Almas E Carmas
De Ana Aydogdu
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Almas E Carmas - Ana Aydogdu
Almas e Carmas
Juntos para Sempre
Ana Aydogdu
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Aydogdu, Ana
Almas e Carmas: Juntos para Sempre / Ana Aydogdu – 1ª ed. São Paulo: Clube de Autores, 2020.
182 p.
ISBN
1-Reencarnação 2- Carma 3- Romance 4-Ficção e Romance 5- Drama 6- Mensagens I-Aydogdu, Ana II- Título
[ 3 ]
[ 4 ]
Capítulo I .............................................................................. 8
Capítulo II .......................................................................... 26
Capítulo III ........................................................................ 82
Capítulo IV........................................................................ 135
Capítulo V ......................................................................... 167
[ 5 ]
Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu Aos que amam de verdade.
[ 7 ]
Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu Capítulo I
Estados Unidos da América, 2050.
A menina chorava, seu choro ecoava pelo enorme salão branco decorado com arte moderna. Chorava de fome, de frio, de dor, de desconforto, de medo, de desamparo, não se sabe.
Será que conseguia entender tudo que se passava à sua volta mesmo tendo somente alguns dias de vida?
Ele já não mais a ouvia, não se importava, talvez se ela morresse pelo menos ele poderia esquecer tudo mais depressa, afinal a criança era culpada por toda sua desgraça e tristeza. Ela acabou com sua vida, que agora não tinha mais sentido.
A mãe dele pegou a menina no colo, a alimentou, chorava de fome e também porque queria atenção, como qualquer recém-nascido, tentava se adaptar ao novo mundo.
– Marc! Gritou ela. Você não pode deixar essa menina assim! Não pode continuar agindo dessa forma! Eu terei que voltar em breve para casa, não posso deixar seu pai lá sozinho nas condições em que está. Você precisa se recuperar. Quem vai
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu cuidar de sua filha? Você já contratou alguém para ficar com ela? Porque é óbvio que não conseguirá sozinho!
– Ainda não pensei nisso! Quando a senhora terá que voltar para casa?
– Poderei ficar aqui mais um ou dois dias. Tente arranjar alguém ainda hoje, para que eu possa orientá-la, antes de voltar para o interior.
– A senhora não pode cuidar disso? Qualquer pessoa serve, ache alguém que cale a boca dessa menina, diga que eu pago bem e pronto, dinheiro não é problema.
– Cuidar de uma criança não é só calar a boca dela, Marc. Você deve dar amor à menina.
– Dar amor? A senhora deve estar brincando. Eu não consigo nem mesmo olhar para cara dela!
A mãe de Marc preferiu não continuar o assunto, era mesmo em vão. Se pôs então a tentar achar uma babá para cuidar da neta.
Marc conheceu Kate ainda na faculdade, ele vindo de uma família muito rica estava acostumado a ter tudo que queria, fazia o curso de administração para continuar administrando o império fundado por seus avós. Ela, proveniente de uma família de classe média cursava história. Desde que a viu pela primeira
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu vez, Marc sabia que ela seria sua esposa. Ela, no entanto, tinha lá suas dúvidas quanto a ele. Foram muitas as vezes em que Marc tentou se aproximar dela, enquanto ela se esquivava. Até que numa festa dada por um amigo em comum, os dois começaram a conversar, dançaram e riram juntos, dali por diante não mais se separaram. Casaram-se dois anos depois, logo após o término da faculdade. Marc amava Kate como jamais havia amado ninguém, aos olhos de Marc, Kate era a mais bonita, a mais inteligente, a mais amável, a mais sensual mulher do universo, Marc só tinha olhos para ela. Kate também amava Marc, além de bonito e charmoso, ele era gentil, tinha bom caráter e a fazia feliz.
O grande sonho de Kate era construir uma família, queria ter muitos filhos. Esse infelizmente não era o sonho de Marc, que estava feliz do jeito que estava. Todas as vezes que Kate tocava no assunto filhos
ele, Marc, mudava de conversa.
Quando as investidas de Kate se tornaram mais frequentes Marc decidiu que era hora de dar sua opinião definitiva sobre o assunto. Achava que poderiam ter filhos no futuro, não agora.
Queria antes se dedicar aos negócios da família. Kate não queria esperar. Pode-se dizer que naquele casamento hormônico e
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu cercado por muito amor o único ponto de discórdia era mesmo esse, a questão filhos
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Os dias iam passando, assim como os meses e os anos. A cada mês Kate ficava mais triste, até que um dia começou a sentir fortes dores abdominais, ao se consultar com uma médica soube que precisaria fazer um tratamento para diminuição de um mioma. Durante esse período de tratamento, que duraria um mês, Kate não poderia fazer uso dos anticoncepcionais, que utilizava há anos. Foi justamente durante o tratamento para mioma, que Kate ficou grávida. Ela não podia acreditar, após tantos anos fazendo uso de remédios, que impediam sua gravidez ficar grávida assim tão facilmente era praticamente um milagre. Kate agradeceu muito a Deus. Num momento tão difícil em que lutava com as dores e desconfortos de uma doença tinha sido agraciada com um bebê, seu sonho se realizava. Kate não sabia, porém como daria a notícia a Marc.
Claro que ele ficaria feliz, mas não imediatamente. Ele provavelmente levaria um tempo até aceitar a ideia e entender que aquela criança vinha para uni-los ainda mais. Pensou ela.
Ela estava certa quanto à reação de Marc, mas errada quanto ao fato de ele aceitar a situação com o passar do tempo.
Marc sentiu-se enganado por Kate. Para ele, ela tinha planejado
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu a gravidez e o tinha enganado ao não tomar os anticoncepcionais. Kate explicou toda a situação a Marc várias vezes, mas ele não queria entender. Não aceitava a criança, não queria ser pai naquele momento, talvez nunca quisesse.
A gravidez de Kate foi muito conturbada, as brigas com Marc fizeram com que os primeiros três meses fossem uma verdadeira tortura, apesar da felicidade que sentia pela presença do bebê em sua barriga, Kate sentia enjoos terríveis, enquanto Marc dizia:
– Eu te avisei!
Com tantos problemas, Kate precisou ser internada, foi aí que Marc teve medo. Vendo-a deitada no leito hospitalar ele teve muito medo de perdê-la, então prometeu a si mesmo que não mais brigaria com ela devido à criança, simplesmente não tocaria no assunto. Ele não estava junto com ela no sonho de ter um filho, mas aceitaria a situação.
Os meses seguintes passaram de forma mais tranquila, como Marc não mais se alterava ao falar da criança, Kate enganava a si mesma dizendo que Marc acabaria aceitando o bebê. Na verdade, as brigas não aconteciam porque Marc simplesmente passou a ignorar o fato, não porque havia aceito a gravidez de Kate. Segundo ele a criança viria somente para
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu desuni-los, enquanto para Kate a criança seria motivo de uma união ainda maior. Marc amava Kate, disso ele tinha certeza, mas se ele tinha uma outra certeza nessa vida era que não queria aquela criança.
Quando descobriu que seria uma menina, Kate passou a se ocupar escolhendo o nome para a filha, comprando vestidinhos e sandalinhas, que a menina provavelmente só iria poder usar muitos anos depois. Ela achava tudo tão lindo, estava realizando seu grande sonho de ser mãe. Carregava uma vida em seu ventre e não havia no mundo nada mais valioso que isso.
Kate sentia-se plena, totalmente satisfeita, era como se sua vida se completasse. Kate continuava lecionando em uma escola perto de sua casa, fazia também uma pós-graduação. Apesar de sua situação financeira permitir que não trabalhasse ela insistia em continuar a lecionar, afinal tinha se formado para isso. Marc achava que ela não deveria trabalhar, mas por saber que o trabalho a fazia feliz, não insistia para que o deixasse.
Os meses foram passando e logo Kate estava com oito meses de gravidez, apesar do barrigão; pés, mãos e rosto inchados ela se sentia a mulher mais linda do mundo. Marc ao olhar para ela também via uma linda mulher, ele a amava mais que tudo nessa vida, seria capaz de fazer tudo para que ela fosse
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu feliz, desde que isso não implicasse em aceitar aquela criança.
Ele não sabia bem o porquê, mas não conseguia aceitar o fato de ser pai.
Foi numa noite fria e chuvosa que Kate começou a sentir as dores do parto, ainda não estava na hora, a criança queria vir mais cedo do que o previsto. Com dores horríveis, Kate foi levada por Marc ao melhor e mais caro hospital da região, onde inclusive seu melhor amigo, um renomado cirurgião trabalhava.
Foi feita uma cesariana de emergência, apesar de tudo a menina nasceu saudável, mesmo sendo prematura não precisou de muitos cuidados, e após dois dias de observação na UTI neonatal recebeu alta. Ganhou o nome que Kate havia escolhido, Faith.
O mesmo não ocorreu com Kate, uma complicação durante o parto fez com que ela perdesse muito sangue, numa tentava de estacar o sangramento a bebê foi trazida ao colo da mãe para mamar e provocar a contração uterina, mas nem isso conseguiu parar o sangramento, que com o tempo foi aumentando. Mesmo a equipe médica do renomado hospital tendo feito todo o possível Kate veio a óbito poucas horas depois de pegar a filha no colo. As últimas palavras de Kate para Marc foram:
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Almas e Carmas: Juntos para Sempre, por Ana Aydogdu
– Eu consegui ser mãe, Marc. Eu a vi Marc, ela é linda.
Eu cumpri meu papel na Terra, não fique triste, irei para um lugar melhor, onde te esperarei, meu amor.
– Não diga isso Kate, eu não posso imaginar uma vida sem você. Você não pode me deixar!
Ainda com uma das mãos no rosto de Marc, Kate fechou os olhos e se foi.
Marc não queria acreditar no que estava acontecendo.
Nada mais tinha valor em sua vida. Viver não valia mais a pena sem seu grande amor. Ele sentiu-se sem chão, não conseguia ordenar seus pensamentos. Aquilo tinha que ser um pesadelo!
Não havia a possibilidade de ele continuar vivendo sem sua Kate.
Quando dois dias depois lhe deram Faith no colo, ele a pegou em um movimento automático, como quem pega uma sacola de compras cujo fundo está rasgado, não conseguia nem mesmo olhar no rosto da criança, se antes já não a aceitava, agora a culpava pela morte da mãe. Foi assim ligado no automático que ele levou