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Cinco Sapatinhos de Cristal
Cinco Sapatinhos de Cristal
Cinco Sapatinhos de Cristal
E-book540 páginas6 horas

Cinco Sapatinhos de Cristal

De Brown, Clifton, Heffington e

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Sobre este e-book

Uma história amada - Cinco Incríveis Escritoras - Uma Coleção para Ser Apreciada!

O que acontece quando a Cinderela é tão terrivelmente tímida que não consegue suportar a ideia de ir ao baile real? Ou quando o sapatinho serve... mas na garota errada? O que acontece quando a Cinderela está determinada a expulsar um príncipe impostor de seu trono de direito? Ou quando é uma mineradora de cendrillon trabalhando para uma estação espacial que orbita um planeta ctoniano? O que acontece quando a Cinderela, uma humilde empregada, deve entregar uma mensagem para um prisioneiro que está encarcerado em um assustador circo mágico? Aqui está Cinderela como você nunca a viu antes, usando seus sapatinhos de cristal e em aventuras inesquecíveis!

IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de jul. de 2015
ISBN9781507116326
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    Cinco Sapatinhos de Cristal - Brown

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    ________

    ÍNDICE

    Prólogo................................................................................................................................2

    O QUE OS OLHOS PODEM VER — ELISABETH BROWN...........................5

    CRISTAL ESTILHAÇADO — EMMA CLIFTON................................................82

    RESGUARDADO DOS VENTOS DAS PREOCUPAÇÕES — RACHEL HEFFINGTON  169

    UM CONTO DE UMA CINZA — STEPHANIE RICKER.............................249

    O BAILE DO MESTRE DA LUA — CLARA DIANE THOMPSON...........328

    Prólogo

    decorativeline2

    Poucos contos de fadas são tão amados como Cinderela. Algo sobre sua aventura do farrapo aos belos vestidos mexe conosco, encoraja-nos e inspira nossos sonhos. A história dela é simples, mas talvez seja essa simplicidade que gera o indiscutível apelo da heroína. Nós, como leitores, queremos vê-la triunfar de novo e de novo, em todas as dramáticas narrativas de sua história.

    Pois Cinderela é muito mais do que apenas seus sapatinhos de cristal. Eles são apenas símbolos, ferramentas utilizadas para conquistar o objetivo da heroína e podem ser substituídos facilmente por outros símbolos de igual importância simbólica. O sabre de luz de Luke Skywalker, o arco e flecha de Katniss Everdeen, e Neymar com sua bola de futebol. Os sapatinhos são modificáveis; a história é universal. Eu duvido que os leitores algum dia se cansem de ler o conto da Cinderela em todas as suas fantásticas versões.

    Com essa ideia em mente, decidi fazer a competição de escrita Cinco Sapatinhos de Cristal. Existem tantos contos de fadas maravilhosos para se escolher para um concurso desse tipo, mas nenhum com tanta flexibilidade ou que atraia tanta atração quanto Cinderela. Os participantes foram desafiados a criar novas versões da história com a qual somos tão familiarizados, incluindo muitos dos temas que conhecemos e amamos — o baile do príncipe, a madrasta e as meias-irmãs más, a carruagem de abóbora, a fada-madrinha e, claro, os sapatinhos de cristal — ao mesmo tempo que sacudindo os detalhes para criar novas histórias.

    Os resultados foram incríveis. Diversos textos do mundo inteiro foram submetidos. Escritores de todas as idades e com todos os níveis de experiência criaram versões originais de Cinderela. Houve mistérios, histórias de terror, romances e comédias. Também contos históricos, fantasias e versões nos dias atuais. Além de contos de mágica, de terror, e de entristecer corações. Houve alegorias que nos fazem pensar e aventuras inovadoras e ousadas. Tivemos ficção científica e steampunk, praticamente todos os gêneros foram representados nas submissões que a Rooglewood Press recebeu.

    E o melhor de tudo: nenhuma história era igual à outra.

    Mas sim, todas eram Cinderela. Só que o brilhantismo do conto de fadas original ficou ainda mais evidente nas criações de cada autor, que pode conceber algo extremamente único.

    Escolher as cinco histórias entre todas foi uma tarefa muito além do que eu havia antecipado. Porém, as cinco histórias que você agora segura em sua mão são verdadeiramente a perfeita seleção.

    O que os olhos podem ver é o romance dessa coleção. Um delicado conto com uma voz antiquada que se encaixa perfeitamente com o tema. O estilo de escrita delicado de Elisabeth Brown é cheio de bom humor. Ela cria personagens que você não consegue deixar de gostar, mesmo quando tudo que fazem tem objetivos diferentes. Quando eu terminei de ler a história pela primeira vez, eu não tive dúvidas de que ela não só seria uma ganhadora, mas que também seria a história perfeita para começar essa coleção. Algo doce, algo suave... e ainda assim com um toque especial surpreendente que os leitores irão amar.

    Em contraste, Cristal Estilhaçado não é uma história suave. É uma comédia de morrer de rir que fisgou minha atenção desde a primeira frase. Os personagens são lendários e de forma hilária focados em seus próprios esquemas que eu não conseguia esperar para virar as páginas e descobrir o que aconteceria com cada um deles. Emma Clifton tem um senso de humor que me dá prazer e inspira seus leitores a muitos sorrisos. Ou bufar; Ou dar risadinhas.

    Mas foi a heroína da história do meio, Resguardado dos Ventos das Preocupações, que roubou meu coração e garantiu seu lugar como a minha versão alternativa favorita de Cinderela. Alisandra Carlisle não é uma vítima de suas difíceis circunstâncias. Ela é uma mulher com um objetivo, e nem uma madrasta má nem suas pavorosas meias-irmãs nem o próprio reino vão distraí-la de seu alvo! A própria Alis não poderia ter sido trazida a vida, contudo, se não fosse pela incrível vivacidade de sua autora. A sagacidade de Rachel Heffington e sua rápida narrativa são puro encanto.

    A última história que li para esse concurso foi Um conto de uma cinza. Quando a li, eu acreditava já ter lido todo o tipo de variação possível do conto de fadas... e eu estava completamente errada. Stephanie Ricker me introduziu a um mundo tão distinto e ainda assim tão acreditável que eu não conseguia parar de ler. Ficção científica pode ser um gênero traiçoeiro para recontar um conto de fadas; mas essa talentosa autora escreveu com um grande senso de autenticidade, que eu fiquei completamente inserida nos eventos que ocorreram na estação espacial na órbita do planeta Aschen. Mas é o elenco de personagens carismáticos trabalhando juntos para evitar o desastre que faz a história. Os leitores sentirão que há muito mais desse mundo esperando para ser explorado.

    Todo mundo ama um arrepio uma vez ou outra; e é exatamente isso que Clara Diane Thompson nos dá em O baile do mestre da Lua. Em apenas alguns parágrafos, eu estava fascinada. Essa jovem autora escreveu uma misteriosa história de mágica sinistra, uma história que está como a mais distante do seu material de origem... e ainda assim Clara consegue juntar os principais elementos de Cinderela satisfatoriamente.  Os segredos por trás do Mestre da Lua e seu baile irão intrigar seus leitores, oferecendo muitos choques e arrepios pelo caminho.

    Cada uma dessas histórias é tão diferente da outra, mas ainda assim seus constantes temas de Cinderela as unem lindamente. Eu não poderia estar mais satisfeitas com cada uma dessas autoras ou com essa coleção. A própria Cinderela estrelará em muitas mais variações de sua história. Entretanto, eu espero confiantemente que essas encarnações em particular, Arella, Evelyn, Alisandra, Elsa e Tilly, consigam assegurar um lugar como favoritas nos corações dos apaixonados pela Cinderela.

    Então, sem mais demoras, eu lhes apresento as histórias ganhadoras da competição Cinco sapatinhos de cristal.

    Anne Elisabeth Stengl

    O QUE OS OLHOS PODEM VER — ELISABETH BROWN

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    ––––––––

    Para Vovó Brubacher

    1

    — Por favor, não me faça ir — implorou Arella, olhos grandes suplicando.

    — É uma questão de etiqueta. Não se pode negar um convite para o baile real do príncipe — suspirou a madrasta.

    — Mas eu sou insignificante, madrasta. Ninguém nem notará se eu não estiver lá! — continuou Arella esperançosamente. — Você e as garotas certamente serão ótimas representações de nossa família.

    — E em ocasiões importantes como essa, criança, todos que comparecem e que não comparecem são notados. Eu lhe asseguro, sua ausência seria interpretada como um insulto à família real inteira. E eles não seriam benevolentes com essa afronta. —  As austeras linhas no rosto da duquesa Germaine suavizaram-se. — Além disso, Arella, você não é insignificante. Você é uma das mais belas moças do reino e será certamente notada pelo príncipe.

    A feição de Arella encheu-se de preocupação.

    — Eu não quero que ele me note — disse baixo.

    Drusilla, a meia-irmã mais velha de Arella, deu-lhe um sorriso solidário. Porém, Anastácia, a mais nova, revirou os olhos.

    — Deus do céu, Arella, por que não? O que mais você poderia querer?

    Drusilla assistiu as irmãs trocaram olhares tensos. As duas eram diferentes como a luz e a sombra: Anastácia é cheia de vida, espirituosa, já Arella é quieta e reservada. Anastácia nunca entenderia porque Arella odiava tais eventos, e Arella nunca entenderia porque Anastácia os amava. Drusilla, com sua personalidade se encontrando entre as duas contrastantes, sempre agiu como o meio termo entre elas, fazendo seu melhor para entender suas duas irmãs maisnovas e manter a paz.

    — Eu só... não quero conhecê-lo. É só isso — respondeu finalmente Arella, sua expressão revelando seu desconforto. —  Talvez vocês possam dizer-lhe que eu estou doente? Ou visitando parentes distantes?

    — Você sabe que é feio mentir — disse a duquesa. Franzindo as sobrancelhas em preocupação, ela colocou sua mão gentilmente na testa de Arella. —  Você realmente está doente, criança?

    — Não, estou me sentindo bem, Madrasta — admitiu Arella. —  Eu só não gosto de bailes.

    — Você é nobre, e como tal não pode sempre agir como bem entender. É esperado que você compareça, e comparecer você irá. Não posso permitir que você se comporte de maneira tão egoísta e rude, Arella. Tal comportamento não seria bom para a reputação de seu pai.

    — Sim, madrasta — murmurou Arella, olhos tristes se enchendo de lágrimas.

    Drusilla, sempre observadora, viu os sinais de choro e contemplou se fora a menção do pai da menina que causara tal tristeza repentina. Ou se a pobre garota simplesmente estava triste por não conseguir sua realizar vontade. Não havia jeito de saber com certeza. Até mesmo Drusilla estava com dificuldade de interpretar os humores discretos da irmã.

    A duquesa olhou para sua enteada com uma mistura de compaixão e irritação.

    — Está tudo bem, criança! Não pode ser tão ruim assim. Afinal, será o maior evento em muitos anos. A família real não poupará nenhum gasto. Nobres estrangeiros e dignatários do mundo inteiro irão comparecer.

    Arella não pareceu ser confortada nem um pouco com essa perspectiva.

    — Nós teremos novos vestidos! Os mais lindos vestidos que já tivemos.

    A desamparada face da garota continuou não impressionada.

    — E nós iremos em uma carruagem prateada, com nossos melhores cavalos.

    Não houve resposta.

    — E criados!

    E continuou assim. O que a criança poderia querer? A duquesa balançou a cabeça:

    — Muito bem. Se isso a está incomodando tanto assim, eu permitirei que você parta à meia-noite, mas não antes. E somente se você me prometer que fará o seu melhor para ser agradável com o príncipe e os outros nobres. Combinado?

    — Sim, madrasta — sussurrou Arella.

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    Pelo menos a madrasta aprovou a ideia de que Arella faria seu próprio vestido. Isso foi um pouco de consolo. Arella estava sentada no empoeirado chão do sótão, entre caixas e baús, lembrando-se da conversa daquela manhã com a duquesa.

    — Você não quer ir na costureira conosco? — perguntou a duquesa Germaine, surpresa.

    — Eu preferiria vestir um dos vestidos de minha mãe — implorou Arella. — Eu o arrumarei, então não parecerá tão antiquado.

    A duquesa curvou a cabeça. Todos esses anos e ela ainda não compreendia a garota.

    — Você pode usar os vestidos de sua mãe a qualquer momento. Essa é uma ocasião especial. Você não quer algo novo, algo que parece com todas as outras garotas?

    — Não — respondeu.

    A duquesa, cansada de brigar, concordou. Já foi difícil o suficiente convencer a enteada a ir ao baile. Arella era tão bela que não importaria se ela não estivesse vestida com a última moda, e talvez se ela usasse um dos vestidos de sua mãe ela se sentiria mais confortável.

    — Muito bem. Gostaria de nos acompanhar para ajudar as suas irmãs a escolherem seus trajes?

    — Se eu vou fazer o meu próprio, eu provavelmente deveria começar a trabalhar nele.

    — Muito bem — disse novamente, suspirando um pouco em resignação. — Drusilla, Anastácia e eu estamos saindo agora, querida. Nós devemos retornar na hora do jantar.

    Agora, Arella estava buscando minuciosamente no sótão, acompanhada somente de um de seus adoráveis gatinhos. Amava o cheiro das coisas de sua mãe: lavanda dos saches guardados entre as roupas, couro dos adornados baús, e uma doçura quase imperceptível... seria um dos antigos perfumes de sua mãe? Tirou vestido atrás de vestido, respirando profundamente com cada um. Muita renda. Muito claro. Muito antiquado...

    Arrá! Esse daria certo.

    O vestido cor-de-rosa que ela segurava era simples, elegante o suficiente para misturar-se com as finas vestes em um baile real, mas não chamativo o suficiente para atrair atenção excessiva. Analisando-o cuidadosamente, Arella decidiu que sua mãe provavelmente o usou como um traje de café-da-manhã. Tal fora a moda antigamente.

    Arella sorriu.

    — Você jamais deve ter pensado que sua filha o usaria para o baile real do príncipe herdeiro — sussurrou.

    Acariciou o liso tecido distraidamente. Seria esse um dos favoritos de sua mãe? Teria seu pai gostado de vê-la usando-o? Arella fechou seus olhos, tentando conjurar a imagem de sua mãe no vestido, tentando encontrar uma memória.

    Nenhuma veio. O único rosto que ela conseguia ver era o do quadro pendurado em seu quarto.

    A garota cuidadosamente guardou os longos vestidos no velho e empoeirado baú, então pegou o vestido escolhido e desceu as escadas do sótão.

    — Uma pequena faixa e um pouco de renda na barra devem deixá-lo apropriado para o baile — decidiu.

    Dirigiu-se ao quarto de costura e começou a trabalhar. Se ela tinha que ir, então que ela fosse com algo que pelo menos gostasse.

    SceneBreak

    — O que você acha? —  Drusilla perguntou a sua mãe e irmã, segurando a lisa seda em frente ao seu corpo.

    Esperava que o pálido verde ressaltasse seus escuros olhos e suavizaria a vivacidade de seus cabelos vermelhos. Analisando-se em frente ao espelho, ela admitiu tristemente que eles continuavam tão escuros e vermelhos, como sempre.

    — Eu gosto — respondeu Anastácia. — Evidencia o verde dos seus olhos.

    Drusilla a olhou com dúvida.

    — Mesmo? Eu não achei que ajudou muito.

    — Tente o verde mais escuro — sugeriu a mãe. — Acredito que ele combinaria melhor com sua cor. A duquesa entregou a sua filha uma diferente seda.

    Ela aquiesceu positivamente quando Drusilla segurou o novo tecido.

    — Muito adequado. Acho que deveria escolher esse.

    Anastácia e a costureira repetiram a recomendação da duquesa. Drusilla franziu o nariz contemplando seu reflexo; nada parecia combinar apropriadamente. Mas se sua mãe e irmã gostaram...

    — Então está bem. — Drusilla balançou seus ombros. — Verde escuro então.

    — Muito bem, madame — disse a costureira, pegando a seda e colocando-a com a lilás que Anastácia já havia escolhido. — E como gostariam que eles fossem feitos?

    — Vestidos de festas para o baile do príncipe — respondeu a duquesa. — Faça-os de acordo com a última moda, saia completa, anquinha, muita renda. Afinal, esse é o evento do ano. Talvez, o da década! — Sorriu alegremente para suas filhas. Novos vestidos nunca deixavam de ser excitantes.

    Exceto para Arella.

    O sorriso da duquesa diminui um pouco ao pensar na enteada. É claro que era compreensível que a garota desejasse usar as coisas da mãe. Mesmo que a duquesa tentasse ganhar lugar de mãe no coração da garota, Arella sempre se mantinha uma concha quieta, especialmente após a morte do duque, apenas um ano após seu casamento, quando Arella era tão jovem.

    Drusilla notou quando o sorriso de sua mãe diminui e que ela estava se preocupando novamente com Arella. Aquela garota! Ela poderia ter vindo para a costureira com a família e encontrado um azul claro que combinaria com seus claros olhos. Poderia pelo menos tê-las acompanhado e ajudado a escolher suas sedas.

    Ao invés disso, a garota estava sozinha em um sótão empoeirado e provavelmente escolheria o vestido mais simples que pudesse encontrar. Isso não importava muito, era uma linda garota e um vestido simples não esconderia o fato do príncipe. Ainda assim, seria bom se ela tentasse se envolver mais com sua família de vez em quando.

    — E quanto a você, Mamãe? A senhora não terá um vestido novo para o baile? É o evento da década, afinal. — Drusilla sorriu para sua mãe, tentado diminuir um pouco sua preocupação.

    Duquesa Germaine retornou o sorriso da filha.

    — Um dos vestidos do ano passado será perfeito para mim. Eu não serei avaliada como uma possível noiva para príncipe!

    Nem eu, pensou Drusilla enquanto sorria. Nem como a noiva de ninguém mais, na verdade.

    — Mas pense, mamãe — respondeu alegremente —, em toda a nobreza que estará presente! Você não quer ser a única com um vestido da última temporada, não é mesmo?

    E Anastácia uniu-se:

    — Oh, faça um novo vestido também, Mamãe. Seria tão divertido! E aqui uma seda que ficaria perfeita com sua pele. — Segurou um tecido em uma pálida cor de pêssego.

    A duquesa riu.

    — Meu Deus, criança, eu sou muito velha para usar essa cor! Mas eu acho, sim, eu farei um novo vestido. — Indicou um tecido prateado sofisticado. — Se você puder, senhorita Montgomery. E já que estamos aqui, eu encomendarei um para Arella, esse azul combina tão perfeitamente com os olhos dela. Talvez tenha mudado de ideia e poderia gostar de um novo vestido. Iremos surpreendê-la.

    SceneBreak

    Drusilla bateu gentilmente na porta entre-aberta e olhou para dentro do quarto.

    — Arella? — chamou.

    — Pode entrar — respondeu a gentil voz de sua meia-irmã.

    Arella olhou de onde ela estava sentada em cima de um baixo banquinho, cercada por seda de rosa opaco. Um fofo gatinho cinza dormia em uma cadeira próxima enquanto outro brincava com uma bola de linha no chão.

    — Precisa de algo?

    — Não — respondeu Drusilla. Pegou o filhote dormindo e sentou-se. O pequeno pacote peludo se enrolou em seu colo e voltou a dormir imediatamente. — Eu só vim ver como estava indo.

    — Ó — falou Arella, focada em seu trabalho. — Muito bem, obrigada. Você teve uma boa saída?

    — Foi muito boa. Anquinhas ainda estão na moda, mas as mangas mudaram consideravelmente. Aparentemente, mangas longas são horrendas agora — Sorriu para a meia-irmã. — Não que faça muita diferença para você.

    — Não muita — admitiu Arella. — Eu nunca gostei de anquinhas. Mas eu também nunca gostei daquelas mangas cumpridas. Elas ficavam no caminho.

    — Você precisa de ajuda? Um cortador de fios? Alguém para levar recados? Alguém para lhe divertir? — perguntou animadamente, acariciando o gatinho sonolento.

    Arella sorriu, mas balançou a cabeça.

    — Não, obrigada. Tenho tudo que preciso aqui, e realmente, não há muito que fazer.

    Drusilla assistiu os ágeis dedos de sua meia-irmã movendo-se com primor pelas camadas de tecido.

    — Esse é um dos vestidos de sua mãe? — perguntou, mais para conversar do que qualquer outra coisa.

    — Sim. Eu o achei encantador.

    — Ele é — concordou Drusilla, admirando o que podia ver do vestido sobre as pernas de Arella. A primeira duquesa de Abendroth deve ter sido uma mulher de ótimo gosto; cada um de seus vestidos era caro e com design impecável. Esse, apesar do corte simples, não era diferente. — O que você está fazendo nele?

    — Só estou adicionando um pouco de franzido à barra. E eu vou adicionar faixa.

    — Sem anquinha? —  Provocou Drusilla.

    — Sem anquinha — respondeu Arella. Contemplando por um momento, ela adicionou incertamente: — Você acha que madrasta irá aprovar?

    Aprovar? Ou entender? Drusilla pensou. Depois de uma pausa ela respondeu:

    — Eu acho que ela quer que você se sinta confortável. —  Seus olhos se encontraram, os de Arella azuis, adoráveis, inocentes; os castanhos de Drusilla, bondosos, sábios.

    Arella aquiesceu.

    — Você acha que ele vai se destacar se eu não colocar?

    — Você, minha querida irmã, irá se destacar em qualquer lugar que for ou de qualquer jeito que se vestir. Então use o que você quiser.

    Arella suspirou.

    — Eu queria que fosse um baile de máscaras — disse. — Fantasias são tão mais interessantes.

    — Você se esquece do objetivo desse baile — respondeu Drusilla com uma pequena risada. — Acredito que o príncipe está tentando encontrar uma bela moça para tê-la como esposa. Máscaras não o ajudariam em nada em sua busca.

    Arella fez uma careta.

    — Então é uma bobagem que tenha que ir. Não me casaria com que ele nem que me quisesse.

    — Você não o conhece — disse, arqueando uma sobrancelha. — Talvez ele lhe impressione com seu charme.

    — Não vai. 

    — Se você diz.

    Silêncio permaneceu no quarto por alguns momentos. Percebendo que não conseguiria mais nada de sua meia-irmã, Drusilla se levantou.

    — Acredito que devolverei Soneca para sua cadeira, então. — Recolocou o gatinho na cadeira, beijou a cabeça de Arella rapidamente, e saiu do quarto.

    Arella a observou sair. E pensou: Nenhum príncipe irá me impressionar. Ninguém pode.

    SceneBreak

    Sentado na sala de estar de sua mãe, príncipe Frederick escutava com pouca atenção à rainha ler a lista de mulheres elegíveis que atenderiam ao baile real. Sua educação terminara e ele estava prestes a comemorar seu vigésimo aniversário. Portanto, de acordo com os precedentes, deve se casar. E sua noiva seria encontrada entre as nobres damas que dançarão no castelo em duas semanas.

    — Princesa Miranda, um bom partido, mas não excepcional. O reino de seu pai é muito pequeno para ser aliado útil. Alice, filha do Duque de Stelstek, constituição fraca. A família de Amala de Perperand não é tradicional. Ó, a filha do Imperador de Verdemons! Ela seria uma escolha excelente.

    O príncipe escutou a aparente interminável lista de nomes e descrições, mas nenhum deles chamou sua atenção. O ridículo pensamento de que o processo parecia com a compra de um cavalo passou por sua mente. Exceto, que diferente de um cavalo, a mulher que ele escolher passaria o resto da vida com ele. A mulher que ele escolher terá o poder de fazê-lo feliz ou completamente infeliz. O poder de fazer seu reino - o reino inteiro, até - forte ou fraco.

    Ele suspirou.

    Rainha Thalia ergueu os olhos de suas listas e arqueou suas sobrancelhas.

    — Não estou lhe entediando, estou filho?—  Sua voz, melodiosa e refinada, continha um mínimo de repreensão.

    — É claro que não, mamãe — assegurou-lhe Frederick apressadamente. — Eu só estava imaginando como seria minha vida se eu escolher a pessoa errada —  Ele bateu os dedos na perna nervosamente.

    — Não escolha a errada, então — Sua mãe respondeu calmamente.

    Frederick sorriu levemente, mas sem qualquer divertimento.

    — Dentre tantas? Como eu saberei?

    — Meu filho, quando você se casar, não somente recebe uma esposa, mas também uma rainha. Tenha certeza de que ela seja merecedora de se tornar uma rainha. — Retornou à lista, pronta para continuar de onde tinha parado. — Lady Anna von Dalber, dizem ser linda. Elissa Galott, filha do Conde de Middlefield...

    Frederick achou que o conselho não era nem um pouco útil, mas sua mãe não era uma pessoa a ser questionada duas vezes. Aparentemente, ela acreditava que essa informação deveria ser o suficiente para ele.

    Uma mulher que fosse merecedora de ser rainha. Tencionou sua mandíbula. Pode ser um desafio, mas Frederick nunca foi conhecido por desistir de um. Ele a encontraria.

    2

    A noite do baile se aproximava rapidamente. Não o suficiente para Anastácia, mas rápido demais para Arella. Quando o grande dia finalmente chegou, Arella sentia seu estômago dar nós a cada minuto que passava. Se ao menos conseguisse encontrar um jeito de não ir, algum jeito de sair de fininho para os estábulos ou para o jardim e sumir! Mas sabia que isso era impossível.

    No começo da tarde o cabeleireiro começou a arrumar as quatro mulheres. A animação de Anastácia não podia ser contida. Esse era seu primeiro baile. E que primeiro baile! A duquesa sorriu ao ouvir sua conserva exuberante.

    — Eu sinto que nenhum outro baile será como esse, minha querida — disse com uma leve risada. — Todos os eventos que vivenciar depois desse parecerão sem graça.

    Anastácia tinha certeza que isso não poderia ser verdade. Diferente, provavelmente, mas nunca sem graça. E mesmo se isso fosse verdade, então assim será! Qualquer momento sem graça no futuro valeria a pena pelas maravilhas daquela noite. Será que o príncipe dançaria com todas as moças presentes?

    — Céus, não! — assegurou-lhe a mãe, para o desapontamento de Anastácia. — Ele não tem tempo o suficiente para dar atenção a todas. Você será apresentada a ele, contudo, e haverá inúmeros outros rapazes para lhe dar atenção.

    Anastácia era fácil de entristecer, mas mais rápida ainda para se animar. Ela se examinou no espelho, os olhos escuros brilhando. Quer queira o príncipe dançar com ela ou não, a noite seria a melhor de sua vida.

    Arella, porém, estava quieta, mesmo que isso não deixasse de ser normal. Enquanto o cabeleireiro arrumava seu cabelo em uma massa de cachos dourados, lutava contra o crescente pânico que crescia em seu coração. Sabia, como Drusilla já tinha lhe falado, que dançaria com o príncipe. Não podia negar a própria beleza. Mas como uma pessoa deveria se portar ao dançar com o príncipe? Ou com qualquer nobre? Apesar de ter sido apresentada à sociedade no ano passado, evitava comparecer ao maior número de bailes possíveis. Grandes grupos a faziam se sentir desajeitada e tímida. Não tinha a polidez que das irmãs.

    Se pelo menos Anastácia fosse a bonita das três, pensou angustiada. Ela sabe como se comportar com príncipes. Arella tencionou sua mandíbula. Por favor, não me deixe ser uma desgraça para minha família!

    Drusilla se aproximou da irmã e, em silêncio, apertou sua mão em sinal de apoio. Arella respirou fundo. Pelo menos Drusilla estaria lá ao seu lado durante a noite.

    — Arella — chamou-a a duquesa, alegremente —, como ficou seu vestido?

    — Muito bom, madrasta. Ele está em meu quarto de vestir — respondeu.

    — E você gosta dele? —  a duquesa Germaine perguntou.

    — Sim madrasta. —  E depois de um momento ela falou novamente. — É rosa.

    — Muito bem, criança. E você tem certeza que não se arrepende de não ter comprado um novo?

    — Sim madrasta.

    — Ótimo. Então vá se trocar. — A duquesa esperava que Arella mostrasse algum sinal de frustração; esperava poder surpreender a enteada com um novo vestido! Contudo, Arella parecia estar feliz com sua escolha, então a duquesa não interferiria.

    SceneBreak

    — Não — lamentou Arella, horrorizada na entrada de seu quarto de vestir.

    Parara abruptamente ao abrir a porta, chocada com a cena a sua frente. Havia estendido seu vestido cuidadosamente mais cedo, alisando qualquer dobra com muito esmero, sentindo uma vez mais o perfume de sua mãe. Então saiu e fechou a porta.

    Só que esquecera que seus gatinhos estavam no quarto. Aparentemente, eles também amaram o cheiro do vestido.

    — Soneca! — gritou. — Travesso! Como puderam?

    Um dos gatinhos fugiu para debaixo da mesa para se esconder enquanto o outro preguiçosamente se espreguiçava, as garras se prendendo na lisa seda do vestido, que agora se encontrava todo amarrotado no chão. Arella correu até ele e o pegou. Os gatinhos haviam mordido o laço da cintura e arranharam suas garras na saia. Arella apertou os olhos bem fechados, desejando que a cena não fosse nada a não ser um pesadelo. Mas quando olhou novamente, viu a mesma coisa. O vestido já não era mais apropriado para ser vestido, o cinto estragado, uma manga parcialmente rasgada.

    — O que eu faço agora?

    Do quarto ao lado, Drusilla escutou os gritos de pesar e foi até lá.

    — Arella? Está tudo bem?

    — Não — respondeu virando-se para a irmã, segurando o vestido estragado. — Não sabia que gatos comiam vestidos.

    — Ó, Arella! —  Drusilla exclamou, entrando no quarto. — O vestido de sua mãe! Não tem nada que possamos fazer para arrumá-lo?

    — Não — suspirou Arella. — Não temos tempo o suficiente.

    Drusilla hesitou por um momento, em dúvida do que fazer. Ela então pegou o vestido e a mão da irmã.

    — Eu sei. Não será o vestido da sua mãe, mas terá que servir. — Levou Arella até o quarto da duquesa. Batendo na porta, chamou:

    — Mamãe?

    — Entre — respodeu.

    Drusilla e Arella entraram, trazendo o vestido arruinado com elas.

    — O vestido de Arella — explicou simplesmente Drusilla. — Os gatinhos o pegaram.

    — Meu Deus! —  exclamou a duquesa. — Que horror!

    — O que devo fazer? —  perguntou Arella, seus olhos cheios de ansiedade.

    A duquesa examinou o vestido arruinado.

    — Bom, você certamente não pode usá-lo. — Sorriu de forma misteriosa, elevando uma sobrancelha. — Mas eu talvez tenha algo que possa dar certo. — Tirou de seu guarda roupas o vestido azul que havia encomendado. — Perguntei-me se seria útil.

    Arella aceitou o vestido com um pequeno sorriso de gratidão.

    — Obrigada, madrasta. —  O vestido não era nada como a simples vestimenta que queria usar, mas não tinha muita escolha. Virou-se para retornar ao seu quarto de vestir.

    — Mais uma coisa, criança — falou a duquesa. —  Aqui. —  E lhe deu uma caixa de sapatos. — Os sapatinhos de cristal que eu usei muito tempo atrás, quando o rei Hendrick teve seu baile real. Drusilla deveria usá-los...

    — ... mas meus pés são muito grandes! — Drusilla sorriu de maneira a encorajar a meia-irmã. — Não se importaria de usá-los por mim, não é?

    — Não — respondeu Arella. — Sinto muito que não possa usá-los.

    Drusilla acenou de modo indiferente.

    — Não importa. Mas já chega de bate-papo. Temos que nos arrumar para o baile! — Colocou o braço por cima dos ombros da meia-irmã e a levou para fora.

    Com os olhos cheios de lágrimas que quase não conseguia segurar, Arella segurou a caixa de sapatos firmemente com as duas mãos. Apesar do vestido de sua mãe ter sido arruinado e o medo que sentia em relação ao iminente baile, sorriu levemente olhando para a irmã, que tinha um doce sorriso nos lábios.

    SceneBreak

    O coração de Arella batia cada vez mais forte ao sair da carruagem e ao subir os degraus do palácio. O nó em seu estômago se apertou e lutou para parecer calma. Muitas saias roçavam a seu redor e os delicados saltos de seus sapatinhos de cristal faziam um delicado som ao andar. Parecia uma princesa, o que certamente não era e nem queria ser.

    Pararam na entrada do salão de bailes. No devido tempo o arauto as anunciaria e elas prosseguiriam para conhecer o príncipe. Arella tentou controlar a batida do coração enquanto esperava e via o príncipe cumprimentar os inúmeros nobres. Madrasta me prometeu que poderia ir embora à meia-noite. Não preciso aguentar muito.

    3

    O príncipe Frederick suprimiu um bocejo enquanto a linha avançava.

    — Alice Laroche de Stelstk. — Ouviu o arauto anunciar. Frederick se curvou cortesmente sobre a mão de uma jovem moça com uma face branca e cabelo liso.

    — Estou encantado em lhe conhecer — declarou. Não era exatamente uma mentira, como desejar um bom dia a uma pessoa não é uma mentira, mesmo se você não se importa se o dia da outra pessoa é bom ou não.

    Ela riu nervosamente e piscando os pálidos cílios rapidamente. Esforçou-se para não fazer uma careta. Essas garotas realmente acreditavam que essa tática fosse atraente. Alice continuou, flertando, ou o que ela acreditava ser um flerte, enquanto ia embora.

    Não. Alice definitivamente não.

    — Duquesa Germaine Abendroth, senhorita Drusilla Bessette, senhorita Arella Abendroth e senhorita Anastácia Bessette — proclamou o arauto. A duquesa se aproximou, as filhas a seguindo.

    E Frederick teve de se controlar para não ficar boquiaberto ao ver a mais bela garota que ele jamais havia visto se aproximando.

    Ela encontrou seu olhar e se sobressaltou nervosamente. Será justo que apenas uma garota possua tão grande beleza?, questionou-se Frederick.

    As quatro mulheres fizeram uma mesura ao se aproximar e ele se curvou mais ainda em retorno.

    — Duquesa, senhorita Bessette, senhorita Abendroth, senhorita Bessette. Estou muito feliz que puderam vir. — Especialmente você, seus olhos disseram a Arella.

    Ela o olhou rapidamente antes de baixar seu olhar ao chão modestamente.

    Sem sorriso tolo. Isso é novidade, pensou ele.

    — Eu acredito que poderei ter o prazer de dançar com... cada uma de vocês antes do fim do baile? —  Dificilmente seria educado chamar só uma delas para dançar. Especialmente quando havia uma irmã mais velha, ou meia irmã, aparentemente, envolvida.

    Os olhos de Anastácia se arregalaram em deleite. Eu dançarei com o príncipe!, pensou em jubilo.

    Drusilla sentiu somente choque. Eu devo agradecer a beleza de Arella por esse convite, percebeu. Observando Arella, viu o rosto da irmã muito corado, o que lhe caia bem. O príncipe já estava obviamente cativado. Drusilla sorriu, mas ainda assim se sentiu preocupada. Será que o príncipe conseguiria encantar Arella?

    Murmurando seus Eu ficaria honrada, a família prosseguiu. A duquesa sorriu orgulhosamente. Suas três filhas conseguiram um convite pessoal para dançar com o príncipe. Que conquista!

    SceneBreak

    — Eu tenho que dançar com ele! — Arella sussurrou furiosamente para Drusilla, escondida por seu leque e longe da audição do príncipe.

    Ele continuou a cumprimentar as jovens damas e seus pais, mas frequentemente dava olhadelas na direção de Arella.

    — Justamente o que todas as outras moças desejam — sussurrou Drusilla em resposta.

    Agora não era o momento de fazer a vontade de Arella e deixá-la ficar só. Goste ela ou não, deveria se fazer agradável.

    — Então por que ele não dança com as outras? — choramingou.

    — Porque você é a mais bonita!

    — Eu odeio ser a mais bonita!

    Foi o discurso mais fervoroso que Drusilla já ouvira da meia-irmã

    — Lamento, mas isso não é escolha sua. Dance com ele, concorde com o que disser, sorria um pouco e tudo acabará logo. Com certeza pode fazer isso, não?

    Arella mordeu o lábio.

    — Será como se você estivesse dançando com qualquer outro rapaz — continuou Drusilla. —  Não precisa ficar nervosa. Tudo vai ficar bem.

    Arella olhou a irmã com desgosto.

    — Eu odeio dançar com eles também!

    A conversa delas foi interrompida quando um amigo da duquesa juntou-se ao grupo.

    Drusilla suspirou. Por favor, Arella, comporte-se.

    SceneBreak

    A noite estava se arrastando, pensou Frederick. Pelo menos a parte do baile até ele poder dançar com Arella.

    Primeiro, teve de sofrer por todas aquelas introduções formais, e agora deveria dançar com uma lista de moças nobres escolhidas por sua mãe. A filha do imperador de Verdemons, por exemplo; seria muito

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