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Chamados a ser comunidade: Guia para uma espiritualidade de comunhão
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Chamados a ser comunidade: Guia para uma espiritualidade de comunhão
E-book193 páginas1 hora

Chamados a ser comunidade: Guia para uma espiritualidade de comunhão

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Sobre este e-book

Com textos de grandes líderes espirituais (João Paulo II, Bento XVI, papa Francisco, Chiara Lubich, cardeal Van Thuan, Giuseppe Zanghì, Igino Giordani, Pasquale Foresi etc.) este guia propõe um caminho espiritual centrado na comunhão fraterna, na dimensão comunitária. Perpassa, a partir dessa perspectiva, doze eixos temáticos: Deus Amor, a vontade de Deus, a Palavra de Deus, o amor ao irmão, o amor mútuo, Jesus Eucaristia, a unidade, Jesus Abandonado, Maria, Igreja-comunhão, o Espírito Santo, Jesus presente no meio de nós. Cada eixo temático é ilustrado com imagens e enriquecido com testemunhos de pessoas que buscam viver uma espiritualidade de comunhão em seu dia a dia. O fascículo descreve pontos essenciais de uma espiritualidade de comunhão com uma linguagem leve e acessível, e propõe ações práticas e simples para torná-los parte integrante da vida cotidiana.

▪ Chamados a ser comunidade pode ser uma ferramenta eficaz para a formação de grupos que já frequentam a paróquia e para aqueles que ainda não fazem parte da vida paroquial.
▪ Sua abordagem abrangente faz desta proposta um recurso inestimável para qualquer comunidade que queira aprofundar a vida de comunhão e contribuir para o cumprimento do desejo de Jesus: "Que todos sejam um".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de nov. de 2022
ISBN9786588624395
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    Pré-visualização do livro

    Chamados a ser comunidade - Emilie Christy

    1.png

    Sumário

    Introdução

    Deus Amor

    A vontade de Deus

    A Palavra de Deus

    O amor ao irmão

    O amor mútuo

    Jesus Eucaristia

    A unidade

    Jesus Abandonado

    Maria

    Igreja-comunhão

    O Espírito Santo

    Jesus no meio de nós

    Suplemento para coordenadores de grupo

    Para aprofundar

    Introdução

    Fazer da Igreja a casa e a escola de comunhão

    "Mais do que o ateísmo, o desafio que hoje se nos apresenta é responder adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir saciá-la com propostas alienantes ou com um Jesus Cristo sem carne e sem compromisso com o outro. Se não encontram na Igreja uma espiritualidade que as cure, liberte, encha de vida e de paz, ao mesmo tempo que as chame à comunhão solidária e à fecundidade missionária, acabarão enganadas por propostas que não humanizam nem dão glória a Deus."¹

    Com essas palavras de sua exortação apostólica A Alegria do Evangelho, o papa Francisco convida todos os cristãos a serem uma comunidade evangelizadora, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar².

    Assim como seus antecessores, o papa Francisco enfatiza o aspecto comunitário e missionário da Igreja. Chamados a ser comunidade deseja oferecer a paróquias e comunidades locais alguns passos concretos para que elas possam alcançar esse objetivo.

    Decorridos mais de 20 anos de papado, em sua carta apostólica Novo Millennio Ineunte, são João Paulo II ofereceu algumas diretrizes pastorais para o curso que a Igreja haveria de tomar no terceiro milênio. Ele afirmou que nós, cristãos, devemos promover uma espiritualidade de comunhão a fim de que a Igreja seja a casa e a escola de comunhão. O termo comunhão implica um amor que seja mútuo, uma relação de reciprocidade.

    São João Paulo II afirmou com insistência a importância de se promover uma espiritualidade de comunhão. Explicou: Não haja ilusões! Sem esta caminhada espiritual, de pouco servirão os instrumentos exteriores da comunhão. Revelar-se-iam mais como estruturas sem alma, máscaras de comunhão, do que como vias para a sua expressão e crescimento³.

    O presente guia foi concebido para ser usado por pequenos grupos na paróquia, com a anuência do pároco e/ou do bispo. Também pode ser empregado em círculos estudantis e familiares da comunidade.

    A ênfase não é tanto o estudo em grupo, é sobretudo o aprendizado da vivência do Evangelho. Ao se reunirem, com a facilitação de um coordenador, os participantes poderão ler um capítulo, partilhar entre todos as próprias compreensões a respeito da espiritualidade da comunhão, bem como as próprias experiências da prática do Evangelho em casa, no ambiente de trabalho, com os amigos e na paróquia ou na comunidade, em um espírito de comunhão.

    O guia propõe uma espiritualidade articulada em 12 pontos, como Deus é amor e A vontade de Deus, todos considerados a partir da perspectiva da comunhão. Para cada ponto, são apresentadas experiências de vida reais do Evangelho, vivenciadas por pessoas de todas as idades e vocações, em seu esforço de praticar uma espiritualidade de comunhão.

    Vejamos o que São João Paulo II escreveu em sua carta apostólica Novo Millennio Ineunte (nº 43):

    Uma espiritualidade de comunhão

    Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo.

    Que significa isso em concreto? Também aqui, o nosso pensamento poderia fixar-se imediatamente na ação, mas seria errado deixar-se levar por tal impulso. Antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão, elevando-a ao nível de princípio educativo em todos os lugares onde plamam o homem e o cristão, onde se educam os ministros do altar, os consagrados, os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades.

    Espiritualidade da comunhão significa, em primeiro lugar, ter o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade, que habita em nós e cuja luz há de ser percebida também no rosto dos irmãos que estão ao nosso redor.

    Espiritualidade da comunhão significa também a capacidade de sentir o irmão de fé na unidade profunda do Corpo Místico, isto é, como um que faz parte de mim, para saber partilhar as suas alegrias e os seus sofrimentos, para intuir os seus anseios e dar remédio às suas necessidades, para lhe oferecer uma verdadeira e profunda amizade.

    Espiritualidade da comunhão é ainda a capacidade de ver, antes de tudo, o que há de positivo no outro, para o acolher e valorizar como dom de Deus: um dom para mim, como o é para o irmão que diretamente o recebeu.

    Por fim, espiritualidade da comunhão é saber criar espaço para o irmão, levando os fardos uns dos outros (Gl 6,2) e rejeitando as tentações egoístas que sempre nos insidiam e geram competição, arrivismo, suspeitas, ciúmes.

    Não haja ilusões! Sem esta caminhada espiritual, de pouco servirão os instrumentos exteriores da comunhão. Revelar-se-iam mais como estruturas sem alma, máscaras de comunhão, do que como vias para a sua expressão e crescimento.

    FUNDAMENTOS DE UMA ESPIRITUALIDADE DA COMUNHÃO

    Michel Vandeleene

    A Igreja é aquela que anuncia um mundo unido, mistério de comunhão no amor, mistério que, de certo modo, reflete a eterna comunhão que é o próprio Deus. A Igreja é um povo que obtém sua unidade da unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

    Após o Concílio Vaticano II, essa nova maneira de ser Igreja mudou o rosto de muitas comunidades cristãs. Elas encontraram novo vigor. A reforma litúrgica foi sua manifestação mais imediata e visível, mas outras inovações não foram menos importantes, como a criação de organismos facilitadores da participação em todos os níveis da estrutura eclesial: sínodos, conselhos presbiterais, conselhos paroquiais.

    Contudo, não basta multiplicar reuniões e modificar as expressões das celebrações eucarísticas para transformar a Igreja em uma família digna desse nome. Sem um genuíno espírito de comunhão, tais recursos externos servem muito pouco. Tornam-se mecanismos sem alma, máscaras de comunhão, como dizia são João Paulo II, e não meios de sua expressão e crescimento.

    Um dos grandes valores da carta apostólica Novo Millenio Ineunte, de João Paulo II, é tornar a Igreja mais consciente da necessidade de um autêntico espírito de comunhão, a fim de ser aquela comunidade cristã desejada pelo Concílio.

    O mandamento novo de Jesus, o amor mútuo, é o ponto focal de uma nova espiritualidade de comunhão. Ele é característico dos verdadeiros seguidores de Cristo, o cimento necessário para construir uma casa que possui tijolos avulsos. Uma espiritualidade de comunhão convida-nos a colocar o amor mútuo e constante antes de todas as atividades da Igreja, a fim de que elas sejam realmente cristãs e fecundas. Segundo santa Teresinha do Menino Jesus, o amor é o coração da Igreja. O amor mútuo talvez seja sua expressão mais completa.

    Fazer da Igreja a casa e a escola de comunhão é o grande desafio que enfrentamos neste milênio se quisermos ser fiéis ao plano de Deus e responder aos mais profundos anseios do mundo.

    Todos nós, cristãos, temos a responsabilidade de construir aquela obra-prima de amor e de unidade na qual cada paróquia, cada movimento, cada porção da Igreja deve se converter. Somos todos chamados a nos tornar instrumentos de comunhão. Nessa empresa comum, a contribuição de cada um é insubstituível.

    A chave é amar – que significa servir concretamente – cada próximo, onde quer que ele esteja, e fazer isso com alegria, a fim de nossas comunidades eclesiais poderem se tornar autênticas famílias.

    A experiência do Movimento dos Focolares na vivência de uma espiritualidade de comunhão

    Espiritualidade da Unidade do Movimento dos Focolares tem sua origem entre um grupo de moças ao redor de Chiara Lubich⁶ em Trento, Itália, em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial. Essa espiritualidade mostra-se em sintonia com a espiritualidade da comunhão mencionada pela Igreja. Assim, é possível desfrutar dos 70 anos de experiência de vida dos Focolares a esse respeito. Este é um movimento eclesial católico presente no mundo inteiro, que tem por objetivo contribuir para que se cumpra a oração de Jesus: "que

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