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A Trilha Do Sol
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E-book243 páginas3 horas

A Trilha Do Sol

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Sobre este e-book

A trilha do sol é um lugar de profundas reflexões sobre infortúnios e flagrantes da vida que deixam lastros de angústia e perdas intangíveis. Charlie é confrontado, na decadência de suas inclinações, com sua mais urgente necessidade – salvar-se de si mesmo. Decidido a entender o sentido do que lhe ocorreu e do que se tornou, empreende o caminho do próprio resgate ao percorrer a trilha do sol – um andar solitário pelos desertos do coração.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de dez. de 2020
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    A Trilha Do Sol - Ivan Bernardo

    A TRILHA DO SOL

    Ivan Bernardo

    ...

    O AMOR É ÂMBAR

    A última casa da rua das goiabeiras, rodeada por uma soberba varanda coberta com telha romana e sustentada por robustos pilares de sabiá com feições rústicas, sem muros ou grades tornou-se o nosso lar quando ainda não podíamos fazer escolhas.

    O terreiro, impregnado por grama japonesa rente ao chão, mas com tufos de crescimento que resistiam às podas, causavam suspiros de vaidade em vovó diante dos olhares da vizinhança. Talvez por ser a única na rua com um verde intenso a embelezar a frente da casa.

    O perfume exalado das inflorescências brancas e cerosas dos arbustos do laurotino e da murta com o suave cheiro de flor de laranjeira que, em fileira, delimitavam o jardim, incrustou-se na alma da memória de quem esteve por anos dando-lhes os contornos de cerca-viva. Quando sou alcançado por essa lembrança já tão distante do lastro de seu cheiro, sinto o arrepio de saudade que me faz desejar os calos do manuseio da tesoura de poda.

    No entanto, um olhar mais arguto perceberia o espírito de vovó transcendendo os limites de seu próprio corpo e pairando pelos arredores da casa. A presença de Esmeralda disputava espaço conosco, reduzindo-nos à condição servil. A cerca-viva com suas pequenas flores de perfume discreto cercava de beleza e harmonia um campo de abstrações intangíveis em que vovó nos subjugava.

    Ela tinha muito em comum com o pé de pinhão roxo. Plantado no centro do terreiro, rude e deselegante, estava ali como um cão de guarda. Longânimo em seu lugar de existência, destilava nossas mais íntimas inclinações.

    Segundo Esmeralda, o arbusto detinha poder para refrear maus agouros. Não entendia o que significava maus agouros e, por temer a resposta crua de vovó, guardei a dúvida até que pude saná-la com a professora Eliene.

    - A previsão de algo ruim, Charlie. Também pode ser concebido como mau-olhado ou olho gordo que, de acordo com a crença folclórica, pode destruir a boa sorte de alguém por causa do poder devastador da inveja.

    O mistério em torno daquela planta com poderes sobre o azar convenceu-me a reverenciá-la com o devido temor. O pé de pinhão roxo tinha onisciência. Vigiava-nos atentamente guardando ciúmes de seu espaço.

    No vai e vem do balanço em sua cadeira de fibra de bambu, vovó revisitava o passado juntando antigas saudades em demorados suspiros que se replicavam ao som da radiola. Quando Sérgio Reis cantava coração de papel, ela se esquecia dos murmúrios da solidão.

    A mobília rústica, corolário do esforço do tio Amâncio em deixar evidências de seu gosto embrutecido pelo campo, trazia os ares da fazenda para dentro de casa.

    Além dos móveis matusalênicos, o chão de parquet com o verniz desgastado e as paredes em tom de palha destacando os porta-retratos dos antepassados da família sacralizavam-se em representar o espírito de vovó

    subjugando-nos como a um pequeno exército de dois soldados.

    O quintal, por isso mesmo, era preferível à casa e ao terreiro da frente. Um território aprazível, palco de incontáveis peraltices.

    Havia um cajueiro cujos galhos tocavam o chão de areia branca e subiam espalhando-se ao redor. Alguns envergavam e contorciam-se como balanço. Outros erguiam-se ao céu e, mais ao alto, lá no olho da planta, davam-nos a visão dos quintais da circunvizinhança. Lá de cima era possível monitorar os hábitos excêntricos do velho Arnaldo. Seus cães viviam a infelicidade de pertencer ao seu cruento domínio.

    Como bem-te-vis, por entre os galhos do cajueiro, espiávamos os modos de quem não sabia voar.

    O velho, em seu campo de concentração, era um rato de vícios esdrúxulos. Merecia ter o véu da alma arrancado e expostos todos os seus segredos. É bem verdade que sua índole nos metia medo e, por essa razão, não o perdíamos de vista.

    A liberalidade usufruída nas ruas e nos quintais, no entanto, moderava-se ou era cerceada quando alguma regra deixava de ser cumprida a contento. Vovó tinha um sexto sentido, ou, mais que isso, devia ser paranormal.

    Sua autoridade sobre nós fora uma conquista imposta com o devido reforço de um cipó de tamarindo, seco e rígido.

    Uma surra bem dada resolve qualquer frescura de desobediência - arrazoava consigo mesma.

    Discretíssima nos hábitos e manias da idade, Esmeralda acordava bem cedo, ligava o rádio na estação

    local para ouvir as notícias da região enquanto preparava o café da manhã. Levantávamos da cama quando a hora certa se anunciava na rádio. Sobre a mesa, no desjejum, não nos faltava um café com leite e cuscuz. Vovó, no entanto, não se assentava conosco à mesa. Tamanha proximidade soaria condescendência.

    A velha radiola, nas manhãs recidivas, era frequentada pelas vozes da Jovem Guarda: Roberto, Erasmo e Wanderléa, Jerry Adriani e Vanusa, dentre outros artistas. O som, ora alegre, ora nostálgico, enchia a casa quando saíamos para a escola.

    O revezamento nas tarefas domésticas tornou-se costume automatizado pela rotina. A casa devia estar arrumada e cheirando a eucalipto. A qualquer hora podia chegar visita e encontrar a casa desarrumada. Essa surpresa desagradável vovó não teria. De todo modo, se a visita se mostrasse indesejada, a vassoura atrás da porta faria o trabalho necessário.

    A obediência tornou-se uma entidade exigente e hostil. Quando ofendida, éramos entregues à ferramenta de tortura. O cipó devia ser confeccionado pelo culpado; além de se mostrar firme o suficiente para o serviço, seria entregue em suas mãos já desfolhado de argumentos e murmúrios. No discurso de repreensão, éramos abjetos. A obrigação de tutelar dois órfãos desajustados afrontava a sua imagem pudica. Silenciados, aprendemos a mostrar gratidão resignada.

    Quando vovó cumpria seus rituais. Podíamos novamente usufruir dos quintais. Sempre espaçosos e sombreados pelas copas das mangueiras, pitombeiras e goiabeiras, eram o nicho onde nos demorávamos em

    brincadeiras sazonais. As peraltices de rua, por sua vez, tinham regras implícitas que asseguravam autoridade aos mais habilidosos ou mesmo aos detentores dos instrumentos de que nos valíamos. Se quebradas, as confusões davam-nas por encerradas.

    No campinho, a rivalidade hostil disfarçada no lance com a bola, mais cedo ou mais tarde, encarnava-se em combates inflamados.

    Murilo, apesar de apaziguador, ao menos diante dos conflitos alheios, não tolerava injúrias se a honra masculina fosse o objeto do escárnio. Explodia em fúria atraindo para o olho do tornado todos quantos estivessem no entorno. Não enfrentava uma briga sozinho, os moleques da rua sabiam que as confusões da dupla respingariam em todos.

    Quando declinou no desafio de Joaquim em uma de suas apostas suicidas, foi ridicularizado. Murilo estava certo de que não precisava dar provas de sua coragem e fôlego, muito menos a Joaquim, a quem julgava um imbecil de tolas ambições.

    Por outro lado, rejeitar o desafio era desonroso diante de seus pares. A travessia submersa do Mearim em um só fôlego e agarrando-se nas pedras devido à forte correnteza, exigia treino. Joaquim antecipara-se em exercícios diários. Mateu já havia nos avisado a respeito.

    Ainda assim, um prazo foi suscitado. Em uma semana estaria pronto, foi o tempo que considerou necessário.

    Diante da razoabilidade da proposta, Murilo granjeou mais um apelido.

    - Então quer dizer que você não passa de um flosô. Estou gastando cartucho com um covarde!

    O propósito do rival consistia em desmoralizá-

    lo. O único jeito de evitar que o apelido pegasse foi chamá-lo para o limpo. A primeira briga dos dois demarcou território entre a garotada. A disputa engrossou a tensão e se consolidou em inimizade. O conflito atualizava-se em cada desafio, mas era atenuado com estranhas tréguas de convivência.

    O campinho de futebol na Rua da Pitombeira concentrava todos os meninos da região nas tardes de sábado. Nos imbróglios das partidas, os molengas não subsistiam. Joaquim e seus primos Ramon e Severino, habilidosos nos dribles e chutes a gol, detinham para si a fama de bons de bola e de briga. Raramente perdiam um lance.

    Quando o jogo era sério, empenhávamos dinheiro na aposta. No campeonato clandestino, já em final de tarde, o sol em ocaso, Murilo vibra com um gol que ninguém mais viu. A confusão se arma em bate-bocas e xingamentos.

    Era esperado que não arredaria o pé da razão.

    Com o peito estufado, que nem um galo de briga, exigiu seu direito ao valor arrecadado. Renitentes, os três saíram vomitando ameaças.

    No domingo, fomos ao campinho novamente, mas Ramon, rancoroso, tomou a bola para si.

    - Com minha bola, esses dois filhos de chocadeira não jogam.

    - Lava a tua boca, moleque. Respeita a minha mãe! - bradou Murilo.

    Ramon assanhara uma colmeia de abelha. Todos se alvoroçaram diante da ofensa jamais admitida entre os garotos da rua. Um chamado à briga. Joaquim azedou ainda mais a situação ao lançar provocação rasteira.

    - Sabem por que vivem com a vovó? Filhos de chocadeira! É isso mesmo! Vocês não têm mãe. Saíram do orfanato xexelento de Parnaíba pra infernizar nossa vida.

    Diante da blasfêmia, Murilo partiu para cima gritando:

    - Eu vou te matar, desgraçado!

    Havia um prazer visceral em acertar o punho no olho e no estômago dos metralhas. Mesmo levando uma surra, era satisfatório fazê-los gemer de dor, ainda mais sabendo que apanhariam em casa também. O senhor Ivaldo, de certo, surraria Joaquim por perder no futebol, mas, mais ainda, por apanhar numa briga de rua.

    No arrastão de três contra dois, apanhamos bastante. O corpo todo fumegava em adrenalina. Com o sangue quente em anestesia efêmera, fizemos os metralhas debandarem. Os três abandonaram o ringue cuspindo ameaças de morte.

    Esfarrapados, entramos em casa descalços, com passos acautelados. De nada adiantava ter pés de pano. Os ouvidos de vovó estavam conectados aos mais sensíveis movimentos. Restava-nos suportar as consequências.

    Os ditos do sermão da montanha introduziram o ritual denunciador da transgressão aos bons costumes. A correção, na via do flagelo ao cipó de tamarindo, teria seu desfecho em grãos de milho, cinco para cada joelho.

    Encurvamo-nos no canto do quarto pelo tempo de um rosário com seus quatro mistérios. Vovó devia estar presente nos Mistérios Dolorosos para recitar suas preces da Via Sacra.

    Rezamos juntos, eu na ave-maria, Murilo na santa-maria. É certo que o ritual não tinha outro sentido a não ser o do castigo físico e espiritual que merecíamos por estar vivos. O corpo machucado pelos pontapés de Joaquim e seus primos ardia em carne viva inclinado diante de uma vela acesa. Rezamos as angústias do corpo que resistia à dor friamente. Quando o rosário acabou, cumprimentei meu irmão pela bravura e hombridade no enfrentamento ao inimigo.

    Diante de vovó, juramos bom comportamento.

    Submissos ao castigo, nada argumentávamos. Queixosa em lidar com o problema que representávamos, preparou um banho com água morna em infusão de ervas e raízes aromáticas.

    Ao sincretismo de sua crença, juntava os mais diversos ingredientes: casca de aroeira e romã, folha de juá, arruda e alfavaca, capim cidreira, sementes de pinhão roxo, flores de camomila e outras de descarrego que desconheço até hoje. Exaustos, cedo pegamos no sono.

    Contudo, o corpo esmorecido e a alma resignada, ainda enfrentariam outros reveses antes do dia amanhecer.

    O silêncio denso e escuro do quarto atraiu toda a minha atenção para um estranho gemido. O som opaco, quebradiço e distante parecia adentrar o quarto pela fresta da janela seguindo a corrente de ar em direção à cama de Murilo. À princípio pensei se tratar de alguma lembrança nebulosa, semelhante à que acessamos quando sonhamos em sonos rasos o suficiente para oscilarmos entre o real e o imaginário. Mas atestei a lucidez de meus olhos ao ver a intrépida criatura rastejar como uma serpente perniciosa.

    A aparição percebeu o flagrante e camuflou-se no vulto de aspecto disforme semelhante à sombra em suspensão. Em dado momento, exibiu-se em meus próprios traços hereditários. Era meu pai? Apavorado, cobri-me com o lençol dos pés à cabeça, mas ainda assim o observava. Em outra perspectiva, revelou-se travestido em bicho alado no pretume intenso do morcego e tornou a arrastar-se pelo chão, escalando a parede do quarto até cruzar suas extremidades, ocultando-se no canto, acima dos pés de Murilo.

    Ignorar a visagem era uma escolha sensata que devia fazer como outras vezes antes. No entanto, a coisa tomou outra dimensão quando Murilo acordou estremecido de medo. Ouvi sua voz grave e modulada em cuidados chamando pelo meu nome. No que respondi, ele começou a chorar.

    - Não sou filho de chocadeira, Charlie. Você também ouviu?

    - Não! Não ouvi nada! Deve ter sido um sonho –

    disse-lhe tergiversando.

    - Não, Charlie, não foi um sonho. Você sabe que não foi um sonho! Eram vozes de deboche. O mesmo demônio que te atormenta agora deu pra falar comigo.

    Diante de seu alarde, levantei-me e fui até à cozinha pegar um copo d’água. Quando retornei, ele já estava ajoelhado, rezando. Ajoelhei-me ao seu lado e juntos recitamos o pai-nosso e a salve-rainha.

    - Por que não temos uma mãe, Charlie?

    - Quem disse que não temos? E nossa mãe Maria?

    - Eu sei. Mas porque mamãe não está mais aqui?

    E papai?

    - Você sabe! Nossa vida é cheia de fatalidades.

    Volte a dormir! – asseverei.

    A ausência de mamãe cortava-nos em retalhos. E

    de quem era a culpa? Sim, havia um culpado. Um ser ignóbil e covarde que não devia jamais ser lembrado, mas que insistia em nos perseguir. Murilo um dia saberia que não houve um acidente de carro. Mas por hora, bastava do assunto, foi a conclusão a que cheguei na altura daquela madrugada.

    Na mesa do café, vovó fitava-nos com um olhar oblíquo. Cheia de cuidados, parecia teremosa. Antes de se aproximar da mesa, por três vezes seguidas, benzera-se beijando o crucifixo que usava pendurado ao pescoço.

    Ninguém podia saber o que havia acontecido. Se a história chegasse aos ouvidos de Severino, estaríamos perdidos. O menino era terrivelmente malandro.

    Deleitava-se na arte de maldizer os desafetos com um

    humor sarcástico, seduzindo ouvintes para infectá-los com o vírus da difamação. Imaginei o estrago que faria se soubesse do causo e o quanto aumentaria o episódio, costurando-o a outras falácias no enredo de suas novelas.

    Mais tarde, no entanto, soubemos que os ouvidos de vovó haviam sondado o assombro que, para ela, já parecia bastante familiar. Dedução de espionagem. Ouvi sua conversa ao telefone com dona Rosa, outra beata do círculo da legião de Maria. No enredo, pedia uma reunião para rezarem em favor da família.

    A superstição de vovó nos expulsava de casa com desculpas esfarrapadas. Devíamos comprar alguma bagatela, brincar na rua, limpar o quintal de sujeira nenhuma. Devíamos sair de seu espaço, despoluí-lo. Não havia mais segredo. Murilo e eu éramos o motivo do pé de pinhão roxo continuar reinando na frente da casa.

    Horas depois, a casa cheirava a alfazema. No quarto, notei a cama úmida. Havia gotículas aspergidas na mobília e nas paredes. Sobre a escrivaninha, uma jarra de vidro com ramos de arruda.

    O estrago estava feito. Os metralhas não deixariam barato.

    - Irão nos atormentar com isso, Charlie.

    Ficaremos de lunáticos.

    - Só há um jeito de evitar o pior.

    - Qual?

    - O inimigo tem a cabeça à prêmio. Temos que olhar mais de perto o que andam fazendo. Aí saberemos de seus podres.

    - Boa! Mas como faremos isso?

    - Ora, ora! Espiando a reunião das legionárias.

    Elas, de certo, devem compartilhar outros motivos para a reza. Se houver algum que envolva os metralhas, teremos nosso contra-ataque.

    Como era de costume, as legionárias reuniam-se no salão paroquial. Adiantamo-nos para encontrar um bom esconderijo. Não seria tarefa difícil já que conhecíamos bem o lugar. O armário de madeira, usado geralmente para guardar as batas dos coroinhas, esconderia, pelo instante pensado, o corpo esguio de Murilo. Encontrei o meu lugar dentro do confessionário posto no canto do salão, mais distante do epicentro.

    A reunião se arrastava para a eternidade. Aquelas senhoras costuravam retalhos de todas as cores e texturas.

    Não havia brevidade nem mesmo no riso de dona Rosa que conduzia o encontro cheia de parcimônia. Quando, por fim, começaram a tratar das peraltices dos netos, o que de fato nos interessava, sucumbíamos em agonia e sufoco na microatmosfera habitada por ácaros de todas as eras. O

    assunto, no entanto, de tão excitante, foi um bálsamo de deleites.

    Agora sabíamos o necessário para refrear as afrontas de Severino e Ramon. Apesar de contarmos com a cumplicidade que sustentava o elo de confiança entre os primos, pouco foi dito a respeito

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