Bom Dia Amigo 2022

De Israel Belo de Azevedo

BOM DIA AMIGO 2022® contém 365 reflexões, uma para cada dia do ano. O livro contém ainda guias para discussões em grupos.
O objetivo do autor é tocar os corações, por meio de textos breves, profundos e simples, tratando sempre de temas atuais e necessários.
O livro é publicado a cada ano desde 2014, numa tiragem em torno de um milhão de exemplares.
Os testemunhos dos leitores têm sido inspiradores.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Prazer da Palavra
• Data de lançamento: 14 de dez. de 2021
• ISBN: 9786589202813

Pré-visualização do livro

Capa do Livro - Bom dia Amigo - 2022.Folha de rosto

BOM DIA AMIGO® 2022

Copyright © Israel Belo de Azevedo

EQUIPE DE COLABORADORES

Capa e miolo

Leila Simões

Revisão

André Moraes, Carlos Alberto de Cácio, Cecília Kabarite, Damaris Di Donatto, Felipe B. A. Fusco, Genilse Pinheiro, Itamar Alves, Margarethe Cerva e Tatiane Lugato.

Roteiros para Pequenos Grupos

Sandra Mara de Souza e Samir Confessor do Amaral.

FICHA CATALOGRÁFICA

AZEVEDO, Israel Belo de, 1952-

Bom Dia Amigo® 2022. Por Israel Belo de Azevedo. Rio de Janeiro: Prazer da Palavra, 2022.

Edição Digital.

ISBN: 978-65-89202-81-3

1. Literatura Cristã - Devocionais. 2. Devocionais. 3. Azevedo, Israel Belo de.

CDD: 242

Editora PRAZER DA PALAVRA

www.prazerdapalavra.com.br

Rua Conde de Bonfim, 568/804

20520-055 - Rio de Janeiro, RJ

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A cada dia eu me surpreendo e me alegro.

A cada dia o BOM DIA AMIGO chega a mais pessoas,

Que é tudo o que eu quero.

Por isto, eu lhe peço,

Na verdade, eu me sugiro:

Ajude-me a alcançar ainda mais gente

Com estas mensagens boas,

Inspiradas todas na Palavra perfeita,

Preparada para nós pelo Deus Eterno

Que nos conhece perfeitamente.

Foto de Israel Belo de Azevedo.

Israel Belo de Azevedo

@israbelooficial

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Instagram: @israelbazevedo

Para receber diariamente minhas mensagens, adicione-me e me escreva:

Whatsapp e Telegram [phone].

LEIA NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO

Um presente

Se você chegar aos 80 anos de idade, que presente imagina que pedirá?

Quando seus filhos lhe perguntaram o que queria receber para comemorar seu aniversário, Ângelo não solicitou uma cadeira de balanço, nem um par de luvas, nem uma bermuda colorida, nem um boné divertido.

Ele pediu um livro de matemática aplicada à engenharia, para continuar estudando, como sempre fez. Os anos não diminuíram sua curiosidade. O tempo não lhe apagou a paixão pelo conhecimento.

Você também nasceu para transformar.

Para transformar, você precisa aprender.

Aprendendo, você vai descobrir novas formas de fazer.

Descobrindo, você vai expandir seu talento, para a engenharia, para a filosofia, para a teologia.

Expandindo seu talento, você vai criar equações na matemática, inventar fórmulas na química, propor produtos nos negócios, negociar na política, atravessar limites na medicina.

Criando, você vai perceber abordagens novas na psicologia, captar olhares diferentes na pedagogia, bailar palavras na poesia.

Você não foi feito para parar, por não precisar mais trabalhar por dinheiro.

Você não foi feito para descansar; o repouso é apenas uma pausa, não um ideal de vida.

Você foi feito para estudar, não para ignorar.

Você foi feito para se exercitar, não para se acomodar.

Você foi feito para ler e se superar, nãzo para ver o tempo passar.

Não importa quantos anos tenha, há muito ainda para você realizar.

Continue descortinando novos horizontes. Isto é o que é a liberdade.

Mire-se no presente que Ângelo pediu para comemorar seus 92 anos de idade.

Parabéns!

Feliz aniversário.

PARA LER EM MOMENTOS ESPECIAIS

Preparamos uma seleção preliminar de textos para você ler em Datas Comemorativas, sobre Palavras Ideais e em Situações Difíceis.

Ao final de cada página, há uma informação sobre a

JORNADA DE LEITURA DA BÍBLIA.

Se você ler diariamente os capítulos indicados, completará a leitura da Bíblia toda em dois anos.

Você pode.

Você quer?

A cada semana, eu ofereço vídeos de introdução à leitura da semana.

Acesse: Youtube <ibitacuruca> e Instagram: <@israelbelooficial>

Toda quinta-feira, às 20h, eu explico os textos da semana, com respostas às perguntas.

Grato.

Israel Belo de Azevedo

ÍNDICE GERAL

2022

JANEIRO - FEVEREIRO - MARÇO

ABRIL - MAIO - JUNHO

JULHO - AGOSTO - SETEMBRO

OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO

ROTEIROS PARA ESTUDOS

JANeiro

Imagem de decoração.

ÍNDICE DO MÊS

JANEIRO

Dia 01 - Dia 02 - Dia 03 - Dia 04 - Dia 05 - Dia 06 - Dia 07

Dia 08 - Dia 09 - Dia 10 - Dia 11 - Dia 12 - Dia 13 - Dia 14

Dia 15 - Dia 16 - Dia 17 - Dia 18 - Dia 19 - Dia 20 - Dia 21

Dia 22 - Dia 23 - Dia 24 - Dia 25 - Dia 26 - Dia 27 - Dia 28

Dia 29 - Dia 30 - Dia 31

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JAN

01

Mas foi sempre em nome da paz que todas as guerras foram declaradas.

(José Saramago)

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Amamos a paz e fazemos a guerra

Por que amamos a paz e fazemos a guerra?

Fazemos a guerra porque ela dá mais dinheiro.

Fazemos a guerra porque ela nos dá a vitrine para exibir nossas forças, sejam fuzis, mísseis, tanques ou músculos.

Fazemos a guerra porque ela nos dá o que pertence ao outro.

Fazemos a guerra porque ela nos dá troféus que brilham mais que as condecorações pela paz.

Fazemos a guerra porque ela nos dá a chance de brigar, verbo que conjugamos naturalmente desde que nascemos.

Para nos justificar, chegamos ao ponto de mentir que a guerra em que nos envolvemos ou vamos nos envolver será a última porque depois dela virá a paz, como se os lutos e os ódios não permanecessem por gerações.

Amar a paz é bonito, mas achamos que nos armar é mais seguro.

Deixaremos de fazer a guerra, quando formos além de nos contentar em dizer que amamos a paz.

Não há outra explicação para a guerra que fazemos: dizemos que não a queremos, mas queremos; dizemos que amamos a paz, mas, na verdade, amamos a guerra. Enquanto nosso coração amar a guerra, continuaremos a fazê-la.

Não fazemos a paz através da guerra, em que detonamos bombas e amontoamos cadáveres.

Fazemos a paz com corações que a amam.

Faremos a paz quando tirarmos o dedo do gatilho e nos aconselharmos com o Espírito Santo de Deus, não com os conselheiros de guerra.

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De onde procedem as guerras e brigas que há entre vocês? De onde, senão dos prazeres que estão em conflito dentro de vocês? (Tiago 4.1)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 14

JAN

02

Há graça na criação, numa extravagante abundância de beleza, e por meio de suas flores e seus prazeres podemos nos deleitar na completa generosidade do Pai.

(Michael Reeves)

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Pai Nosso — Deus como Pai

Dizer Pai nosso, que estás nos céus é reconhecer que a nossa vida tem um autor e que não veio do acaso, não navega por acaso, não vai terminar no acaso, como poeira insensata.

Dizer Pai nosso é descansar na alegria de ter um Pai, eterno, que nos protege, educa, conduz, sustenta.

Dizer Pai nosso é saber que estamos seguros com Ele. Se partirmos e voltarmos, seremos recebidos com festa.

Dizer Pai nosso é compreender que somos igualmente humanos para que não nos percamos nos egoísmos porque Ele é pai de todos completamente.

Dizer Pai nosso é admitir que Ele não é exclusivamente de um, não é propriedade de alguém, não pode ser manipulado por ninguém. Ele cuida de todos, mas individualmente.

Dizer estás nos céus é afirmar que Ele nos transcende. Ele se mostra mas é totalmente diferente de nós, pelo que faz, pelo que sabe, pelo poder que tem.

Dizer que Ele está nos céus é cantar, na contramão do ateísmo, que Ele existe; é contar, contra o agnosticismo, que Ele age e intervém; é concluir, fora do panteísmo, que Ele pode ser visto nas coisas animadas e inanimadas, mas está além, muito além.

Dizer que o nosso Pai está nos céus é recusar que nos formate o secularismo, de que tudo começa aqui e aqui termina, como propala a arte nos filmes, séries e novelas que assistimos, nos ensaios, poemas e romances que lemos, nas canções que ouvimos.

Dizer que o nosso Pai mora nos céus é viver agora com toda a intensidade, possível quando aceitamos a realidade da eternidade, porque a vida é mais que alguns anos e por isto inspiradamente amamos e servimos.

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Para nós, porém, há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem todas as coisas existem e por meio de quem também nós existimos. (1Coríntios 8.6)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 15

JAN

03

Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão.

(Jean de la Bruyère)

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Os nove

Em Lucas 17.11-19, lemos uma história aparentemente comum, mas extraordinária sobre preconceito e gratidão.

Jesus curou dez homens portadores de uma grave doença.

Nove seguiram seus caminhos. Um voltou para agradecer.

Os que se foram ficaram curados da sua enfermidade física. O que voltou ficou curado de sua enfermidade física e, por causa de sua fé demonstrada na gratidão, foi curado de sua enfermidade espiritual: ele foi também salvo.

Por que os nove não voltaram?

Eles pediram a Jesus que fossem curados. Quando partiram, esqueceram-se de quem os curou. Possivelmente, acharam que a cura tinha sido uma coincidência. Talvez tenham achado que o Mestre não tinha feito mais que a sua obrigação.

O homem que voltou era um estrangeiro (isto é, samaritano).

Aos olhos judeus contemporâneos de Jesus, um samaritano era uma pessoa desprezível. Os nove que não voltaram eram judeus.

O humor divino é imenso.

Pessoas diferentes de nós podem ter atitudes típicas da graça.

O humor divino é um convite a que repensemos nossas atitudes.

Temos sido gratos?

Sejamos como aquele que voltou. Assim, seremos abençoados integralmente, não em parte, por Jesus.

Estamos entre os que voltam para agradecer ou logo esquecemos os que nos fizeram bem?

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Graças te rendemos, ó Deus, graças te rendemos! Invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas. (Salmo ٧٥.١)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 16

JAN

04

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas, por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.

(Carlos Drummond de Andrade)

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O bom prazer

Para lermos melhor, na jornada de sermos mais, pode ser que surjam obstáculos. Já estamos certos das razões pelas quais devemos ler: para nos civilizar mais, para que sejamos mais livres, menos enganáveis, menos aprisionáveis.

Todo caminho se faz com hábitos. Todo caminho bem feito exige bons hábitos. Se fomos habituados a ler desde a meninice, somos capazes de passar horas a fio com um livro nas mãos como se nada mais nos interessasse. Se não nos abriram desde cedo as portas do paraíso da leitura, basta entrar por elas, nem precisamos bater. Talvez, no início a caminhada deixe bolhas no pé: é só persistir. Um bom cuidado, nesse caso, é ler aos poucos. Dez minutos e uma pausa para que a mente seja aberta, para que os olhos não se cansem. Depois, o período pode ser alongado para 15, depois 20, depois 40 minutos, até ser contado em horas, com o mundo fantástico do conhecimento e da imaginação se descortinando diante de nós à medida que as letras vão nos enchendo de alegria.

Com tantas possibilidades, o que vamos ler? São centenas, são milhares, são milhões, são bilhões de livros, o que torna a vida muito breve para tantos títulos e no céu a biblioteca será ainda maior.

Devemos ler poesia. São maravilhosos os poetas brasileiros: Castro Alves, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Adélia Prado. A poesia nos mostra a imagem da palavra.

Devemos ler crônica. São maravilhosos os cronistas brasileiros: Rubem Braga, Carlos Heitor Cony, Rubem Alves, Martha Medeiros. A crônica nos descreve.

Com tão pouco tempo, devemos ler o que nos dá prazer.

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Com a sabedoria se constrói a casa, e com a inteligência ela se firma; pelo conhecimento os seus cômodos se encherão de todo tipo de bens, preciosos e agradáveis. (Provérbio 24.3-4)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 17

JAN

05

A verdade verdadeira é sempre inverossímil, você sabia? Para tornar a verdade mais verossímil, precisamos necessariamente adicionar-lhe a mentira.

(Fyodor Dostoiévski)

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Dando forma à realidade

Lendo poesia, aprendemos a escrever.

Lendo crônica, temos companhia para sentir.

Lendo ficção, aprendemos a pensar.

Sempre houve histórias, mas ficção, palavra latina que significa fingir ou dar forma, ganhou vida quando surgiram as primeiras histórias deliberadamente inventadas no século 12 da era cristã.

Jesus Cristo foi um mestre da ficção com suas parábolas, histórias que criava para falar verdades profundas por meio de situações que soavam familiares aos ouvintes.

Ouvir histórias é uma necessidade humana básica. Crianças, dormimos ouvindo-as. Adultos, nossas noites geralmente incluem vê-las em filmes, seriados e telenovelas.

Uma obra de ficção pode se basear em fatos reais ou ser totalmente inventada. Seu objetivo é divertir ou convencer, ou os dois propósitos ao mesmo tempo. (A uma história curta chamamos de conto. A uma longa denominamos romance.)

A ficção nos convida a imaginar uma realidade que desejamos ou que reconhecemos como parte de nossa história.

A literatura mundial tem obras primas que sempre serão lidas, como Os irmãos Karamazov, do russo Fyodor Dostoiévski, o maior romance de todos os tempos.

Os romancistas brasileiros são notáveis. Machado de Assis nos legou o insuperável Dom Casmurro, para fazer companhia a Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, ou a Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

Nesses livros o ser humano é retratado por inteiro. É pura psicologia.

Ficção é filosofia. É a verdadeira escola do pensamento.

Ler ficção é indispensável para quem quer formar uma realidade nova.

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Quanto aos demais atos do seu poder e do seu valor e ao relatório completo da grandeza de Mordecai, a quem o rei exaltou, não está tudo escrito no Livro da História dos Reis da Média e da Pérsia? (Ester 10.2)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 18 a 19

JAN

06

O mundo está à espera de pessoas que confiem o suficiente para irem além de si mesmas.

(Walter Brueggemann)

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Pai Nosso — O nome

Dizer Santificado seja o teu nome é cantar que o Pai Eterno é totalmente diferente de nós por causa da santidade que Ele tem e nós não temos.

Quando cantamos Santificado seja o teu nome, não O tornamos impossivelmente mais santo, mais perfeito, mais poderoso ou mais absoluto, mais digno, mais benigno, mais paciente, mais generoso, mais perdoador ou mais gracioso, mas admitimos humildemente que o Nosso Pai é perfeito, poderoso, absoluto, digno, benigno, paciente, generoso, perdoador, gracioso, santo.

Cantar Santificado seja o teu nome é expressar também o nosso desejo de sermos santos, não como Ele, mas como podemos ser, santos que pecam e confessam, confessam e se arrependem, arrependem-se e mudam, mudam e retrocedem, retrocedem e se levantam e de novo cantam.

Quando louvamos Santificado seja o teu nome, reconhecemos que não somos perfeitos e nem o podemos, poderosos e nunca o seremos, absolutos e não o queremos, porque desejamos e podemos ser mais dignos, mais benignos, mais pacientes, mais generosos, mais perdoadores, mais graciosos, mais santos.

Entoar Santificado seja o teu nome é trilhar o caminho que o Nosso Pai nos propõe, é seguir em direção ao alvo que Jesus alcançou, é contemplar a meta que aceitamos como nossa, porque precisamos ser santos e o mundo precisa que o sejamos, porque são os santos que o sustentam e o transformam.

Bendizer Santificado seja o teu nome nos inspira a ser o que podemos ser e nos abençoa para ser o que devemos ser: santos.

Por isto, oremos: Pai nosso, santificado seja o teu nome.

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Não tinham descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: ‘Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir’. (Apocalipse 4.8)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 20 a 21

JAN

07

À medida que viramos as páginas dos evangelhos, descobrimos que as pessoas que Jesus encontra ali são você e eu. A compreensão e a compaixão que oferece a elas também as oferece a você e a mim.

(Brennan Manning)

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Para que vivamos bem

Há poesia, crônica, ficção e ensaio.

E há a literatura devocional, com seus princípios bíblicos para uma vida cheia de graça.

Agostinho inaugurou o gênero no século 4, ao cantar nas Confissões: Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova!.

Dez séculos depois Thomas à Kempis propôs, na Imitação de Cristo, que meditar na vida de Jesus deve ser o nosso maior desejo.

Mais tarde, um desses livros se tornou um dos mais lidos: em O peregrino, John Bunyan romanceia a experiência da conversão.

No mesmo século 17, o irmão Lourenço em A prática da presença de Deus mostra como orava enquanto lavava pratos, seguro de que podemos fazer uma capela privada em nosso coração onde podemos retirar-nos de vez em quando para estar em comunhão com Ele.

O século 19 ouviu os sermões de Charles Spurgeon e não terminou antes de ler Em seus passos o que faria Jesus, um romance de Charles Sheldon e cuja pergunta está no centro de uma inspiradora lista de autores, como Oswald Chambers e A. W. Tozer; Henri Nouwen, Thomas Merton e Brennan Manning; Larry Crabb, Charles Swindoll, Philip Yancey e Eugene Peterson. Max Lucado é o mais lido de todos. Entre os brasileiros, Elben César, Ricardo Barbosa e Valdir Steuernagel estão entre os melhores.

Viveremos bem a nossa fé na companhia destes titãs.

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Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. (Gálatas 2.20a)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 22

JAN

08

Sempre temos algum tempinho livre para ajudar alguém; é só querer que a gente acha.

(Martha Medeiros)

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Abaixo a inércia!

O que fazemos com o nosso tempo determina o que fazemos da nossa vida.

Podemos preencher nossa agenda com atividades desprovidas de valor e tornar sem valor a nossa vida.

Quando dizemos o que vamos fazer e efetivamente fazemos, nossa existência se enche de cores.

Nossos desejos começam com palavras, mas não se realizam apenas com elas. Podemos estar cientes que precisamos dar um passo e nunca dá-lo.

Podemos dizer que nos importamos com o outro em dificuldade e nunca caminhar da palavra para a ação.

Podemos até chorar quando vemos o sofrimento do outro, mas nunca doar-lhe um pouco do nosso dinheiro, do nosso conhecimento, do nosso tempo, para que seja menos intensa a sua dor ou menos longa a sua solidão.

Só com atos concretos de solidariedade é que descobriremos que há mãos esperando pelas nossas, ouvidos aguardando nossas palavras, possibilidades clamando por nossa participação.

Pode ser que a necessidade grite em nossa porta para que a socorramos. Pode ser que tenhamos que atravessar uma rua ou mesmo um oceano para supri-la. Se o nosso coração estiver disposto, usaremos de maneira inteligente o nosso tempo, dividindo-o em seções dedicadas ao trabalho, ao descanso, à diversão e ao voluntariado, pelo qual fazemos diferença na vida do outro e tornamos relevante a nossa própria vida.

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E não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos. (Gálatas 6.9)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 23

JAN

09

Tudo o que somos incapazes de dar nos possuiu.

(André Gide)

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É para todos

O voluntariado é simples: não necessita de muito tempo, dinheiro ou conhecimento.

O voluntariado nasce num coração generoso, que encontrará tempo, separará dinheiro e compartilhará conhecimento para ajudar. Com poucas exceções, quem tem muito tempo continuará a desperdiçá-lo, quem tem muito dinheiro se empenhará em tê-lo mais, quem tem muito conhecimento quererá ampliá-lo.

O voluntariado é libertador: os que mais se envolvem são os mais ocupados, que se desdobram, os de dinheiro curto, que o multiplicam, e os compassivos, para quem conhecer é saber, sentir e suprir.

O voluntariado é democrático: há lugar para todos na construção de casas para famílias sem-teto, no resgate de crianças maltratadas, no socorro às vítimas de desastres, no abraço aos enlutados, na visita aos doentes, na coleta e distribuição de alimento aos esfomeados, na atenção aos carentes de afeto ou dignidade.

O voluntariado é pedagógico: aprendemos a usar melhor o nosso tempo precisando de mais dele para ajudar, a fazer nosso dinheiro sobrar quando parte dele se torna solidário, a aprender quando precisamos estudar para encontrar soluções para os problemas dos outros.

O voluntariado é uma aposta: o mundo pode ser melhor.

O voluntariado é uma descoberta: somos todos iguais, ajudando ou sendo ajudados.

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Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encarregados de administrar bem a multiforme graça de Deus. (1Pedro 4.10)

Jornada de Leitura da Bíblia: Lucas 24

JAN

10

Quando confrontados com circunstâncias difíceis, podemos confiar que Deus é a nossa força.

(Kevin Williams)

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A fonte da nossa força

Os capítulos 18 e 19 de 1Reis nos falam de dois momentos na vida do profeta Elias, que viveu no século 9 a.C.

No primeiro momento, ele desafia os poderosos do seu tempo ao povo.

Ele pergunta: a quem estamos seguindo?

A pergunta de Elias ao povo de Israel permanece atual. Ele seguia o Deus verdadeiro; seus contemporâneos adoravam deuses falsos, que não pareciam falsos, pois, se o fossem claramente, ninguém os seguiria. Esta é a força dos deuses; eles parecem verdadeiros e nos seduzem.

Os valores que a sociedade segue parecem ser de Deus. Nós temos que avaliá-los, confrontando-os com a Palavra de Deus. Não temos como desmascará-los se não formos leitores diários da Mensagem de Deus.

No segundo momento, o mesmo Elias que enfrentou um deus (Baal) e seus 450 autonomeados representantes tremeu diante de uma rainha (Jezabel) que o ameaçou.

Elias começou a perder a batalha quando começou a se preocupar demais consigo mesmo. No Monte Carmelo, quando derrotou os profetas, ele estava interessado em defender o seu Deus. Agora, queria proteger a si mesmo. Quando não teve medo de perder sua vida, ele venceu. Quando quis preservar sua vida, ele perdeu.

Depois da vitória, Elias passou a confiar demais em si mesmo, como se fosse dele a vitória no monte. Elias se esqueceu que a vitória fora de Deus.

Que Elias queremos ser: o primeiro ou o segundo?

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E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. (١João ٥.١٤)

Jornada de Leitura da Bíblia: 1Reis 17, 1Reis 18.1-15, 1Reis 18.16-46

JAN

11

As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar.

(Leonardo Da Vinci)

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Improvável amor

Há o egoísmo e há o seu contrário.

Há a infidelidade e há o seu oposto.

Há os que desistem e há os que persistem.

Há os que juram amar na saúde e na doença e há os que se esquecem do que voluntariamente prometeram.

Há os casais que se separam e há os que permanecem juntos mesmo quando um deles não tem mais saúde para corresponder ao amor.

A história de Adílio e sua Gláucia é a de um amor que contraria o egoísmo, nocauteia a infidelidade, louva a persistência, preserva os compromissos, engrandece o ser humano.

Desde 2007, quando teve um AVC severo, Gláucia vive sob os cuidados de Adílio, que dorme numa cama ao seu lado, como ele mesmo conta:

— Quando ela acorda, eu digo bom dia, falo qual a data, dia da semana, ano, se ela vai receber alguma visita. Mesmo acamada, a aparência física dela se mantém preservada. Ao longo do dia, procuro interagir ao máximo com ela. Leio a Bíblia, toco e canto louvores cristãos. Me declaro, digo que a amo, beijo e abraço. Tudo o que faço por ela é espontâneo e de coração, não espero receber nada em troca.

O amor verdadeiro não busca seus próprios interesses, mas tudo suporta e jamais acaba (1Coríntios 13.5 e 7).

O amor verdadeiro não segue o caminho fácil.

O altruísmo, a fidelidade, a persistência e a esperança são possíveis, mesmo que difíceis.

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As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo.

(Cantares de Salomão 8.7a)

Jornada de Leitura da Bíblia: 1Reis 19

JAN

12

Os passos da fé caem num aparente vazio, mas encontram embaixo a rocha.

(John Greenleaf Whittier)

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Nossos mentores

Quando a pessoa a quem mais amamos caminhar conosco para fazermos a vontade de Deus e, faltando-nos o principal, ela nos questionar, responderemos como Abraão?

— O Senhor Deus proverá.

Alcançaremos a estatura espiritual de Jó ao ponto de, como ele, cantarmos, na hora em que a morte nos levar uma pessoa querida?

— O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!

Quando o pecado nos derrubar e formos advertidos, confessaremos como Davi?

— Pequei contra ti, contra ti somente pequei, Senhor, e fiz o que é mau aos teus olhos.

Responderemos como Maria, quando nos for solicitada por Deus uma cooperação além de nossa compreensão ou imaginação?

— Estou pronta. Quero fazer a tua vontade.

Diante de tantas vozes que nos sopram soluções que parecem verdadeiras diante das aflições, afirmaremos como Pedro, diante de Jesus?

— Para onde irei eu, Senhor? Só tens as palavras da vida eterna.

Depois de orarmos, clamarmos e rogarmos por algo de que muito precisamos e não o recebermos, acalmaremos como Paulo o nosso coração quando ouvirmos Jesus nos confortar?

— A minha graça é o que lhe basta.

(As histórias destas declarações de fé encontram-se, respetivamente, em Gênesis 22, Jó 1, Salmo 51, Lucas 1, João 6, 2Coríntios 12)

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Andamos por fé e não pelo que vemos. (2Coríntios 5.7)

Jornada de Leitura da Bíblia: 2Reis 1 a 2

JAN

13

Não é difícil obedecer quando amamos a quem obedecemos.

(Inácio de Loyola)

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Pai Nosso — Santos, santificamos

Como diremos santificado seja o teu nome?

Podemos orar assim porque somos santos.

No dicionário de muitas pessoas, santo é alguém que alcançou a perfeição. Nesse caso, não há santos.

No vocabulário religioso católico, santo é alguém que vivenciou o ideal da bondade e da fidelidade, com sacrifícios pessoais intensos, incluindo, em alguns casos, o martírio. Depois de morto, torna-se alguém que intercede pelos vivos junto a Deus. Nessa perspectiva, só há santos mortos.

Lendo a Bíblia, somos apresentados ao conceito original de santidade. No hebraico do Antigo Testamento, santo é qodesh, que significa separado, posto à parte, sagrado. No grego do Novo Testamento, santo é hagios, que também significa separado, puro.

No Antigo Testamento, os seguidores de Deus são chamados de santos e estimulados a ser santos. No Novo Testamento, os cristãos são chamados de santos e convidados a ser santos.

Se há confusão, não é da Bíblia, mas nossa.

Uma vez que aceitamos o oferecimento da graça de Deus por meio de Jesus Cristo, fomos tornados santos, no sentido de separados para viver os valores elevados de Deus em oposição aos valores baixos da sociedade da qual fazemos parte. Ao morrer na cruz, Jesus nos santificou, isto é, nos separou para uma vida digna dele.

A santidade de Jesus é o nosso modelo.

Ser santo é uma ordem que cada um de nós recebe de Deus. Ser santo é um desejo que cada um de nós deve ter.

Ser santo (isto é, separado por Deus e para Deus) e desejar ser santo devem ser faces de uma mesma vida. Quem foi santificado deve ter como sua maior alegria ser santo. Quando agimos assim, vamos tornando real o ideal que Deus nos propõe, certos de que é bom para nós.

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Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês; portanto, consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. (Levítico ١١.٤٤a)

Jornada de Leitura da Bíblia: 2Reis 3 a 4

JAN

14

A obediência é o caminho da liberdade, a humildade, o caminho do prazer e a unidade, o caminho que conduz à personalidade.

(C S Lewis)

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A filosofia da obediência, 1/2

Todos nos rebelamos contra a ideia de que precisamos obedecer.

Todos nos achamos suficientemente sábios para tomar decisões guiadas apenas por nossa consciência.

Não nos venham dizer como viver, cedo gritamos.

Depois, maiores, somos capazes de dispensar o que nos diz a família, a tradição ou a religião, para seguirmos nossa inteligência.

Não queremos ser escravos, discursamos.

Esta nossa independência gera como efeitos a arte, com a qual embelezamos a vida; a filosofia, com a qual pensamos as coisas; a ciência, com a qual entendemos o funcionamento das leis naturais; a economia, com a qual sobrevivemos, a tecnologia, com a qual transformamos a natureza, e a psicologia, com a qual colocamos em ordem nosso próprio mundo interior.

Por causa do pecado, que avassalou o passado e perturba o presente, os amados resultados de nossos esforços acabam corrompidos. A arte pode se orgulhar dela mesma, a filosofia pode propor a morte, a ciência pode servir a quem tem dinheiro, a economia pode poluir o ambiente, a tecnologia pode matar e a psicologia pode se enredar na angústia e no pavor.

Para serem bons, os resultados buscados precisam ser orientados de fora do labirinto em que nos perdemos. Esta orientação nos vem da Palavra de Deus, a que faremos bem se decidirmos obedecer.

[CONTINUA amanhã]

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O Senhor os porá por cabeça e não por cauda; e só estarão em cima e não debaixo, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, seu Deus, que hoje lhes ordeno, para os guardar e cumprir. (Deuteronômio 28.13)

Jornada de Leitura da Bíblia: 2Reis 5 a 6

JAN

15

A maturidade vem da obediência, não necessariamente da idade.

(Leonard Ravenhill)

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A filosofia da obediência, 2/2

É péssima a fama da obediência. Quando crianças, não gostamos dela, mas ela nos é imposta e então sobrevivemos. Na fase adulta, nós a abominamos, esquecidos do bem que nos fez.

Como os hebreus deixariam o Egito, se não obedecessem às ordens recebidas? Como atravessariam o deserto, o mar e o rio, se não seguissem as regras? Não foi por desobedecerem que lhes veio a opressão, da qual antes foram libertados? Não era para amarem obedecer?

Até hoje, alguns de nós, em nome da inteligência e da razão, recusamos a religião, especialmente quando nos pede que obedeçamos.

Temos dificuldade em admitir que não somos capazes de vencer os faraós com nossas próprias forças, de sobreviver no deserto sem ajuda, de vencer os mares sem prévias orientações.

Precisamos da Palavra de Deus, palavra sábia que venha de fora de nós, palavra limpa que nos chegue do céu, palavra pura que nos resgate do egoísmo, palavra eterna que nos anime de esperança, palavra perfeita que nos ensine a amar.

Precisamos da Palavra de Deus, que não nega a razão mas a corrige, que não subestima a inteligência mas a aperfeiçoa, que não subjuga o amor, mas o liberta da tirania do prazer, que não recusa o desejo, mas o converte para o que é bom, para que vivamos melhor, num mundo melhor.

Nossa melhor escolha é obedecer.

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Andem em todo o caminho que o Senhor, seu Deus, lhes ordenou, para que vocês vivam, para que tudo lhes vá bem, e para que se prolonguem os seus dias na terra que irão possuir. (Deuteronômio 5.33)

Jornada de Leitura da Bíblia: 2Reis 7

JAN

16

Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.

(Jean-Jacques Rousseau)

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Fale pouco

Quando encontrar alguém numa viagem e conversar, fale pouco, para que o outro também tenha a oportunidade de se manifestar ou para que ambos vejam a paisagem.

Fale pouco quando for contar a história da sua vida, para que o outro possa contar a dele também.

Quando for sondado ou entrevistado para um emprego, fale pouco, para não cansar quem o pode contratar, mesmo que ele não tenha ninguém mais para ouvir.

Fale pouco quando for fazer um discurso, de modo que permaneça o desejo na plateia de ser ouvido mais ou outra vez.

Quando for narrar a história da família ao seu filho ou ao neto, fale pouco, para que o menino ou a menina mantenha o interesse e procure saber mais.

Fale pouco quando for contar um sonho, para não se perder nos meandros da fantasia.

Quando for compartilhar uma conquista alcançada, seja de que tipo for, fale pouco, para não impressionar demais.

Fale pouco quando for explicar um assunto, mesmo que seja um especialista, para não se tornar indesejado.

Quando for reclamar, fale pouco, para não perder a razão.

Fale pouco quando for lamentar sua dor, para manter do outro por você a compaixão.

Quando for falar do que você crê, fale pouco, para que a sua vida seja vista.

Fale pouco quando for aconselhar ou orientar quem precisa ouvir a sua palavra.

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Como maçãs de ouro em bandejas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. (Provérbio 25.11)

Jornada de Leitura da Bíblia: 2Reis 8.1-15, 2Reis 13.14-25

JAN

17

A ideia de direitos humanos foi baseada na ideia bíblica de que todos foram criados à imagem de Deus.

(Tim Keller)

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Contra nós

A Bíblia tem muitas profecias a nosso favor, e devemos ouvi-las. A Bíblia tem muitas profecias contra nós, e devemos ouvi-las.

Amós é um profeta que prega a nosso favor mostrando o nosso erro.

Nem sempre gostamos de ouvir o que precisamos.

A mensagem de Amós, pregada há quase três milênios, tem uma imensa atualidade.

Naquele tempo, era tanta a desigualdade, que um pobre tinha tanto valor quanto um par de sandálias. E hoje é diferente?

Naquele tempo, só tinha justiça quem podia pagar por ela. Os oprimidos continuavam oprimidos, sem que o sistema legal fosse reformado para os defender. E hoje, não estamos em condição similar?

Naquele tempo, os desvios de comportamento no campo da sexualidade eram aceitos como normais. E hoje, não é o que vemos?

Naquele tempo, os profetas deviam só dizer o que agradava aos seus ouvintes, mesmo que sua mensagem não viesse de Deus. E hoje, não temos a mesma tendência?

Então, o profeta lembra que toda a história do povo de Israel fora escrita pelos dedos de Deus; por que eram tão insolentes? Não é assim conosco: o que temos e o que somos, devemos a nós mesmos?

Sabemos que o que temos vem de Deus. Por que o retemos?

Sabemos que a injustiça afronta a Deus. Por que o afrontamos?

Sabemos que o que somos é pelo amor de Deus? Por que nos envaidecemos?

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Afastem de mim o barulho dos seus cânticos, porque não ouvirei as melodias das suas liras. Em vez disso, corra o juízo como as águas, e a justiça, como um ribeiro perene. (Amós ٥.٢٣-٢٤)

Jornada de Leitura da Bíblia: Amós 1 a 2

JAN

18

As pessoas comuns pensam apenas como passar o tempo. Uma pessoa inteligente tenta usar o tempo.

(Arthur Schopenhauer)

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O tempo como amigo

O tempo tem vida própria e seguirá seu curso, não importa o que fizermos dele.

Nossa vida será o que fizermos do nosso tempo.

O tempo é mais que a nossa agenda, que o reflete em folhas de papel ou em teclas digitais, com compromissos guardados por outra pessoa ou anotados apenas em nossa memória.

Temos a impressão de que cabe tudo o que quisermos no tempo, seja mais trabalho, mais estudo, mais descanso, mais diversão. Pode caber tudo em nossa agenda, mas não em nosso tempo. — Essa é a primeira lição que precisamos aprender.

O tempo só é elástico em nossa mente, porque a régua com que é medido não pode ser mudada, seja longa como uma década, um ano, um mês, ou curta como uma semana, um dia, uma hora, um minuto.

A segunda lição é que precisamos decidir se faremos do tempo um claro aliado ou um feroz inimigo. Se fizermos dele nosso amigo, ficaremos menos cansados, chegaremos mais longe, realizaremos mais. Se fizermos dele nosso adversário, correremos sem direção, experimentaremos a exaustão, choraremos de frustração.

Não podemos alterar o tempo — eis a terceira lição — mas podemos mudar