeito ao passado expressava-se corporalmente, nas maneiras de tocar, manusear, observar, notar e anotar os vestígios e rastros deixados por educadores de outros tempos. Colocar-se de corpo no que se faz: eis uma pista nem sempre observada. Mas Cássia seguiu adotando essa maneira de fazer
em sua jornada de formação e, agora, na condição de autora de um livro, pode sobre isso também ensinar.
Por fim, penso no compartilhamento de jornadas. Formar-se é fazer com, é (com)partilhar. Sabemos que muito se discursa sobre isso, pois é de bom tom no campo da Educação. Todavia, entre o dizer e o fazer estão as nossas práticas, com seus resíduos e ressonâncias nada negligenciáveis. Nesses termos, esta obra pode também ser lida como parte de uma construção coletiva, entre pares. Ela nasce em meio a um percurso de caminhantes plurais, desafiados a aprender o ofício de pesquisadores e pesquisadoras em História da Educação e da Educação Física. O livro de Cássia traz o mérito de ter sido forjado nas trocas, nos compartilhamentos de fontes, nas coautorias, nas viagens de pesquisa, nas festas... Estou a dizer do valor de um percurso pessoal e original, sem dúvidas! Mas que não se fez sem o outro, pois escolheu, em sua jornada, participar das trocas suscitadas pelo debate acadêmico, pelo encontro com a teoria e pelo confronto de ideais, sempre a desestabilizar nossas certezas provisórias. Ainda bem! Pois este livro sobre as Jornadas Internacionais