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Viver é desenhar sem borracha: uma análise visual da revista Pif Paf de Millôr Fernandes
Viver é desenhar sem borracha: uma análise visual da revista Pif Paf de Millôr Fernandes
Viver é desenhar sem borracha: uma análise visual da revista Pif Paf de Millôr Fernandes
E-book274 páginas3 horas

Viver é desenhar sem borracha: uma análise visual da revista Pif Paf de Millôr Fernandes

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Sobre este e-book

Este livro apresenta uma análise visual da produção gráfica de Millôr Fernandes na revista Pif Paf (1964). A obra é uma síntese da dissertação de mestrado, que se propõe a buscar as referências artísticas de Millôr Fernandes, o seu estilo e o amadurecimento de suas ilustrações.

Texto de contracapa: "Viver é desenhar sem borracha: uma análise visual da revista Pif Paf de Millôr Fernandes" é o resultado de uma Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, linha de pesquisa: Imagem e Cultura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016.

Este livro apresenta as oito edições da revista Pif Paf, criada por Millôr Fernandes, em 1964. Para contextualizar o trabalho produzido na revista, faz-se uma breve retrospecção dos aspectos históricos e sociopolíticos do momento inicial da Ditadura Militar, da formação desse jornalista, de sua biografia, de sua trajetória profissional, de seu papel como mediador cultural, da formação de seu círculo pessoal de amizades, as quais partilham as mesmas ideologias, seu estilo de vida boêmio e trabalham com ele em sua revista. Também há a contextualização da participação e das contribuições individuais desses colaboradores e, por fim, apresenta-se a análise específica de seu trabalho com foco privilegiado na área gráfica, nesse veículo de comunicação, por se acreditar que, nesse momento, seu ethos como caricaturista e humorista esteja completamente formado.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de jan. de 2023
ISBN9786525254968
Viver é desenhar sem borracha: uma análise visual da revista Pif Paf de Millôr Fernandes

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    Viver é desenhar sem borracha - Fernando Lima

    1 INTRODUÇÃO

    VIVER É DESENHAR SEM BORRACHA

    "Eu aprendi que para crescer como pessoa é preciso me cercar de gente mais inteligente do que eu... ,,

    William Shakespeare¹.

    Para os formandos do curso de Comunicação Social em dezembro de 2001, o discurso latente em suas mentes, implementado ao longo dos quatro anos de universidade, é o de que um profissional de sucesso deve estar plenamente adaptado ao mercado de trabalho. Entretanto, em uma profissão onde a rápida execução é essencial devido a prazos a serem cumpridos, não sobra espaço para reflexão e aperfeiçoamento. Após uma década de atuação profissional, isso parece não bastar para alguns desses formados. Gradualmente, devido à profissão, são resgatados alguns interesses primários, entre eles o gosto pela arte, mais precisamente, ilustrações.

    Simultaneamente, surge a oportunidade de atuar no meio acadêmico e esse novo desafio é aceito. Entretanto, além da satisfação que essa nova área traz, confronta-se uma vez mais com as questões artísticas devido à natureza das aulas lecionadas, sobretudo em aulas de formação e construção da imagem, em que, entre diversos estilos de arte abordados, o tipo de ilustração das charges² é usado como exemplo. Desde as ilustrações realistas mais aprimoradas até a aparente simplicidade das ilustrações de uma charge, todas possuem seu mérito. Parece ser necessário aprender mais, parece ser imperativo recriar-se. Desse modo, o autor acredita que, por meio da pesquisa científica, poderá se desenvolver e que esta vá contribuir para o seu aperfeiçoamento profissional, sobretudo na docência.

    Na busca do objeto de pesquisa – o que é uma boa ilustração –, confronta-se com as ilustrações³ de Millôr Fernandes, que lhe despertam interesse por parecerem contrárias ao conhecimento recebido e ao senso comum; nos quais se valoriza, de modo geral, o bom acabamento, a iluminação, a perspectiva e a volumetria. Assim, acredita-se que a relevância da pesquisa aqui proposta seja trazer essa análise artística, já realizada com outros artistas, para as ilustrações desse jornalista e compreender o porquê de seu sucesso. À primeira vista, seus trabalhos artísticos parecem inclinar-se para o mais simples, entretanto observando-se que suas características não permitem uma classificação dentro de um gênero artístico específico.

    Entre suas referências, está um artista como Paul Gauguin, que se vale da distorção nas imagens como eixo para seus trabalhos, como visto em sua famosa obra: O Cristo Amarelo. Em um primeiro momento, ao se comparar os trabalhos desse artista com os de Millôr Fernandes, vê-se o mesmo traço infantilizado, os mesmos significados universais, e é o que parece ser a base do sucesso de suas ilustrações. Entretanto, mesmo existindo alguns artistas que sobressaíam com um estilo simplificado ou modernista quando o jornalista alcançou notoriedade artística, nenhum deles produziu uma ilustração tão similar à infantil quanto às apresentadas por ele, especialmente na revista Pif Paf.

    SemanaSanta2009Foto01

    FIGURA 1: Paul Gauguin - O Cristo Amarelo

    Assim, inicia-se este trabalho com o questionamento: como alguém que possui um desenho que não representa realismo e acabamento elabora um estilo de ilustração que se constitui em paradigmático, especialmente na área gráfica do jornalismo na década de 1960? Considera-se, ainda, que esse estilo de ilustração seja responsável por uma virada profissional em sua carreira jornalística, vindo a dar-lhe notoriedade como ilustrador.

    Essa década é responsável por uma guinada profissional em sua vida, promovendo a situação necessária para que ele ganhe essa notoriedade. Em 1963, o jornalista se demite da revista O Cruzeiro passando a trabalhar autonomamente, como é descrito com detalhes adiante. Sem superiores para se reportar, entende-se que, a partir desse momento, ele possua maior liberdade criativa, sem as limitações impostas por uma grande corporação da imprensa; desenvolve-se a hipótese de que as pessoas começam a aceitar o trabalho de Millôr Fernandes como é, devido à carreira respeitável e de credibilidade construída ao longo dos anos de trabalho. Afinal, ele começa a sua carreira em 1939, com a seção Poste Escrito da revista A Cigarra e, em 1943, inicia sua seção O Pif Paf na revista de maior circulação nacional da época, O Cruzeiro, onde trabalha por 20 anos ininterruptos. Em 1963, esse jornalista tem o seu trabalho maduro e é extremamente respeitado profissionalmente.

    Em consonância com a hipótese proposta, desenvolve-se como objetivo geral desta dissertação: verificar a razão pela qual as ilustrações de Millôr Fernandes conquistam reconhecimento artístico de colegas de trabalho e da crítica, mesmo sendo pouco elaboradas, e como isso se reflete na revista Pif Paf.

    FIGURA 2: Capa da primeira edição

    da revista Pif Paf.

    Em toda a sua obra, a produção na revista Pif Paf representa o momento em que suas ilustrações encontram plena liberdade de expressão, além de esse jornalista estar em uma fase profissional madura. Portanto, a sua produção nessa revista é escolhida por se entender que ela significa uma amostra representativa para a análise que este trabalho aborda.

    Segundo Rocha (2011, p.23), entre os periódicos que são considerados como alternativos, por se oporem à ditadura, a revista Pif Paf é a primeira e sem concorrência durante sua abreviada trajetória. Ela inicia um trabalho de protesto contra o Golpe Militar, contra a falta de liberdade e a interrupção da democracia.

    Millôr Fernandes é o idealizador da revista Pif Paf. Esse jornalista, em 1964, já possui notoriedade devido à forma como coloca suas opiniões e críticas por meio de seu humor inteligente e criativo, ao longo dos seus mais de 20 anos de exercício profissional. Ele possui diversas vivências em seu currículo profissional que, aliadas aos fatores históricos e culturais desse momento, justificam sua postura de fazer oposição da forma como ele faz, valendo-se de um humor inteligente. Para que se entenda um pouco do perfil desse jornalista, segue uma breve referência de seu histórico profissional, escrito pelo próprio e publicado na primeira edição d´O Pasquim, em 1969.

    [...] com larga experiência no setor, falo de cadeia (perdão cadeira), em 1946 trabalhei um ano da revista Papagaio, assessorado por J. Rui, Carlos Estevão, Roland Stupakow, Carlos Thiré. Quando a revista já ia nascendo foi massacrada nas mãos dos porteiros de O Cruzeiro, a quem ela ameaçava com seu psitacismo. Em 1952, consegui publicar cinco números da Voga (O melhor é o que está em voga), uma revista no estilo de Veja, que ainda hoje pode ser lida sem vergonha. Morreu de tiros pelas costas, dados por dois ou três asseclas de Leão Gondin de Oliveira, coronel do interior pernambucano, promovido por Chateaubriand a diretor dos Diários Associados. Ainda em 1952 (ano próspero), ajudei a fechar o esplêndido Comício (uma longa existência de 20 números), de Rubem Braga e Joel Silveira, onde projetaram, ó Deus, suas breves carreiras, Antônio Maria e Sérgio Porto. Comício morreu de leucemia administrativa, mas teve redação mais alegre do jornalismo carioca, onde só alguma coisa era sagrada: a hora de fechar o expediente e abrir o Haig´s. Em 1962, dirigido pelo talento editorial de Paulo Francis de Mário Faustino, na nova fase da Tribuna da Imprensa, comprada então por Nascimento Brito, batemos um verdadeiro recorde: O jornal passou da glória à sepultura em apenas cinco dias quando eu escrevi um artigo sobre... corrupção na imprensa. No governo JK, consegui produzir, na televisão, dois programas de uma série chamada 13 (!) Lições de Um Ignorante. Apesar de mais de cem artigos terem sido publicados contra a interdição (havia falta de assunto na imprensa), o mais liberal dos governos brasileiros manteve a proibição até o fim. Em 1963, por motivos religiosos" (mudaria a igreja ou mudei eu?), fui expurgado de O Cruzeiro, onde trabalhava há vinte e cinco anos. Ganhei a questão no Ministério do Trabalho apesar das ameaças públicas dos Diários Associados [...]. (MILLÔR FERNANDES, 1977, p.13) ,,

    Esse balanço profissional possibilita a compreensão do contexto em que ele se encontra em 1964, quando, aproximadamente dois meses após o Golpe Militar - em 21 de maio –, inaugura, junto com alguns amigos e colaboradores, a sua própria revista: a Pif Paf. Ela nasce com dois objetivos: o primeiro é o de Millôr Fernandes dar uma resposta sobre a sua saída da revista O Cruzeiro (1963). Ele se demite após a revista publicar um editorial⁴ se isentando da responsabilidade pelas opiniões dele em seu texto: A Verdadeira História do Paraíso (ANEXO A, p.189). Este conto do episódio de Adão e Eva tem repercussão negativa entre os leitores religiosos, o que fez com que a revista sofresse grande pressão. Por se sentir desrespeitado e traído pela revista na qual trabalhou pelos últimos 20 anos, ele pede sua demissão.

    Desde o princípio da Pif Paf, o jornalista deixa claro e por escrito que não se trata de uma publicação política, no entanto, ao longo das edições, as páginas tornam-se espaço para críticas e deboches à Ditadura Militar por meio do humor e criatividade; tornando-se uma fonte de contracultura e sendo considerada pelo Serviço Nacional de Informação⁵ (SNI) como um veículo da imprensa alternativa de esquerda: Mais tarde a Documentação do Exército definiria assim e me chamaria de ‘esquerdista’, que até hoje não sei o que é. Eles também não, pois me convocaram várias vezes para explicar (MILLÔR FERNANDES, 2005, p.11).

    No contexto sociopolítico desse período, e dada a originalidade da revista, acredita-se que ela tenha um relevante significado e influência para a cultura nacional, afinal, diversos periódicos posteriores, entre eles, O Pasquim de 1969 – desenvolvido também por Millôr Fernandes –, seguem seu estilo de crítica, de bom humor e de denúncias inteligentes; apostando em perfis editoriais e gráficos similares (KUCINSKI, 2003; ROCHA, 2011). Assume-se assim a Pif Paf como sendo referência de periódico contracultural⁶ dessa época, assim como o próprio jornalista que também é referência para diversos outros jornalistas e ilustradores (Cássio Loredano, Jaguar⁷, Ziraldo Pinto⁸, entre outros). Por ser uma revista que possui apenas oito edições, publicadas quinzenalmente entre maio e agosto de 1964, é possível a realização do estudo de todo o material impresso; ficando o foco deste trabalho por conta do estudo visual a ser realizado nas oito edições.

    Ao longo das publicações, figuras dominantes do poder civil e militar são vinculadas ao ridículo e às anedotas, principalmente nas seções: As Grandes Canções Brasileiras Ilustradas, Cara & Coroa, Miss Alvorada, entre outras. Os colaboradores da revista (Claudius Ceccon, Eugenio Hirsch, Reginaldo Fortuna, Jaguar, Ziraldo, e outros) as colocam em odisseias satíricas que acabam por vinculá-las, na memória histórica da sociedade, a fatos e acontecimentos que as tornam ícones representativos de movimentos culturais e políticos desse momento. Argumenta-se que este modelo possa agora ser reconhecido devido ao passar do tempo, o que permite uma compreensão mais clara ao buscar descrevê-lo.

    FIGURA 3: Estilo crítico presente na revista Pif Paf,

    seguido por outros periódicos alternativos.

    Por meio da metodologia de pesquisas cruzadas entre bibliográficas, biografias, estudos sociológicos; aliados ao levantamento histórico, político e cultural, pretende-se gerar o estudo proposto da revista em questão. Com relação à análise das imagens, serão aplicados princípios da Gestalt, além de estudos sobre composição de desenhos, suas formações e a transmissão da mensagem.

    As pesquisas e artigos publicados sobre Millôr Fernandes, com ênfase na Pif Paf e em suas ilustrações, são em pequena quantidade e, em sua maioria, têm uma abordagem focada na persona jornalística, descrevem as causas, efeitos e algumas influências da revista Pif Paf na sociedade brasileira. Trazem a visão dos idealizadores, suas intenções, ideias e o que eles creem ter conquistado (para citar alguns: CORDOVANI, 1997 e ROCHA, 2011 usados neste trabalho e presentes nas referências). Como fontes de pesquisa primária têm-se a publicação Caderno de Literatura Brasileira do Instituto Moreira Salles (IMS) e Pif Paf – quarenta anos depois; este último possui a reimpressão de todas as edições em fac-similar, além de entrevistas e depoimentos dos colaboradores e de Millôr Fernandes a respeito.

    Para o modelo teórico, seleciona-se um determinado corpo de autores. No tocante à Imagem, Roland Barthes. No campo da Sociologia e da Cultura Popular, Renato Ortiz. Para formar a base deste trabalho, no que se refere à vida do jornalista e ilustrador, são empregados os textos do próprio Millôr Fernandes, além dos trabalhos biográficos da dissertação⁹ de Lygia Rocha e da tese de Glória Maria Cordovani. Tencionando-se fechar leituras cruzadas entre imagem e texto, são utilizados os textos de Rudolph Arnheim e Donis A. Dondis. Além disso, acessa-se o acervo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), algumas coleções particulares do IMS e sites da internet.

    Dado o contexto apresentado, defronta-se com algumas questões específicas que também precisam ser observadas e que estruturam os objetivos secundários da pesquisa: 1) Identificar a importância e a influência da Pif Paf para o cenário político e gráfico nacional. 2) Verificar como na formação e na consolidação profissional de Millôr Fernandes se dá o desenvolvimento de seu estilo gráfico. 3) Identificar nas contribuições individuais dos principais colaboradores da Pif Paf se há fatores influenciadores para o estilo gráfico da revista, além do próprio Millôr Fernandes. 4) Analisar as principais características artísticas das ilustrações de Millôr na revista Pif Paf que lhe permitem atingir seu status quo na área gráfica nacional.

    Com o intuito de responder a essas questões, o primeiro capítulo desta dissertação visa debruçar-se sobre a questão da relevância política e gráfica da revista. Começando por uma contextualização do cenário sociopolítico em que o Brasil se encontra na década de 1960, por meio dos textos de Leôncio Basbaun, que trazem um panorama interno claro e direto sobre os governos democráticos civis e o processo conturbado do Golpe Militar que instaura a Ditadura no país. Também, por meio de Nelson Werneck Sodré, que complementa os registros de Basbaun e traz uma visão específica.

    Esse capítulo ainda conta a história da revista Pif Paf e de seu criador em 1964. Tendo como referência publicações do Instituto Moreira Salles e entrevistas com Millôr Fernandes, apresenta um apanhado de sua trajetória de vida que monta o perfil desse jornalista e permite compreender seus ideais e a situação em que se encontra em 1964 ao fundar a revista.

    Com relação à revista, a dissertação de mestrado de Lygia Rocha e as reimpressões em fac-similar, com prefácio do próprio criador da revista e de outros colaboradores, como Claudius Ceccon e Ziraldo, fazem uma retomada da situação jornalística em 1964. Além disso, agregam diversos detalhes sobre como o jornalista concebe a revista, quem são os colaboradores iniciais das ideias, quem o suporta nesse projeto, qual o perfil editorial escolhido e o estilo de diagramação.

    O segundo capítulo enfoca os profissionais que apoiam a empreitada do criador da revista. Com um cunho biográfico, dando destaque ao histórico de vida de Millôr Fernandes, começa com a origem do personagem, sua formação, primeiro emprego, aprendizado profissional, as oportunidades existentes, contatos feitos, crescimento, trajetória profissional, impasses políticos, tentativas empreendedoras e culmina na criação da revista Pif Paf. Os materiais de base para essa biografia encontram-se nas publicações produzidas pelo IMS e material coletado na ABI.

    Para se compreender a estrutura principal da sua vida profissional, opta-se pelo uso do site MillorOnLine, mantido por sua família, que possui extenso acervo de trabalhos e fatos de sua vida. Nesse material, vê-se que a história do jornalista se entrelaça, de longa data, por diversas vezes, com a de seus companheiros de trabalho – Claudius Ceccon, Reginaldo Fortuna, Jaguar, Ziraldo, e outros – que compõem o seu círculo pessoal.

    Para se compreender o processo gráfico da revista Pif Paf e sua forma artística peculiar, realiza-se também uma observação dos possíveis referenciais, a fim de analisar essas influências e compreender como isso impacta diretamente a produção gráfica de sua revista. A bibliografia usada para auxiliar esse levantamento gráfico inclui a dissertação de Julio Cesar Nogueira.

    A fim de compor um estudo mais aprofundado, não apenas do perfil gráfico da revista, mas também de seu idealizador, obras de Ernst Gombrich são a base deste capítulo para observar a ilustração de Millôr Fernandes, ao se fazer uma breve análise do seu traço.

    O terceiro capítulo complementa o segundo, ao apresentar como os colaboradores agregam seus valores profissionais, tornando a revista única. Embora se atribua, na maioria das vezes, quase exclusivamente, a Millôr Fernandes a concepção e desenvolvimento da publicação durante a sua curta vida, é fato que nenhum veículo de comunicação se faz sozinho, sobretudo uma mídia gráfica impressa. Há colaboradores, como já citado anteriormente, que viabilizam esse projeto.

    Realiza-se o detalhamento de uma listagem de seus nomes e suas contribuições para que a Pif Paf tenha o formato e o perfil único que a diferenciam, desde os mais infrequentes – Enrico Biano (pintor italiano), Leon Eliachar (Jornal Zero Hora), Reynaldo Jardim

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