Caiu na Rede é Papagaio (E Outras Histórias de Quem Não Voa)

De Marcelo Bechara Souza Nassar Frange

A história de um papagaio que ajudou a resolver um crime já seria o suficiente para ganhar destaque em jornais e, pelo menos, uma crônica.

Mas esse papagaio não se contentou em solucionar o mistério do roubo. O papagaio buscou a imortalidade. Passou dias longe de casa, desaparecido, sofreu amputações, duelou contra animais selvagens e ainda ousou experimentar veneno.

Louro Augusto nunca foi um bicho de estimação comum. Desde a sua chegada, despertou a curiosidade de seus donos e não parou mais.

Ranzinza, mal-humorado, fã de televisão e música, o papagaio possuía um dom para se enfiar em confusões que nos faz questionar se é mesmo um livro baseado em histórias reais ou se é ficção.

Louro Augusto existiu, e as histórias também. Louro Augusto foi o papagaio mais arteiro e encrenqueiro de que já se ouviu falar.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Appris
• Data de lançamento: 24 de abr. de 2018
• ISBN: 9788547312527

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Aos meus avós.

A ave constrói o ninho; a aranha,

a teia; o homem, a amizade.

(William Blake)

sumário

PRÓLOGO 

1

O ARROTO DA CAIXA DE SAPATO 

2

O AMOR PELA TELEVISÃO E FETICHE POR PÉS

3

O PRIMEIRO VOO 

4

O AFINADOR DE VIOLÃO 

5

CAIU NA REDE É PAPAGAIO

6

CASO DE POLÍCIA 

7

O SEGUNDO VOO 

8

A PLANTA VENENOSA

9

CAÇA AOS RATOS 

10

A BATALHA

11

O ANÚNCIO NO RÁDIO

12

A VIAGEM 

PÓSFÁCIO

AGRADECIMENTOS FINAIS

PRÓLOGO

Histórias de gatos de sete vidas são comuns. Os gatos vivem pelas ruas, sobem em árvores e em muros, pulam de alturas perigosas e parece que nada os afeta. Flertam com o perigo e esnobam a morte. Tornou-se popular e cultural afirmar que gatos têm sete vidas.

Ouvi muito sobre essa cultura e observava os gatos de parentes ou os que eu cruzava na rua. Confesso que nunca fui fã de gatos, mas os observava para compreender os reais motivos da fama de sete vidas. E, confesso também, que nunca presenciei a história de um gato de sete vidas. Soube de gatos que escaparam da morte, mas não mais de uma ou duas vezes.

Este livro conta o que presenciei. Conta a história de um animal que flertou com o perigo e escapou da morte uma dúzia de vezes. E não era um gato. Era um papagaio. O papagaio de minha família. O papagaio mais arteiro de que já se teve notícia. O papagaio mais encrenqueiro de que tive conhecimento. Não à toa, suas histórias são dignas de virar um livro.

Cada capítulo conta uma aventura de Louro Augusto, ou Frangão, como ficou popularmente conhecido. Foi trabalhoso escrever este livro. Já se passaram anos de cada acontecimento e tive que me esforçar para me lembrar das histórias e colocá-las no papel. Tive sorte de Louro Augusto ter marcado muito nossas vidas, o que facilitou para meus pais e meu irmão também se lembrarem de casos.

Já adianto que é normal, ao longo do livro, questionar se realmente tudo aconteceu, e afirmo-lhes que sim, aconteceu. Eu também me fiz essa pergunta. A cada capítulo escrito pensava em como era possível um papagaio aprontar tanta confusão. Ou como ele escapou de novo. Fiquei com medo de soar repetitivo ao afirmar que Louro Augusto escapara da morte mais