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Não nasci ontem, pensava eu
Não nasci ontem, pensava eu
Não nasci ontem, pensava eu
E-book82 páginas37 minutos

Não nasci ontem, pensava eu

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Sobre este e-book

As pessoas vivem obcecadas com o medo de morrer. E não entendem que morrem todos os dias. Ela... queria abrir espaço para cada campa dos instantes da vida. Da descoberta das hormonas, do luto e das crises existenciais mais profundas, “Não nasci ontem, pensava eu” conta a história de um alguém que, como todos os que vivem, descobriu que também morre... e nasce todos os dias. 
Numa mão cheia de páginas, são colecionados os dilemas de uma miuda que se foi fazendo mulher dos seus quinze aos trinta anos. As sementes enterradas às pressas entre rabiscos de papel higiénico e guardanapos ou margens do livro de Matemática. Bilhetes de comboio e avião, e até umas notas no primeiro contrato de trabalho e da primeira casa. 
E porquê poemas se a vida só cabe no silêncio? Porque o verso sussurra, enquanto o nada ensurdece. E o resto enche, e vai tendo piada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de abr. de 2023
ISBN9791222087368
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    Não nasci ontem, pensava eu - Mónica Ribau

    Agradecimentos

    Um obrigada a todos cujas linhas cruzaram as minhas, e me permitiram tecer o caminho que em verso aqui vomito. São tantos que nunca os conseguirei enumerar. Apenas levar comigo. Num frasquinho, feito qual elixir.

    Prefácio

    Revejo no olhar da Mónica a doçura e simultaneamente a força de gigante que procuro, se calhar desde que nasci, para aquilo que sou e faço... Talvez seja também por isso que tantas e tantas vezes lhe chamo mágica: creio que só mesmo os mágicos serão capazes de, ainda que por breves momentos, retirar-nos deste cinzentismo para o qual pandemias, guerras e outras que tais nos parecem querer empurrar.

    Eu cá, e sei que a Mónica também não, não me deixarei ficar: prometo lutar, prometo criar e recriar, tendo também por base as palavras dos poemas mas sobretudo a firme convicção de que é mesmo possível nascer todos os dias!     

    O humorista Herman José quando lhe pediram para pela primeira vez emitir a sua opinião sobre a Fadista Mariza disse algo verdadeiramente notável e que julgo aplicar-se claramente à Mónica: Hoje é uma explosão pirotécnica num céu rotineiro quase sempre cinzento escuro e de poucas surpresas. Amanhã apanharemos as canas, e perceberemos se o fogo era fátuo, ou se no firmamento ficou uma estrela....

    Eu cá acredito que vamos encontrar uma estrela... daquelas bem grandes, que a gente cá não faz a coisa por menos! 

    Luís Rabaça.

    1ª PARTE: AS INTRODUÇÕES

    Jardim

    E eu que de tanto morrer, deixei de contar

    As vezes que me fiz nascer, para depois me matar

    Experiências a mais. E a menos. Plantadas de heresias

    Pontos maiores. Mais pequenos. Cada campa - poesias

    E cada flor do meu jardim, de sementes de outra que já fui

    Dias fracos, potentes, de mim. Com a garra do que me flui

    E regado do sal que conhecem. Suor, sangue, e lágrima de mar

    Linhas de fiar que me tecem. O meu jardim. Pronto para eu lavrar.

    Temperança que falta, faltou. E faltará. Sempre. No meu mar de balanço.

    Que não há dia sem enjoo, que evoluo o tempo todo, sem descanso.

    Porque quando meu mar se der em sereno, e não me deixar morrer mais vez nenhuma

    Provarei o maior veneno, que é estar vivo sem morte alguma.

    E sem sementes para enterrar. E sem jardim para se me fazer.

    Viverei feliz. (Dirão.) No meu lugar. Arrumada, como deve ser.

    E farão que eu espere a morte, metida nos que não vivem, com medo de morrer.

    Revoltados, furiosos... vão encaixotar-me como deve ser.

    Guardar-me as cinzas como prova. Mas eu morrerei. Prometo.

    E o meu jardim terá sementes de sobra. Prometo.

    Que de tanto me matar, deixei de morrer.

    E tantas vezes me contei, que posso sempre nascer.

    E um dia

    E um dia contaremos histórias, nós.

    Viveremos de contar as histórias dos dias

    Que um dia vivemos só para contar,

    para poder viver… só mais um dia, nos dias da morte.

    Contada do jeito de quem quer contar.

    E numa história viveremos dias, nós.

    Contaremos os

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