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Ungido Para Servir
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E-book159 páginas1 hora

Ungido Para Servir

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Sobre este e-book

O Autor traz um estudo de liderança à luz das sagradas escrituras e evidencia o que se espera de um vocacionado para exercer tal posição em termos de intimidade com Deus, testemunho pessoal, frutos do caráter, relacionamento com a família e atividades junto ao Corpo de Cristo. Quais as credenciais que se espera de um líder? Qual a sua missão? Quais as suas funções? Ele deve retratar que imagem diante do povo que está sob sua autoridade? O autor observa que, embora no primeiro momento possa se ter uma visão de supremacia pela posição delegada, na realidade ele foi designado para servir ao rebanho e doar sua vida em favor daqueles que o Senhor confiou. Não pode haver dominação! Não pode haver ingerência na vida pessoal sem ser convidado, nem molestar quem quer que seja por coerção da mente ou manipulação dos sentimentos. Enfim, o altruísmo deve estar disponível sempre e o amor presente como elemento motivador de todas as suas iniciativas. Estamos vendo líderes com este perfil hoje em dia? É o que este estudo tenta responder.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de set. de 2010
Ungido Para Servir

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    Pré-visualização do livro

    Ungido Para Servir - Paulo Cesar Peçanha

    INTRODUÇÃO

    N.png este momento presente estamos presenciando o surgimento de uma gama de seitas e doutrinas estranhas que muitas das vezes tomam por base realidades escriturísticas, embora distorcidas ao bel-prazer dos que são os seus iniciadores e condutores.

    Muitas vidas inocentes e incautas, distantes do bom-senso e do equilíbrio das escrituras sagradas, se fazem presas fáceis destas garras satânicas heréticas, e são manipuladas facilmente servindo aos propósitos daqueles que as arrebatam para si.

    A igreja de Jesus Cristo, como nunca, deve se predispor à proposta original, qual seja a de ser a firme coluna e baluarte da verdade, revelando ao mundo os propósitos eternos de Deus, Suas vontades, Seu querer, contrastando com o que é apresentado ardilosamente por tais seitas e doutrinas não ligadas à Cabeça, Cristo.

    Este é um lado da moeda.

    O outro lado refere-se ao contexto da própria igreja de Jesus Cristo na qual se inserem vidas que, condutoras dos membros que dela fazem parte, mostram ao mundo e à própria igreja a vergonha do seu testemunho, inadequado ao ofício que protagonizam.

    Lamentável é vermos tais líderes como homens sem caráter, influenciados pela avareza ou pela dominação, seduzidos pelo poder, sem mesmo respeitar e amar suas esposas e filhos, negligenciando os dons de Deus, ou que os utilizam de forma egocêntrica, para proveito de si mesmos.

    Muitas das vezes exploram os membros de suas igrejas apelando de forma indecorosa e numa espécie de chantagem, como, por exemplo, através da prática de manipulação dos recursos advindos da outrora salutar e honrada ministração dos dízimos e ofertas.

    Até medo tentam impor, sobrepondo-se ao amor que deveria permear a todo fórum de consciência cristã.

    Algo que deve ser voluntário, espontâneo, em alegria, como um reconhecimento do coração da ovelha aos líderes amorosos, fiéis, capazes, abnegados, que se consomem no fogo do altruísmo ao levar proteção ao rebanho, se torna coercitivo, de imposição, maquiavélico, para atender às suas reivindicações alienadas do verdadeiro reino de Deus.

    Apregoam piedade e incremento das atividades do reino, mas, no fundo, desejam satisfazer tão somente aos seus egos vaidosos, seduzidos pela publicidade e notoriedade do que estão realizando.

    O primeiro amor já vai longe, alhures.

    Mesmo assim, e talvez por isso, atraem vidas que não distinguem o certo do errado, o real do virtual, ou a simples diferença do preto do branco, quanto mais no tênue leque de matizes que surge em meio às propostas apresentadas.

    Tais líderes se revestem de uma capa autoritária, mandona, desalmada contra as ovelhas que estão no seu aprisco. Misericórdia é um substantivo estranho às suas pretensões.

    Verdade seja dita, justiça seja feita: Há homens sinceros, leais aos princípios de Deus, amorosos, honestos, sofredores, e que assistem cuidadosamente, por sua liderança, ao povo do Senhor.

    Representam, de fato, o próprio Senhor na terra, com testemunho lindo de se ver, seja nas atividades eclesiásticas, na família que possuem, ou nas suas atividades seculares do dia a dia.

    Nosso estudo tentará evidenciar, então, como chegar a este nível almejado de caráter amadurecido, de sobriedade, de liderança capaz e bem aceita, sendo por isso honrada por Deus e servindo de referência para outros ministros que a sigam.

    Alcançado este objetivo, ou ajudando de alguma forma para que isto se torne factível, nos alegraremos sabendo que no Senhor, nosso trabalho não é em vão.

    Destacamos, também, que os textos bíblicos referidos (da Sociedade Bíblica do Brasil - Edição Revista e Atualizada) foram quase totalmente transcritos para este estudo, com o objetivo de facilitar sua leitura e entendimento, evitando buscas reiteradas e demoradas ao Livro sagrado.

    1.png

    O LÍDER PRESENTE

    m.png oisés, que passara quarenta anos guiando o povo pelo deserto, estava deixando o cargo de liderança por determinação divina, pois o próprio Deus já lhe avisara da sua morte iminente, e ficou apreensivo com a sorte do povo.

    Embora sabendo que o verdadeiro Líder e Guia estaria presente, não relutou em solicitar ao Senhor que colocasse um substituto para si, na condução visível, palpável e humana do povo.

    Números 27:

    15 Então disse Moisés  ao Senhor:

    16 O Senhor, autor e conservador de toda vida, ponha um homem sobre esta congregação,

    17 que saia adiante deles, e que entre adiante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar; para que a congregação do Senhor não seja como ovelhas que não tem pastor.

    Este novo líder, no seu entender, seria alguém que fosse à frente do povo na conquista da herança prometida, na transmissão dos propósitos e vontades divinas, e que estivesse à altura, mediante a graça, de tranquilizá-lo nas suas aflições.

    Percebemos hoje que tal situação - a de liderança - pertinente ao reino de Deus, evita do povo cair em situações esdrúxulas, esquisitas, impróprias, que certamente o tornaria vulnerável aos ataques do inimigo, derrotando-o e destruindo-o.

    O apóstolo Paulo nos revela o motivo da presença e autoridade espiritual do líder: Tudo foi determinado em amor, para que a igreja ou Corpo de Cristo seja edificada.

    2 Coríntios 4:15 Porque todas as coisas existem por amor de vós...

    Evitando impropriedades por quebra de princípios

    Veja, paradoxalmente, como exemplo, o texto abaixo, que reflete uma época na vida do povo de Israel sem rei ou líder carismático: Cada qual fazia o que era mais certo.

    Juizes 17:

    1 Havia um homem da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Mica,

    2 o qual disse a sua mãe: Os mil e cem siclos de prata que te foram tirados, por cuja causa deitavas maldições, e de que também me falastes, eis que esse dinheiro está comigo; eu o tomei. Então lhe disse a mãe: Bendito do Senhor seja meu filho!

    3 Assim restituiu os mil e cem siclos de prata a sua mãe, que disse: De minha mão dedico este dinheiro ao Senhor para meu filho, para fazer uma imagem de escultura e uma de fundição, de sorte que agora eu to devolvo.

    4 Porém ele restituiu o dinheiro a sua mãe, que tomou duzentos siclos de prata, e os deu ao ourives, o qual fez deles uma imagem de escultura e uma de fundição; e a imagem esteve em casa de Mica.

    5 E assim este homem, Mica, veio a ter uma casa de deuses; fez uma estola sacerdotal e ídolos do lar, e consagrou a um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote.

    6 Naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual fazia o que achava mais reto.

    7 Havia um moço de Belém, de Judá, da tribo de Judá, que era levita, e se demorava ali.

    12 Consagrou Mica ao moço levita, que lhe passou a ser sacerdote; e ficou em casa de Mica.

    13 Então disse Mica: Sei agora que o Senhor me fará bem, porquanto tenho um levita por sacerdote.

    Temos aqui a importância de se ter um líder para guiar o povo nos princípios corretos do Senhor e evitar que situações absurdas e confusas como estas ocorram.

    O verdadeiro líder:

    1. Relaciona o mover de Deus junto ao povo à obediência aos princípios do próprio Deus; ou seja, ele comunicará que não é por modos e concepções humanas, alijados do padrão divino, que o Senhor virá e atuará junto a si.

    Nos versos de 3-5 constatamos os princípios básicos quebrados, no que se refere à feitura de imagens encomendados pela mãe deste homem efraimita chamado Mica, o qual, junto com a estola sacerdotal e mais o levita, supunha que Deus iria abençoar a sua casa.

    Deus havia advertido como princípio estabelecido, que não se fizessem imagens de escultura de forma alguma. E além do mais, Mica começou operar o sacerdócio sem ser levita. Não seria possível que Deus interviesse dentro de princípios quebrados!

    2. O líder enfatiza a necessidade de se ter uma língua abençoadora, uma postura profética de emissão de vida, saúde e prosperidade.

    Contraditoriamente, a mãe de Mica pronunciava maldições pelo furto de seu dinheiro; quando constatou, porém, que estava com seu filho, o abençoou (verso 2);

    Vemos esta impropriedade com base no livro de Tiago:

    Tiago 3:

    6 Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros do nosso corpo, e contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno.

    8 a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.

    10 de uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim.

    3.       O líder se veste da santidade divina, e honra ao Senhor quando ensina o povo que obedecer aos Seus princípios é melhor que sacrificar.

    Como dissemos anteriormente, Mica fez ídolos e estola sacerdotal sem ser levita, pois era efraimita, e consagrou a um de seus filhos como sacerdote, e depois a repassou a um levita.

    Alguém deve tê-lo alertado quanto ao fato de ser um levita que deveria executar o ofício sacerdotal com todos os ritos sacrificiais.

    Desta forma, achando-se mais próximo da vontade divina, Mica o contratou pensando que assim Deus iria abençoá-lo; mas não se desfez das imagens, dos ídolos do lar condenados.

    Mica tentou ser democrata nas coisas santas, tentando satisfazer descuidadamente a todos: A Deus, a si mesmo e à sua família (versos 5, 12-13);

    4. A idolatria, a prostituição, a degradação moral, era patente em Israel.

    A concubina de uma levita foi abusada sexualmente por homens de Belial, malignos, pertencentes à tribo de Benjamim. O levita contratado por Mica a vê morta, divide-a em doze pedaços, e os manda para todos os termos de Israel - Juízes 19:28-30.

    Isto provoca uma comoção generalizada em Israel que se ajunta em

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