Apostasia
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Sobre este e-book
Assim sendo, à Peste estão associadas as paixões, sendo estas os piores dos males. A Guerra é, tão-só, um fútil combate de emoções. A Fome poder-se-á resumir a uma insuficiência de delírios e a Morte assume aqui a figura de um outro fim redentor.
Para rematar, constam as Notas Finais, ou seja, a exortação feita a um hipotético quinto cavaleiro ou a um outro eu…
Em suma, esta Apostasia procura ser um apocalipse de emoções, mas que também pode ser visto como um amontoado de exercícios de cariz abjuratório.
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Apostasia - Luís Corredoura
Agradecimentos
Agradeço a quem nunca deixou de acreditar
naquilo que jamais deixei de fazer.
Peste
- as paixões como o pior dos males -
Sou a minha própria doença, o mal que, no fundo, desconheço, não obstante há tanto dele sofrer, de alimentar essa enfermidade, como se dela necessitasse para me sentir vivo, para lograr obter dessa dor bastas vezes imaginária e desse padecimento quase sempre hipocondríaco - e dos quais desdenho - a noção daquilo que continuamente abjuro, daquilo que não entendo, daquilo que, no fundo, mais temo nesta vida que me foi concedida, mas que jamais tentei viver devido ao que faz com que constantemente apele para que morra.
Opróbrio
Não percebo o motivo para este ultraje,
Para o que m’afecta o corpo e a mente,
Deixando-me nesta condição, dormente,
Impedindo que minh’alma s’avantaje.
No fundo, nada há que me guie, encoraje,
A ser como sou, dos demais algo diferente
Sem que isso seja bom, é apenas aparente.
Não passo d’um triste morto sob uma fria laje.
Mas, mesmo assim, não alcanço ou entendo
O que devia ser claro ou o que consta óbvio
Para melhor compreender isto que vou sendo,
A minha própria desonra, o meu opróbrio,
O que me resta d’uma vida que, morrendo,
Dissipará tud’o que escrevo quando sóbrio…
Ardor
Ardo neste desejo que me consome,
Fornalha que alimento com o que sinto
Nada tendo do que me deixa faminto,
Paixão cruel e da qual não sei o nome.
É algo que m'acossa e de mim se some,
Que me desvaira em fechado labirinto,
O que me obriga a viver por instinto
E meu sangue bebe, minha carne come.
Desespero que para o abismo m'impele,
É um sofrer mesmo quando não há dor
Para que vivo porfie e a morte protele
E assim veja neste contínuo estertor
Donde não saio por mais que me flagele
Que ainda há quem creia que isto é amor...
Soubesses...
Soubesses tu quanto de mim disseco
Neste sentir que há muito me arruína
Sem nada haver que me diga e defina
O que é este amor com que m'obceco,
Saberias como por ti fatalmente peco,
Matando-me por uma paixão genuína
Que desde sempre à morte me destina
A alma que neste desgosto hipoteco.
Soubesses, tão-só, desta amarga tristeza
A dor dum vazio que s’expande e dilata
Perante o que penso de tamanha vileza
De jamais me teres dito que estavas grata
Quando minha vida por ti dei de certeza,
Morrerias do mal que aos poucos me mata.
Motivo
Não é amor aquilo que n’alma se inscreve,
Mas antes um sentir obnóxio que me submete
Ao que em mim constantemente se repete,
Que se eterniza, não obstante constar breve.
Não, não é amor aquilo que me circunscreve
A