O bem que o tempo traz
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O bem que o tempo traz - Daniela Mariano
Agradecimento:
Agradeço à Deus que me presenteia com inspiração, aos meus filhos Lucas Mariano e Daniel Guazzelli, ao meu esposo Alessandro Mendes de Queiroz pela parceria e por acreditarem no meu trabalho.
Lembro...
Como uma melodia invadindo minha alma, suave, branda...
Ouço tua voz e sinto um desejo que faz arder meu coração, desejo de correr ao teu encontro, abraçar e nunca mais sair do teu abraço...
Por instantes, sinto teu cheiro, sinto teus cabelos, teu toque... são memórias afetivas.
Não me sai da memória teu olhar, teus ensinamentos, tua força, tua coragem...
Toda vez que sinto medo, eu quero deitar no teu colo e ganhar tuas carícias, só para ouvir aquela voz que vinha me socorrer dizendo: Vai ficar tudo bem
e hoje sei que sempre fica... porque nossa força de mulher é grandiosa... Mãe, está tudo dentro de mim, tudo que você me fez ser.
Minha mãe, de repente, uma saudade...
Ainda...
Ainda me vejo dançando na chuva, ao som de uma orquestra... Minha alma se alegra de tal maneira que me faz viajar no tempo...
Ah, tempo, quanto tempo você tem...
Segredo este não revelado a ninguém...
Sinto o cheiro de tantas coisas boas, ouço sons, sinto até o calor de abraços, toques e então posso sorrir e chorar ao mesmo tempo, pois tudo se mistura, inebria, transporta, afaga, acalenta, borbulha, traz momentos revelados em notas, vozes e poesias...
O bem está na canção...
O amor está nos pequenos gestos! Ele tem vida, é frágil como uma flor, selvagem como o vento, delicado e turbulento. Ora traz paz, ora dor, cabe a nós decidir qual sentimento deve permanecer...
A essência é o que prevalece, mesmo que passemos por guerras, mesmo que percamos, por instantes, o significado do amor, ele nos invade de uma maneira tão surpreendente e de repente temos a certeza de que o amor, a dor, a paz, a guerra, a serenidade e até a insanidade está em nós, não há outro lugar tão seguro quanto estarmos em nossa identidade, em nosso lugar secreto.
Quando me perco, acabo me encontrando no que realmente sou, talvez numa canção de poucas notas, em