Orfanato Dos Sonhos
De Alison Motta
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Orfanato Dos Sonhos - Alison Motta
Orfanato dos sonhos
Alison
Motta
Não se esqueça de apagar a luz
Dedico este livro a minha prima Emily e a todos vocês que irão ler, o meu muito obrigado e eu amo todos vocês.
- Alison Motta
A criança nunca sabe o que é um martelo, até confundir o dedo com um prego
- Stephen King
A fé é a consolação dos miseráveis e o terror dos felizes.
- Luc de Clapiers Vauvenargues
SUMÁRIO
Capa
Folha de rosto
Dedicatória
Epígrafe
PARTE 1 – O ORFANATO DE
GREENVILL
Capítulo 1 – Novos rostos, novos lugares -
Capítulo 2 – O contato -
Capítulo 3 – Descoberta arrepiante
PARTE 2 – APARIÇÕES
Capítulo 4 – O contato de Isabelle e Luke
Capítulo 5 – Á vingança dos enganados
PARTE 3 – A BATALHA FINAL
Capítulo 6 – Pesadelos lúcidos
Capítulo 7 – O encontro dos oprimidos
Capítulo 8 – O início dos sonhos
Parte 1
O ORFANATO DE GREENVILLE
No interior de Londres, em uma cidadezinha chamada Greenville, há um orfanato bastante tradicional, onde se encontra em pé a mais de 100 anos.
100 anos estes que fizeram história na pequena cidade, dizem que o local é mal-assombrado, e já fez com que vários roteirista de cinema de hoje em dia viessem com o intuito de alavancar suas carreiras com uma bela história de terror.
Porém, a história que irei contar agora é um
acontecimento real que foi contado de geração para geração, a história de 10 crianças que com união venceram o mal.
Capítulo 1
Novos rostos, novos lugares (1938)
1
Faltava duas semanas para o Natal em Greenville, e todos se preparavam para as festas tradicionais do orfanato, todos estavam apreensivos pois após anos eles iriam receber naquele mesmo dia uma residente nova por ali.
Ana, uma menina morena de olhos castanhos, que havia pegado transferência
direto para Greenville após ter acontecido um incêndio no antigo orfanato onde ela morava, que ficava do outro lado de Londres.
Ela tinha onze anos de idade, e obviamente por ser menina, ficaria no quarto com as outras meninas. Ela chegou um pouco antes do almoço, recepcionada pela diretora, a Madre Joana.
A Madre lhe deu as boas vindas:
— Bem vinda ao Orfanato de Greenville Ana, fique a vontade, essa agora é sua casa.
— Obrigada senhora!
— Pode me chamar de Madre.
— S-sim senhora Madre — disse Ana.
A Madre sorriu para Ana e pediu para que a Irmã Teresa a levasse ao quarto das meninas para conhecê-las. Elas andaram por um corredor até chegar nas escadas que levam aos dois quartos das crianças.
Após subirem os degraus, seguiram para o quarto das meninas (o da esquerda), Irmã Teresa abriu a porta, e como Ana era a primeira hóspede dali depois de anos, as garotas organizaram o quarto para receber Ana, com cartazes de boas vindas: — Surpresaaaa, bem vinda Ana — gritaram as garotas, até pareciam um coral.
— Obrigada meninas — Ana respondeu com um grande sorriso.
— Meninas, ajudem Ana a se organizar e se arrumem para o almoço, Ana sua cama é a terceira do lado direito da porta — exclamou Irmã Teresa Logo em seguida a Irmã desceu e deixou Ana a sós com as garotas para se conhecerem melhor, ali havia quatro garotas, agora, incluindo Ana são cinco no total.
Elas se apresentaram a Ana dizendo seus nomes, Elizabeth (a Beth), Ellie, Emily, Sophia, e a mais nova de seis anos Isabelle. Suas boas vindas foram muito calorosas, pois todas eram extremamente educadas, e Ana agradeceu a altura das boas vindas com um forte abraço. As garotas não iam a escola, pois o Orfanato era administrado pela Igreja Católica, com direção de Freiras que lecionavam lições religiosas e estudavam normalmente o que se estuda em uma escola normal
, tudo muito diferente para Ana que estudava em uma escola normal.
A Irmã Teresa volta ao quarto das meninas porque tinha se esquecido de entregar o uniforme do orfanato para Ana, uma saia de pano leve preto, a camiseta branca com um laço vermelho envolvendo o seu pescoço e uma sapatilha vermelha, já para os cabelos, a regra era que todos fossem amarrados com um ‘rabo de cavalo’.
Depois de se arrumarem, todas desceram para o almoço, enquanto desciam as escadas, os meninos como sempre já começaram com as provocações matinais.
Jogando bolas de papel, Irmã Dulce apareceu para os repreender dizendo para pararem senão a Madre iria se irritar.
Os meninos que eram Thomas, Noah, Léo, Jayden (o Jay), o Luke e o mais velho de todos com 12 anos de idade Mike. Todos eles incluindo todas as meninas, seguiram até o salão onde comiam todos os dias. Lá estavam as Irmãs Lúcia, Catarina, Clara, Pietra e a Irmã recém-chegada Carla, juntamente a Madre Joana.
Todos sentaram e Madre explicou a Ana que em todas as vezes antes de consumirem as refeições, todos faziam uma prece, mas que ela não precisava se preocupar em saber agora, com o tempo ela aprenderia e ficaria craque
.
Naquela manhã a escolhida para fazer a prece era Isabelle, a mais nova, tinha algo especial naquela menina, a maneira em que ela se dedicava a aprender as lições da igreja era realmente brilhante. Ela levantou-se, todos deram-se as mãos e Isabelle com o sinal da cruz começou: — Nós Vos agradecemos, senhor, pelo
alimento que tiveste a bondade de nos dar. Vós, que pela abundância e riqueza
dos Vossos dons, alimentais todos os seres vivos, abençoai este alimento que
iremos comer, para somente conservar a saúde e a vida do nosso corpo, para
que possamos servi-lo sempre. Amém!
Capítulo 2
O contato
2
Depois disso todos soltaram as mãos e começaram a se servir, comeram bem para poderem ir a sala de aula que ficava em uma porta ao lado do salão.
Após o almoço, escovaram os dentes no banheiro que era separado com paredes, uma parte das meninas e outra dos meninos. Os meninos já especulavam em como seria a pegadinha que iriam aprontar com Ana, já que ela era nova e ainda não tinha sido pega pelas pegadinhas sem noção dos meninos. As garotas ainda não tinham subido para escovarem os dentes, então Noah teve a ideia de entrarem no banheiro das meninas e fazer um furo na pasta de dente, para que quando Ana pegasse e apertasse cairia pasta em seu uniforme.
Ele entrou sorrateiramente no banheiro e com uma pequena agulha fez um oito furos na pasta dentária, logo em seguida se escondeu em uma das cabines do banheiro. Lá fora enquanto as meninas vinham, os outros garotos distraíram algumas das meninas as levando á lugar aleatório, Ana não estava junto pois estava conversando com a Madre. Mas logo em seguida apareceu perto das escadas onde as meninas disseram que iam estar, porém não estavam, então seduzindo que elas já haviam ido ao banheiro, Ana foi sozinha.
Entrou mais não havia ninguém ali, a garota levantou os ombros em sinal de tá bom
, e pegou a pasta, quando apertou os furos que Noah fez fizeram com que espirrasse pasta em uma parte do uniforme de Ana. Rapidamente as meninas imaginaram que algo está errado para os meninos as levarem para algum lugar longe, ainda mais percebendo que Noah não estava com eles, e nem Ana.
Eles queriam aprontar alguma coisa, temendo que fizessem alguma pegadinha com Ana, todas correram até o banheiro e viram que já era tarde, a coitada da menina caíra na brincadeira dos meninos, estava lá tentando limpar com uma toalha e água. Mas só piorava e fez ficar ainda maior a mancha com pasta de dente, Noah saiu da cabine gargalhando enquanto os meninos riam do lado de fora.
No mesmo instante Ana pega outra pasta que estava aberta e aperta bem jorrando muito creme dentário no rosto do