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O Cotidiano Humano
O Cotidiano Humano
O Cotidiano Humano
E-book148 páginas1 hora

O Cotidiano Humano

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Sobre este e-book

A obra O Cotidiano Humano é uma história do dia a dia. Apesar de iniciar com reflexões filosóficas, procurei descrever fatos até bastante banais que acontecem em nossas vidas. Há alguns trechos que podem ser considerados folclóricos, mas também são fatos ocorridos no cotidiano dos personagens e, sim, também é uma autobiografia. Bom, eu sempre sonhei em ter três coisas na vida; a) Educação; b) Ter um pedaço de terra; c) Construir uma família. Graças à luta de toda família, de meus três filhos um concluiu o Ensino Médio e cursa Tecnologia Em Obras no IFMT. O outro já se formou no Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios do IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso). A minha esposa concluiu o ensino médio recentemente; e nosso caçula Alessandro, está no terceiro ano do ensino médio. Estudar se tornou um projeto coletivo de nossa família, todos estão empenhados. Quanto a ter um pedaço de terra. Perdemos a posse da terra do meio rural, mas nos últimos anos conseguimos comprar um terreno na cidade e construir nosso casebre. Onde estamos morando. Portanto, os sonhos são objetivos coletivos que persistirão por toda vida de nossa família e, sim, penso que nossa história de luta é semelhante a de muitos brasileiros.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jan. de 2019
O Cotidiano Humano

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    Pré-visualização do livro

    O Cotidiano Humano - Luis Pinto Ribeiro

    Luis Pinto Ribeiro Página 2 de 172

    PROJETO INDEPENDENTE

    REVISÃO

    Luis Pinto Ribeiro

    CAPA E DIAGRAMAÇÃO

    Luis Pinto Ribeiro

    FOTOS

    Luis Pinto Ribeiro

    Ficha Catalográfica

    Ribeiro, Luis Pinto. O Cotidiano Humano. Campo Verde Mato Grosso,

    2019. O Cotidiano Humano foi registrado na Fundação Biblioteca

    Nacional. Nº de registro: 513.927, Livro: 974 Folha: 275. Todos os

    direitos reservados ao autor. Nenhuma parte desta obra poderá ser

    transmitida ou reproduzida sem autorização por escrita do autor.

    Luis Pinto Ribeiro Página 3 de 172

    Sumário

    Introdução 06

    Capítulo I

    Concepção de educação e a organização humana 08

    Capítulo II

    O cotidiano de duas famílias

    24

    Capítulo III

    Diversidade cultural e readaptações humanas 51

    Capítulo IV

    Caminhos percorridos com os sem terras

    76

    Capítulo V

    O antagônico as rupturas e a geração do novo 140

    Conclusão 164

    Luis Pinto Ribeiro Página 4 de 172

    Lista de Abreviatura 166

    Referências Bibliográficas 169

    Luis Pinto Ribeiro Página 5 de 172

    Agradecimentos:

    As famílias de: Dartora, Afonso, Algemiro, Moacir, João e Raimundo. A todos aqueles que estenderam suas mãos nas horas de minhas dificuldades, contribuindo assim para que

    encontrasse coragem de continuar a caminhar e alcançar os objetivos planejados na vida.

    Especialmente a minha esposa Clarice, minha mãe Maria e meus filhos; Vlademir, Gustavo e Alessandro que são a razão dos meus esforços para alcançar o término de

    cada batalha.

    Luis Pinto Ribeiro Página 6 de 172

    Introdução

    O ser humano ao longo de sua passagem pelo nosso

    universo luta incontestavelmente pela sobrevivência. E a

    sobrevivência não depende somente do ser humano, ela

    está relacionada com processos educacionais e a

    organização da sociedade. Mas como os processos

    estabelecem conflitos é necessário o ser humano lutar

    incansavelmente para superá-los.

    Nessa obra, no primeiro capítulo o leitor poderá analisar um

    universo em que o conhecimento empírico e científico

    estará presente em ações praticada pelos seres humanos.

    O segundo capítulo revela com maior precisão o cotidiano

    de duas famílias, mas os fatos relatados podem ilustrar as

    histórias de tantas outras famílias que poderão imaginar

    seu universo cotidiano vivenciado em cada fase de vida dos

    personagens.

    A diversidade cultural e as novas readaptações

    exemplificadas no terceiro capítulo retratam a luta

    incansável dos personagens para sobreviverem em

    ambientes transformados pelas relações estabelecidas

    entre o homem e a natureza na organização da sociedade.

    O quarto capítulo faz revelações da vida de famílias que se

    submetem a situações extremas de risco inclusive de vida

    Luis Pinto Ribeiro Página 7 de 172

    para sobreviverem no campo. Caminhos percorridos com

    os sem terras retrata a vida da maioria dos personagens

    que lutam pela implantação de uma justa reforma agrária

    em nosso País.

    O antagônico, as rupturas e a geração do novo encontrado

    no quinto capítulo, elencam fatos que enriquecem a análise

    dos conflitos pelos quais muitas pessoas passam em

    situações que envolvem as relações, social, econômica ou

    política.

    Luis Pinto Ribeiro Página 8 de 172

    Capítulo I

    Concepção de educação e a organização humana

    Refletir sobre organização social significa estudar a

    movimentação humana a partir das idas e vindas de seres

    humanos envolvidos no contexto de nossa universalização

    cotidiana.

    Para tentar explicar sua origem através da ciência o homem

    relaciona sua existência entre ser social e a natureza. Essa

    relação ocasiona um movimento entre o conhecimento

    empírico e o científico. Isto é, o homem não é ser isolado

    em seu habitat. Ele aciona sua subjetividade através de

    ações cotidianas e o trabalho se transforma um instrumento

    que exterioriza seus atos. Diante dessa relação podemos

    encontrar o trabalho tanto no conhecimento empírico como

    no conhecimento científico. Desse encontro podemos

    classificar as idas e vindas dos mundanos.

    Entretanto falar especificamente de movimentos nos torna

    redutor da universalização cotidiana. Mesmo assim, sempre

    estará dentro de contexto redimensionado para melhor

    compreender nossa própria existência. E essa existência

    teria sucesso sem nosso universo formado por água,

    Luis Pinto Ribeiro Página 9 de 172

    energia, ar, terra, fauna, flora? Empiricamente dezenas,

    talvez centenas, milhares de pessoas afirmavam e muitos

    afirmam ainda hoje que homem nativo nem humano é.

    Mas, como explicar a existência tão adversa entre mundo

    indígena e ser social considerado civilizado? Será que o

    empirismo que o indígena detém não é a ciência que não

    conhecemos ou se conhecemos nos apossamos sem

    respeitar os detentores desse conhecimento. Será que a

    relação de movimentos realizados com a natureza não

    significa a contradição de desenvolvimento estabelecido

    nas relações de trabalho dos seres humanos considerados

    civilizados?

    Atualmente podemos afirmar que nosso trabalho

    cientificamente aperfeiçoado grande parte caminha para

    destruição da fonte de nossa vida, a natureza. Não

    aprendemos com os indígenas preservar para sobreviver.

    Falamos que precisamos nos desenvolver socialmente,

    culturalmente, economicamente, mas destruímos florestas,

    rios, animais e a terra, pior ainda, matamos seres que nos

    antecede; os nativos, nossa fonte de sabedoria que

    aprendemos analisar cientificamente pela metade.

    Os argumentos de Aníbal Ponces (2001) ilustram com muita

    precisão as movimentações sociais motivadas pelas

    transformações do perfil de homem que a própria

    movimentação social requer ou passa a requerer em

    decorrência do surgimento de novas exigências e novas

    Luis Pinto Ribeiro Página 10 de 172

    formas de organização social. Aqui podemos classificar

    conhecimento como sabedoria, ensino, transferido de

    geração em geração, mas que maioria das vezes se

    considera empírico.

    "Na comunidade primitiva as mulheres estavam em pé de

    igualdade com os homens, (...)Uma das ideias mais

    absurdas que nos transmitiu a filosofia do século XVIII é a

    de que, na origem da sociedade, a mulher foi escrava do

    homem. Entre todos os selvagens e entre todos os bárbaros

    de estágio médio e inferior, e em grande parte até mesmo

    entre o estágio superior, a mulher não só tem uma posição

    livre, como também é muito considerada. (Engels, ob. Cit.

    Pg. 46) (...) e o mesmo acontecia com as crianças. Até aos

    7 anos, idade a partir da qual já deviam começar a viver às

    suas próprias expensas, as crianças acompanhavam os

    adultos em todos os seus trabalhos, ajudavam – nos na

    medida de suas forças e, como recompensa, recebiam a

    sua porção de alimentos como qualquer outro membro da

    comunidade.

    A sua educação não estava confiada a ninguém em

    especial, e sim a vigilância difusa do ambiente. Mercê de

    uma insensível e espontânea assimilação do seu ambiente,

    a criança ia pouco a pouco se amoldando aos padrões

    reverenciados pelo grupo(...). Usando a terminologia a

    Luis Pinto Ribeiro Página 11 de 172

    gosto dos educadores atuais, diríamos que, nas

    comunidades primitivas, o ensino era para vida, e por meio

    da vida; para aprender a manejar o arco a criança caçava,

    para aprender a guiar um barco, navegava. As crianças se

    educavam tomando parte nas funções da coletividade. E

    porque tomava parte das funções sociais, eles se

    mantinham, não obstante das diferenças naturais, no

    mesmo nível que os adultos." (PONCE, 2001, p. 18,19).

    Esta intervenção de Ponces fornece subsídio para analisar

    com maior precisão o processo histórico de educação do

    império romano e sua contradição com o processo de

    educação dos povos primitivos e a educação chinesa.

    A educação no império romano povo primitivo, e chinês

    Primeiramente é necessário compreender que a educação

    do povo romano era oposta à educação dos povos

    primitivos e a educação chinesa.

    A educação romana era para a guerra, individualismo,

    preparação do povo para conquista de novos territórios

    visando à expansão do império. Educação romana

    significava o esforço para apagar qualquer resquício de

    Luis Pinto Ribeiro Página 12 de 172

    modelos educativo anteriores, a começar pelo uso da

    religião e a língua (latim).

    O império romano juntou religião e o estado como tentativa

    de apagar a influência dos gregos no território do Oriente

    Médio.

    Enquanto na educação primitiva se trabalhava educação de

    forma natural e espontânea para a vida, na educação

    romana era dirigida para força física, preparação para as

    guerras.

    Na educação chinesa se trabalhava a família como base

    social, a moral era considerada virtude, se valorizava a

    orientação dos mais velhos, fortalecendo com isso a relação

    da família.

    A formação educacional dos chineses era para diplomacia

    não para guerra, e nesse ponto se torna parecido com a

    educação primitiva, onde se valorizava a vida a natureza e

    o ser humano.

    Também é na educação primitiva que se incentivava a

    liberdade para ações das crianças e adolescentes e era

    considerado como um dos mecanismos vital da

    aprendizagem.

    A educação primitiva e a educação chinesa têm pontos

    comuns entre si, e são contraditórias em relação à

    educação romana.

    Luis Pinto Ribeiro Página 13 de 172

    Homens considerados civilizados

    Na descoberta do Brasil em 1500 existiam aqui

    aproximadamente cerca de cinco milhões de indígenas

    vivendo em organização social primitiva.

    Atualmente existem grupos bastante reduzidos na região

    Amazônica. Estima se que existam cerca de duzentos mil

    indígenas vivendo em território brasileiro, desses a grande

    maioria são considerados civilizados. E são os homens

    considerados civilizados que em pouco mais de quinhentos

    anos que ajudaram na drástica redução do número de

    povos indígenas em nosso País. São esses mesmos grupos

    civilizados que ajudam manter a continuidade do modelo

    de educação muito parecida com a educação romana.

    Descendentes principalmente de: Portugueses, Espanhóis,

    Italianos, Alemães, Franceses, Holandeses, Ingleses,

    indígenas e negros formam alguns grupos que vivem

    lutando pela conquista de espaços territoriais destruindo a

    natureza e consequentemente acabam matando também

    os indígenas considerados não civilizados, e se compreende

    que tudo está bem entre homem civilizado e seu habitat.

    Podemos nos perguntar: Como continuaremos a nos

    desenvolver sem ocupar todo o espaço territorial existente

    Luis Pinto Ribeiro Página 14 de 172

    no Brasil? Quem pensar que desenvolvimento é igual à

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1