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O Caminho Do Sol
O Caminho Do Sol
O Caminho Do Sol
E-book121 páginas1 hora

O Caminho Do Sol

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Sobre este e-book

Renato foi convidado pelo sol a ir. Ela se tornaria imortal, mas como largar sua vida e se aventurar sem rumo? Mas ele decidiu experimentar por um tempo, se jogar nessa aventura, onde não encontraria os outros convidados, pois todos sempre vão. Mas há uma guerra por vir. Esta história surgiu na busca de um caminho que chegasse ao sol. Não sei se há caminhos que levem ao sol ou se ele vem até nós. O livro faz parte de um conjunto, contando a história de Renato que ao ser tocado pelo sol com uma cor diferente resolve se arriscar numa aventura fugindo temporariamente de uma vida monótona. Não conheço ainda todos os passos do personagem e jamais os conhecerei por completo. Eles existiram antes da história e existirão depois que eu não a vir mais. Os meus personagens são para mim como pessoas que me dão uma história única e real. Eles são vivos, falam comigo e eu com eles numa troca constante. E é isto que quero que faça. Permita-se trocar com eles e também comigo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de out. de 2019
O Caminho Do Sol

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    Pré-visualização do livro

    O Caminho Do Sol - Trajano Amaral

    O Caminho do Sol

    Livro 01

    A primeira vez que fui

    Trajano Amaral

    Direitos autorais reservados exclusivamente ao autor.

    O Caminho do Sol, por Trajano Amaral

    Ao leitor

    Caro amigo leitor. Agradeço que esteja com este exemplar diante

    de você agora. Esta história surgiu na busca de um caminho que

    chegasse ao sol. Não sei se há caminhos que levem ao sol ou se ele

    vem até nós. O livro faz parte de um conjunto, contando a história

    de Renato que ao ser tocado pelo sol com uma cor diferente

    resolve se arriscar numa aventura fugindo temporariamente de

    uma vida monótona. Não conheço ainda todos os passos do

    personagem e jamais os conhecerei por completo. Eles existiram

    antes da história e existirão depois que eu não a vir mais. Os meus

    personagens são para mim como pessoas que me dão uma história

    única e real. Eles são vivos, falam comigo e eu com eles numa

    troca constante. E é isto que quero que faça. Permita-se trocar

    com eles e também comigo.

    Este é um trabalho sequencial, cujo objetivo é encontrar o

    caminho que não termina no sol. Serão sete publicações

    sequenciais para completarem todo o livro. Espero que seja uma

    leitura proveitosa e que retorne às próximas edições. Aguardo sua

    leitura.

    Acompanhe toda a obra nas próximas publicações:

    Livro 01 (a primeira vez que fui)

    Livro 02 (quando eu voltei)

    Livro 03 (o que quero contar ao mundo)

    Livro 04 (a segunda vez que eu fui)

    Livro 05 (o caminho que não termina no sol)

    Livro 06 (vá)

    [ 2 ]

    O Caminho do Sol, por Trajano Amaral

    Dedicatória

    A você que sorri pra mim todos os dias de forma inevitável.

    [ 3 ]

    O Caminho do Sol, por Trajano Amaral

    Capítulo 01 – O Convite do Sol

    Era manhã. Cansado e desanimado, com os pés enfiados em um

    sapato duro que já não ofendia os calcanhares porque se

    acostumaram forçosamente a ele, ou porque me esqueci de sentir a

    dor. Era mais um dia, depois de outro dia e antes do seguinte.

    Tomei meu café sem pressa, pois sempre acordei cedo para ir à

    escola e agora não seria diferente. O corpo já havia se acostumado

    ao nascer do sol. Era um dos poucos prazeres do dia. E o daquele

    dia nascia com uma beleza inexplicável. E quando ele tocou a

    xícara de café com leite e aqueceu a minha mão e a pintou de uma

    cor laranja linda e suave, parece que algo se moveu dentro de mim.

    Algo que nunca havia se movido antes. E eu olhei a cor até o café

    esfriar e eu perder o ônibus do estágio. Sim, o estágio. Eu acabava

    de me formar em administração e tinha conseguido um estágio em

    uma empresa transnacional, um trabalho tranquilo e muito bem

    remunerado. Estavam gostando muito de mim lá e eu, certamente,

    ficaria com o emprego no fim do ano. Já se passavam três meses

    de estágio e daqui a oito meses eu já seria um profissional bem

    empregado, respeitado e bem pago. O departamento de relações

    exteriores precisava de alguém como eu, que sabia o que dizer às

    pessoas. Sempre gostei de pessoas. Convencê-las a mudar o seu

    modo de vida não parecia um grande problema. Não tomei o café,

    é claro. Saí correndo, mas não deu. O ônibus se foi. Era a segunda

    vez que isto acontecia, a solução era ir para a saída de uma

    cidadezinha consideravelmente perto do bairro onde morava para

    ir no outro ônibus da empresa. Eles me deixavam ir sem

    problemas. Entrei em um ônibus qualquer e desci na avenida,

    atravessei por baixo do viaduto e peguei a estrada para uma

    cidadezinha aqui ao lado da minha. Eram uns vinte minutos de

    caminhada, mas dava para interceptar o ônibus da empresa que

    vinha de lá.

    [ 4 ]

    O Caminho do Sol, por Trajano Amaral

    O sol estava forte, já era mais forte do que belo, comum no início

    do ano, esquenta rápido. Então eu caminhei até a entrada da

    cidade, parei em um velho ponto de ônibus e me sentei para

    refrescar. O ônibus ainda levaria uns dez minutos. Estava muito

    quente e resolvi atravessar a rua e ir até uma barraca que vendia

    coco gelado. Havia um carro parado do lado, um carro grande e

    velho, não me lembro o modelo. Cheguei, pedi meu coco, e

    enquanto o cara furava, saiu uma mulher do carro. Ela era

    incompreensivelmente linda e interessante, o que tornava a sua

    presença ali intrigante. Olhos negros, cabelos clareados

    artificialmente caindo sobre o rosto, calça jeans colada, bota velha,

    bem gasta, camiseta colada no corpo, muitos anéis e um enorme

    óculos de sol de lente quase verde preso à camiseta. Ela saiu do

    carro, eu a olhei, ela me olhou. Colocou os óculos. Se aproximou.

    – Posso passar na sua frente? Ela perguntou e eu a deixei pegar o

    coco. Ela tomou sem pressa e, adivinha, o meu ônibus passou e

    não me viu. Fiquei desesperado e ela ria da minha cara. Me

    colocou no carro e, como agradecimento pela gentileza disse que

    me levaria ao trabalho.

    – Qual o seu nome? – Isadora. E o seu? – Renato. – o que faz

    nessa empresa Renato? – trabalho com relações internacionais. Na

    verdade sou estagiário, mas no fim do ano estarei empregado,

    estou lá há três meses e já conquistei o meu espaço. – você tem

    quantos anos? Vinte e dois. – uau. E já tem seu futuro profissional

    definido? – na verdade não. Aos vinte e três já estarei empregado,

    aos vinte e cinco quero um cargo de confiança, aos trinta abro

    minha empresa na área ou vou para a presidência. Então, tenho

    dois caminhos dentro do comércio internacional. Só sei que terei

    uma Mercedes aos trinta, isso é fato. – sua Mercedes vai te levar

    tão longe quanto essa lata velha me leva? – mais longe e mais

    rápido, com certeza. – é Renato. Você não vai viver. Chegamos. –

    como assim não vou viver? – não vai descer? – como assim não

    vou viver? – vai acordar na mesma hora todos os dias. Amar o

    [ 5 ]

    O Caminho do Sol, por Trajano Amaral

    mesmo tipo de mulher. Comer a mesma comida e mudar quando

    o médico disser que está velho e isto vai ser aos quarenta. Vestir as

    mesmas roupas. Conhecer as mesmas pessoas. Ganhar mais

    dinheiro do que precisa e, ainda, do que poderá gastar, e isto vai se

    tornar seu objetivo fundamental, sua vida vai girar em torno disso.

    E nunca saberá quantas cores tem o sol, pois sempre achará que é

    uma só. – e não é? – o que você acha? – hoje quando eu acordei

    tive a impressão do sol estar com uma cor diferente. – então ele

    convidou você. – convidou? Pra que? Como assim? – convidou

    você a ir. – ir? Pra onde? – não tem onde. Somente ir. – isso não

    faz sentido. – é, não faz. Se quiser ir te dou uma carona menino. –

    me chama de menino como se fosse uma velha. Quantos anos

    tem? Vinte, vinte e cinco no máximo. Mas nem parece. – quarenta

    e dois. – quantos? Como assim? Não é possível. – eu fui. As

    pessoas que o sol convida a ir não envelhecem. – eu quero ir.

    Posso ir qualquer dia? – só se ele convidar você mais uma vez.

    Nem sempre

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