Mãe de aluguer
De Emily McKay
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Sobre este e-book
Jack Morgan era o progenitor do rebento que levava na barriga… Mas até há um tempo atrás isso não era um problema. Até ter surgido a inesperada oportunidade de ficarem com a criança.
Jack tinha-se casado con Kate, mas apenas para salvar a sua carreira profissional de mentiras inventadas por motivos políticos. No entanto, não se relacionavam intimamente, até agora...
Então aconteceu o que ninguém esperava: Kate começou a apaixonar-se pelo seu marido e desejou que o seu matrimónio não fosse simplesmente uma farsa.
Emily McKay
Emily McKay has been reading Harlequin romance novels since she was eleven years old. She lives in Texas with her geeky husband, her two kids and too many pets. Her debut novel, Baby, Be Mine, was a RITA® Award finalist for Best First Book and Best Short Contemporary. She was also a 2009 RT Book Reviews Career Achievement nominee for Series Romance. To learn more, visit her website at www.EmilyMcKay.com.
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Mãe de aluguer - Emily McKay
Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2006 Emily McKaskle
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
Mãe de aluguer, n.º 708 - Outubro 2014
Título original: Surrogate and Wife
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Publicado em português em 2006
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5880-0
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
Capítulo Um
– Estamos grávidos.
Kate Bennet tentou não levantar os olhos ao céu ante o absurdo comentário da sua irmã.
– Não me digas?
Como mãe de aluguer para a sua irmã, Beth e para o seu cunhado, Stewart, Kate sabia melhor do que ninguém que estavam «grávidos». A sua mão deslizou até ao seu ventre, onde o menino começava já a notar-se. Mas nesse preciso instante o estômago fez barulho, fazendo com que maldissesse o primeiro trimestre de gravidez.
Beth tomou a sua mão quando ia tomar a chávena de chá.
– O quê?
– Estamos grávidos, o Stewart e eu.
Kate deixou a chávena.
– O Stewart e tu?
– Sim.
– Grávidos?
Beth assentiu, com o seu sorriso beatificamente maternal, os seus olhos brilhantes de felicidade.
O estômago de Kate voltou a dar um salto, mas tentou conter as náuseas.
– Vocês vão ter um filho? Além do que eu vou ter para vocês?
– Sim.
Kate saltou da cadeira e correu para a casa-de-banho. Mal lhe deu tempo a inclinar-se sobre a sanita para vomitar o pequeno-almoço.
Esteve de joelhos no chão da casa-de-banho largos minutos, com um nó na garganta, angustiada e atónita. Só a voz de Beth do outro lado da porta a tirou da sua estupefacção.
– Kate, estás bem?
Se estava bem? Bom, sentia como se o mundo estivesse a girar em direcção contrária... juntamente com o seu estômago. Quanto ao resto, estava estupenda. Depois de lavar a cara e as mãos no lavatório, abriu a porta e ficou a olhar para a sua irmã.
– Como é possível?
Beth puxou-a pelo braço.
– Vem à cozinha. Vou fazer-te outro chá.
Kate deixou-se levar até à cadeira e observou a sua irmã a dar voltas pela simples e caseira cozinha.
– Nós ficámos tão surpreendidos como tu.
– Mas o Stewart e tu não podem ter crianças. É impossível, não é?
– Era muito improvável, mas não impossível.
De facto, tinham tão poucas possibilidades de conceber que o médico tinha recomendado não usar o esperma de Stewart para inseminar Kate e usaram o de um amigo de Stewart, Jake.
– Não tinha dito que só havia 0,2% de possibilidades que tu ficasses grávida?
– E assim é. Mas tivemos uma sorte imensa – suspirou Beth, pondo uma chávena sobre a mesa. – Chá?
– Como podes estar tão tranquila? – exclamou Kate, à beira da histeria.
– Suponho que porque tive mais tempo para me acostumar à ideia...
– Desde quando vocês sabem?
– Há uma semana. Levava algum tempo a suspeitar, mas não me atrevia a confiar em que tivesse havido um milagre. Como os meus períodos sempre foram tão irregulares e depois de tantos anos a tentar... enfim, não queria criar ilusões mesmo que não me tivesse vindo o período.
– De quanto tempo?
– Quatro meses.
– Quatro meses? De quanto estás?
– De dezoito semanas.
– Dezoito semanas? Eu estou só de três meses – exclamou Kate. – Ou seja, que os sintomas que tu tinhas, esses que achávamos que eram por simpatia... eram reais.
Beth sorriu timidamente.
– É verdade, não tinha pensado nisso, que tola. Olha, sei que isto complica tudo, mas o Stewart e eu sempre quisemos ser pais...
– E vocês continuam a querer este menino, não é?
– O Stewart e eu o falámos e decidimos que essa é uma decisão que vocês devem tomar, o Jake e tu.
– O Jake e eu? Que queres dizer?
– Tecnicamente, o menino é vosso...
– Não, nada disso! – interrompeu-a Kate. Sim, bom, tecnicamente o menino era seu e de Jake, mas ela não tinha querido ser mãe. – Este menino é teu. Teu e do Stewart. Este era o acordo.
Depois levantou-se e começou a passear pela cozinha, olhando para a sua irmã com incredulidade. Naquelas circunstâncias, Beth não parecia tão transtornada como deveria.
– Sim, já sei que este era o acordo. Mas as coisas mudaram.
– Não podes negar-te a educar este menino. Não to permitirei – replicou Kate, fulminando a sua irmã com o olhar. Pelo menos, tentou fulminá-la com o olhar, mas outra onda de náuseas obrigou-a a agarrar-se à mesa, arruinando o efeito.
Beth correu para o seu lado.
– Senta-te, querida. Não deveria colocar-te a questão assim. Não pode ser bom para o menino.
– Tu sabes o que não é bom para o menino? Esta conversa – disse-lhe Kate.
– Naturalmente, o Stewart e eu educá-lo-emos se tu decidires que não o queres. Mas queremos que, pelo menos, tu penses. É o teu filho biológico quer queiras admitir quer não, já estabeleceste uma conexão com ele.
Kate ficou sem palavras. De que estava a falar a sua irmã? Não entendia que a única forma de fazer aquilo era não ter conexão alguma com o bebé?
– Eu não...
– Sei que tens – interrompeu-a Beth. – Portanto não tem sentido discutirmos. O importante é que agora estamos à espera de duas crianças. Eu e o Stewart adoraríamos ficar com os dois, mas se tu e o Jake...
– Que tem o Jake a ver com isto?
Beth suspirou, exasperada.
– O menino que tu levas aí dentro também é dele. Se algum dos dois decidia ficar com ele, o Stewart e eu estamos dispostos a aceitar.
Atordoada pelo absurdo da situação, Kate enterrou a cara entre as mãos para controlar um ataque de riso histérico.
– Se algum dos dois decidir ficar com o menino? Tu apercebes-te do ridículo que é isso, não te apercebes?
Mas Beth, que a olhava com a sobrancelha franzida, não parecia dar-se conta de nada.
– Porquê?
– Eu tenho o instinto maternal de um agrafador. Mais absurdo do que esperar que eu queira o menino é esperar que o queira Jake Morgan.
– O Jake não é tão mau.
– Pode ser um bom tipo, mas estamos a falar de um homem que se introduz em edifícios em chamas quando todos os outros saem a correr.
– Na verdade, agora é investigador, ou seja, já não entra em edifícios em chamas. Agora entra quando só sobram os rescaldos.
– Muito bem, quando sobram os rescaldos. É igual.
– Bom, pelo menos o filho dele não brincará com fósforos – disse Beth, a tentar animá-la.
Kate apontou para a sua irmã com o dedo.
– Tu podes rir-te agora, mas esses são os genes que herdará o teu filho.
Beth soltou uma risadinha.
– Não me preocupam os genes de Jake. É bonito, encantador, rápido e...
– Exactamente. É uma dessas pessoas que acha que pode fazer o que lhe apetece só porque é bonito, encantador e rápido.
– Porque é que tu és tão dura com ele? Não costumas julgar as pessoas.
– Sou juíza, Beth. O meu trabalho consiste em julgar as pessoas. Além disso, sei que tenho razão. Com as famílias separadas e os maus pais que vejo no Tribunal todos os dias, o meu trabalho consiste em separar o trigo do joio. E asseguro-te que nem Jake Morgan nem eu queremos ter este menino.
– Pensa nisso. Talvez mudes de opinião.
– Sim. Quando as galinhas tiverem dentes. Não é impossível, mas eu diria que é altamente improvável.
Apesar de sua