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A Jornada da Bíblia: Guia para Leitura e Compreensão: A Jornada da Bíblia
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A Jornada da Bíblia: Guia para Leitura e Compreensão: A Jornada da Bíblia
E-book243 páginas2 horas

A Jornada da Bíblia: Guia para Leitura e Compreensão: A Jornada da Bíblia

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Sobre este e-book

Uma introdução à Bíblia, apresentada livro por livro. A obra é ideal para quem quer ter uma visão geral das Escrituras Sagradas e também para quem está mergulhado numa leitura sistemática da Palavra de Deus.
Cada introdução inclui: tempo de leitura para cada livro, indicações bibliográficas para aprofundamento, discussão dos textos eventualmente difíceis, entre outros aspectos.
Trata-se de uma segunda edição, revista e atualizada, a partir das interações entre o autor e seus leitores.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de dez. de 2022
ISBN9788594115393
A Jornada da Bíblia: Guia para Leitura e Compreensão: A Jornada da Bíblia

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    A Jornada da Bíblia - Israel Belo de Azevedo

    Livro 1

    GÊNESIS

    O primeiro livro da Bíblia compreende um período de tempo muito longo. Vai do princípio (na eternidade, sem datação possível) até o século 15 a.C., aproximadamente.

    O objetivo do autor inspirado é descrever as origens, produzindo algo do tipo: quando tudo começou. O livro apresenta algumas dificuldades de interpretação, as quais não nos devem atrapalhar na aplicação que podemos fazer a partir da certeza essencial de que Deus é o Criador de todas as coisas, o que inclui as nossas vidas.

    Versículo a memorizar:

    Assim, não foram vocês que me enviaram para cá, e sim Deus, que fez de mim como que um pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito.

    (Gênesis 45.8)

    Gênesis começa na eternidade

    Gênesis compreende o início da História da humanidade e o início da história do povo de Israel, de onde viria, como veio, o Messias, daquele povo e nosso (como prometido em Gênesis 3.15).

    Gênesis é uma longa história, que contempla dois começos: o da criação e queda, e o da recriação por meio da família de Abraão, como na estrutura sintetizada a seguir:

    1. As narrativas do começo de tudo (1 a 11):

    1.1. A Narrativa da Criação (1 a 2);

    1.2. A Narrativa da Queda (3 a 5);

    1.3. A Narrativa do Dilúvio (6 a 8);

    1.4. A Narrativa da Nova Geração (9 a 11).

    2. As vidas dos patriarcas (12 a 50):

    2.1. Abraão: aliança Prometida (12 a 20);

    2.2. Isaque: aliança transmitida (21 a 26);

    2.3 Jacó: aliança prosseguida (27 a 36);

    2.4. José: aliança exercitada (37 a 50).

    Gênesis 1 a 11

    A CRIAÇÃO, A QUEDA E A RECRIAÇÃO

    Deus fez tudo bom, mas o ser humano estragou tudo

    O livro de Gênesis (ou Origens) não deve ser lido, sobretudo, nos primeiros capítulos, como um relato científico da criação. Se o fizesse, estaria superado, uma vez que o conhecimento científico sobre as origens do Universo cresce a cada dia. O objetivo do texto é afirmar a majestade de Deus como Criador. É como uma confissão de fé, como a que os primeiros cristãos fariam: Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra (Credo Apostólico).

    Preocupações com evolucionismo ou criacionismo não devem nos acompanhar nessa leitura, se não perderemos o essencial. Cada lado encontrará nos primeiros capítulos argumentos, mas essas questões não estavam na cabeça da autor inspirado. O que deve ficar claro é que não há contradição entre boa ciência e boa teologia. O texto bíblico é duradouro, enquanto as interpretações científicas e teológicas mudam em cada geração, o que é salutar.

    Sobre o primeiro pecado (ou queda), ele consistiu de uma rebeldia do ser humano, decorrente do uso errado de sua liberdade. As presenças da árvore ou da serpente (ou cobra) não nos devem distrair com especulações sobre que árvore ou fruto era ou o que teria acontecido se o primeiro casal não tivesse se rebelado. O importante é que foi pela queda de Adão e Eva que o pecado entrou no mundo e nunca mais saiu.

    Quanto à curiosidade clássica sobre o parentesco de Caim com sua esposa (Gênesis 4.17), devemos ter em mente que os tempos ali foram longos, contados em séculos. Os descendentes de Adão se multiplicaram e se espalharam. Quando Caim encontrou uma esposa, ela era sua parente distante, habitantes de terras distantes, sem conhecimento prévio um do outro. Portanto, Caim não precisou se casar com sua irmã.

    Há muita dificuldade para o entendimento de dois grupos de pessoas: os filhos de Deus e os filhos dos homens (Gênesis 6.2), expressões que devem distinguir pessoas que eram tementes a Deus das que não eram. Quanto aos gigantes (Gênesis 6.4), eram guerreiros valentes, famosos por sua força nas lutas, escolhidos entre os mais altos em sua tribo.

    A maior dificuldade no livro, no entanto, é a idade dos patriarcas, alguns tendo vivido nove séculos. É possível que a contagem dos anos naquela época se assemelhasse a nossa, talvez seguindo o calendário lunar, com menos dias (28), e não com o solar (30 dias). É possível também que o sistema adotado, ainda desconhecido, fosse outro. Com certeza, os homens antigos viveram mais que os modernos.

    Temos dificuldade também em aceitar que Deus tenha se arrependido (Gênesis 6.6), informação que lemos em outros lugares (Êxodo 32.14, 1Samuel 15.35, 1Crônicas 21.15, Jeremias 26.19 e Jonas 3.10). Como conciliar essa informação com a certeza de que Deus não muda (1Samuel 15.29, Números 23.19, Salmo 110.4 e Malaquias 3.6)?

    Precisamos nos lembrar da natureza da linguagem da Bíblia, sempre muito direta, sem meias palavras. As expressões dos homens sobre Deus são expressões humanas, isto é, antropomorfismos, que é quando o Homem (com maiúscula, significando a espécie humana) atribui a Deus sentimentos e emoções típicos da natureza humana.

    Também, quando o ser humano se arrepende, ele se arrepende porque reconhece que estava errado. Há uma dimensão moral nessa atitude. Em Deus, não há essa dimensão. Há um sentimento, pelo que podemos entender melhor o verbo arrependeu-se como lamentou ou sentiu pesar no seu coração.

    Outra dificuldade, mais pontual, é a maldição de Noé (Gênesis 9.25). Seu filho Cam o desrespeitou ao não cuidar dele. Ao contrário, aumentou-lhe a vergonha, deixando-o nu.

    Quando Noé despertou de sua embriaguez, amaldiçoou o filho de Cam, Canaã, com palavras muito fortes, condenando-o a ser um escravo na vida. Cam pecou e seu filho foi amaldiçoado.

    Para entendermos essa maldição, devemos observar que, na verdade, Noé amaldiçoou os dois. Ao praguejar contra o neto, ele castigava o filho. O orgulho de um pai é a sua descendência e essa estava condenada, segundo as palavras de Noé. Noé foi

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