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E-book400 páginas3 horas

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Sobre este e-book

Após uma grave crise de água se alastrar pelo mundo todo, o Brasil é invadido e a floresta Amazônica conquistada por outros países, com seus líderes mortos os brasileiros precisam se reerguer para reconquistar o país. Após anos de conflitos finalmente dois grupos rebeldes conseguiram recuperar o país e expulsar os invasores. Agora Benevolentes e Visionários lutam entre si para conquistar o poder do país. Carlos, Sarah e Malia são três jovens amigos Benevolentes que lutam em prol do que acreditam, mas enquanto estão fazendo compras no supermercado, um lugar que deveria ser neutro, são atacados de surpresa por um grupo de Visionários, que não respeitaram o acordo; durante o conflito Malia precisa salvar seus amigos e acaba sendo sequestrada. Carlos e Sarah se encontram sem escolha e vão precisar aceitar a proposta de um antigo inimigo, Luca, para ter a chance de salvar sua amiga antes que seja tarde demais, entretanto, ele não quer fazer nada se Carlos e Sarah não o ajudarem antes, mas uma pergunta não sai de suas cabeças: será que ele está dizendo a verdade sobre poder ajuda-los? Juntos, os três vão enfrentar grandes desafios, terão que ir até a floresta, onde encontrarão um grupo de canibais, dispostos a sacrifica-los, para vencê-los eles precisarão deixar as diferenças de lado e confiar uns nos outros. Enquanto isso, Malia está sozinha, presa em uma cela e não tem esperanças de ser resgatada. Fernando Ferreira, o líder dos Visionários, é um homem cruel que não se importa com o fato de Malia ter apenas dezesseis anos, ele fará o que for preciso para conseguir a informação que deseja. Será que Malia terá forças para resistir a isso?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mai. de 2020
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    Poder - C. S. Meirelles

    Prólogo

    Em uma região ao sudeste do Brasil após a Terceira Guerra Mundial, dois grandes grupos disputam entre si para tomar o controle do país. Ambos os grupos concordam que a democracia não é o melhor caminho a ser seguido, pois no passado, embora acreditassem ser esta a melhor forma de tomar decisões, a minoria contrariada sempre começava greves e rebeliões, porém estes grupos discordam na forma de tomar decisões.

    Um dos grupos acredita que sabe o que é melhor para todos e faz qualquer coisa para atingir seus objetivos, sem se importar com quem entrar em seu caminho. Eles se denominaram os Visionários, pois possuem um grande objetivo para reerguer o país. Fernando Ferreira é o chefe desse grupo e toma todas as decisões sozinho.

    Do outro lado se encontram os Benevolentes, que buscam saber as necessidades das pessoas e fazer o que puderem para ajuda-las, seus métodos são menos radicais, eles recebem relatos de pessoas que desapareceram, algumas foram encontradas mortas algumas semanas depois, outras nunca mais foram vistas, o único suspeito é o grupo dos Visionários. O líder do grupo é Raquel Calzonni, mas sempre que precisa tomar alguma decisão convoca o Conselho do grupo, juntos veem qual a melhor escolha a ser tomada.

    A principal diferença entre os dois grupos são seus métodos de governo, os Visionários atuam como uma ditadura e os Benevolentes seguem a linha de uma monarquia.

    Com o passar do tempo cada pessoa escolheu de que lado ficar e os conflitos entre os dois grupos se tornou mais frequente e foi ficando cada vez mais violento, então eles perceberam que o único jeito de acabar com essa guerra civil seria descobrir o local da base secreta do outro e derrotar seus líderes, porém isso não seria fácil, os dois possuem várias bases espalhadas pela região e todas muito bem escondidas. Quem descobrir primeiro terá uma grande vantagem sobre o outro.

    1

    Capítulo 1 – Um lugar neutro que já não é tão neutro assim.

    Carlos

    Hoje de manhã recebi a importante tarefa de fazer as compras para os Benevolentes, mesmo com as disputas de poder contra os Visionários foi decidido que o mercado seria considerado um território neutro, já que ambos os lados não tem outra opção, mesmo assim devemos ser extremamente cautelosos, por isso não vim sozinho, minhas amigas Sarah e Malia vieram junto.

    — Carlos podemos levar bolinhos de chocolate hoje? São os meus preferidos. — pediu Malia com um olhar pidão. Malia é um ano mais nova que eu, é pequena e rápida, muito útil para colher informações, seus cabelos castanho-mel estão trançados até a cintura. Sempre que a vejo sinto vontade de protegê-la e não deixar que ninguém a machuque. Seus pais, Ananda e Eliot desapareceram no último inverno, acreditamos que eles foram sequestrados por serem cientistas que estavam trabalhando em uma nova forma de purificação das águas, por esse motivo ela ainda tem esperança de encontrá-los com vida algum dia.

    — Não vejo por que não. — sorri para ela, que me abriu um sorriso enorme, bateu palmas e deu uns pulinhos.

    — Vou com ela no outro corredor pegar e já voltamos. — avisou Sarah, para depois abraçá-la pelo ombro e virar no corredor. Sarah é dois anos mais velha do que eu, já está com 19, parece sempre pronta para entrar em uma briga, seus cabelos negros e cacheados estão presos em um rabo de cavalo e sempre usa roupas pretas e coturnos fazendo com que todas as pessoas evitem encará-la, porém ela é muito protetora com Malia, a única pessoa no mundo que já viu o lado doce da Sarah.

    Continuei pegando as coisas daquele corredor, quando elas voltaram percebi que havia alguma coisa errada, seus rostos estavam sérios.

    — Vimos dois Visionários no corredor dos bolinhos, é melhor sairmos logo. — sussurrou Malia. — Mesmo com o trato de neutralidade não devemos nos arriscar.

    Comecei a concordar, mas quando olhei por cima de sua cabeça os vi e eles não pareciam muito neutros no momento, vieram andando em nossa direção com as mãos segurando as armas, larguei o que estava segurando e as puxei para o chão junto comigo no momento em que os primeiros tiros passaram por cima de nossas cabeças. Corremos em ziguezagues até o outro lado de uma estante e Sarah a jogou no chão para atrasá-los.

    Quando nós nos viramos para fugir, um terceiro Visionário estava bem na nossa frente. Não pensei duas vezes e me joguei em cima dele gritando para as meninas saírem de lá.

    — Não vamos embora sem você! — gritou Malia.

    2

    Caí no chão com ele em cima de mim, então quando pensei que ele me daria um soco vi um borrão vermelho atingi-lo em cheio na cabeça, ele desabou do meu lado. Sarah me estendeu a mão para me ajudar a levantar enquanto segurava um extintor na outra.

    Corremos rapidamente para a saída, já estávamos a centímetros da porta quando ouvi um grito.

    Me virei a ponto de ver Malia sendo agarrada por um dos Visionários que vimos primeiro.

    — Venham com a gente ou vamos matá-la na frente de vocês dois. —

    gritou ele pressionando uma faca no pescoço de Malia.

    — O que vocês estão fazendo? O mercado é um território neutro, pensei que vocês ainda mantinham um nível de civilidade. — perguntei acusadoramente.

    — Esse trato não nos importa mais, decidimos tomar o controle desse mercado e conseguir o poder de qualquer jeito, então façam o que mandamos imediatamente ou a garota morre. — retrucou.

    Olhei assustado para os olhos de Malia e fiquei surpreso ao notar a falta de medo nos seus, ao invés disso eles traziam um aviso, ela me olhou e rapidamente olhou para sua mão, levei um segundo para entender o que ela queria antes que tudo virasse uma confusão.

    Malia soltou uma granada de luz no chão cegando todos nós, não soube o que fazer, mas Malia sim, senti quando seu pé me empurrou para fora através da porta atrás de mim. Caí do lado de fora com Sarah ao meu lado, que também fora empurrada por Malia. Imediatamente Sarah se levantou e me arrastou com ela para longe dali.

    — Espere, temos que salvar a Malia! — gritei puxando seu braço. Ela não reduziu o ritmo, mas falou por sobre o ombro olhando para mim.

    — Não há nada que possamos fazer agora, eles estão armados, Malia sabia o que estava fazendo, nós vamos ter que dar um jeito de salvá-la depois. —

    respondeu Sarah. — Como eles puderam quebrar o trato desse jeito? São uns nojentos mesmo, nunca devíamos ter confiado neles. — reclamou ela.

    Fiquei sem palavras ao ouvir isso, ela estava certa, mas agora isso não importava mais porque a pessoa que eu mais queria proteger é que acabou me salvando, ela se sacrificou por nós e eu não pude fazer nada além de fugir.

    ***

    Sarah

    Continuei correndo e arrastando Carlos comigo por aqueles caminhos que tanto conhecíamos, ele estava pálido e seus olhos vermelhos, Malia era a pessoa mais doce que conheci, não podia acreditar no que tinha acabado de acontecer. O que 3

    faríamos agora? Como pudemos ser tão ingênuos a ponto de acreditar que eles manteriam o acordo? Obviamente que isso deu certo por alguns anos, mas aparentemente fizemos exatamente o que eles queriam, depois desses anos em que nada aconteceu acabamos abaixando nossa guarda e agora Malia foi sequestrada, ou pior.

    Enquanto corríamos percebi o movimento de alguém nos seguindo, rapidamente entrei em um beco e nos escondi atrás de uns sacos de lixo.

    — Quando eu disser três. — sussurrou Carlos que, como eu, também tinha percebido. —Três! — e pulamos em cima de quem quer que fosse.

    Carlos o empurrou para o chão e eu me joguei em cima segurando seus braços.

    — Por que está nos seguindo? — sibilei em seu ouvido.

    Carlos ergueu sua cabeça pelos cabelos, seus olhos castanhos demonstrando mais raiva do que eu já havia visto nele antes. Os cabelos sempre bagunçados balançando com o vento. Ele parecia extremamente perigoso.

    — Ela te fez uma pergunta e é bom que diga a verdade. — sussurrou perigosamente.

    — Eu vi o que aconteceu na loja com aquela garota baixinha, sei que vocês são dos Benevolentes e posso ajudar vocês a encontrá-la antes que seja tarde demais.

    — ele falou com firmeza, seu rosto estava sujo e tinha algumas cicatrizes, os cabelos ruivos estavam cheios de folhas e gravetos.

    Olhei para Carlos e concordamos em silêncio, então saí de cima do sujeito e nos sentamos atrás da pilha de lixo.

    — E então? O que você sabe sobre ela? E como vou saber se posso confiar em você? — disparou Carlos.

    — Se você for esperto garoto não vai confiar em ninguém, mas eu sei o bastante para te ajudar, se, é claro, você me ajudar também. — começou o outro.

    Fiquei com raiva e segurei-o pela gola da camiseta imunda. — Porque não começa com seu nome e quanto a ajuda que você quer, que tal se deixarmos você viver.

    — ele audaciosamente esboçou um sorriso.

    — Já que faz tanta questão, meu nome é Luca, já estou gostando de você garota, tem atitude, mas aviso que não vai conseguir a informação assim, se você me matar jamais vai ver sua amiguinha de novo.

    Carlos abaixou minha mão e começou novamente. — Meu nome é Carlos, ela é a Sarah. O que você quer pela informação?

    4

    — Quero que vocês me façam um favor. Na semana passada quando estava na floresta do oeste fui preso por um grupo de pessoas que vivem lá, claro que consegui escapar, mas eles ficaram com a minha faca e eu a quero de volta.

    — Ficou louco? As pessoas que vivem lá são selvagens canibais, quer que nos arrisquemos por uma faca estupida? Peça outra coisa! — falei.

    — Não tem outra coisa que eu queira, a faca é importante, ela... — ele respirou fundo, provavelmente decidindo se devia nos contar o restante ou não, aparentemente percebeu que não ajudaríamos sem saber a verdade. — ela era do meu irmão caçula, eles o pegaram no mês passado, eu fui até lá procurar por ele, cheguei muito tarde. — ele fez mais uma pausa pois sua voz começou a tremer, respirou fundo duas vezes e continuou. — Se querem sua amiga de volta então vão fazer isso.

    Carlos e eu trocamos olhares mais uma vez, por fim ele cedeu.

    — Está bem, mas quero uma prova de que você pode mesmo nos ajudar a achar a Malia.

    Luca tirou de seu bolso uma caneta e escreveu uma porção de palavras na minha mão. Quando olhei para ela estava escrito: Ponte, fachada laranja, lampião quebrado e quinta lata de lixo à esquerda.

    — O que é isso? — perguntei ainda olhando minha mão.

    — É o endereço aonde vão levar sua amiga, digo qual é a ponte depois de recuperar minha faca.

    — Não temos tempo de ir atrás da faca, eles podem fazer qualquer coisa com a Malia, podem matá-la a qualquer momento. — Carlos esbravejou.

    — Sei que eles não vão matá-la agora. Eles vão querer informações, ela deve ter pelo menos três dias se não disser nada. — ele argumentou.

    — Como você pode saber tanto sobre eles? — perguntei desconfiada. —

    Você é um Visionário?

    — Eu não sou um Visionário, não mais, não concordo em como eles estão fazendo as coisas agora, estão ficando cada vez mais cruéis e frios e acima de tudo foi culpa deles meu irmão ter sido pego. — ele falou com dor nos olhos, mas sua expressão mudou logo. — E então? Temos um acordo?

    ***

    Malia

    Ainda não acreditava em como meu dia estava ruim, por um segundo acreditei que conseguiria fugir do mercado com Carlos e Sarah, porém quando estávamos quase na porta me seguraram por trás. Como eram horríveis esses Visionários, quebrar um trato depois de tantos anos e eu achando que eles não podiam 5

    ser piores, esse acordo era bom para todos, devíamos manter um mínimo de civilidade se queremos mesmo controlar o país.

    Vi os rostos de meus amigos assustados olhando para mim. Então peguei a granada de luz que estava no meu bolso, ouvi os passos apressados dos outros dois Visionários e eles estavam armados, logo estariam aqui e as coisas ficariam ainda piores.

    Olhei rapidamente nos olhos de Carlos e depois para a granada em minha mão, torcendo para que ele entendesse, então a soltei no chão, a luz cegante nos atingiu e senti que meu captor tirava a faca do meu pescoço para proteger os olhos com a mão, mas ele ainda me segurava firme com a outra, então só tive tempo de me impulsionar para cima e chutar meus amigos para fora da loja. Espero que eles sejam espertos e fujam daqui.

    Quando a luz finalmente se dissipou fiquei aliviada ao ver que eles já haviam ido embora, pelo menos estavam salvos, mas então me vi sozinha com três Visionários armados. O que me segurava por trás me virou para ele com raiva.

    — Você se acha muito esperta não é? — declarou aos gritos e depois me deu um soco no rosto tão forte que me jogou no chão, senti uma dor muito forte no rosto e as outras pessoas na loja não ousavam se aproximar ou fazer qualquer coisa para me ajudar.

    Coloquei a mão no meu lábio e vi que estava sangrando, então o segundo Visionário me ergueu com brutalidade e amarrou minhas mãos nas costas.

    — Agora você vai ter que vir com a gente. E nem tente mais nenhuma gracinha, ou vai se arrepender, é melhor ficar bem quietinha. — declarou com calma.

    O terceiro se aproximou e então vendou meus olhos. — Quanto menos você souber melhor.

    Meu coração estava acelerado, estava com tanto medo, mas não ia deixar que eles me vissem chorar. Eles me conduziram para fora da loja e me forçaram a entrar em um carro, me levaram pelo que me pareceram horas, mas não podia ter passado tanto tempo assim.

    Enfim o carro parou, me puxaram para fora e fui conduzida por um longo caminho, quando finalmente retiraram a venda eu estava em uma sala grande com algumas cadeiras e mesas e várias pessoas trabalhando, alguns guardas e ele... perdi o folego por um instante, estava de frente para o chefe dos Visionários, Fernando Ferreira.

    Um homem alto e careca, com olhos escuros e frios.

    Ele andou até a minha frente e deu um sorriso que não chegava aos seus olhos frios. — O que temos aqui? — perguntou para o que estava atrás de mim.

    — É uma Benevolente senhor.

    — E qual é seu nome mocinha? — perguntou olhando para mim.

    6

    Não consegui responder, estava em choque olhando para ele. Foi então que senti um tapa forte me atingir, mandando mais uma onda de dor pelo meu rosto.

    — Vamos tentar de novo. Qual é seu nome?

    Finalmente recuperei minha voz, respirei fundo e respondi. — Malia! Meu nome é Malia.

    — Ótimo, muito melhor, acredito que você já saiba quem eu sou. —

    assenti com a cabeça.

    — Você é o homem mais desprezível que eu já conheci. — acusei reunindo um pouco de coragem. — Um trato foi feito há anos de que o mercado seria um território neutro depois que percebemos que ambos os lados precisavam e seria inútil e completamente cruel arriscar a vida de pessoas enquanto conseguiam comida.

    E agora o senhor simplesmente decide quebrá-lo. Eu tenho nojo de você!

    Fernando deu um sorriso cruel.

    — Sinto muito, mas a situação chegou em um nível lamentável, as disputas não acabam e nenhum lado vai desistir. Então você percebe que temos um problema aqui, não podia mais deixar passar a oportunidade de pegar um de vocês com a guarda baixa. Sabe que gosto quando as coisas acontecem do jeito que eu quero e que fico muito irritado quando isso não acontece. Vocês Benevolentes são meu único problema, são os únicos que estão entre mim e o poder total do país. — ele respirou fundo e continuou. — Quero que esses conflitos por poder acabem logo, veja eu também não gosto de toda essa guerra, isso tem que ter um fim. — afirmou.

    — E o que o senhor quer de mim? — perguntei em um sussurro novamente assustada.

    — Quero que você me diga onde os Benevolentes se escondem, é o único jeito de acabar com eles de uma vez por todas e assim o país vai finalmente se reerguer depois da Terceira Guerra e seremos respeitados internacionalmente de novo. Comigo sendo o único a dar as ordens por aqui, eu sou a melhor opção. E então? Onde vocês se escondem? Onde está a base dos Benevolentes?

    — Nunca vou dizer para você. — respondi com toda a coragem que consegui reunir diante daquele homem enorme.

    Ele ergueu sua mão e a passou em minha bochecha. — Eu discordo, você vai me dizer tudo o que eu quiser saber.

    Arregalei os olhos com medo. — O senhor vai me torturar? — perguntei em um sussurro.

    Ele deu uma risada sarcástica — Quem te contou isso, pensa que somos bárbaros? É claro que não saio por aí torturando as pessoas para conseguir o que desejo.

    Não, eu tenho um método muito mais eficaz de conseguir isso. — Um brilho de maldade passou por seu olhar. — Você vai passar três dias em uma de minhas celas. Sozinha no 7

    escuro, ninguém irá te ver, você ficará presa sem receber nenhuma comida ou água. E

    depois disso finalmente irei te ver, depois disso

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