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Páginas De Uma História Em Branco
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E-book211 páginas3 horas

Páginas De Uma História Em Branco

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Sobre este e-book

Em seu primeiro dia de aula em sua nova escola do ensino médio, Malu reencontra sua grande amiga Laura e através dela, conhece uma turma muito legal. Juntos irão viver uma série de aventuras e experiências que os transformarão para sempre. Ambientado em Salvador, o romance aborda o universo adolescente de forma intensa e inesperada.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de dez. de 2019
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    Páginas De Uma História Em Branco - Mariana Pinto Brandão Carvalho

    Páginas de uma história em branco

    Mariana Pinto Brandão Carvalho 1ª Edição

    20 19

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998.

    Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida, sejam quais forem os meios empregados, sem autorização prévia por escrito da autora.

    CAPA

    © 2019 by Moisés Brandão Carvalho

    FICHA CATALOGRÁFICA

    (Elaborada por Dourival da Silva Guimarães Sobrinho CRB- 5/1365)

    Carvalho, Mariana Pinto Brandão .

    C331 p

    Páginas de uma história em branco. / Mariana Pinto Brandão Carvalho – Salvador: Editora, 2019 .

    238 p.: Ilus.

    1. Título. 2. Romance. 3. Relacionamento abusivo. 4. Salvador. 5. Amor. 6. Adolescia.

    CDU – 82-3 /49 CDD – B869.3

    DEDICATÓRIA

    Com a publicação deste livro muitas pessoas me vieram na cabeça, como meus pais que sempre estiveram do meu lado pra tudo, minha irmã que me ajudou de todas as formas, meu irmão que mesmo me abusando sempre acreditou em mim, ao meu tio Antônio Neto (e Zara, sua eterna filha), pelo apoiou e oportunidades, além do meu Colégio Marízia Maior por enxergar o meu potencial e me dar todo o suporte. Obrigado a todos que me apoiaram nessa jornada para realizar o meu sonho. Não posso esquecer de você que pegou esse livro, que o achou interessante, talvez pela capa, talvez algum amigo o tenha indicado, não importa, tenho certeza que você não vai se arrepender. Beijos de Luz.

    Mari Brandão

    GLOSSÁRIO DE VERBETES EM REDE SOCIAL

    agr: Abreviatura de agora

    amg: Abreviatura de amigo ou amiga

    aq: Abreviatura de aqui bb: Abreviatura de bebê bjs: Abreviatura de beijos blz: Abreviatura de beleza c: Abreviatura de com cmg: Abreviatura de comigo

    ctz: Abreviatura de com certeza cvs: Abreviatura de conversar d+: Abreviatura de demais dmr: Abreviatura de dem orou dsclp: Abreviatura de desculpa

    fds: Abreviatura de fim de semana

    glr: Abreviatura de galera gnt: Abreviatura de gente kd: Abreviatura de cadê?

    KKK: Significa gargalhada (cá, cá, cá).

    n: Abreviatura de não nda: Abreviatura de nada p: Abreviatura de para

    pdp: Abreviatura de pode pá. Usado para confirmar ou concordar

    pq: Abreviatura de por que

    q: Abreviatura de que

    rs: significa risos, se usado no fim de frases para indicar ironia

    sdds: Abreviatura de saudades tbm: Abreviatura de também tdb: Abreviatura de tudo bem tdb: Abreviatura de tudo de bom tds: Abreviatura de todos

    vc: Abreviatura de você vdd: Abreviatura de verdade vlw: Abreviatura de valeu

    O REINÍCIO

    Fim de férias, as aulas já vão começar. Ei! Vida e novos sonhos pra alcançar. Novo ano começou

    High School Musical. Novo ano começou .

    Parada em frente a sua nova escola, Malu pensava o quanto a fachada de entrada era mais bonita do que na foto que lhe enviaram! Era o seu primeiro dia de aula no Brasil depois que retornou do intercâmbio no Canadá, há uma semana atrás.

    Malu tem 17 anos e 1,56 de altura, negra para alguns, morena para outros e realizada para ela. Alguns amigos a acham nerd ou CDF, mas na verdade ela se dedica muito não só para tratar de assuntos da escola, mas para ler o mundo, como diz um de seus pais. E por falar nisso, ela mora com seus dois pais em Salvador. Você não leu errado, ela tem dois pais que a amam muito, o seu pai Bruno, que segundo ela é muito exigente e mandão, e seu pai Pedro, que é mais o brincalhão e a pessoa com que ela confidencia tudo ou quase tudo.

    Ela nasceu em Santa Catarina, terra do seu pai Pedro, viveu em um orfanato até os dois anos de idade, quando foi adotada por seus pais e veio com eles viver em Salvador, cidade natal de seu pai Bruno, com quem dizem que ela se parece, mas só por que os dois são negros.

    Quando criança, Malu estudava em um colégio pequeno, no bairro da Pituba e foi lá que conheceu Laura, sua melhor amiga. Laura era a aluna mais popular da escola, tinha um monte de amigos, já Malu era justamente o contrário. Mesmo assim cresceu e enraizou uma amizade verdadeira entre elas. Sempre davam um jeito de ficarem juntas conversando, vendo filmes e trocando mensagens em rede social.

    Desde criança tinham o sonho de estudarem juntas no exterior e viver o modo de vida americano. Assim que fizeram 15 anos surgiu a oportunidade de irem fazer intercâmbio no Canadá, mas Laura não pode ir. Naquele tempo os pais dela estavam se divorciando e a mãe disse que ela não poderia mais ir. Malu pensou em ficar e apoiar sua melhor amiga em um momento tão difícil, além disso não se sentia bem em realizar o sonho que era de ambas, não só dela. Mas Laura, chorando e sorrindo ao mesmo tempo, lhe pediu para ir fazer o intercâmbio tanto por si quanto por ela. Então, Malu partiu.

    Entrando em sua nova escola, Malu pensou em como aquele momento seria assustador para ela há pouco tempo atrás. Percebeu o quanto morar sozinha no Canadá, mesmo que por pouco mais de um ano, além de ter sido massa, lhe deixou mais segura e hoje se sentia pronta para experimentar novas aventuras, era como se tivesse dado um restart em sua vida. Apesar de ter consciência de que tudo que viveu até então foi importante pra ela, ao retornar para sua antiga vida em Salvador, queria se permitir começar de uma página em branco onde, de fato, iria escrever a sua vida.

    Logo na entrada viu um aquário com peixes embaixo do piso onde passavam, olhou os peixes e achou engraçado, parecia que estavam andando sobre a água. Seguiu instintivamente o fluxo natural das outras pessoas e se deparou em um amplo salão onde a maioria dos alunos se reuniam. Alguns em grupos, provavelmente, para contar como foram as férias e outros permaneciam sozinhos, ela pensou que, como ela, aqueles devem ser os novatos.

    Se permitiu andar tranquilamente pelo local, sentindo o clima e procurando Laura, sem desespero. Sua amiga, aliás, foi a responsável pela vinda dela para aquela escola. Ela falou tão bem das pessoas, dos professores e do ambiente que deixou Malu ansiosa para conhecer a escola. Foi usando a mesma motivação e entusiasmo que Malu conseguiu convenceu seus pais.

    "Cadê a Laura?", pensou Malu, procurando pela amiga. Não demorou muito e a viu junto com outros alunos sentados em puffs. "Malu, sua bestona! Você viajou por mais de um ano, achou mesmo que sua Laura ia ficar sozinha?", falou consigo, olhando para sua antiga amiga.

    Assim que Laura a viu correu em sua direção gritando, "Maluzinha, Maluzinha sua louca! Senti muita saudade de você, todos os dias. Malu pensou, não é o que parece, e abraçou a amiga, dando beijos uma no rosto da outra e se balançando de um lado para o outro. Vem, vou te apresentar pra galera", disse Laura, puxando Malu pelo braço, fazendo o celular dela cair no chão e abrir.

    "Gente essa é Malu, tipo, minha Best amiga. Essa é Clara, tipo, minha outra Best amiga, que será sua também. Esse é Rodrigo, o galã do grupo. Esse é Fernando, o palhaço e esse é Luís, o fofinho", disparou Laura apontando para cada pessoa tão rápido quanto falava o nome, isto deixou Malu confusa a respeito do nome de cada um.

    Enquanto estava sendo apresentada por Laura, Malu percebeu que o tal Rodrigo não parou de olhar para ela, ao perceber a situação, Laura jogou uma bola de papel na cara dele e fez um não com a cabeça, mas não adiantou, "Malu... Parece nome de cachorro! Desculpe, não pude evitar", disse Rodrigo dando gargalhadas e provocando gargalhadas nos outros rapazes do grup o.

    "Que garoto inconveniente, pensou Malu, virando os olhos para outro lado, tentando disfarçar o incômodo. Clara, percebendo o mal-estar daquela situação, resolveu intervir, oi, Malu! Desculpa o Rodrigo, às vezes ele fala tudo quem vem à cabeça, sem pensar nas consequências. Achei seu nome lindo!. Malu fez uma expressão no rosto para dizer que estava tudo bem, Clara continuou, seu sobrenome é Andrade, não é?, Malu respondeu que sim, menina, seus pais arrasam na decoração. Eu os sigo nas redes sociais. Um dia desse vi uma foto sua com eles em um evento fora do país. Achei massa!", disse Clara batendo palmas e dando um sorrisão, fazendo com que Malu se sentisse acolhida, agradeceu pelo elogio e sentindo um orgulho danado de seus pais.

    "Gente! Acabei de receber uma mensagem, tipo, vai rolar uma festa na casa de Rafaela, disse Laura. Não seria a Rafaela que estudou conosco, né?, perguntou Malu. Ela mesma, Maluzinha respondeu Laura, ela está diferente da Rafa que você

    conheceu Maluzinha. Falando nela...", Laura interrompeu apontando seus os olhos, fixamente, para um lado do pátio, fazendo com que todos olhassem na mesma direção.

    Logo Rafaela se juntou a eles. Pra Malu, fisicamente, parecia a mesma que conheceu na outra escola, a não ser pelo cabelo que, agora, estava em um tom loiro - castanho. Malu estranhou o tamanho da blusa da farda que Rafaela usava, lhe pareceu pequena demais, estava muito justa no corpo, chegando a ficar transparente e mostrar o umbigo.

    Vendo Rafaela se aproximar dela, Malu lembrou do quanto aquela garota a infernizou na escola anterior, espalhando, por pura maldade e preconceito, diversas mentiras a seu respeito. Além de lhe tratar com preconceito, lhe chamado de negrinha ou de macaca, pelos cantos da escola, também vivia falando aos quatro ventos que Malu era lésbica, que nunca a tinha visto com um namorado ou ficante. Várias vezes Malu tentou explicar a Rafaela e a outros que não tinha encontrado alguém que lhe interessasse, mas Rafaela fingia que não ouvia e saia dizendo: "Minha mãe fala que quem puxa os seus não degenera", se referindo ao fato dos pais de Malu serem gays.

    "E aí galera?, Rafaela falou com todos, mas olhava fixamente para Rodrigo, os olhos dela brilhavam pra ele, como os olhos de uma criança que ganhou um l indo presente no Natal. Oi, respondeu Rodrigo, esboçando um leve sorriso. Maluzinha? Meu Deus, você tá muito diferente... Tá mais... como ganhou esse corpo?, Rafaela falava enquanto passava a mão aqui e ali em Malu, depois deu um abraço. Oi, Ra-fa - e-la" respondeu Malu prolongando cada sílaba do nome, imitando o sorrido de Rodrigo e retribuindo o abraço com pequenas tapinhas nas costas dela.

    Malu sentiu um calafrio percorrer o seu corpo enquanto abraçava Rafaela. Lembrou de como odiava aquela menina e que muitas vezes a chamou de praga. Malu sentia que aquela menina acabou com todas as boas lembranças do seu ensino fundamental, desde o primeiro dia em que Rafaela chegou naquela escola tudo mudou. Malu já estudava lá há três anos, mas aquela garota transformou tudo em inferno, a tratando mal ou inventando histórias a seu respeito, tudo por que ela era negra e filha de um casal homossexual.

    "Quanto tempo, Maluzinha?, Rafaela falou olhando nos olhos de Malu, depois se voltou para os demais da turma e disse, Vocês vão pra minha festa não vão? Maluzinha, quero que você também vá, tenho uns amigos pra te apresentar, por falar nisso, não vai me dizer que você ainda é lésbica?", assim que terminou de falar Rafaela deu uma gargalhada que chamou a atenção de quem estava perto.

    "Nunca fui, respondeu Malu, pensando no quanto odiava aquela menina. Ficou um silêncio no grupo, pareceu uma eternidade pra Malu, ela estava visivelmente envergonhada, pensava que deveria ter dado uma resposta mais firme, quando Laura rompeu o silêncio, Rafaela, tipo, que tal você ir embora? Já deu né? Todos nós estaremos lá, disse Laura, se levantando e ficando entre Malu e Rafaela. Que bom!" , pensou Malu, sentindo dentro de si uma tempestade de sentimentos, ódio de Rafaela, vergonha dos outros que observavam, amor e gratidão por Laura. O sinal tocou e todos foram para a sala de aula.

    GAROTOS

    Got boys acting like they ain't seen skin before. Got sent home to change 'cause my skirt is too short

    (Os garotos agem como se nunca tivessem visto pele antes. Me mandaram para casa me trocar porque minha saia é muito curta)

    Melanie Martinez - Strawberry shortcake

    "Ei! Ei, Malu! Passa pra mim uma pesca com a resposta da questão quatro , Rodrigo sussurrava para Malu, logo atrás dela. A direção da escola costumava fazer uma prova para medir o conhecimento dos alunos, no primeiro dia de aula. E mal começou a avaliação Rodrigo já estava pedindo pesca. Como é chato esse pessoal que não estuda e vem perturbar a gente na hora da prova", pensou Malu.

    Como não queria pegar fama de chata logo no primeiro dia, além de sentir uma coisa gostosa quando aquele garoto falava com ela, decidiu ajudar. "Toma! Coloquei aí as respostas de tudo. Tá me devendo uma, disse Malu, passando um pedaço de papel para Rodrigo. Da prova toda? Pô! Valeu mesmo, Malu!", respondeu ele, dando um sorriso que, combinado com os olhos e cabelos castanhos deixou Malu encantada e pensando em como aquele menino era lindo.

    "Malu e Rodrigo, o que tem nesse papel?, disse o professor de biologia, observando a situação sentado em sua cadeira. Meu Deus! O professor viu, pensou Malu. Sem saber o que fazer e tentando evitar ir para a diretoria logo no primeiro dia ela falou a primeira desculpa que veio à mente, é o número do meu telefone celular, professor. Depois voltou-se para Rodrigo e buscou apoio, não é Rodrigo?, mas o rapaz estava concentrado em copiar as respostas da prova que ela lhe deu e não escutou a pergunta, O que?, sussurrou Rodrigo com uma cara de incerteza da resposta que deveria dar. Que menino lerdo", pensou ela. Então refez a pergunta, desta vez olhando fixamente para ele, afim de fazê-lo entender a situação .

    "haaaa... sim, sim, sim!, Rodrigo respondeu tão alto, como se precisasse elevar a voz para convencer o professor da versão que contaram. Isso provocou um estrondoso Xiiiiuuu dos colegas de sala. Tudo bem. Tudo bem. Mas que isso não se repita, entenderam?, falou o professor, olhando para eles com uma expressão no rosto que mostrou que percebia que não se tratava do número do celular. Sim, professor , responderam ao mesmo tempo, fazendo com que se olhassem e rissem da situação. Já vi que vocês dois vão me dar trabalho este ano. Vamos lá? Terminem a prova e podem sair", insistiu o professor.

    Malu acabou a prova em menos de dez minutos depois, já Rodrigo continuou fazendo a prova, mesmo com as respostas na mão. Malu ficou esperando por ele do lado de fora da sala, por que ela queria conversar a respeito do que aconteceu e explicar que não gosta de passar pesca. "Como pode alguém demorar tanto pra fazer uma prova tão fácil? Ele é mesmo muito lerdo, nem com pesca acelerou", pensou Malu.

    Quase no mesmo instante que Rodrigo saiu da sala, Luís e Fernando se aproximaram de Malu, um deles a chamou pelo nome, o que a deixou surpresa, por que pensou que iria demorar mais para aprenderem seu nome, mas era a segunda vez que lhe chamavam. Além disso, queria passar por invisível na escola, por um bom tempo.

    "Ei, Malu! Tá indo pra onde? Vem com a gente, Laura ainda não saiu e Clara deve tá com Paulo, por que foi uma das primeiras a sair, disse Fernando. Rodrigo cutucou o amigo e fazendo cara de ironia disse, calma Fê, sei que ela é sua melhor amiga, mesmo que você queira algo a mais", ao ouvir isso, Malu deu uma risada tão espontânea que fez os outros três rapazes olharem pra ela.

    "O que foi?, perguntou ela, assim que percebeu que a olhavam, sua risada é bem legal, disse Luís. É mesmo? Bem, quando eu sorrio eu sorrio de verdade! ", respondeu Malu.

    "Gostei dela Rodrigão, falou Fernando, que ao perceber que Rodrigo olhava para Malu como se hipnotizado deu um leve tapa no queixo do amigo e disse, Baba, baby, baba", soltando uma gargalhada, acompanhado por Luís.

    "Cala a boca Fernando!", falou Rodrigo visivelmente irritado. Malu, que naquele momento só observava a situação, pensou que mais cedo achou Rodrigo um chato, mas agora ele parecia ser uma pessoa legal.

    "Valeu pela pesca, falou Rodrigo se dirigindo a Malu, que dando um passo à frente, respondeu, pesca? Que pesca? Eu chamo aquilo de trabalho em equipe, disse ela piscando o olho esquerdo e dando um leve sorriso. Eu não gosto de dar pesca, entendeu?", falou agora mais sério. Rodrigo, por sua vez, parece ter achado que se tratava de uma brincadeira, não deu qualquer resposta, só riu da situação.

    "Laura disse que você nasceu em Santa Catarina, é isso mesmo?", perguntou Luís. Malu sabia onde aquela conversa iria parar, toda vez que faziam aquela pergunta queriam saber a respeito do seu passado. Ela não se importava de falar o que sabia, mas evitava falar a respeito, afinal havia tanta coisa que ela não sabia e não

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