Quarentani: A duplicata Especial
De Mara Masimo
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Quarentani - Mara Masimo
Quarentani
A Duplicata Especial
Uma Universidade de vampiros?
Venha conhecer a história de Kara,
a novata que quer vencer a disputa pelo poder.
E se tornar uma vamp de sucesso.
Copyright © 2021 by Mara Masimo
É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização da Autora.
(Lei n°9.610, de 19 e3 fevereiro de 1998)
Traduções somente com autorização por escrito da Autora.
Todos os direitos reservados. | Todos os personagens desta obra são fictícios. | Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência.
Digitalização e Revisão: Mara Masimo | Cultura: um bem universal.
Prezado (a) Leitor (a).
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Projeto EscritorasDedico este livro às quatro pessoas maravilhosas que me inspiraram a compor esta obra, Marilice, por ser minha companhia de diversão, Monaliza, por ser minha companhia de leitura, Maisa por ser a liga neutra da família e Ayohana, por me dar a ideia de escrever. Aos meus pais dedico meu carinho.
1 —
— Um sussurro na noite e a mulher apressa seus passos.
Imaginação sua Karamela. — ela pensa e olha para o fim da rua, e ambos os lados da rua encontram-se desertos, a luz alaranjada dos postes não indicam a presença de qualquer ser vivo naquelas paragens. Um ponto de ônibus apresenta-se quebrado a uns vintes passos e a dama de cabelos castanhos pintados de tom claro, faz um pedido a Deus para que consiga chegar um ônibus rapidamente.
Sento-me no banco do ponto de ônibus sentindo arrepios de medo, sinto que estou sendo vigiada, isso faz alguns dias, e só hoje... Bem quem me mandou ficar um pouco na balada de aniversário da Danica. Burrice. Agora elas estão no bar e eu aqui com medo até do zunido de motos na avenida mais adiante. Olho as horas no celular e visualizo uma mensagem da Eli, pedindo para eu voltar pro bar, e respondo nem morta
e um smile. —Aquela tonta— penso. — Vixe, esqueci-me de ver as horas. — quando eu mexo na bolsa novamente, um cheiro muito atraente eu sinto, uma mistura de cítrico e almiscarado, levemente doce e me viro para a esquerda, um homem absurdamente lindo está no ponto. Ele sorri pra mim e percebo que o cheiro é do perfume dele, sinto uma palpitação e ele me pergunta:
—Passou um ônibus?
—Ehr...—minha nossa que gato! —Eu penso ao olha-lo de frente;
— Não sei... Eu acabei de chegar... —eu falo e percebo que não o ouvi se aproximar. — Acho que vou mandar uma mensagem pelo ‘whats’ pra Eli— Divago. Ela vai ficar louca. — Sorrio e o cara me interrompe:
—Por favor, que horas são?
—Ahn... Onze e meia.
—Obrigado. Você pega o ônibus sempre aqui?
— NÂO... Eu gosto de pegar o ônibus perto do Posto de saúde, que está mais vazio, mas nesse horário os ônibus que passam no Largo Américo eles não chegam aqui cheios.
—Eu costumo pegar no trevo leste indo pra Augusta, mas vim com uns amigos no bar Loundri, por isso estou deste lado do centro.
— Mas pra você não seria melhor pegar o ônibus embaixo do viaduto?
—Sim, mas eu vi você sair do bar e pensei em te acompanhar até o metrô, você vai de metrô pra casa, não é?
Uau, ele disse o que eu escutei? Minha nossa meu cérebro vai fundir com uma cantada tão direta! — olhei para o céu pensando em que lua que estava, porque, Deus me belisque, eu estava me sentindo com a sorte grande. Como uma mulher de trinta e poucos anos, acima do peso uns quinze quilos com um cabelo crespinho, e uma bunda que ocupa um banco e um terço no ônibus pode chamar a atenção de um homem lindo desses á noite?
Só pode estar bêbado!— fiquei pensando enquanto ele olhou pro céu também e depois olhou pra mim em expectativa, o que me fez pensar que ele estava esperando minha resposta;
—Sim, vou sim, vou pegar a linha azul. Moro na zona sul.
—Olha... Eu não quero assustá-la, mas eu posso pegar o carro de um colega meu e te levo pra casa... Assim poderemos conversar, nos conhecermos melhor...
—Tudo bem pra mim... — Um palpitar no meu coração me alertou do risco daquele contato, mas o cheiro dele, as roupas sem amassado, calça sarja preta e camisa de manga branca que se ajustava nos ombros, um corpo esguio os cabelos bem penteados de leve tom castanho, em contraste com uma pele branca, ao olhá-lo atentamente, percebi que era até pálido demais, tudo isso me seduzira, e ele era educado demais para me assaltar ou fazer sabe - lá o que.
O segui até o dito bar e aguardei com ele na saída, ele ligou pra um número e quando um homem grisalho de beleza indescritível apareceu, só não fiquei boquiaberta para não parecer ridícula demais para uma noite, e também para o gato— puta merda!—pensei — Nem sei o nome do cara! Se for um assassino ladrão de órgãos tô fodida!
Ele estendeu a mão e eu disparei antes de me arrepender:
— Qual é o seu nome? E fiz uma expressão carrancuda.
— Ah, me desculpe, Meu nome é Francisco, meus amigos me chamam de Francis.
—O meu é Karamela.— Ele sorriu e eu sorri também, que nem uma idiota.
—É um nome bem diferente.
—Sim, meus amigos me chamam de Sara.
—Como?!— Ele alargou o sorriso e apareceram covinhas nas bochechas que me derreteram por dentro. — Por que Sara?
— Porque meu nome completo é Karamela Sara Andrade Oliveira.
Ele riu e eu ri também, porque eu ri? Minha mente me questionava, nisso ele pegou minha mão e seguimos para um estacionamento perto dali. O carro era um sedan do ano, quando me sentei cheirava a novo. E desde o momento que saímos do estacionamento até quando ele estacionou no prédio onde ele mora, não paramos de conversar, e ele me disse que era investidor e morava com uma tia em um apartamento de três quartos nos Jardins, eu falei que morava no ABC— não ia dar detalhes, apesar de estar aceitando deixar que ele me levasse sem ele me perguntar meu endereço— que tinha duas irmãs e um irmão, meus pais eram falecidos, e eu morava sozinha, pois todos os meus irmãos eram casados, eu trabalhava em um laboratório médico, fazia a coleta de pacientes e exames de sangue.
2 —
Ficamos nos encarando, quando ele disse que estávamos na casa dele, e se eu queria subir. Eu ia negar, quando eu abri a boca pra dizer que não, ele colocou o dedão nos meus lábios, ficou esfregando o dedo no contorno do meu lábio enquanto me sussurrava:
— Não se preocupe... Por favor... Você tem minha palavra de que vamos conversar, você vai descansar aqui, e amanhã... Diga que vai subir.
Diante daquele pedido me senti zonza, como se não tivesse forças para sair dali, e, contudo senti que ele estava escondendo algo ruim, da qual eu iria me arrepender bastante depois de amanhã.
Acenei afirmativa, e ele saiu, abriu a porta pra mim, entrelaçou seus dedos nos meus e beijou minha mão, me levou prédio acima até o apartamento, tudo me parecia flutuar, pois a tontura não desapareceu, e eu não senti meu corpo quando conversamos um pouco mais, o sofá parecia feito de espuma da NASA, e afundei o corpo, aquela letargia me fez fechar os olhos, quando senti seu corpo próximo tocando meu braço direito, abri os olhos e seus olhos escuros me fizeram um pedido que eu não entendi, mas minha cabeça balançou confirmando, ele me mostrou duas presas enormes, meu coração disparou, ele sorriu, e eu fiquei apavorada e pensava frenética:
— Caracas! Que porra eu fui me meter! QUE DENTÃO DE VAMPIRO É ESSE?— Minha vontade era de gritar, mas meu corpo estava mole e eu me vi tocando os ombros dele e pendendo a cabeça para direita, senti a mordida, mas apesar da dor, senti um desejo enorme de estar nua, e involuntariamente sentei sobre ele, o abracei com força, e a força que vinha do corpo dele me fez perceber que eu ia morrer.
Meu corpo estava quente, e por mais estranho que parecesse, o dele estava morno, e a cada golfada que eu o sentia sorver meu sangue, seu corpo aquecia mais, e ele me pressionava ao corpo dele, sonhando em fugir dali, senti um prazer maravilhoso, ele me empurrou suavemente contra o sofá, e continuou seu sugar, totalmente deitado sobre mim, e quando eu estava a ponto de desmaiar, senti um prazer indescritível, depois disso um escuro completo.
Acordei em um lugar que parecia um galpão abandonado. Estranho, mas passei por cada situação nessas últimas horas que isso era até normal.
Percebi que em cima de mim tinha outros corpos, de homens e mulheres, alguns pareciam inconscientes e outros mortos, todos sorriam, e isso me deixou horrorizada, tudo era extremamente iluminado, próximo de mim haviam umas mesas e cadeiras, e vi que adiante tinha uma sala estranha, não tinha janelas, até que ouvi um grito:
— Ei, Francis, sua janta acordou. Isso é ótimo, ela parece dentro do padrão escolhido pela Senhora Gusmão.
Senti um puxão e meus ouvidos zuniram, senti dores pelo meu corpo todo, e não tive forças para soltar do puxão, eu simplesmente me sentia doente. E observei a pessoa que me puxou, era uma mulher loura, não natural, de olhos castanhos, parecia vermelhos, linda e peituda, mas não tive oportunidade