Porão do DOPS
De Mauro Ferraz
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Sobre este e-book
Leonel Salvador é um simples leiteiro que não quer se meter com política durante a ditadura militar. Mas, ele acaba sendo confundido com um comunista e, por conseqüência, levado ao Porão do DOPS.
Lá, ele será brutalmente torturado para que revele o esconderijo de um líder terrorista da esquerda.
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Porão do DOPS - Mauro Ferraz
Parte 1
Brasil, ame-o ou deixe-o!
Estamos em plena ditadura militar.
Os militares dominam o país com tirania e mãos de ferro.
O presidente Costa e Silva acaba de baixar o sanguinário AI-5, e a repreensão contra os movimentos socialistas nunca esteve tão violenta.
Os corajosos e valorosos heróis da esquerda, que buscam implementar a ditadura do proletariado no Brasil, o que seria a salvação de todos os pobres e oprimidos do país, são severamente punidos e mortos com extrema crueldade.
Centenas de milhares de pessoas são torturadas e mortas nos porões do DOPS.
Liberdade, manifestações de pensamento e vadiagem são coisas proibidas neste Brasil.
Parte 2
O menino e a mãe estavam de pé em frente de suas respectivas cadeiras da mesa de jantar.
O pai entrou na sala de jantar e postou-se atrás da cadeira do centro.
O homem alto, de corpo robusto e porte ereto, vestia farda militar bem passada e engomada, e a cor de seus olhos eram escondidos por óculos de sol de um modelo aviador.
Este homem se tratava do Coronel Ostra, chefe do DOPS.
Um cidadão respeitado entre os militares e temido pelos militantes.
Ele fez o sinal da cruz e rezou uma oração para agradecer a refeição.
— Amém! – disseram o menino e a mãe.
Todos se sentaram e o homem já esticou braço para fisgar a coxa do frango assado, que estava sobre uma bandeja no centro da mesa.
— Papai, conta outra vez como você tortura um comunista!
— Frederico, deixa de amolar o seu pai na hora do jantar – repreendeu a mãe.
— Tudo bem, Verônica – respondeu o coronel Ostra, afagando a cabeça do menino – eu aprecio que o pequeno Frederico tenha interesse pela segurança do Brasil – mordeu a coxa de frango – Filho, eu já te contei sobre a cadeira do dragão?
— Por acaso seria uma cadeira onde se senta um dragão que solta fogo pelas ventas?
— Com certeza não, filhinho! – disse o coronel, rindo com a boca aberta e cheia de pedaços de frango. Parou de rir e soltou um arroto – O teu velho tem muito para ensinar, mas você deve prestar atenção nas minhas palavras se quiser aprender, Frederico.
— Eu estou prestando atenção, papai.
— Se é assim, eu vou te contar o que é a cadeira do dragão –