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Minha irmã e eu: Diário, memórias e conversas sobre Marielle
Minha irmã e eu: Diário, memórias e conversas sobre Marielle
Minha irmã e eu: Diário, memórias e conversas sobre Marielle
E-book142 páginas1 hora

Minha irmã e eu: Diário, memórias e conversas sobre Marielle

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Sobre este e-book

Anielle Franco revela um diário que ela começou a escrever desde o dia em que sua irmã, a vereadora Marielle Franco, foi assassinada, em 2018.
Neste livro, a educadora Anielle Franco escreve sobre a saudade e as lembranças que tem de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em 2018. A obra traz um relato sobre a falta que a irmã faz a ela e detalha a relação das duas na infância e na adolescência.
A publicação reune fotografias de família e ilustrações. A quarta capa do livro é assinada pela atriz Taís Araújo, e o prefácio, pela jornalista Maju Coutinho. Anielle também é diretora do Instituto Marielle Franco, criado pela família da vereadora.
IdiomaPortuguês
EditoraPlaneta
Data de lançamento25 de nov. de 2022
ISBN9788542219661

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    Minha irmã e eu - Anielle Franco

    Copyright © Anielle Franco, 2022

    Copyright © Editora Planeta do Brasil, 2022

    Todos os direitos reservados.

    Preparação: Alanne Maria

    Revisão: Elisa Martins e Caroline Silva

    Projeto gráfico e diagramação: Negrito Produção Editorial

    Ilustrações de miolo: Fabio Oliveira

    Fotografias de miolo: Arquivo pessoal

    Capa e ilustração de capa: Filipa Damião Pinto | Foresti Design

    Adaptação para eBook: Hondana

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Angélica Ilacqua CRB-8/7057

    Franco, Anielle

    Minha irmã e eu [livro eletrônico] / Anielle Franco. - São Paulo : Planeta do Brasil, 2022.

    ePUB

    ISBN 978-85-422-1966-1 (e-book)

    1. Franco, Anielle – Memória autobiográfica 2. Franco, Marielle - 1979-2018 I. Título

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Franco, Anielle – Memória autobiográfica

    2022

    Todos os direitos desta edição reservados à

    Editora Planeta do Brasil Ltda.

    Rua Bela Cintra, 986, 4o andar – Consolação

    São Paulo – SP – 01415-002

    www.planetadelivros.com.br

    faleconosco@editoraplaneta.com.br

    "Quando conhecemos o amor, quando amamos,

    é possível enxergar o passado com outros olhos;

    é possível transformar o presente e sonhar o futuro.

    Esse é o poder do amor. O amor cura."

    ¹

    bell hooks

    ²

    Sumário

    Prefácio – Marielle presente e semente

    Apresentação – O luto na luta

    2018

    Não pode ser

    Sua força, nossa força

    E se estivéssemos lá?

    Quantas Marielles?

    Incondicionalmente

    O Lula ligou

    Franciscos

    Apagamentos

    Medo

    Quem era você?

    Comoção mundial

    Meu dia sem você

    No primeiro sonho, o Papo Franco

    Mês de festa. Em luto

    Suas leis

    Desrespeito

    Covardias

    Estação Primeira

    Maracanã

    Ele está chegando!

    A abusada e a medrosa

    Seu livro

    O primeiro Natal

    2019

    Suas roupas

    A medida do luto

    Vila Isabel

    Não serei interrompida

    A prisão

    Um ano

    Você está em Paris

    Páscoa

    Lacrada

    Meu presente: você presente

    Funk e fé

    Angela Davis

    O jogo que a gente não jogou

    Garota do clipe

    Três filhas

    2020

    A raiva como motor

    Saudade de um glitter

    Um mar de revolta

    Salve, Jorge!

    Quantos mais?

    Saudade da gente

    Eloah, sua sobrinha

    Sementes

    Taís Araújo

    Antonio Francisco

    2021

    Escrevivências

    Nossa placa luminosa

    Roda Viva

    Minha amiga bell hooks

    Marinetinha e a despedida

    2022

    Boric

    Sem respostas

    A dor no peito de mainha

    Francia Márquez

    Aniversário

    Não nos deixam respirar

    Alguém tem que responder

    Notas

    Agradecimentos

    Fotos

    Prefácio

    Marielle presente e semente

    No dia 14 de março de 2018, quando a ausência física da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes se fez presente, Anielle Franco voltou a escrever em seu diário – hábito cultivado, principalmente, no período em que foi bolsista nos Estados Unidos como atleta, jogadora de vôlei. Quando mataram Marielle, eu recomecei a escrever porque tinha muita raiva. Era o que me acalmava, me contou Anielle, que, mesmo reconhecendo os efeitos calmantes da escrita, chegou a se questionar se valeria a pena, se adiantaria alguma coisa continuar escrevendo, falando, protestando.

    E graças a uma amiga, que lhe enviou um recorte de um artigo da estudiosa norte-americana Gloria Anzaldúa, Anielle se entusiasmou para escrever sobre si mesma e sobre sua irmã. O texto de Gloria dizia:

    Escrevo para registrar o que os outros apagam quando falo, para reescrever as histórias mal escritas sobre mim, sobre você. Para ser mais íntima comigo mesma e consigo. Para me descobrir, preservar-me, construir-me, alcançar a autonomia.

    E ao longo dos relatos de muitos dias, quatro anos depois da morte de Marielle, registrados neste livro, vamos descobrindo, construindo e preservando a imagem de Marielle através do olhar de Anielle, atravessado ora pelo horror, ora pelos sentimentos de saudade e doçura. Horror ao descrever, logo no início, o momento em que encontrou o corpo da irmã estendido no interior do veículo, de portas abertas, em pleno centro do Rio ("Sua bolsa azul e seus óculos estavam no chão. Sua mão estava para fora do carro. Seu sangue, nosso sangue, pingava no chão); sentimentos de saudade e doçura ao se referir aos momentos de intimidade afetuosa em família (Sinto falta de ir à missa com nossos pais e de morrer de vergonha de guardar lugar para você e você sempre chegar atrasada. Sinto falta de brigar pelo último pedaço de pudim e tirar um cochilo no chão, depois do almoço, ouvindo você, a mãe e o pai fofocarem").

    Acompanhamos na obra um pouco da rotina dessas irmãs, crias da favela da Maré, no Rio de Janeiro (Até hoje me lembro do cheiro do ônibus que a gente pegava para ir ao Conjunto Esperança, lá na Maré. Era uma menina cuidando de outra. Mas, para mim, você era a Mulher-Maravilha. Principalmente quando a gente tinha que se proteger de tiroteio na favela. Você me abraçava assim que ouvia os tiros, como se fosse meu escudo).

    As memórias de Anielle celebram a existência de Marielle. Essas memórias são também entremeadas por pensamentos de intelectuais pretas como Conceição Evaristo, Audre Lorde, bell hooks e Maya Angelou.

    "Eu não conto os dias sem você! Ao contrário, às vezes, pego o telefone e penso: Aquela viada não me ligou hoje." Decidi então rezar. Me conectei

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