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O Raira Aram
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E-book83 páginas52 minutos

O Raira Aram

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Sobre este e-book

O livro de nome O Raira Aram:o Filho do Sol, conta uma história que se passa em uma aldeia puri, onde um jovem índio é protagonista de grandes aventuras. Esta história foi escrita para homenagear os índios Puris da minha região.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de jun. de 2020
O Raira Aram

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    O Raira Aram - Notlin Santiago

    O Raira Aram O Filho do Sol

    Notlim Santiago

    Um

    Sonho

    Realizado.

    O Raira Aram Antes de espanhóis e portugueses chegarem por aqui na nossa Ibi (terra), já havia diversas tribos indígenas espalhadas por toda a América latina. As tribos brasileiras eram formadas por grandes guerreiros que, a toda hora, estavam prontos para mostrar seu valor e sua coragem, dia após dia.

    As mulheres também tinham seu brio, sua força, mas perante os homens eram apenas mulheres, seres inferiores.

    Estas fortes mulheres tinham como obrigação cuidar dos filhos, buscarem a I no rio para abastecer a oca, plantio e colheita de plantas e raízes, como milho e mandioca.

    Elas também eram responsáveis pelo preparo da comida. Eu já estava me esquecendo – I, quer dizer água, em tupi.

    Grandes tribos existiam no Brasil naquela época, e entre elas, grande rivalidade. Cada tribo era liderada por um índio que era reconhecido por todos como o guarani mais anta e Abaeté de toda aldeia, que quer dizer o guerreiro mais forte e honrado de toda aldeia. Este guerreiro tinha de ser o mais veloz e sábio

    [ 2 ]

    O Raira Aram para liderar seu povo. Este imponente índio também era conhecido como Abaquar ou Cacique. O cacique era escolhido através de vários testes realizados pelo pajé e pelo conselho de sábios que era formado por índios mais velhos e de grande sabedoria.

    O pajé era o Sacerdote e Curandeiro da aldeia, pois conhecia a tradição religiosa dos seus ancestrais e todos os chás e ervas para a cura dos males do corpo e do espírito. Depois do Abaquar, ele era o índio mais respeitado da aldeia.

    A vida destes povos que primeiro habitaram a América era uma vida simples, de muita luta e muito trabalho. Estes índios tomavam vários banhos ao dia e gostavam muito de pinturas. Em todas as cerimônias eles se preparavam com muito cuidado, e com bastantes pinturas pelo corpo. Para cada cerimônia tinha uma pintura diferente, como casamento, nascimento, morte e guerra.

    A grande diversão da aldeia era quando havia jogos, lutas e danças típicas.

    [ 3 ]

    O Raira Aram Cada tribo tinha seu modo particular de se pintar, dançar e diferentes tipos de jogos.

    O contato entre as tribos só acontecia em ocasiões raras, nos momentos de guerra ou de aliança contra inimigos comuns, ou ainda, em festas como casamentos, nascimentos e cerimônias de morte.

    Naquela época, cada tribo falava seu próprio dialeto, alguns resistiram ao tempo e outros se perderam para a eternidade.

    Eis aqui alguns exemplos de línguas indígenas: Tupi-Guarani, macro-jê e Aruak.

    Nas aldeias indígenas, todos os guerreiros tinham os mesmos direitos e deveres, apenas eram individuais os objetos como, machado, esgarowatana, arco, flecha, arpão, quecé, tacape e borduna.

    Zarabatana ou esgarowatana: tubo oco por onde eram disparados setas ou espinhos envenenados. Quecé: espécie de faca.

    Vam

    os então à nossa aventura...

    [ 4 ]

    O Raira Aram Naquela madrugada de verão, na aldeia dos valentes índios Puris, situada na região sudeste do Brasil, mais precisamente no Campo das Vertentes Mineiro, era só esperança e alegria, pois havia duas mulheres da tribo prestes a dar luz a seus filhinhos. Uma destas mulheres era a índia Yapira, esposa do cacique Antã, ela recebeu este nome, pois além de ser linda, também era um doce de pessoa.

    (Yapira, em Tupi, significa mel.).

    O cacique Antã recebeu este nome devido sua grande força e vigor, também era um homem justo. (Antã, vem de anta que, em Tupi, significa forte).

    A outra índia a dar à luz era Aquita, esposa do índio Arani, esta recebeu

    [ 5 ]

    O Raira Aram este nome, pois era uma das índias de estatura menor da aldeia. (Aquita significa, em Tupi, pequeno, curto).

    Arani era um índio mau e ambicioso, e tinha o sonho de ser o grande cacique da aldeia Puri. (Arani, em Tupi, significa tempo furioso.).

    Arani havia feito uma promessa a Abaçai que se não fosse o grande cacique dos Puris, o seu filho seria e faria qualquer coisa para que isso acontecesse. (Abaçai, em Tupi, significa espírito maligno.).

    Durante o parto de seu filho, o cacique Antã permaneceu o tempo inteiro na Opy rezando e pedindo aos deuses, proteção para sua linda esposa e seu filho.

    (Opy significa, em tupi, casa de reza.).

    Arani passou o

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