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Os Golfinhos Do Sul Do Brasil
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Os Golfinhos Do Sul Do Brasil
E-book103 páginas1 hora

Os Golfinhos Do Sul Do Brasil

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Sobre este e-book

Existe em nosso planeta outra espécie inteligente, além de nós humanos. Mais antigos e mais aperfeiçoados em algumas capacidades físicas e mentais, os golfinhos sempre fizeram parte da história. Salvando pessoas do afogamento e do ataque de tubarões, guiando embarcações em alto mar, levando crianças para passear em suas garupas, curando pessoas, convivendo com populações costeiras, e também auxiliando pescadores a capturarem os cardumes de peixes, os golfinhos parecem nos entender. Esses povos dos mares, como verdadeiros missionários marinhos, sempre estiveram ao longo de milhões de anos motivando a nossa espécie com a sua forma altruísta de ser, o que é exemplificado aqui neste livro através da pesca em cooperação com o homem que acontece no litoral das praias de Torres e do Passo de Torres, no sul do Brasil. Um exemplo magnífico de solidariedade entre diferentes espécies. Neste livro você encontrará informações de ponta a respeito dos golfinhos e de seu relacionamento conosco através do prisma de quem teve o privilégio de conviver com eles. Um livro para todas as idades, que combina dados científicos com a experiência pessoal do autor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jan. de 2022
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    Pré-visualização do livro

    Os Golfinhos Do Sul Do Brasil - Luiz Felipe Zanette

    Prefácio

    Golfinho e Homens

    Ao ler o manuscrito da obra Os Golfinhos do sul do Brasil e a Pesca Solidária no rio Mampituba, me ocorreu que é praticamente público e notório que, caso possa existir um animal que seja mais inteligente que o homem, tal seria o golfinho.

    Se algo, porém, é considerado público e notório, é prudente que, de vez em quando, tomemos em nossas mãos uma lupa e examinemos o assunto, pois existem mal-entendidos e mentiras que, por largos anos, mereceram fé pública. Eis o escopo do aqui apresentado trabalho do autor. Ele examina com muita perícia os golfinhos e seu relacionamento especialmente com os pescadores nas localidades citadas em epígrafe, localizadas na fronteira dos estados sulinos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Ressaltamos justamente este ponto, por sabermos que o comportamento de certos animais mudam, de acordo com o meio ambiente em que vivem. É claro que hábitos e

    costumes dos animais podem mudar até radicalmente em certos casos.

    Um pesquisador de chimpanzés constatou que os símios que vivem na floresta têm um comportamento bem mais pacífico e manso que seus irmãos que vivem nas estepes. Por isso mesmo, consideramos fundamental o autor e pesquisador ter indicado o ponto geográfico, em que observou o comportamento dos golfinhos. Assim, qualquer atitude diferente do observado em outros locais, é complementada pelo que consta nesta obra, uma vez justificadas as diferenças a partir da localização geográfica. Ressalto este ponto apesar do autor ter-se referido praticamente aos golfinhos espalhados pelo planeta todo, mas evidentemente, sempre pode ocorrer uma ou outra omissão.

    A pesquisa do comportamento de animais ganhou um grande incremento a partir da segunda metade do século vinte. Mas tal seria efetivamente importante? A melhor prova para uma resposta positiva a esta pergunta é o fato do professor austríaco Konrad Lorenz ter sido homenageado em 1973 com o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia por seus estudos e pesquisas no campo da etologia.

    Antigamente, seja por preguiça mental ou ignorância – duas atitudes que se entrelaçam – no que se referia ao comportamento animal, só sabiam dizer que se tratava de instinto. Quem cresce no campo, como criador de animais em pequena escala e tem olhos abertos para a observação, sabe perfeitamente que, ao menos o comportamento de alguns indivíduos, não consegue classificar só com o nada-dizente termo instinto. E não é apenas a pesquisa que nos impressiona, no caso dos golfinhos, mas deve existir uma ligação afetiva especial entre golfinhos e seres humanos. No livro aparecem passagens nas quais o autor nos relata que, para certos povos antigos, matar um golfinho era considerado tão criminoso como um assassinato. Mas nem precisamos ir longe: Todos conhecem o trabalho da organização Greenpeace, que luta denodadamente pelo salvamento das baleias. Nós igualmente nos engajamos neste propósito, porém, poderíamos condenar quem indaga o que o mundo perde se morre a última baleia? Sabemos perfeitamente que matamos animais para viver de sua carne. No entanto, os mares estão ficando vazios de peixes e os japoneses que dependem dos frutos do mar, inventaram de matar golfinhos – o que podemos até considerar normal dentro da

    velha lei da selva que ainda comanda o mundo: matar ou morrer! Aconteceu o seguinte: em todos os recantos do mundo se levantaram protestos e eu tinha a impressão que os estranhos sons emitidos pelos golfinhos que estavam morrendo – conforme vi num filme – pareciam nos dizer: Os nossos melhores amigos nos fazerem isso?

    Certa feita, alguém até levantou a suspeita de que o homem, em sua origem, menos tem a ver com os símios, igualmente muito inteligentes, que com golfinhos que por uma razão ou outra a partir dos mares foram viver na terra firme. Sob alguns aspectos tal tese seria defensável, mas nunca nos esqueçamos das enormes diferenças orgânicas existentes entre golfinhos e humanos que ocuparia um tempo de milhões de anos de evolução para poder se concretizar. Um outro estudioso disse que ao criar os golfinhos, Deus logo os puniu, por lhes dar uma inteligência ímpar, mas não os dotando de membros com os quais poderiam executar as tarefas que de certo imaginaram, ao raciocinar. Com a boca e aquelas nadadeiras nem todas as tarefas que executamos todos os dias poderiam ser realizadas.

    Um ponto interessante no livro é a parte em que fala que aborígenes da Austrália afirmam que há milhares de anos estão em contato telepático com os golfinhos. O tipo de comunicação chamada Telepatia a nosso ver se vale no caso do homem de ultra-sons inaudíveis, porquanto esta segunda comunicação, em algumas espécies de animais é perfeitamente audível. Como pessoa de uma família que criou animais em pequena escala, cito aqui porcos e galinhas que só por pouco tempo param de emitir estranhos sons. A comunicação dos golfinhos é equivalente à nossa telepatia e isso explica por que esses animais às vezes se valem de outros meios para dialogarem. Em assuntos complicados e não previstos em uma vida normal, a telepatia se mostra acanhada. Isso eu digo, mesmo considerando – a partir da leitura desta obra – que a comunicação telepática entre golfinhos funciona bem melhor que a nossa humana própria.

    Depois fala o autor dos botos, golfinhos que adentram o Rio Mampituba, que chama de amigos aquáticos com toda a razão. Também destaca aquilo que já abordei, reforçando que os indivíduos e, com isso os agrupamentos entre golfinhos, apresente uma diversificação muito maior que a apresentada entre os seres humanos. Claro, é imperioso estudar os golfinhos de modo específico que vivem naquele ponto do litoral gaúcho.

    Não vamos falar mais do conteúdo deste livro que é deveras interessante até para os leigos que mantiveram viva a sua curiosidade. Acima de tudo é surpreendente. Por mais que se saiba a respeito de golfinhos, mais se quer saber e creio que vai levar um tempo enorme até que saiba tudo sobre estes incríveis animais.

    De consciência muito tranquila e sobremaneira entusiasmada pelo que li, recomendo a leitura deste trabalho de pesquisa e autoria de LUIZ FELIPE ZANETTE.

    Porto Alegre, Maio de 2012.

    Zélia H. Dendena A. Sampaio (Membro da Academia Rio-Grandense de

    Introdução

    Escrever um livro sobre os golfinhos é algo realmente fascinante.

    A sua espécie é tão maravilhosa que estar em constante contato com ela acaba alterando para melhor a forma como você percebe a si mesmo e ao mundo.

    Nem todas as pessoas, porém, já experimentaram isso. Por essa razão e por ter esses seres magníficos tão pertos de nós foi que decidi realizar esse empreendimento, a fim de aproximá-los ainda mais de todos aqueles que não tiveram o privilégio de conhecê-los e também estimular o turismo ecológico na região onde eles vivem.

    A minha maior satisfação ao escrever este livro esteve em me sentir parte do mundo dos golfinhos, de sua evoluída e inteligente espécie, colaborando para torná-los mais respeitados e também fornecendo meios para que o seu meio ambiente, que também é nosso, seja preservado.

    Apesar de

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