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Socorro, Estou Em Apuros!: O Que Fazer Quando Seu Maior Inimigo É Você
Socorro, Estou Em Apuros!: O Que Fazer Quando Seu Maior Inimigo É Você
Socorro, Estou Em Apuros!: O Que Fazer Quando Seu Maior Inimigo É Você
E-book88 páginas1 hora

Socorro, Estou Em Apuros!: O Que Fazer Quando Seu Maior Inimigo É Você

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Sobre este e-book

O que você faria se tivesse a oportunidade de recomeçar sua vida do zero, após cometer os piores erros? Será que uma chance seria suficiente para reescrever sua história?
Loly, uma mulher cheia de conflitos e culpas, está constantemente em busca de sua identidade. Suas escolhas passadas deixaram marcas profundas em sua vida. A cada tentativa de mudança, o peso de seu passado a puxa para trás, impedindo-a de abraçar o que é bom.
No meio de seus conflitos internos, Loly se vê diante de uma escolha: colocar um fim em sua triste história ou ficar presa a ela para sempre. Ela, no entanto, não esperava por uma última chance. Descubra como Loly chegou a esse ponto e como reagiu diante de uma oportunidade sobrenatural que poderia mudar sua vida. Prepare-se para ser impactado com sua história.
Esta obra é um romance emocionante, que mistura drama e fantasia. Com um público-alvo adulto, esta envolvente narrativa leva o leitor a refletir sobre as segundas chances na vida e a busca pela redenção.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento25 de ago. de 2023
ISBN9786525457451
Socorro, Estou Em Apuros!: O Que Fazer Quando Seu Maior Inimigo É Você

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    Socorro, Estou Em Apuros! - Eunice Rimo

    1 - NO ÁPICE DO DESESPERO

    Hoje é dia primeiro de janeiro. Enquanto todos estão ocupados fazendo o planejamento de suas vidas para este ano que se inicia, estou no meio de uma rodovia planejando qual será, exatamente, o meio mais rápido de dar cabo da minha vida.

    É isso mesmo! E não adianta tentar me convencer do contrário. Já venho tratando com psiquiatra há anos e todas as sessões e medicações me levaram a lugar nenhum. Só de pensar que não tem como apagar tudo o que fiz e que vivi, o que provoquei aos outros e muito mais a mim, me faz sentir dentro de um novelo, no qual já tentei achar a ponta por diversas vezes, porém sem sucesso. Ainda que todas as pessoas do mundo me perdoassem e me dessem uma nova chance, não acho possível um recomeço. E ainda que fosse, tenho medo de errar tudo de novo.

    Eu sei que você vai fazer de tudo para me convencer que o melhor é não desistir e tentar de novo, mas não quero que me leve a mal. Já estou saturada de bons conselhos que nunca levam ninguém a uma solução. E, de mais a mais, o que você sabe sobre mim? Absolutamente nada! Será que se tivesse vivido tudo que vivi e cometido as mesmas loucuras, seguiria os conselhos que você tem a me dar?

    Será que sua receita de bolo funcionaria, ou você é uma daquelas pessoas boazinhas e certinhas, que guardam a receita naquela paginazinha amarelada de tão velha, para uma ocasião especial que até hoje não aconteceu?

    Perdoe-me! Novamente, não me leve a mal! Você foi tão atencioso(a) ao abrir este livro, lê-lo e se dispor a me ajudar a encontrar uma solução, e agora que ganhei sua atenção estou te enxovalhando de críticas e ofensas. Perdoe-me! Tente entender que estou confusa! Tenho tantas coisas para consertar em minha vida, mas não me sinto capaz. Afinal, as coisas não se estragaram de um momento para o outro. Demorou uma vida para que eu colocasse tudo a perder e sei que para resolver o que se deteriorou vai ser necessário outra.

    Agora você entende porque é mais fácil dar cabo de tudo ao invés de insistir naquilo que já começou errado. Não tenho mais força. Não tenho mais disposição. Não tenho esperança. Sepultei minha fé na última tentativa. Chorei muito antes de vê-la descer a cova, mas agora a ficha caiu. Não é possível prosseguir sem crer que algo possa dar certo. Por isso estou aqui, à beira de um caminho que nem me interessa saber para onde vai, pois já achei meu destino. Aqui, no local onde estou, tem uma curva fechada e um pouco mais à direita do acostamento, um precipício. Um lugar ideal para realizar meu projeto para este ano. Sei que vou aliviar a vida de muita gente, principalmente as de quem fiz sofrer. Mas não fique apavorado(a). Não vou sair daqui enquanto não contar tudo que aconteceu comigo até o fator que me trouxe neste lugar. Talvez minhas experiências, por piores que sejam, possam lhe ser úteis para que você não termine da mesma maneira que eu.

    Espere só até que eu tome fôlego para começar a contar o que aconteceu.

    2 - MINHA GÊNESE

    Nasci no dia vinte sete de agosto no ano de mil novecentos e setenta e seis, numa tarde fria de outono. Faltavam poucos dias para a chegada da primavera, mas, segundo meus pais, ela chegou mais cedo com meu nascimento. Papai acabava de fechar um belo time de dez filhos, cinco meninos e cinco meninas. Logo que cheguei a casa, meus irmãos — Kelly, Jessy, Linda, Bela, Isack, Jimmy, Johnny, Billy, Lui — cercaram meu berço com olhares curiosos. Não sei se por admiração ou apreensão, pois sabiam que eu seria mais uma tarefa diária nas suas vidas. Para meus pais, tudo estava perfeito, pois sempre encararam os filhos como bênção. Talvez, por isso, decidiram ter tantos. Amavam a todos incondicionalmente, mesmo que alguns de nós não pensássemos assim.

    Apesar dos dez filhos a quem amavam, eles não tinham como dar atenção a todos. Isso sempre foi um favor terceirizado. O maior cuidava do menor. Quando um de nós precisava de um cuidado maior, nossos pais assumiam o comando mais de perto, o que nunca foi sinônimo de falta de amor. Não os culpo por isso, pois sei que fizeram o melhor dentro de suas poucas condições. Não tínhamos muito conforto, mas também não passávamos necessidade. Era o suficiente para viver, ainda que este suficiente fosse vestir e calçar as roupas e sapatos usados que passavam de um para outro até chegar ao mais novo. Nesse caso, em mim. Mas não nos incomodávamos com isso.

    Deus agraciou meus pais com filhos belíssimos. Kelly era magra, clara, olhos verdes, cabelos negros ondulados, lábios carnudos e um sorriso cativante. Foi a criança mais apreciada da família. Jessy assemelhava-se a uma índia: corpo delgado, olhos negros amendoados, cabelos longos e lisos e lábios finos. Linda e Bela eram magras e altas. Faziam jus ao nome, pelo menos exteriormente. Gêmeas de uma beleza idêntica e, ao mesmo tempo, singular, com seus cabelos castanhos cacheados, olhos também castanhos, nariz fino e imponente e lábios bem delineados. Meus irmãos eram tão belos quanto minhas irmãs, mas conseguiam lidar com suas respectivas belezas sem a menor presunção, ao passo que minhas irmãs achavam feio tudo que não se assemelhasse a um espelho.

    Eu me sentia um patinho feio no meio de tanto cisne. Não era de fato uma garota feia, só não me destacava em meio a um

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