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Marcas Do Passado
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Marcas Do Passado
E-book223 páginas3 horas

Marcas Do Passado

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Sobre este e-book

Mary sabe que se tornou amarga depois de uma grande desilusão amoroso, se distanciou das pessoas por que sente dificuldade em confiar novamente em alguém. Anos se passam Mary está em uma grande corrida de caridade e sua vida muda mais uma vez... Um atentado que a faz perder não somente os poucos amigos que conquistou como o restante de confiança que tinha. Decide voltar para casa onde vê seu passado voltar a persegui-la. John segue atrás de seus sonhos, mesmo assim metade de seu coração ficou preso ao passado, a mulher que magoou para poder seguir em frente. Agora tantos anos depois ao entrar no bar ele a vê e tudo o que um dia sentiu volta à tona para mostrar que jamais a esqueceu. Porém, ela o odeia o que poderá fazer para mostrar que ainda a ama como no primeiro dia?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de abr. de 2020
Marcas Do Passado

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    Marcas Do Passado - L.kiehl

    E o amor não é então uma doce loucura? Que nos marca eternamente sem que estejamos preparados para isso. Marcas essas que resistem ao tempo, a distância e muitas vezes a ausência. Já amei alguém assim uma vez...Sei com toda certeza que jamais vou amar qualquer outra pessoa, mesmo que não admita isso nem mesmo a mim.

    Capitulo 1

    Mary

    Minha vida sempre teve altos e baixos constantes, uma verdadeira montanha russa de acontecimentos e sentimentos, era como se todas as vezes que eu pensasse agora vai, a vida me olhasse e dissesse vai onde sua louca? Mas, brincadeiras à parte, a calmaria deveria ter denunciado que uma imensa tempestade estava prestes a acontecer, mas me deixei iludir pensando que ao menos uma vez as coisas seguiriam para mim de forma tranquila e natural, diria que até mesmo entediante. Doce engano...

    Anos atrás...

    Sei que deveria começar minha história muito antes do que pretendo aqui... Como sempre se começa mesmo? Com um era uma vez? Não clichê demais... Talvez contando tudo de uma vez? Não... Como vou contar se nem confio em você ainda? E confesso tenho sérios problemas de confiança. Vamos aos poucos e conforme as coisas forem se desenrolando vou confiar a você minha história completamente.

    Mas, o que precisa saber neste momento é que eu venho de uma cidade pequena, não, volte aqui... Está enganado eu não odeio minha cidade, pelo contrário amo demais. Ela é linda tem uma praia encantadora, minha família é simples não temos grandes posses, porém nunca me faltou nada sempre me considerei uma pessoa feliz.

              Sabe aquela cidade onde todos se conhecem? Pois, é aqui é assim mesmo todos se conhecem, e sabemos da vida um do outro sem nem fazer esforço. Mas, nunca senti como se fosse uma invasão a minha privacidade afinal não tendo nada a esconder. Nenhum segredo obscuro que deseje esconder de todos. Minha vida é comum acredito que exatamente como a sua, como eu disse antes cheia de altos e baixos. Porém, gostaria mesmo de te contar como são as coisas por aqui.

              Bom meu pai tinha um bar o Charllote’s ele deu esse nome em homenagem a minha mãe. Eles viveram a vida toda aqui, nasceram cresceram, estudaram juntos, e se casaram logo depois do segundo grau. E por mais que ame esse lugar e entenda amo mesmo, nossa cidade era pequena demais para alguns dos meus sonhos, então decidi que era hora de alcançar o mundo, ir ao encontro do desconhecido, provar o que mais pode existir e se não desse certo sei que posso voltar. Precisava voar como diria minha mãe se ela estivesse aqui. Sim ela morreu...

              Longa e triste história contarei mais para frente. No momento tudo o que precisa saber é que ao meu ver nada mais me prendia aquele lugar. Eu não tinha namorado, não tinha mais minha mãe, e meu pai sempre disse que eu era grande demais para ficar presa ali, sempre me incentivando a desejar por mais e como poderia ser diferente? Sabia dos meus sonhos, dos meus desejos de me formar e viver em uma grande cidade. Então, além dele não havia nada que me prendesse, ao menos não mais penso, e a tristeza me atinge.

    Foco Mary, não é hora de ficar divagando sobre passado... Bom, voltando meu pai sempre me apoiou em tudo como disse, um pai de verdade desejando que tivesse asas.

    - Mary essa cidade é pequena demais para você, eu sempre soube disso, vá voar meu anjo, conquiste o mundo. Estarei aqui se precisar. – me disse ele talvez sentindo minha insegurança em deixá-lo para trás de qualquer forma afinal era difícil me desprender completamente, desde que mamãe se fora éramos os dois contra o mundo. Mas, ele me fez ver continuaria sendo assim, a distância jamais mudaria isso.

    E eu fui, fazer faculdade de administração, foram quatro anos de muito estudo e dedicação. Me formei com louvor a melhor da minha turma, comecei a trabalhar em uma grande empresa, ganhava bem, em muito pouco tempo conquistei mais do que sonhei. Fiz uma pós graduação e um mestrado seguidos. Não me sobrava muito tempo para nada, mas só pensava ser um investimento em meu futuro.

    Dois anos depois de me formar e mesmo ainda estudando já tinha minha casa, comprada com o meu dinheiro. Uma linda, enorme e moderna casa como sempre desejei, gostava dela mesmo que pouco ficasse ali na verdade... Me parecia que faltava alguma coisa, sempre que chegava em casa me sentia vazia, sozinha.

        Diferente da escola, na faculdade conquistei amigos alguns permanentes e que ainda mantinha contato outros nem tanto, agora no trabalho também tinha amigos, poucos era verdade, mas tinha o que já era um grande feito ao meu ver. Nunca tive muito jeito com as pessoas, era uma nerd de carteirinha e minhas habilidades sociais eram bem pequenas.

    Mas, gostava de pensar que controlava a minha vida, ou na verdade, tinha a ilusão de que possuía controle e gostava assim. Sempre criava uma meta e a atingia com brilhantismo, mas aprendi de um jeito cruel que não podemos planejar tudo, que muitas coisas fogem ao nosso controle. E foi ai que tudo mudou... O dia negro em minha vida aconteceu.

    Capitulo 2

    Mary

    Haveria uma corrida beneficente para crianças com câncer. Meus amigos me convenceram a ir com eles, nem gostava tanto assim desse tipo de coisa, não me entenda mal apoio causas nobres e nada é mais nobre do que lutar contra o câncer ainda mais o infantil. Mas, não é para mim ir a um evento público que seria televisionado, que teria uma enorme atenção da mídia. Não gosto de aparecer, de ser vista, ou estar em destaque. E não se esqueça trabalho para a maior firma de uma grande metrópole então obvio seriamos alvos dos jornalistas.

    Mas, meu chefe era fã dessas caminhadas e corridas em prol a alguma causa, um homem rico e filantropo com um coração enorme e que eu realmente admirava e foi por isso acima de tudo que escolhi trabalhar para ele. Sim quando me formei tive várias propostas em aberto, pude escolher onde trabalhar, mas escolhi ir com Arthur por que ele era mais do que um administrador magnífico com uma mente brilhante e visão incrível. Arthur era uma pessoa bacana, com um coração enorme e o admirava muito.

    Tanto quanto ele investigou minha vida ao me oferecer um cargo de confiança em sua empresa eu fiz o mesmo, investiguei que tipo de pessoa seria o meu primeiro chefe. Acabei descobrindo que ele era um homem muito família, dedicado ao seu trabalho e também a tudo aquilo que julgava importante. Sabendo o que passei com minha mãe, sim ela morreu de câncer como disse longa história contarei isso mais a frente. Fato ele gostava de minha companhia, maluquice eu sei afinal sou no mínimo chata, porém também gostava da companhia dele era como ter meu pai por perto, então usou toda a minha história e sua influência para me convencer.

    E lá fui eu para agradá-lo, como disse era uma boa pessoa, entendia sua gana de ajudar o mundo. Era como se ganhar muito dinheiro fosse apenas para isso, ajudar a todos que pudesse. Sempre fazia tanto por mim, confiara cegamente em mim quando tudo o que eu tinha a lhe oferecer era um diploma e uma promessa de me dedicar ao trabalho dando tudo de mim. Claro que cumpri minha promessa, era a primeira a chegar a última a sair, mesmo quando emendei pós graduação, doutorado e tudo mais nunca cheguei atrasada, nunca faltei nem quando estava doente. E sabe o que ele me disse uma vez?

      - Sabe Mary, você sem dúvida nenhuma é minha melhor funcionária... É a filha que desejei tanto ter e não consegui. – disse uma vez me vendo trabalhar depois do expediente, vi apenas o vulto passar por minha sala e voltar, me olhou um pouco desolado – Mas, a vida não para por que não estamos prestando atenção a ela. E a vida está acontecendo agora enquanto está aqui trabalhando sem dar a atenção que ela merece.

              - Eu... – não sabia o que lhe dizer e Arthur pareceu entender e sorriu.

              - Sim, eu entendo Mary. Teve uma séria desilusão isso a marcou para sempre. – eu ira perguntar como ele podia saber, mas ele sorriu e respondeu – Simplesmente sei. Mas, menina aceito o conselho deste velho que poderia muito bem ser seu pai. O trabalho é importante, mas não pode ser uma fuga. A vida merece ser vivida de forma completa.

              E foi embora, refleti muito sobre isso. Mas, não podia ainda me dar ao luxo de viver minha vida como eu gostaria.

              Eu não sabia bem o que ele desejava me dizer de verdade com tudo aquilo, estava vivendo, do meu jeito. Escolhi ser assim, e estava feliz. Mais do que poderia descrever em palavras e mesmo assim sentia um buraco em meu peito como se faltasse realmente alguma coisa. Era interessante como Arthur parecia perceber isso enquanto eu não queria acreditar.

    Então voltando a seu pedido para participar da corrida... Não poderia negar um pedido tão simples como aquele, meu chefe Arthur desejava que todos da empresa participassem da corrida pela cura do câncer infantil. Ele sabia da publicidade em cima de nós e contava com isso para conseguir doações para o instituto das crianças.

    Sem dizer que um grupo unido mostrava a força de sua equipe. E apenas topei como poderia dizer não? Quando chegamos vi a sua esposa Amara, linda mulher beirando os 50 anos, um sorria para o outro com verdadeira adoração. E naquele momento eu soube o que faltava em minha vida... Amor. Mas, não queria isso então apenas afastei a ideia idiota para longe e recebi o abraço caloroso de Amara.

    E tudo começou tão bem, animado e divertido, cada um com o seu grupo de amigos, muitas famílias ao longo do percurso incentivando os corredores. Crianças felizes apesar de sua doença, lutando pela vida, cheias de vontade nos motivando a sorrir, pois se elas sorriam com toda a dor que suportavam por que o restante do mundo não? Nos fazia ver o quão pequenos somos e que os nossos problemas por piores que possam parecer não são nada quando se está lutando pela vida.

    E eu pensava como foi bom ter vindo, como aquilo era motivador ajudar as crianças, mostrar nosso apoio era importante para elas saber que estaríamos ali por elas. Muitas delas ali em suas cadeiras de rodas, mostrando-se felizes por estarem vivas, dando valor a cada segundo de vida que tinham sem saber quando seria o último. Me senti feliz como a muito tempo não me sentia, me fez ver como a vida era preciosa.

              Na verdade me fez lembrar, afinal um dia vi alguém muito amado nessa mesma luta. Minha mãe, não pode resistir, ela lutou com bravura, mesmo assim a doença a venceu. E como aquelas crianças não houve um único dia em que ela não sorriu.

    Mas, como tudo de ruim sempre acontece de repente, sem que estejamos preparados, foi assim em um momento como outro qualquer e tudo mudou. Foi pouco depois do começo, nosso grupo estava animado, estávamos juntos com algumas crianças que Arthur apadrinhava e lembro de ter ouvido alguém gritar...

    Uma fralde a mais do governo. Tentar curar o câncer que eles mesmo criam.

    Houve um tumulto que nos fez parar. Lembro de sentir uma sensação ruim, um frio subindo pela minha espinha, lembro de algo chamar a minha atenção no meio da multidão, um homem olha direto para mim e sorri de um jeito enlouquecido, sinto que algo está errado e depois há um enorme clarão.

              Tudo depois foi uma enorme bagunça, o cheio de queimado, os gritos, a fumaça. Eu tentava entender o que estava acontecendo, sentia uma dor gigantesca tinha alguém em cima de mim e não conseguia me mexer para ver o que doía. Vejo olhos vítreos, me olhando de volta e entendo uma bomba isso que aconteceu, aquele lunático tinha explodido uma bomba no meio de um monte de gente. Sinto o cheiro do sangue, as sirenes, mas o pior de tudo era os olhos mortos que me olhavam como se dissessem que eu seria a próxima.

    Acordei uma semana depois, com meu pai ao meu lado, a cabeça confusa não conseguia falar. Mal acreditei quando notei que estava muito ferida, mas viva. As imagens ainda eram confusas, iam e vinham, eu não queria lembrar, mas tão pouco conseguia esquecer.

    O médico e meu pai explicavam o que tinha acontecido. Uma bomba. Foi tudo o que precisou para mudar minha vida completamente. Perdi muito aquele dia, amigos, meu chefe, minha vida jamais seria a mesma eu sabia muito antes que sequer me contassem.

    Foram meses de tratamento e recuperação, claro eu não iria desistir, mesmo que a noite em minha cama quando estava sozinha chorasse até cansar, e uma vontade enorme de pular pela janela me oprimisse, não iria deixar que me vencessem. Quem me olhasse não saberia de nada, não fiquei com sequelas em meu rosto, não precisei de cirurgia plástica, uma única cicatriz pequena no supercílio e apenas isso.

    Mas, havia sim uma grande e irremediável mudança, minha perna esquerda se fora do joelho para baixo. Não é grande coisa pensei a princípio, afinal hoje em dia as próteses são boas mesmo que caras. Isso não me importava, mas saber que para eu estar viva tantos outros morreram isso doía muito mais. Só sobrevivi por que Arthur meu chefe estava na minha frente recebeu todo o impacto, ele morreu não resistiu aos ferimentos e o seu corpo foi o que me protegeu dos danos maiores. Era o seu peso em cima de mim quando acordei aquele dia, foi o que me protegeu da morte.

              Amara sobreviveu assim como eu, teve alguns ferimentos nada muito grave por que estava do outro lado foi arremessada, mesmo assim via em seus olhos que preferia ter morrido com seu marido a estar passando por isso tudo sem ele.

    Meu pai fez questão de pagar pela prótese, eu tinha o suficiente, mesmo assim não foi necessário ele já tinha providenciado tudo e poderia levar uma vida normal disse o médico.

    Certo é verdade não é grande coisa, estou viva, muitos perderam suas vidas aquele dia. Repetia isso todos os dias como um mantra para me forçar a acreditar.

    Famílias inteiras destruídas. Crianças que já lutavam para sobreviver, não tinha sequer o direito de reclamar. Tive sorte era o que dizia a mim mesma, mas o difícil era fazer minha mente acreditar nisso, não era a primeira vez, mas parte de mim se foi, morreu aquele dia.

    Sim, é impressionante como ao longo da vida, dos acontecimentos podemos sentir que somos despedaçados e remontados novamente. Perdemos parte da nossa essência ou ao menos parte da inocência, e apenas rezo para que isso não acabe comigo de um modo permanente, que não me feche completamente, depende apenas de mim sei bem disso e mesmo assim sequer á fácil continuar.

    Tentei voltar ao trabalho, mas cada barulho, cada olhar diferente, cada amigo que não estava ali e eu via seu lugar vazio, escutava o eco de suas risadas, via as suas últimas imagens repassando em minha mente insana e isso fazia meu coração acelerar. Diagnostico transtorno pós traumático. Jura quem poderia imaginar? Até ficar sozinha em casa me deixava com uma angustia sem igual, se não podia trabalhar e nem ficar sozinha o que ia fazer com a minha vida?

    Claro que voltei correndo para casa, com o rabo entre as pernas. Meu pai não encarou desta forma, nada disse sobre isso, mas confessa que fica aliviado em saber que estou por perto. Ele me deu todo o tempo que precisava para curar minhas feridas. Primeiro apenas fiquei trancada em meu quarto, depois quase coloquei a casa a baixo fazendo reformas e mais reformas, e por último me agarrei a trabalhar no bar com ele.

    E em nenhum momento meu pai ficou bravo ou gritou, ou sequer me contestou, em todos os momentos esteve ao meu lado me apoiando o que acabou facilitando o processo de cura. Como se soubesse que precisava apenas de tempo, e espaço para lidar com as merdas da minha cabeça.

    Não estava sozinha era assim que devia me sentir, não havia apenas meu pai, Lívia amiga de minha mãe sempre em todos os momentos esteve ao meu lado, fosse para segurar em minha mão, para chorar comigo, para me fazer rir, para me fazer forte. Assim como minha mãe teria estado se pudesse. E afinal ela foi minha mãe mesmo desde que Charllote nos deixou.

    Meu pai... Sorrio ao pensar. Todas as vezes que me olho no espelho ele aparece do nada dizendo que ainda sou a garota mais linda que ele já viu.

    -Depois de sua mãe é claro.

    Sempre diz antes de sair, Mamãe morrera quando eu era criança, câncer acho que foi por isso que aceitei ir naquela corrida, aliás acho não tenho certeza. Câncer no sangue, um mieloma múltiplo muito agressivo, eu tinha apenas doze anos, e fiquei com ela todos os dias, sei que por ela tenho de enfrentar. Afinal minha mãe nunca desistiu, nunca reclamou, nunca chorou mesmo diante da dor, mesmo quando recebeu sua sentença de morte.

    Uma guerreira até o final, e confesso eu ainda precisava tanto dela, ainda havia tanto a ser dito, tantas coisas que devia me ensinar. Ela sempre foi um exemplo e sofreu de verdade podia ver em seus olhos a dor, mesmo quando ela não queria deixar transparecer a conhecia bem demais para não perceber, por tudo isso não era justo que eu choramingasse por perder a perna enquanto ela perdeu a vida.

    Agora anos se passaram, me sinto mais forte, já consigo ajudar meu pai no bar. As pessoas ali não me olham com pena, não me tratam diferente e aquela sensação de pânico já não oprime mais meus dias. Começo a ver uma luz no fim do túnel. Mas, a calmaria não iria durar já deveria saber como disse antes, na minha vida tudo sempre é uma montanha russa e a calmaria nunca durava por mais que uma subida.

    Capitulo 3

    John

    Eu acordo no hospital, estou vivo e mal posso acreditar. Me lembro quem sou infelizmente... Meu nome é John e sou o outro narrador, a outra metade desta história. Não você nem imagina onde isso vai parar. Diferente da Mary não pretendo contar tudo. Vou começar daqui e já digo não sou tão bom quanto ela nisso.

    É bem provável que me odeie assim que saiba da verdade, por que não sou o bom moço, não sou sequer bom. Sou apenas um idiota que sempre joga tudo que tem de melhor na vida fora como se nem ao menos importasse. Eu me importo, mas sou bom em fazer todos acreditarem no contrário então com você não será diferente tenho certeza.

              Voltando ao hospital... Olho ao redor procurando saber o que houve, como vim parar ali? Cadê os outros? Mas, não há mais ninguém e eu sei disso as memorias voltam com tudo e me lembro estão todos mortos. O ataque foi premeditado eu o revivo desde o momento em que fomos capturados, uma

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