Desventura
De J. Brandão
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Desventura - J. Brandão
J. Brandão
Desventura
Aos sonhadores que não temem o desconhecido e ao desejo, a grande ânsia de querer, que é o combustível dos sonhos.
Sabe, meu bem. Eu já vivi mil anos num único dia E mil segundos no ano inteiro
O tempo sempre me foi traquinas
Uma hora, passa. Outra hora, mata.
Eu acordei com uma dor aguda na lateral da cabeça. Olhei um teto antigo, muito velho com vigas gastas. Uma senhora sentada ao meu lado colocava sobre a minha testa um pedaço de pano molhado com um cheiro estranho quase enjoativo. Eu olhei um tanto confusa. Ela falava atentamente a alguém, um homem com aparência rústica e um casaco de couro e barba por fazer. Tinha os olhos avermelhados e segurava firme a minha mão.
Por alguns instantes, pensei que fosse o meu irmão, mas não era. Os dois conversavam rapidamente e eu não entendia. As palavras se misturavam e não faziam sentido. Lembro que fiquei bastante confusa. E na minha cabeça, pontadas fortíssimas que dificultavam meu entendimento, aumentavam. Vinham fortes, fortes batidas. Desmaiei.
Quando acordei novamente, estava silêncio. O teto de antes era o mesmo. O que indicava que eu ainda estava no mesmo lugar. Mas agora, tudo estava muito escuro, a salvo as luzes fracas de uns candelabros e castiçais ao redor do quarto. Esforcei-me para sentar na cama. A cabeça doía leve, quase um resquício da dor de antes. Eu não reconheci nem de longe aquele quarto. Onde eu estava?
Preocupei-me, eu estava com um vestido longo até os pés. Claro, mas sujo. Devia ser branco, mas por alguma razão não estava branco. Quando eu olhei no espelho manchado pude ver meus cabelos em desalinho. Ouvi um barulho de passos se aproximando. Vi também que era um piso de madeira, madeira bem gasta. O verniz velho, já descascando. E trocando o peso de um pé para o outro, o piso rangia levemente.
Mas o barulho dos passos que se aproximavam cada vez mais não eram dos meus pés. O homem de antes se aproximou rapidamente e me abraçou. A senhora em seu encalço, perguntava como eu me sentia. Respondi balbuciando:
O homem me escoltou de volta a cama.
Ele tinha uma voz bastante grave, era alto. Percebi quando se aproximara de mim. E minhas mãos se perdiam no meio das suas. Eu estava tentando entender que situação era aquela em que eu estava. Ele tinha um forte cheiro de relva fresca, capim e campos. Cavalos, sim. Cavalos. Era um cheiro bom, difícil de ser fielmente descrito.
Ele também parecia alegre e como eu notei mais tarde, aliviado.
A senhora respeitosamente o interrompeu:
Enquanto eles conversavam, eu estudava aquele quarto. Sim, acolhedor. A maioria dos móveis era de madeira. As paredes não tinham nenhum tipo de azulejo ou pintura. Era de fato, muito campestre, grosseiro. Imaginei que aquela senhora seria muito pobre. Não tinha janelas no quarto. Mas era acolhedor e quente. O que eu estaria fazendo ali?
Os meus braços tinham alguns arranhões superficiais que estavam doloridos e inflamados. Mas eu não conseguia enxergar bem os cortes. Talvez, fosse a escuridão. Eu não estava ambientada a lugares tão escuros.
Senti um ponto dolorido e molhado do lado direito da minha cabeça. Rapidamente achei tudo aquilo muito esquisito. E quanto mais eu observava o lugar, mais me inquietava. O homem havia levantado e continuava a conversa com a senhora. Comecei a observá-lo. Ele parecia um camponês. Estávamos no campo com certeza. Mas ele não tinha cintos e usava botas de couro. Tinha ombros largos e uma ótima compleição física. Era atraente. A barba por fazer o deixava mais charmoso. Eu gostei do conjunto da obra e poderia convidá-lo para tomar um café quando a situação fosse resolvida.
Ele baixou a cabeça por alguns instantes.
Eu perguntei. Os dois me olharam surpresos e depois se entreolharam preocupados. Ele respondeu:
Ele havia se ajoelhado ao lado da cama e segurava minhas mãos carinhosamente. Eu o olhei completamente pasma, seria uma boa hora para eu desmaiar, mas não desmaiei.
Eu nem sabia cavalgar. Sempre fui uma moça de cidade grande. Não é