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Diante do luto: Enfrentamento e esperança
Diante do luto: Enfrentamento e esperança
Diante do luto: Enfrentamento e esperança
E-book270 páginas2 horas

Diante do luto: Enfrentamento e esperança

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Sobre este e-book

DIANTE DO LUTO pretende oferecer inspiração, conforto e esperança para os enlutados. Está organizada em partes. Na primeira, traz uma coletânea de 30 meditações consoladoras para os que experimentaram a perda de um familiar ou amigo. Na segunda, faz uma seleção de 20 poemas para mostrar com a poesia lida com morte. Na terceira, dá voz a dezenas de pessoas que vivenciaram ou estão vivenciando o luto. Por último, traz orientações de ordem prática para a esperança.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de mar. de 2021
ISBN9786589202240
Diante do luto: Enfrentamento e esperança

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    Pré-visualização do livro

    Diante do luto - Israel Belo de Azevedo

    Capa do livro Diante do Luto, enfrentamento e esperança.Folha de rosto do livro Diante do Luto.

    © Israel Belo de Azevedo, 2021

    Todos os direitos reservados por

    EDITORA PRAZER DA PALAVRA

    É proibida a reprodução por quaisquer meios.

    FICHA CATALOGRÁFICA

    AZEVEDO, Israel Belo de, 1952-

    DIANTE DO LUTO; enfrentamento e esperança. / Israel Belo de Azevedo. Rio de Janeiro: Prazer da Palavra, 2021.

    ISBN: 978-65-89202-24-0

    Literatura devocional — Luto. 2. Luto — Literatura devocional. 3. Morte — Literatura devocional. I. Título

    CDD 242

    Coordenação editorial

    Israel Belo de Azevedo

    Editoração (capa e miolo)

    Leila Simões

    EDITORA PRAZER DA PALAVRA

    Rio de Janeiro

    2021

    www.prazerdapalavra.com.br

    Com gratidão a

    Almir dos Santos Gonçalves Jr (1938-2021), por sua diaconia

    Antônio Arzola (1966-2021), por sua maestria

    Aurélio Matheus (1950-2020), por sua simplicidade

    Carlos Fernando Macedo de Souza (1955-2021), por sua disponibilidade

    Célia Rollo (1938-2021), por sua dependência de Deus

    Edson Soares Lannes (1929-2021), por sua sabedoria

    Eldes Milliole (2020), por sua bondade

    Felipe Cuiabano Barbosa (1965-2021), por sua generosidade

    Idê Pinel Giordani César (1934-2020), por sua amizade

    Jorge Theodoro Heuseler (1929-2020), por sua dedicação

    Levi Silva de Melo (1994-2021), por seu otimismo

    Lydia Guimarães (1932-2021), por sua fidelidade

    Milian (Milinha) Ferreira (1942-2020), por seu sorriso

    Este livro é oferecido também, como gratidão por seus legados, a

    Abigail Godinho Freitas (1905-1978)

    Agenilda Correia da Silva (1947-2016)

    Akim Pereira Figueiredo (1991-2012)

    Alzenir Esteves (1936-2020)

    Amado Ferreira Mendes Pantoja (1932-1987)

    Amaro Bernardo da Silva (1933-1999)

    Ana Maria Rocha Rezende Martins (1949-2019)

    Antônia de Lemos Ferreira (1955-2019)

    Arthur Gonçalves de Castro (1906-1996)

    Audenir Damião (1965-2013)

    Christiane Rios (1971-2015)

    Cilas Roberto Ribeiro (1941-2012)

    Clautenor Pimentel (1912-1991)

    Cleyde Mara Ferreira de Andrade (1970-2003)

    Daniel Contaifer (1923-1977)

    Daniel Farias de Jesus Ferreira (1980-2020)

    Divonzir Ferreira (1944-2020)

    Dulcinéa Alves de Moraes Heuseler (1931-2016)

    Dulcineia da Silva Dorcelino (1949-2006)

    Egnaldo Carneiro da Silva (1929-2018)

    Eldes Souza Milliole (1957-2020)

    Epimaco Baptista Filho (1944-1998)

    Ercília Vieira Ferreira (1927-2020)

    Espedito Gomes Francisco das Chagas (1928-2020)

    Fabio Rodrigues Lisboa (1952-2002)

    Irene Batista de Mendonça (1913-2018)

    Ismênia Varjão da Silva (1920-2020)

    Ivam Elias Kabarite (1927-1989)

    Jandira Alves (1940-2003)

    Jeremias de Castro Lira (1935-2000)

    Jerry Ichter (1930-2018)

    Jessé Gomes da Silva (1933-2018)

    João Batista Figueiredo (1938-2009)

    João Pereira de Barros (1905-2006)

    Jorge Cordeiro (1930-2020)

    Jorge Theodoro Heuseler (1929-2020)

    José Eduardo (1930-2020)

    José Migueis (1940-2005)

    José Valdemir Bezerra Lamarque (1963-2015)

    Julcinéia de Marins (1945-2020)

    Leilane de Carvalho Jaccoud (1964-2019)

    Leonardo Simões Brandão Filho (1997, natimorto)

    Lindalva Praia Marins de Lira (1939-1999)

    Lydia Teixeira Fayão (1937-2011)

    Márcia de Sousa (1964-2020)

    Maria do Carmo Mariano (1939-2017)

    Maria Isabel Lopes Carneiro da Silva (1930-1998)

    Maria Joana Mariano (1919-2007)

    Maria Luiza de Castro (1928-2014)

    Maria Rosália Gomes Kabarite (1945-2013)

    Mirma de Souza Contaifer (1932-2014)

    Naly Moreira de Moraes (1942-2021)

    Norma Therezinha de Castro (1938-2001)

    Odete Lemos de Souza (1950-2020)

    Orlando Augusto da Silva (1922-2014)

    Paulo José Estevam do Rêgo (1953-2012)

    Pedro Carlos Cidrini Gonçalves (1944-2016)

    Pedro Machado (1942-2013)

    Rute Daminelli Ribeiro (1941-2015)

    Samir Arom Duarte Sales (1983-2014)

    Teobaldo de Assis Boa Morte (1937-2009)

    Ubirajara Gonçalves de Castro (1942-1980)

    Valter Alves (1954-2015)

    Warner Corrêa Munhê (1958-2021)

    William (Bill) Ichter (1925-2019)

    Wilson Elisiário Lacerda (1919-1997)

    Wilson Vimercati (1942-2016)

    Luto é a palavra que descreve o amor por quem não poderá mais corresponder, embora a sua menção corresponda à certeza de que, se presente estivesse, nos amaria também.

    (Valdeir Contaifer, 1962)

    "A experiência do luto é dolorosa.

    Todavia, é também uma oportunidade de sermos atraídos para mais perto de Deus, que, no aconchego da sua presença, com a sua voz mansa e suave. acalenta o nosso coração e nos convence de que Ele não é para nós apenas Deus, mas também um Pai amoroso que nos ajuda na elaboração e superação da perda de alguém para nós muito especial.

    Nunca, em tempo algum, Ele nos prometeu uma vida sem sofrimentos e perdas, mas garante-nos uma vida imperdível, vitoriosa e feliz".

    (Lael d’Almeida, 1954)

    PREFÁCIO

    Tenho vivido uma experiência extraordinária, que é a de acolher, de estar junto, de respeitar diferentes sentimentos de diferentes pessoas que estão vivenciando a dor de uma perda ou de várias, ajudando-as a conviver com a realidade de seguir em frente, a despeito da ausência não desejada.

    Junto com outras psicólogas, formamos alguns grupos terapêuticos. Tem sido maravilhoso acompanhar pessoas que se dispuseram, num grupo terapêutico, a partilhar esta dor e ajudar-se mutuamente. Nesta experiência de ajudar, tenho sido ajudada (porque eu também estou num processo de luto pela perda da minha mãe) e aprendido com a experiência de cada um.

    Por isto, saúdo DIANTE DO LUTO, no qual Israel Belo de Azevedo reúne seus textos, com os de vários poetas. Neste livro, ele reúne também dezenas de testemunhos de pessoas que passaram ou estão passando pelo sofrimento da perda.

    Por isto, lembre que refletir sobre o luto é tocar num tema doloroso. É falar sobre um processo que pode doer ainda mais, se não for compartilhado.

    Administrar a perda de uma pessoa querida é experimentar algo para o qual nunca estamos preparados. É pensar o impensável. É permitir ser revisitado por uma dor que parece não ter fim. É lidar com o fim de uma existência que pode acontecer numa fração de segundos. Deparar-se com a falta do que sempre foi presente.

    Aceitar a morte está além das nossas possibilidades. Mas aprender a lidar com esta realidade é o começo do reinventar a vida. Nunca será como antes, mas não precisa ser sofrido para o resto da nossa existência.

    O que pode ajudar, durante o luto?

    Compartilho o que tenho vivido:

    Dê tempo a si mesmo. Sua dor é única. Seu modo de sentir é único. Dor não se mede. Nem se compara. Dor se sente.

    Evite o se; se eu tivesse tentado isso....se eu tivesse tentado aquilo.... se eu tivesse ficado....se eu tivesse ido....se eu tivesse tentado outro caminho....se eu não tivesse feito aquele caminho que fiz...

    Dê sentido ao que não tem sentido. (O autor escreve, com razão, que não há propósito para morte). Diante da morte, entramos em contato com a nossa total impotência. Por isto, precisamos dar sentido ao que não faz sentido, naquele momento. Desejamos encontrar uma explicação que traga alívio a nossa dor. É hora de permitir a tristeza. É hora de chorar. É hora de compartilhar a dor. Sofrimento compartilhado é sofrimento aliviado. A dor continua a existir, continua a fazer falta, mas não preciso enfrentar sozinho. Luto é um processo que vai passar, e a dor se transformará numa saudade bonita, numa memória agradável.

    Converse com as pessoas. Partilhe seus sentimentos. Fale sobre o que foi vivido com quem partiu. É hora de agir pela necessidade, e não pela vontade. A vontade de isolar-se pode ser maior que a vontade de falar. Mas agir pela necessidade, trará o benefício do alívio, dia após dia.

    Gaste tempo com os familiares. Estar junto de quem também está sofrendo, é partilhar do mesmo sentimento, da mesma ausência. É ajudar um ao outro nas diferentes formas de encarar a realidade. Como pode ser rico esse partilhar!

    Pense nos legados que foram deixados por quem partiu. Quantas lições aprendidas, quantos exemplos a serem seguidos, quantas lembranças engraçadas que trarão o sorriso em meio à dor.

    Estabeleça uma nova rotina. Procure fazer ajustes que o ajudarão na nova rotina. Concentre-se no que é mais importante para si mesmo, sem se importar com o que as pessoas vão pensar.

    Se for difícil falar sobre a morte, comece falando dos seus sentimentos, falando sobre si mesmo, sobre planos para viver este novo e inesperado momento. Está difícil falar? Escreva sobre o que sente ou procure algo que possa expressar o que sente. Quem sabe através de uma música, de uma caminhada ao ar livre fotografando a natureza ou gastando tempo com um animal de estimação. As sugestões podem ser acrescidas para o auto cuidado.

    Saiba que viver o processo da dor, para que essa não se torne sua companheira de vida.

    Você não está só. Permita-se ser ajudado!

    Boa leitura.

    SANDRA MARA DE SOUZA

    Psicóloga. Coordenadora-voluntária dos grupos terapêuticos para o luto na Igreja Batista Itacuruçá.

    Sumário

    Fosco é a cor do luto

    O Luto é para sempre

    Primeiras considerações sobre a morte e o luto

    Parte 1

    Textos breves para a sua inspiração, organizados na ordem alfabética dos seus títulos.

    Parte 2

    Poemas que nos ensinam, desde o século 16, transcritos em ordem cronológica

    Parte 3

    Testemunhos que nos confortam

    Parte 4

    Nossas atitudes diante da morte

    Para Ler

    FOSCO É A COR DO LUTO

    Quando nos chega, densa e doída, a inesperada,

    A pergunta (por quê?) sem resposta suficiente

    Se funde com alguma culpa desesperada

    Que a razão, agora emudecida, sabe inexistente.

    Conjeturamos que o desfecho poderia ser diferente,

    Enquanto as lágrimas preenchem uma xícara imaginada

    Para drenar toda alegria na face antes registrada

    E para indagar como será a jornada daqui para a frente.

    Deixamos que o nosso futuro se atrofie sem horizonte.

    Ou pedimos que o Eterno cumpra a deliciosa promessa

    De recolher nosso cálice transbordado de tristeza

    Pela imensa dor que, além de nós, não há quem a meça.

    Saibamos que a esperança num Deus que conforta é ponte

    Que permite que a vida flua como um rio que não cessa.

    O LUTO É PARA SEMPRE

    PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A MORTE E O LUTO

    Mulher sentada ao lado de um cão olhando o horizonte.

    UMA CERTEZA PARA TODOS

    A experiência do luto é certeza para todos os vivos.

    A intensidade da dor tem a ver com a qualidade do convívio bloqueado e também com as circunstâncias das mortes, algumas literalmente deitadas no nosso colo.

    A vastidão da dor tem a ver com o modo como encaramos a vida. Lembremo-nos do rei Davi quando seu filhinho ficou doente. Enquanto o menino agonizava, ele agonizou junto. Quando o garoto morreu, o pai chorou, tomou banho, alimentou-se e voltou às suas atividades (2Samuel 12.15-23). Seu luto foi breve.

    Nem todos somos Davi. Nem todos temos que ser Davi. Mas todos nós gostaríamos que a dor da separação fosse menos vasta.

    O luto é para sempre, mas a dor não precisa nos paralisar para sempre.

    Ajudam-nos na vitória algumas atitudes:

    1. Devemos agradecer a Deus pela oportunidade que tivemos de conviver com este/esta que agora vive apenas em nossa memória.

    2. Precisamos revisar nossa história para que nenhuma culpa fique nela alojada. (O perdão divino inclui a certeza que não há nada hoje que possamos mudar no que aconteceu ontem.)

    3. Temos que nos envolver em atividades que façam nossos neurônios fazer outros encontros, compromissos que nos tornam úteis e nos mostram que a vida deve seguir.

    4. Podemos nos encher de esperança porque sabemos que há razões para confiarmos que Deus se importa com a solidão que vem com a morte de uma pessoa amada.

    NOSSA VIDA EM ORDEM

    Sabemos que a morte levará quem amamos. Se não partirmos antes, ela levará nosso cônjuge e não teremos com quem dividir nossos anseios. Pelo andar das coisas, partirão nossos pais e não teremos um colo sobre o qual nos debruçar. Se a tragédia vier, perderemos nossos filhos e, junto, o brilho de nossos sonhos. Antes de nós, pode ser que vá um de nossos irmãos, de sangue ou de fé.

    Sabemos disto, mas que adianta saber?

    Quando um deles se vai, a dor é tão intensa como o oceano que nos separa, o sofrimento é tão longo como uma estação muito fria, a saudade é tão desoladora que o coração se torna um deserto onde nada nasce.

    A alegria seca, a saúde seca, o futuro seca, tudo seca, menos as lágrimas.

    Nestas horas, como uma vela cuja luz vai se acendendo aos poucos, temos uma esperança para ver: um dia, demorado ou breve, vamos nos reencontrar. E esta certeza pode nos animar.

    A morte de uma pessoa querida dói em nós duas vezes.

    Dói em nós por causa da saudade que sentimos. Ela é definitiva e só acabará no céu, onde o luto não entra.

    Dói em nós por causa da lembrança de uma certeza da qual fugimos: a morte do outro é uma antecipação da nossa.

    Talvez prefiramos não pensar na nossa

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