Anoitecer
De G. A. Silva
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Anoitecer - G. A. Silva
Anoitecer, por G. A. Silva
Anoitecer
Anoitecer, por G. A. Silva
Dedicado às mulheres poderosas, que nos oferecem seus super poderes
todos os dias com coragem e desassombro, às batalhas que lutamos todos
os dias contra nossos monstros interiores e a cada sonhador que existe
que essa seja uma pequena janela que leve a mundos ainda maiores e a
todos os amigos que dão sentido à nossa história.
Anoitecer, por G. A. Silva
Capítulos
Capitulo I Um encontro na floresta ...................................................... 5
Capitulo II Um novo começo ........................................................... 16
Capitulo III A vida nunca mais será a mesma... ..................................... 40
Capitulo IV Uma estranha Visita ....................................................... 52
Capitulo V A dança do destino ......................................................... 67
Capitulo VI Suspeitas ................................................................... 83
Capitulo VII Sangue e Vida. ........................................................... 96
Capitulo VIII Confronto Mortal ..................................................... 119
Anoitecer, por G. A. Silva
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Anoitecer, por G. A. Silva
Eu sou Sara Mouborne e á pedido da minha mãe, vou passar as férias na casa
da minha avó Elisabeth, ela mora perto de uma floresta, num vilarejo
chamado Nightfall, onde segredo é só o começo, as pessoas parecem ter
medo daquele lugar, mas não que seja simples medo de se perder, e acho
que estou para descobrir algo mais nessa história. Minha avó se mudou á
pouco tempo para lá e ainda não tem muitos amigos, então minha mãe me
mandou para lá para cuidar dela até que ela se estabeleça no lugar, logo que
cheguei já notei uma floresta que parecia se destacar, mas não achei nada
parecido com o que já ouvi dela, parecia uma paisagem calma e tranqüila
onde as árvores pareciam dançar ao vento, como se destacasse a vida que
existia nas árvores e no próprio lugar em si, não me contive em dizer quando
descido ônibus:
•
Ei vó que floresta linda! Quem sabe eu não vou lá para desenhar algum
dia!
Desenhar é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, mas fui interrompida
nessa hora por um garoto que passava por ali.
•
Se eu fosse você nem chegaria perto desse lugar.
•
Por que você diz isso?
•
Porque essa floresta é cheia de animais estranhos, nos últimos 50 anos
quem entra aí, nunca mais sai e o mais estranho é que nem aumentos
conseguem achar seus corpos seja lá que animal tiver aí devora a todos
sem deixar nem vestígios, uma vez encontram um corpo de alguém
desconhecido, um homem eu acho e não havia sequer uma gota de
sangue em seu corpo. Há propósito Jack.
•
Prazer Jack eu sou Sara.
Nos olhos daquele garoto havia um ar de espanto provavelmente explicado
pelo fato de eu ter achado a floresta linda, mas depois de sua aparição
repentina vi que talvez ele pudesse soar como um amigo era uma figura
curiosa com cabelo loiro liso, pele branca, era baixo, razoavelmente magro,
com o peso bem distribuído pelo corpo, olhos pretos, ainda espantados pelo
que ele havia se lembrado da floresta antes, um rosto arredondado,mas bem
desenhado, braços fortes de quem ajuda em serviços pesados as mãos eram
grossas, e em certo momentos faziam movimentos curiosos, mas precisos.
Anoitecer, por G. A. Silva
Continuamos conversando, e acho que ele estava tão curioso comigo quanto
eu estava com ele.
•
De mudança?
•
Não na verdade estou de férias a minha avó é que se mudou para cá e
eu vou ficar com ela durante as férias até para ela se enturmar com o
pessoal daqui.
•
Ah, acho que ela vai gostar do pessoal daqui quem sabe ela também
não poça conhecer meu avô eles podem se tornar amigos.
•
É uma boa idéia.
•
Deixa eu te ajudar com isso.
•
Ah, não precisa tá leve.
•
Como quiser.
•
Sara querida, vamos entrar e você também garoto se não me engano e
o filho do carpinteiro não? Quer entrar?
•
Isso mesmo, Mas não quero incomodar.
•
Não incomoda nada garoto, até ia perguntar se não podia me ajudar a
mover o móvel da minha sala.
•
Nesse caso, com licença!
Ele então entrou e logo depois de mudar o móvel da minha avó ele começou
a puxar assunto, primeiro com a minha avó e depois comigo e até que ele
parecia legal. Depois de certo tempo Jack foi embora, devo dizer que mesmo
depois do ele disse sobre aquela floresta ainda apreciava aquela paisagem
como se ela fosse aconchegante, mas por dias não dei importância para isso.
No dia seguinte Jack voltou a passar por ali, ele estava levando um pequeno
presente para a minha avó.
•
Oi Jack o que faz aqui hoje?
•
Ah meu avô tem o costume de receber vizinhos novos com um
presentinho ele fez esse pequeno quadro pra sua avó. E eu vim
trazê-lo.
•
Não é um amor minha querida?
•
Ah, é sim é muito bonito, seu avô é mesmo habilidoso.
•
Não foi nada, ele já foi o melhor marceneiro dessas bandas.
•
Ah eu acredito.
Anoitecer, por G. A. Silva
•
Então senhora Mouborne estava me dizendo o porque ela resolveu
se mudar pra cá...
•
Ah sim... Bem como eu ia dizendo depois da morte do meu esposo
eu já não achava graça em nada, então fui convidada por umas
amigas para passar uns dias num hotel fazenda e fiquei encantada
com a vida do interior. Então acabei tomando a decisão de me
mudar para um lugar pequeno e tranquilo e cá estou.
•
Ah entendo foi uma perda dura pra senhora, mas que bom que
decidiu se juntar a nossa vidinha calma por aqui. O ar da natureza é
muito bom por aqui. Qualquer dia eu vou levar vocês duas para
conhecem os campos de trigo da região é um lugar belíssimo. E o
senhor Alchibtz dono das terras possui uma linda estufa de rosas que
ele coleciona, ele adora receber visitantes lá.
•
Ah me parece uma ótima ideia. O que você acha querida?
•
Claro parece ótimo. Eu vou adorar
Dessa forma depois de uns dias Jack nos levou para visitar os campos de trigo
a paisagem era mesmo linda por ali, apesar de não ser uma plantação
enorme, era bem grande e bonita, os campos estavam dourados como o
ouro, e formavam uma paisagem deslumbrante na Estufa as rosas eram de
tirar o fôlego, eu acabei levando meu caderninho e aproveitei enquanto
minha avó conversava com o dono das terras para desenhar um pouco,
desenhar a natureza era realmente o que eu mais gostava, quando eu estava
terminando fui interrompida por Jack.
•
Nossa que desenho lindo, não sabia que desenhava.
•
Ah é só um passatempo que eu gosto bastante.
•
Você é muito boa nisso. Devia pensar em profissionalizar isso algum
dia.
•
É isso pode acontecer.
•
Na verdade eu vim te chamar o senhor Alchibtz quer oferecer um
café pra vocês.
•
Ah claro, vamos lá.
Depois da visita aos campos a cada dia minha avó conhecia mais pessoas, no
dia seguinte o avô de Jack convidou a minha avó e eu para participarmos de
Anoitecer, por G. A. Silva
uma feira de artesanato com ele, ele era um senhor bem apanhado embora
tivesse algumas marcas do trabalho duro que realizava, era firme e educado
não era de muitas palavras, mas ainda assim ele era uma boa companhia, às
vezes ele explicava as formas de esculpir a madeira com muita precisão, a
família tinha uma marcenaria, mas a especialidade daquele senhor parecia
mesmo era esculpir a madeira. Depois que pensei que móveis antigos tinham
certos detalhes esculpidos isso fez sentido.
•
Veja só essas linhas aqui são esculpidas de baixo pra cima, num
movimento assim... Bom mais ou menos isso.
•
Puxa isso é muito interessante mesmo.
•
Veja só Sara esse desenho não é lindo?
•
É sim vó, realmente é uma obra de arte.
Assim minhas férias passavam de modo normal, na pacata e monótona
cidadezinha, a monotonia só era quebrada pelo som do vento nas arvores,
que quase parecia sussurrar meu nome e pelas conversas que tinha com Jack,
ou com os novos vizinhos da vovó que me divertiam bastante, enquanto
minha avó conhecia o avô de Jack e a vizinhança, tudo ia bem e eu até achava
que essa tranquilidade toda fazia bem, embora sentisse falta da agitação da
minha vida.
Numa manhã acordei com o dia bem nublado, estava escuro e frio, Passando
os olhos pela janela da sala vi um vulto nas árvores, voltei meus olhos para o
lado em um movimento rápido e olhei de novo e o vulto havia desaparecido,
fiquei pensando naquele vulto a manhã toda. Na verdade aquela floresta
ainda parecia muito atraente, desde o dia em que chequei lá eu me sentia
atraída por ela, era como se a floresta me observasse, talvez por isso eu
tivesse pensado que havia um vulto ali.
•
Sara eu fiz uns biscoitinhos porque você não convida aquele garoto
Jack para comer com a gente?
•
Ah... Certo vovó eu vou ligar pra ele.
•
O que foi que carinha é essa?
•
Ah nada demais só uns pensamentos.
•
Tudo bem então.
Então de tardezinha eu peguei um pequeno caderno que tinha trazido
comigo e me pus a desenhar alguns rabiscos que vinham à minha mente,
Anoitecer, por G. A. Silva
deixei a mão livre para criar o que quer que fosse sem me esforçar muito até
que ouvi um sussurro vindo do lado da floresta, não entendi o que dizia
então olhei e não vi nada, mas olhando para a floresta comecei a caminhar
em sua direção com curiosidade, quase que hipnotizada, sem medir os
passos fui andando. E quando dei por mim estava dentro da floresta, foi
quando me deparei com uma paisagem sombria e o pior estava
completamente silencioso, era um silencio apavorante. Comecei a ficar
assustada e quis logo voltar pra casa da minha avó, mesmo sem entender o
que eu tinha ido fazer lá, e me virei para andar de volta. Neste momento vi a
figura de um homem que me olhava do alto da árvore com olhos vermelhos
como sangue e pele pálida, embora fosse negro e tivesse os cabelos
compridos enrolados e jogados para traz, não entendi como ele estava tão no
alto, mas não tive forças de perguntar. Ele falou alguma coisa em tom bem
baixo e senti quando meu corpo estremeceu, e pude sentir o perigo a minha
volta sabia que ele estava me ameaçando, pensei em correr, mas assim que
me virei ele apareceu diante de mim, me agarrou com uma força monstruosa
da qual eu nem tive chance de me livrar eu senti quando num movimento
rápido ele cravou os dentes em meu pescoço. Eu podia sentir o sangue sendo
sugado de mim e meu corpo foi sumindo enquanto minha cabeça rodava, e
quando estava no limite de minhas forças senti um alívio para a pressão no
me pescoço, foi quando ele parou de me morder pra olhar pra alguma coisa e
de repente o senti ser derrubado por outro garoto que apareceu
subitamente, enquanto eu também fui ao chão instantaneamente devido à
falta de forças. Ao mesmo tempo meu corpo todo começou a tremer e uma
dor horrível me consumia como se minha cabeça fosse explodir, os dois
estavam agora lutando e enquanto eu via a batalha sentia meu corpo
incendiar, como se minha própria vida fosse cortada aos pedaços. Até que a
minha vista foi escurecendo e eu perdi a consciência.
Aquela garota, eu já tinha visto antes, ela olhava para a floresta com um
olhar profundo e suave ao mesmo tempo era indescritível. Há alguns dias
que eu a via por alie algumas vezes ela olhava na minha direção como se
soubesse que eu estava ali, como se pudesse sentir a minha presença. Eu a
reconheci instantaneamente quando a vi sendo atacada. Normalmente não
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interfiro num ataque, mas aquela garota eu não consegui ignorar. Agora eu
a via desacordada ela tinha sido transformada em vampira e eu não pude
impedir, ela agora era como eu, olhando pra ela eu pensava qual a sua
reação quando acordasse o que ela sentiria como ela seria depois daquilo.
O seu rosto ainda parecia normal como se ela dormisse no mais lindo sonho,
mas aos poucos seu cheiro mudava e ela se empalidecia, enquanto eu
assistia. Eu olhava pra ela e sentia culpa por não tê-la salvo, em tanto
tempo eu nunca vi alguém com tanta delicadeza como ela e que parecia tão
firme ao mesmo tempo, não sabia quem ela era, mas sabia que ela tinha
causado em mim