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Ligas do amor
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E-book237 páginas3 horas

Ligas do amor

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Sobre este e-book

Uma linda história de amor entre dois jovens, Rodolfo e Selena, acontece a partir de um cenário muito inusitado, envolvendo poder, medo e determinação. Isso acaba por transformar as vidas dos envolvidos nesse romance durante toda uma geração, ficando à sorte do destino uma resposta aos erros do passado. Seria acaso ou uma prestação de contas, quando a vida real nos impõe uma condição relacionada diretamente com as atitudes cometidas tempos atrás? O verdadeiro amor pode ser superado pelo preconceito ou pelas diferenças sociais, tornando aqueles que o alimentam suscetíveis a eles. Nesta obra, o autor aborda alguns influentes temas e suas razões, enquanto traz um grande romance envolvendo a interferência do poder financeiro sobre um casal apaixonado.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de nov. de 2023
ISBN9788583387213
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    Ligas do amor - Edu de Souza

    Ligas do amorLigas do amor

    © Edu de Souza 2023

    Produção editorial: Vanessa Pedroso

    Revisão: Helen Bampi

    Imagem de capa: Shutterstock

    Design de capa: Giovana Bandeira Grando

    Editoração: Giovana Bandeira Grando

    Conversão para Ebook: Cumbuca Studio

    CIP-Brasil. Catalogação na Publicação

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

    S714L

    Souza, Edu de

    Ligas do amor / Edu de Souza. 1. ed. - Porto Alegre [RS] : Buqui, 2023.

    recurso digital

    Formato: epub

    Requisitos do sistema: adobe digital editions

    Modo de acesso: world wide web

    ISBN 978-85-8338-721-3 (recurso eletrônico)

    1. Ficção brasileira. I. Título.

    23-85689

    CDD: : 869.3

    CDU: 82-3(81)

    Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439

    Todos os direitos desta edição reservados à

    Buqui Comércio de Livros Eireli.

    Rua Dr. Timóteo, 475 sala 102

    Porto Alegre | RS | Brasil

    Fone: +55 51 3508.3991

    www.editorabuqui.com.br

    www.facebook.com/buquistore

    www.instagram.com/editorabuqui

    Ligas do amor

    INTRODUÇÃO

    Esta história tem sua origem tempos atrás, quando dois jovens, Romero e Esmeralda, se conhecem e vivem um lindo romance.

    Ao se casarem, herdam muitas terras, que eram conhecidas como Fazenda Maturo, onde eram cultivados café e cana-de-açúcar, de propriedade dos pais da moça. Com o tempo, eles tornam essas terras muito lucrativas.

    Dos filhos que tiveram, o primogênito, contrário ao desejo de seus pais, se apaixona pela filha de um empregado em suas terras, e juntos viverão um intenso relacionamento, que lhes permite satisfazer em abundância todos os desejos que seus corpos exigiam, impulsionados pela paixão.

    Com esse romance impugnado pela família do rapaz e o pai da moça demitido, não resta alternativa a ela a não ser acatar a decisão da família e mudar de cidade em busca de uma nova oportunidade de trabalho.

    Diferentemente do que se imaginou, aquele relacionamento estava tomado de amor e não seria uma separação tranquila para ninguém, tampouco seria esquecido com facilidade.

    Ainda outras pessoas iriam participar fortemente daquela história, e não seria tarefa fácil para o destino resolver os impasses que viriam a seguir.

    O sentimento de injustiça e saudade atravessa uma geração sem jamais cair no esquecimento, enquanto é aguardada a oportunidade para reparar aquele erro cometido no passado.

    Um jovem casal herdou da família muitas terras, onde eram cultivados café e cana-de-açúcar. Na verdade, bem no início dos tempos, essas terras pertenciam a duas famílias locais, mas com o passar dos anos, o mais poderoso financeiramente acabou por unificar as propriedades, porém manteve nelas o mesmo segmento, ou seja, o plantio de cana-de-açúcar, mantendo suas terras originárias com a plantação de café.

    Na época, o então dono e mantenedor dessas terras, Senhor Alberto Maturo, queria dissipar aos quatro ventos seus feitos e também fortalecer o nome de sua família, para que todas as gerações futuras — que, em sua visão, teriam o respeito e o domínio de toda a região e seus arredores — eternizassem seu nome. Assim nasceu a Fazenda Maturo.

    Por mais que tenham se empenhado, não foram agraciados com tantos filhos quanto pretendiam. Em meio a tantas dificuldades, falta de recursos e respostas naqueles tempos, tiveram somente uma filha, que foi chamada de Esmeralda, cujo nome era uma simbologia à sua beleza.

    Foi criada com todos os cuidados possíveis e retinha as atenções não só da família, como também da grande maioria dos habitantes da fazenda. Assim, havia várias trabalhadoras com a missão principal de cuidar do bem-estar de Esmeralda.

    Era uma criança realmente linda e carismática. Crescida, já gostava de correr pelos campos, visitar os açudes e praticar pescaria, brincava com filhos de empregados, sempre acompanhada de suas cuidadoras, supervisionadas por sua exigente mãe.

    O pai, pouco do seu tempo lhe dedicava atenção, sempre comprometido com as lidas e os intermináveis problemas para administrar. Com aquele mundo de terras plantadas e tanta gente que ali trabalhava, não lhe sobrava tempo.

    A menina crescia enquanto o tempo passava. Tão rápido, e Esmeralda já era moça feita. Quando nasceu, seus pais já não eram tão jovens.

    Criou-se acreditando que seu pai era um deus naquela região. Um homem respeitado por todos, dominador e autoritário, severo com seus empregados, era rigoroso com o que entendia ser o certo. Começou a despertar estranheza à filha quando vieram os primeiros sinais de cansaço, ele adoecia com facilidade e já não era tão autossuficiente, seguidamente dependia de pessoas próximas e não mais passava a mesma segurança e respeito como antes.

    Esmeralda aos poucos foi envolvendo-se nos assuntos administrativos da fazenda, se fazia necessário auxiliar o pai. Era vigorosa e, aos poucos, ainda bem discretamente, provavelmente sem nem perceber, seguia os passos do pai.

    Sofreram um inesperado golpe, que tremeu ainda mais a estrutura da família: já fazia um bom tempo que a mãe andava cada vez mais pacata e silenciosa, e há muito não mais interferia nos assuntos do dia a dia como era de hábito. Em uma daquelas noites, recolheu-se para seus aposentos, de joelhos rezou para a santa de sua devoção, logo após, lentamente, dirigiu-se até sua cama, deitou e acomodou-se, e serenamente adormeceu. Diferentemente das outras manhãs, naquela sua mãe não despertou.

    Com a mesma aparência tranquila dos últimos dias, ela então se despediu desta vida, sem sofrimento nem dor, deixando a saudade e um vazio para a filha, nada além disso. Esmeralda já tinha idade, corpo e responsabilidades de uma pessoa adulta, porém nunca recebeu de sua mãe nenhuma orientação de que um dia se tornaria uma mulher, tampouco como tudo iria acontecer ou o que fazer quando o amor despertasse dentro do seu peito. Para isso, contou com suas mães de criação, sempre muito cuidadosas, não lhe deixaram faltar apoio nem orientação, mas muitas vezes Esmeralda se parava a pensar, gostaria de ter recebido de sua mãe legítima tantas daquelas orientações… Por que não as teve?

    Para ela, tudo estava acontecendo muito tarde, era adulta e até há pouco era tratada como se fosse uma criança. Não tinha se dado conta disso até então, encontrava-se muitas vezes perturbada, por não saber como proceder em muitas das novas situações com as quais se defrontava. Contava com o apoio da mais dedicada de suas mães, que não media esforços para ajudá-la, apesar de ser uma mulher já idosa e de pouca ou quase nada de instrução, usava toda a sua experiência e bondade para ajudar aquela pobre menina e era incansável em lhe passar os bons ensinamentos que tinha.

    — Minha filha, não se perturbe tanto, você nunca está sozinha, o nosso bom Deus só dá a cada um o fardo no tamanho que possa carregar, você pode até não ver, mas Ele está sempre do seu lado, te ajudando, e diz o tempo todo o que você deve fazer, você só precisa escutar e entender o que Ele está te dizendo.

    — Obrigada, Anastácia, minha mãe querida, não sei o que seria de mim sem você.

    — Não fale bobagem, eu sou só uma velha burra, que já ganhei a felicidade só de te ver crescida e ficar um mulherão feito você, agradeço por você ter cruzado meu caminho e trazer tanta felicidade para a minha vida, do contrário eu já teria morrido, trabalhando que nem um animal neste mundo de mato aqui. Escuta, minha menina, você vai escrever o seu destino, procura ser aliada do bem, pois o mal não vai te dar sossego e a maldade não é boa companhia para ninguém, o que você plantar você vai colher, por isso escolhe bem as suas sementes, porque elas vão cobrir o caminho que você vai trilhar daqui para frente.

    — Anastácia, estou com tanto medo…

    — Não tenha, agora é tempo de ter coragem, você tem um caminho comprido pela frente, está deixando de ser criança, logo, logo vai ser uma mulher, e não está muito longe de você deixar de ser a filha do dono para virar a dona desta fazenda. Não tenha medo, tenha fé, o nosso bom Deus não vai te abandonar, cada coisa a seu tempo e tudo vai dar certo. Assim é a vida, minha filha.

    — Tá bom, pode deixar, não vou fraquejar, o meu medo é porque não sei o que vem pela frente, mas serei forte. A propósito, veja o que precisamos comprar, iremos à cidade em pouco tempo e você vai comigo, vou pedir ao capataz para que prepare os cavalos e a carroça.

    — Vamos de novo na cidade? Mas hoje não é dia das compras.

    — Não faça perguntas, vamos logo, Anastácia, não quero que fique tarde.

    — Você não está arrumando pretexto só para ver aquele moço que anda arrastando a asa para o seu lado, não é…?

    — Do que você está falando? Que moço, que asa…?

    — Você sabe muito bem de quem eu estou falando, aquele moço da Fazenda Pedroso, que sempre puxa conversa com você na cidade e te ajuda com as sacas de semente.

    — Ora, Anastácia, você está falando do Romero, ele é apenas um amigo. Mas é verdade, gosto da companhia dele, não conte nada para o papai. Anda, vai logo, temos de chegar cedo.

    Esmeralda ainda não sabia, mas logo iria descobrir que seu coração estava permitindo que ela se apaixonasse por aquele jovem rapaz, um moço de boa família, proprietários de uma modesta fazenda nos arredores.

    Naquele dia, em sua visita à cidade, não o encontrou, e voltou para casa um tanto decepcionada e pensativa, estranhamente sentia falta de vê-lo, como se fosse alguém da família, mas afinal o conhecera há tão pouco tempo… Voltaria outro dia à cidade, quem sabe teria mais sorte dessa vez e o veria.

    Aproximando-se de casa, escutou um barulho, alguém mais estava chegando à propriedade às pressas. Era um dos empregados acompanhado do médico, que havia ido buscar.

    — O patrão não está nada bem — disse ele ao cruzar por Esmeralda em direção a casa.

    Tão logo o escutou, ela também saiu às pressas para encontrar o pai. Ao chegarem ao quarto onde ele estava, deitado e calado, parecia adormecido, na verdade estava imóvel, para minimizar a dor que sentia com o movimento de seu corpo.

    Examinado e medicado, ficou aliviado, e a filha também. Teve medo de perdê-lo, mas o médico o alertou de forma que Esmeralda também entendesse:

    — Agora está tudo bem, mas ele não tem mais saúde para trabalhar desse jeito, tem que se cuidar um pouco mais, evitar tanto esforço e tomar os remédios direitinho. Se fizer isso, vai ficar bem. Agora ele vai dormir um pouco, depois dê alguma coisa leve para ele comer, canja ou algo do tipo, está bem? Vou indo, qualquer coisa me avisem.

    — Obrigada, doutor, pode deixar, vou cuidar dele direitinho, mas o senhor sabe como ele é, não adianta falar…

    No dia seguinte, ao amanhecer, Esmeralda levou o café ao quarto do pai, e ficou surpresa: ele já estava de pé e vestindo sua roupa.

    — Não vou tomar café na cama, eu não estou doente, pode servir lá na mesa, eu já vou.

    — Mas, pai, o doutor disse que o senhor tinha que descansar.

    — Eu já estou bem, não se preocupe, e depois, eu não posso largar a fazenda por conta, senão já viu, né…?! Vira uma bagunça.

    Esmeralda não tinha autoridade para descumprir a determinação do pai, não lhe restava nada a fazer senão acatá-la, e assim o fez, mas também ficou feliz ao ver que ele estava bem, e a rotina foi retomada.

    Dois dias depois, um cavaleiro aproximou-se da casa, procurando por Esmeralda. Logo uma das mulheres foi chamá-la.

    — Tem um moço aí, quer falar com você.

    — Quem é?

    — Não sei.

    — Tá bom, diga que já vou.

    Esmeralda ficou surpresa e curiosa, se apressou e encerrou sua lida, retirou o avental que usava, lavou ligeiramente as mãos e o rosto e ajeitou um pouco os cabelos. Então, dirigiu-se até a frente da casa para ver quem a procurava. Foi surpreendida por uma mistura de sensações: era Romero, montava um cavalo grande, todo preto e bem encilhado. Desmontou assim que a viu e, com educação, retirou seu chapéu da cabeça, se aproximou e a cumprimentou com cordialidade.

    — Bom dia, senhorita! Me desculpe a intromissão, eu não quero atrapalhar a moça, mas soube que seu pai não anda bem de saúde e outro dia você perguntou por mim na cidade. Quero que saiba que fiquei muito feliz por lembrar de mim e estou pronto para lhe ajudar no que você precisar.

    O rapaz encerrou seu repertório, que com certeza foi muito ensaiado até recitá-lo, e esperava alguma reação da parte de Esmeralda. Não houve, somente o silêncio de uma figura estática e sorridente, então ele complementou:

    — Bom, era isso, até mais ver, então.

    E preparou-se para retomar sua montaria, quando ouviu:

    — O moço aceita um suco de limão, antes de pegar a estrada?

    Era Anastácia, estava na varanda e observava a cena.

    — Se não for incômodo, eu aceito, sim, e fico agradecido.

    Esmeralda estava confusa com a visita inesperada e não sabia direito como se comportar, mas tão logo tentou se recompor.

    — Me desculpe, é claro, você não quer entrar um pouco, enquanto toma o suco?

    Antes mesmo que o rapaz respondesse à pergunta, Anastácia interpelou:

    — É melhor o moço tomar o suco dele aí fora mesmo, seu pai não vai gostar nada de estranhos na casa quando ele não está. Eu vou buscar o suco.

    Romero concordou.

    — Sim, ela está certa, e também tenho que cuidar da lida, só vim mesmo para te ver e te oferecer minha ajuda, para quando precisar.

    — Obrigada, Romero, fico muito agradecida a você.

    Romero aproveitou a deixa e seguiu:

    — A propósito, mesmo que não precise de mim, gostaria de te ver, de vez em quando, acha que posso? Se você concordar, é claro.

    — Sim, é claro, amanhã mesmo vou precisar ir à cidade, tenho de fazer compras, irei à tarde, se estiver por lá, por certo nos veremos.

    Anastácia já estava de prontidão, entregou ao rapaz o copo com suco e se afastou um pouco. Ele o segurou e o bebeu todo, sem pausa, e devolveu o copo para Esmeralda.

    — Obrigado, senhora, estava muito gostoso, que Deus lhe abençoe.

    Sem muito rodeio, Romero montou em seu cavalo, o animal deu um giro em frente a elas, mas logo foi controlado, e, com um último olhar na direção de Esmeralda, ele saiu a galope pela estrada afora.

    Esmeralda, parada, ficou a observar o jovem, até que a vista não mais o alcançasse, baixou a cabeça e olhou para suas mãos, segurava o copo vazio, e lentamente o levou até sua boca.

    — A menina está com sede? — perguntou Anastácia, assustando a distante Esmeralda.

    — Não… Eu só estava distraída.

    — Sei… E tem que comprar o quê amanhã na cidade?

    — Isso é com você, Anastácia, veja o que falta, compraremos amanhã e você vai comigo.

    Dito isso, ela voltou para seus afazeres, visivelmente com muito mais disposição, não conseguia esconder sua euforia e o sorriso no rosto.

    No dia seguinte, para ela, nunca uma manhã havia demorado tanto tempo a passar, mas enfim já era meio de tarde e lá estava ela, pronta para as compras.

    — Vamos, Anastácia, rápido, já estamos atrasadas.

    — Calma, estou indo… O quê?! E você vai à cidade com essa roupa da lida? Vai para o seu quarto agora e bota o vestido que deixei pronto em cima da sua cama, vai logo, não tenho mais idade para andar correndo por aí com pressa.

    — Obrigada, Anastácia, está certo, já volto.

    Na euforia e ansiedade para encontrar-se com o rapaz, nem se deu conta de melhorar seu visual, eram ainda sinais de sua inexperiência para encontros, mas certamente ela começaria a mudar e logo ela mesma se daria conta disso.

    Quando voltou do quarto, estava diferente, e bem mais alinhada.

    Saíram as duas, subiram na carroça e se foram.

    Na cidade, Esmeralda comprou botas e sandálias novas, um chapéu novo para seu velho pai e um vestido para ela, enquanto Anastácia se encarregava de separar alguns mantimentos para casa.

    — Boa tarde, como vai, Esmeralda?

    Era Romero, acabara de entrar no armazém.

    — Oi, Romero, não o percebi quando chegou, boa tarde.

    — É, cheguei agora, vi sua carroça ali em frente, vejo que está fazendo compras, posso te ajudar com os pacotes?

    — É claro, obrigada, mas não quero te causar transtornos.

    — Não vai, não farei compras, vim mesmo à cidade porque queria vê-la de novo, espero que isso não a incomode.

    — Não…

    Sem jeito, demonstrando timidez, Esmeralda ficou por alguns instantes sem saber o que fazer, mas logo se restabeleceu. Entendeu que um sentimento novo estava despertando dentro de si, e estava gostando daquela mudança e da companhia de Romero.

    Conversavam sobre suas responsabilidades e atribuições em suas terras, e também sobre as coisas que mais gostavam, assim como o que costumavam fazer no dia a dia. Romero ficou surpreso, pois Esmeralda praticamente não saía da fazenda, exceto para ir à cidade local de vez em quando, nunca andou de trem ou foi a uma outra cidade nem aos locais nos arredores, mal ouviu falar da capital ou que existisse uma sociedade que administrava o país como um todo, um ministério e um presidente, pequena noção do paradeiro dos produtos cultivados em suas terras e seus fins, era inteligente, porém tinha pouca informação sobre o mundo fora da fazenda onda morava. Era uma moça linda, trabalhadora e animada e, mesmo não sabendo, tinha muito potencial. Romero ficou ainda mais envolvido por ela e sentiu que ele com certeza seria o homem certo para Esmeralda, cabia-lhe fazer com

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