Hipnose: Em Busca Do Elo Perdido
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Sobre este e-book
Este volume será a introdução de outros onde pretendo aprofundar nas questões levantadas aqui, como por exemplo a longevidade dos homens nos primórdios do planeta Terra.
Os preâmbulos suscitados neste primeiro volume farão aparecer outras razões para acreditarmos que existem verdades que poderemos encontrar, como por exemplo: a biologia humana que possui em si as condições de longevidade que um dia já tivemos.
E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e o nomeou como Sete.
Ter um filho é um índice que serve como referência para o tempo — dia e noite, meses e ano — de um ser humano na época que não foge à regra entre o nascer e pôr do sol.
Sabemos que há algo errado com nossa biologia atual; nossos dias foram drasticamente reduzidos e também sabemos que o paradoxo da existência, se longa ou curta, é um fenômeno biológico. Logo, não é nenhum mistério impossível de ser decifrado e corrigido se nos debruçarmos sobre a questão e não dermos descanso à nossa mente até encontrarmos seus elos perdidos, ou seja, se nos mantivermos despertos mesmo dormindo, pois, a meu ver, o cérebro nunca dorme, mas se um dia estiver dormindo, estaremos mortos.
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Hipnose - Plácido De Assis Alves
Dedicatória
Dedico esta obra ao ilustre viajante das estrelas.
Nosso Senhor Jesus Cristo que um dia esteve entre nós e mesmo sendo um rei se fez servo, mesmo sendo poderoso para aniquilar seus inimigos não o fez, antes os amou de maneira que o homem nunca pôde tal amor compreender.
Há quem diga que ele era um Deus — e o era mesmo!
Mas se fez igual a nós nascendo de uma mulher de carne e osso, sendo também sujeito a tudo que estamos sujeitos como mortais: dor, frio, calor, amor, ódio, etc., no entanto se manteve perfeito, pois ele era filho da perfeição e, seu pai, o Criador de todos os universos.
Tinha as duas naturezas, a divina e a humana, e como humano ensinou a ser também divino, pois suas obras na Terra foram o tempo inteiro divinas.
Certamente fez isso para nos ensinar que também poderemos ser um Deus como ele é, vencendo a morte como ele venceu sendo humano, mas com obras divinas. Simples assim!
Plácido de Assis Alves
SeaDoo
Prólogo
Sabemos que o homem é magnífico (a mulher está inclusa) e não precisa ser nenhum gênio para observar isso. Basta olharmos à nossa volta e notar onde já chegamos, mas também sabemos que o homem oscila entre ser intelectual e idiota, bom e mal, e faz isso a favor e contra si mesmo quase que de forma inconsciente, mas está longe de ser realmente de forma inconsciente por quê? Porque seria impossível para o homem praticar algo sem estar consciente sobre o bem e o mal que passa por sua mente. Deverá fazer uma escolha antes de colocar em prática seus intentos.
O desejo tem sido desde eras longínquas o tropeço dos homens e das mulheres, e não resta dúvidas de que somos bombardeados por estímulos que o desperta de todas as formas. Mas onde está a bússola que nos fará ter controle sobre nossos desejos? Está em nossa estrutura biológica escrita como informação para construirmos nossa condição de pessoa saudável, longeva e possivelmente eternas e, se desejamos encontrar o caminho para isso, basta começarmos a olhar para dentro de nós mesmos e notar o poder que temos quase adormecido em nossos cérebros como formas e receitas de uma boa saúde física e mental e para isso basta desejar até mesmo tudo, mas fazer sempre as coisas certas.
Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas. Assim também não podemos nos livrar de sermos tentados, mas podemos lutar para não cairmos em tentações. (Martinho Lutero)
Obs.: não se trata de autoajuda ou religião, mas da nossa natureza humana contida em nossa estrutura biológica, acredite!
A proposta desses livros, que serão escritos em cinco volumes, é destrinchar e provar que está em nós o poder de viver vidas longas e saudáveis, e nosso cérebro e seus conteúdos autônomos e conscientes são a nossa condição. Evidentemente!
Quintologia Hipnose.
Em busca Do Elo Perdido
Quintologia Capitulo I Essa noite sonhei um sonho e, nesse sonho, a Terra ainda fumegava; não havia um horizonte porque os montes limitavam a visão que se restringia a pequenos vales sem verde, apenas Bestas-feras viviam sobre eles; os menores se esforçavam para escalar montanhas para escapar dos maiores que os devoravam quando tinham fome. O cabrito me parecia ser o que ganhava mais alturas.
Estava chegando com uma caça sobre os ombros à minha caverna, e de longe vi uma silhueta na entrada. A imagem tremia com o calor do sol e o vapor que subia; seu corpo era negro como uma noite sem lua, mas dava para ver, entre a fumaça, a luz do sol ser refletida sobre aquele corpo bronzeado, exibindo os tons de uma pérola negra.
Ao chegar, ela sorriu mostrando os dentes brancos como o orvalho da noite em flocos de neve que derretia logo ao amanhecer, formando pequenas poças que tão logo evaporavam.
Depois voltou a ficar séria, e suas pressas aparentes salivavam gotas nas duas longas pontas afiadas. Sua fome era evidente, pois havia se passado alguns dias desde que tivera saído para caçar.
A caçada foi demorada porque temia terminar como caça; apesar de ter uma musculatura forte, sabia que era apenas mais um alimento de Bestas-feras se não fosse cuidadoso.
Uma chama ardia sobre uma fenda no solo da caverna. Era a luz que nos ilumina e aquece no lugar do sol que se pôs: ali nos sentíamos seguros e só algumas vezes nos atrevíamos a sair para ver uma pálida luz do luar entre a neblina.
Ela pegou seu tambor e tocou para eu dançar em volta do fogo, estava feliz por ter voltado com vida e com as refeições que supririam nossa fome por semanas.
Eu também estava feliz e dançava sua música enquanto rasgava com minhas longas presas a carne da Besta-fera; era saborosa e pingava sangue sobre meu peito bem definido pelo esforço do trabalho em construir nas pedras algo que eu não sabia exatamente o que se tornaria, além de um aumento na profundidade e passagem bem estreita que garantiria a segurança da nossa casa enquanto dormíssemos, pois as Bestas menores que aprenderam a escalar rugiam em nossas portas pelo forte cheiro do sangue e elas só sairiam ao amanhecer.
— Doido, venha dormir! — Doido era o nome que ela me deu. Seu tambor tinha silenciado e seu desejo acendido, pois queria o meu corpo negro bem definido para satisfazer, dessa vez, seus desejos de mulher.
Inclinei-me lentamente na direção de seu corpo observando suas delicadas curvas e as comparei com a formação de vales.
Seus seios eram belos como pequenos montes que restaram entre dunas argilosas de lava que resfriaram, e exibiam a beleza de um oleiro que fez vasos brincando com o barro.
O desejo que eu tinha era de deslizar meus dedos e toda a mão sobre eles, acariciando como se absolvesse com alas; formas e texturas macias, em uma degustação dos mais antigos vinhos.
Seu umbigo não estava tão distante dessa delícia; como taça para apreciá-lo como se fosse um cão sedento por água. Senti uma mistura de sentidos que se perderam entre seu olhar fixo de duas pérolas negras encrustadas sobre um rosto de porcelana e minha boca estava aberta, minha respiração era tão lenta que me senti em um paraíso quando nossos lábios se encontraram e nossos corpos se uniram.
Era como se a Terra toda estivesse viva ardendo em chamas e explodindo em erupção; seu sussurro parecia uma música de instrumento de corda.
Algo que só iria conhecer a bilhões de anos no futuro, distante desses tempos de amor, sobre o calor ardente de um planeta que ainda estava nascendo, mas nós já estávamos lá e o amor já tinha nascido.
Não sei exatamente o que queimava mais, o fogo da Terra ou o do amor que sentíamos um pelo outro em nossos corações.
Por isso a chamei de Div-amor.
Div-amor era uma mulher que quase não sorria, tinha um semblante triste e um olhar distante; perdera os pais quando ainda era uma criança e eu a encontrei em uma caverna sozinha, tremendo de medo e de fome.
Estava fraca e segurava firme uma pedra oca que tinha um couro esticado e amarrado com tiras do mesmo couro sobre a extremidade maior, meio arredondada; o corpo da pedra era em forma de funil e alongado, e terminava bem pequeno fechando a cavidade de seu interior.
Ela quis fugir de mim, mas as pernas não obedeciam ao seu comando, estavam cruzadas e ela sentada com a pedra entre elas. As mãos firmes, agarradas no objeto, demostravam que não sairia dali sem ele ainda que eu fosse uma pessoa algoz e pudesse lhe causar algum mal; no entanto eu parei a certa distância considerável, abri meus braços e sorri largamente, como jamais havia sorrido antes, e permaneci ali, daquela forma, não sei por quanto tempo, até que ela parou de tremer e sorriu para mim também.
Andei lentamente, me ajoelhei ao seu lado e devagarinho fui lhe envolvendo em um abraço.
Chorei junto ao seu choro e a beijei gostosamente, enxugando suas lágrimas com minha boca e lambeando sua face.
Depois a alimentei e ela caiu em um sono profundo, adormecendo em meus braços. Tinha um coração forte e eu o sentia pulsando bem compassado; observando seus braços delgados, notei seu pulso latejante enquanto respirava quase só com o abdome, em uma respiração tranquila de quem estava se sentindo segura e amada.
Estava ali a mulher que me daria sentido à alma, que faria com que desejasse vencer tudo o que aparecesse em meu caminho que representasse um desafio e a Terra estava cheia de desafios; a natureza se retorcia para acalmar suas tempestades como se também procurasse conter as tormentas que a impediam de dar seus frutos, que ela haveria de criar sobre a crosta incandescente.
O homem, a mulher, a Terra e a natureza tinham que encontrar um meio de fazer com que a vida pudesse permanecer e se multiplicar sobre um planeta que era preto