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Saulo de Tecoa
Saulo de Tecoa
Saulo de Tecoa
E-book146 páginas2 horas

Saulo de Tecoa

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Sobre este e-book

Saulo de Tecoa, é um homem fragmentado e triste, após ter tido uma grande decepção com Deus. Mas em uma festa, ele começa a ser perturbado por visões e decide partir em uma jornada com um amigo que acabara de conhecer e vai em busca de respostas. Uma aventura de fé e com grandes reviravoltas, mudam a vida de Saulo e sua família para sempre.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento3 de abr. de 2023
ISBN9786525447575
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    Saulo de Tecoa - Álisson Zeferino

    Capítulo 1 -

    O Grande Sacrifício

    Próximo a Tecoa, tendo ao lado o um monte, e o Bosque de Carvalhos à frente, Saulo mora com sua esposa e filho, Ana e Hatus. Saulo era oleiro, profissão que aprendeu com seu pai.

    Hatus era único filho e como seu pai e seu avô, seria oleiro, sonhava em construir uma casa de olaria próximo Jericó, onde seu pai tinha um campo.

    Era dia de festa em seu país, e como de costume sacrificariam ao seu Deus um cordeiro, sem mancha e de um ano. Todos foram à Jerusalém, Saulo, Ana e Hatus; acompanhados de amigos e familiares, ao som das canções de Salmos.

    — Louvem-te ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos. Assim cantavam.

    Andando Saulo e Hatus lado a lado e já quase chegando à Jerusalém, Hatus perguntou ao seu pai:

    — Meu pai, onde está o cordeiro para o holocausto?

    Mas antes mesmo de seu pai responder, ouve-se vozes de soldados que gritavam:

    — Saiam da frente! Deixem passar! Saiam!

    — O que está acontecendo? Perguntou Ana.

    — Não sei. Respondeu Saulo.

    A multidão de peregrinos para a Grande Festa impossibilitava que Saulo chegasse mais perto, mas era impossível não ouvir o estalar dos chicotes dos soldados. Então Saulo, deixando Ana e Hatus para trás, entrou no meio da multidão para tentar ver o que estava acontecendo.

    Quando finalmente rompeu a multidão, Saulo viu um homem desconhecido, ferido, sangrando, e com uma cruz às costas, que caindo ao chão, lhe olhou fixamente nos olhos. Sem qualquer aparência de medo, raiva ou ódio; pelo contrário, parecia um olhar de amor, que penetrou na alma de Saulo. E com os olhos continuamente fixos um no outro, foi a multidão silenciada e ele pode ouvir do que levava a cruz o sussurrar de seu nome.

    — Saulo!

    Sussurrou o mártir.

    — Continue! Não mandei parar.

    Gritava um dos soldados ao homem da cruz, enquanto lhe espancava as costas já ferida. Era quase impossível encontrar outro lugar em seu corpo que não estivesse machucado; de tal forma era que parecia ter sido moído. O chicote do soldado, tocava e estalava em uma ferida já aberta, o que fez respingar pequenas gotas de sangue em Saulo. A cada passo daquele homem com a cruz às costas, Saulo sentia como se tivesse que fazer alguma coisa; ele ouviu com clareza aquele homem sussurrar seu nome. Como ele o conhecia, era uma dúvida que agora estava presente na mente de Saulo. Ele precisava fazer alguma coisa para se aproximar, ele precisava ajudar a carregar a cruz, perguntar o porquê de estar ali; eram poucos passos, mas uma multidão para encarar, soldados para vencer. Como se aproximaria de um desconhecido naquela situação? Então Saulo decidiu ir até ele!

    Deu o primeiro passo em direção ao homem da cruz; sentiu pressionar contra seu peito a lança de um soldado que o obrigava a voltar para a multidão. No entanto, um homem dentre eles foi obrigado a carregar a cruz, um peregrino que voltava do campo.

    — Quem é este homem? Perguntou Saulo a um soldado.

    — FIQUE NO SEU LUGAR! VOCÊ NÃO PODE SE APROXIMAR.

    — APENAS ME DIGA QUEM É ESTE HOMEM? QUEM É ESTE?

    — O nome dele é Jesus. Foi condenado por seus príncipes e por Pilatos. Acusado de dissolução para tomar Jerusalém, dizendo-se o Rei.

    — De onde ele me conhece? Eu o ouvi sussurrar meu nome.

    Então alguém na multidão respondeu:

    — Então você é um Galileu? Tu estavas com Jesus o Nazareno? Mas Saulo negou-o dizendo:

    — Não o conheço, nem sei quem ele é.

    E afastou-se deles a fim de continuar a acompanhar Jesus para ver até onde eles o levariam. Momentos depois o homem que fora obrigado a ajudar Jesus, voltou a ser empurrado de volta à multidão. Sua roupa outrora branca para a festa estava completamente ensanguentada. Olhando para si mesmo naquela situação perguntou-se quem seria aquele homem. Sentiu pesar sobre seu ombro a mão de alguém que da multidão o chamava. Era um desconhecido que lhe perguntava quem era aquele homem.

    – Quem é você? Perguntou Simão aturdido com aquela situação.

    — Sou Saulo, oleiro perto de Tecoa. Quem é este homem que você ajudou a carregar a cruz? Quem é este tal Jesus?

    — Então este é o seu nome, Jesus? Pois, sabes bem mais do que eu. Eu estava vindo do campo para a festa quando encontrei com a multidão, e pela curiosidade vim até aqui para ver, e esse homem trazia um cruz. Quem ele é e porque merece tal castigo eu ainda não sei, mas estou disposto a descobri.

    — E porque o seu interesse em saber quem ele é?

    — Quando me aproximei dele para ajudá-lo, ele disse: Simão breve virei a ti; seus filhos Alexandre e Rufo, levarão minha história às nações. Como ele pode saber meu nome e de meus filhos? Conte-me você, que sabe seu nome.

    — Isso é tudo que eu sei sobre ele, seu nome — respondeu Saulo.

    Os dois seguiam juntos acompanhando Jesus, pela Via, uma rua estreita, de pedras e casas baixas. O observavam como acalmava mulheres que batiam nos peitos e lamentavam, dizendo-lhes alguma coisa que as perturbou.

    E chegou a um lugar chamado Caveira, e ali o penduraram num madeiro. Dois outros homens foram postos com ele, um à sua direita e outro à esquerda. Saulo e Simão ficaram ao longe observando o que mais iria acontecer. Viram aproximar-se de Jesus um homem e uma mulher, que ao contrário dos que passavam por ele, não ofendia nem praguejava, mas choravam por ele. Perceberam também, que Jesus falava alguma coisa, mesmo cansado e desfigurado, parecia lhes dar conselhos e lhes consolar a respeito do que estava acontecendo. Viram também quando guardas se aproximando dos outros dois crucificados, quebrou-lhes as pernas, mas a Jesus não o fizeram assim, pois já estava morto, no entanto, furaram o lado, de onde saiu água e sangue. Toda a cena, eles acompanharam juntos, podendo discernir quem eram os que estavam com Jesus; como prepararam seu corpo e onde o colocaram.

    Não percebeu Saulo que se aproximava dele seu filho, Hatus.

    — Pai nós estávamos te procurando toda a tarde, depois que sumiu entre a multidão. Quem é este ensanguentado ao seu lado? E por que estão aqui e também o senhor está com manchas de sangue?

    — Este é Simão o cireneu. Nós acompanhamos de longe até aqui o homem que foi crucificado.

    — Quem foi crucificado? E por que o seguiram? Disse Hatus.

    — Você não o viu? No meio daquela multidão ao entrar em Jerusalém. Respondeu Simão.

    — Não! Nossa caravana passou pela multidão em direção a Jerusalém a fim de encontrar uma hospedagem para passar a festa. Vamos embora daqui.

    Assim seguiu os três, caminho de volta para Jerusalém, conversando sobre o que aconteceu e quem seria aquele Homem. Que se tornaria para eles, mais do que um, tal, Jesus crucificado. Chegando à Jerusalém, se dividiram Saulo e Simão, prometendo e concordando um com o outro que se veriam novamente para investigarem sobre o assunto. Indo Simão, encontrou-se com sua esposa e seus filhos ainda pequenos. Que sem nada entender lhe chamaram para o lugar onde iriam passar os dias da festa. Ao chegar à hospedaria, sua esposa Ada lhe falou:

    — Por que você está tão ensanguentado, Simão. O que houve?

    Ele a contou tudo e como conheceu Saulo e seus acordos. Tomou um banho trocou de roupas e deitou para dormir. Mas as palavras de Jesus não lhe abandonavam em seu travesseiro. Por sua vez, Saulo narra com detalhes o seu dia para seus familiares.

    — Você está louco! Disse Gérson, seu irmão. Como você sai por aí a procura da história de um homem condenado por nossos príncipes e por Roma, somente porque acha que ele sabia seu nome?

    — Não é somente isso, vocês não entendem? Ele não era um homem comum, o seu olhar denunciava e eu senti vida saindo de sua morte. Como podem não acreditar em mim? Digo a verdade a vocês, esse Jesus a quem crucificaram era com certeza bem mais do que dizem dele.

    — Você não pode estar falando sério. Como pela morte de alguém, um desconhecido, você pode dizer que sentiu Sua Vida? Eu não quero mais ouvir falar em Jesus. Chega sobre esse assunto! Disse Ana.

    Saulo tirou a roupa com respingos e sangue e a guardou em um de seus baús de viagem, deitou-se, dormiu e teve um sonho. No seu sonho, viu uma grande tempestade, vindo em sua direção; e todos os seus familiares sendo engolidos por ela. Em seu sonho viu ainda, Simão fugindo com sua família saindo da tempestade, o qual lhe pegava pela mão e o puxava em direção a um monte, que tinha uma cruz no cume. Ali eles encontraram segurança, enquanto a grande tempestade, tudo arrasava. O sonho o acordou no meio da noite, e ele se lembrava de cada passo que ele viu Jesus dando; ferido, moído, desfigurado e sangrando, mas consolando.

    Capítulo 2 -

    Dúvidas

    No dia da festa, Saulo já não se incomoda tanto com a sexta-feira, nem fala mais no homem da cruz. Roupas limpas e brancas. Seguem na frente ele, seus irmão e filhos enquanto as mulheres seguem atrás. Todos em direção ao Templo de Herodes para o sacrifício anual da páscoa, Domingo de manhã. Enquanto os homens entram no templo, as mulheres esperam do lado de fora. Ao entrar o Sumo Sacerdote trazendo o cordeiro, todos guardam silêncio. Um animal branco de um ano é segurado pelo pescoço enquanto é levado para o altar do sacrifício, sem exprimir som algum. O cordeiro é posto para morte. É degolado e seu sangue é aspergidos sobre os homens no templo. O sacrifício anual tão esperado foi feito e a fé de Saulo foi fortalecida.

    — O que está procurando irmão? Disse Gérson a Saulo, observando-o procurar por alguém.

    — Um novo amigo que fiz na chegada a Jerusalém.

    — Simão, o cireneu? Perguntou Hatus com desconfiança.

    — Sim!

    — Esqueça essa história. Disse Gérson. Isso não importa agora. Vamos nos alegrar, estamos perdoados.

    Em um arraial do lado de fora de Jerusalém, havia uma festa e todos da família de Saulo foram até lá, a fim de se alegrarem. Porem algo o incomodou. Era Domingo à noite e Saulo pensou ter visto entre a multidão de pé, olhando para ele, o mesmo homem chamado Jesus.

    — Ei, vejam, olhem ele ali!

    — Quem? Onde? Ana lhe respondeu curiosa.

    Saulo já não via mais. Ele sumiu no meio da multidão. E era o que Saulo queria

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