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O Dragão É O Rei
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O Dragão É O Rei
E-book203 páginas2 horas

O Dragão É O Rei

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Sobre este e-book

A Saga dos Sete Segredos mostra suas origens. Conta a estória de Tro-y-ein, que foi encarregado pelo Conselho dos Antigos Deuses a ajudar o homem sair do estado primitivo e ir para o mais elevado. O problema é que ele não concorda muito sua própria posição, além de estar preso neste mundo e quer voltar ao seu. Será que conseguirá?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de jun. de 2018
O Dragão É O Rei

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    O Dragão É O Rei - Edson G. Gaspar

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    O Dragão é o Rei

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    Edson G. Gaspar

    INTRODUÇÃO

    Quando pesquisava para fazer o Guardião dos Sete Segredos, me deparei com um mito interessante, afinal o que eu colocaria como Guardião dos Sete Segredos? Que animal ou ser mitológico? Afinal, tudo foi feito! Cão de três cabeças, estátuas que se mexem, macacos que voam, diabretes, aí pensei: minotauro? Não, fica pra uma próxima. Dragão? Ah, dragão sempre ajuda o homem: ou guarda uma princesa, para o príncipe salvar, ou orienta o herói, ou é abnegado por humanos. Aí pesquisei um pouco: dragões na China e países do oriente sempre são sinais de sabedoria e reverência.

    Fui ver uma amiga que lida com crianças e brinquedos para crianças e perguntei a ela do que as crianças e jovens gostavam de ver na loja dela. Ela disse: Dragões. Aliás, toda a parte mística dos meus contos é uma grande ficção baseada em jogo de representação de papeis, mera fantasia, baseado em tempo medieval, tempo futuro, ou a mais mera ficção científica, feita para distrair. Abuso da licença poética para divertir, sem querer levantar essa ou aquela posição política, religiosa, ufológica, espírita, o que seja: a estória é mera ficção! Que era feita entre quatro, ou mais pessoas, lápis borracha e uns dados sextavados de seis a vinte lados sentados em uma mesa, comendo biscoitos recheados. Mas voltemos ao o dragão! Bom, não coloquei o dragão no Guardião dos Sete Segredos, pois ele para mim, como o imaginava, era um ser poderoso demais para ser um mero guardião. Nunca vi em filmes, em estórias, um dragão dar ordens como se fosse um imperador romano! (Aí a ideia nasceu), ou dar ordem num planeta semelhante ao nosso, mas sem também sem essa de naves espaciais e robôs, talvez deixe para um próximo livro. Meu objetivo ao criar o Universo dos Sete Segredos é fazer com que a garotada de 12 aos 120 anos goste de RPG (jogos de representação de papéis, história e pesquisa e de mitologia, pois a melhor forma é viajar usar a imaginação). Resolvi fazer esse universo porque li uma citação do poeta Fernando Pessoa sobre espiritualidade, que achei muito interessante e pensei: por que não pode ser verdade? Segue abaixo a citação.

    Espero que tenham todos uma bela leitura!

    Edson G. Gaspar

    Agradecimentos: a Yuri Oliveira Lino, Thiago de Souza Lyra e Diogo Sales Pimentel pelas ilustrações, a Márcia Regina Garcia, pela diagramação, revisão e capa, carinho e paciência de sempre, Daniele Souza, Nadja Almeida, Potira Arzani, Iara Arzani, Stella Lucio Ricardo Lopez, Juliane Bandeira, Fernanda Schinesck, Marcelo Freire e Maria Rosa Balon. Obrigado pela força!

    Agradecimentos aos meus mestres, professores e amigos que estão perto e os que estão distantes.

    Creio na existência de mundos superiores ao nosso e de habitantes desses mundos, em experiências de diversos graus de espiritualidade, sutilizando-se até chegar a um ente supremo, que presumivelmente criou esse mundo. Pode ser que haja outros entes igualmente supremos que tenham criado outros universos e que esses universos coexistam com o nosso, interpenetradamente ou não.

    Citação de Fernando Pessoa - poeta português.

    Prólogo

    Deus não joga dados, os esconde - Albert Einstein.

    Em algum lugar no tempo e no espaço, bem nos confins das estrelas, uma voz feminina conversa com seu parceiro, num tabuleiro que parece de xadrez, só que no lugar das peças, bonecos parecendo pessoas. A voz feminina diz:

    - Que porcaria de jogo você fez? Nesse momento temos um herói que vai enfrentar um inimigo, mais poderoso que ele e você ainda quer que o pobre moço ganhe?

    - Ou que dê empate, afinal as forças opostas e duais como bem e mal tem sempre que estar em equilíbrio - responde a voz masculina.

    - Sim, concordo, mas temos muitos outros mundos e universos a pesquisar, seres a ajudar evoluir - diz a voz feminina.

    - Sim, mas vejam os seres humanos. Essa foi a responsabilidade dada a nós pelo Conselho Supremo.

    - Sim, está certo. - diz a voz feminina - mas este quadrante é todo primitivo - diz a voz feminina.

    - E a maioria das criaturas encantadas reclama do homem - disse a voz masculina.

    - Sim, Iara, a sereia, me disse que piratas queriam caçá-la. A sorte que ela conseguiu escapar, mas outras sereias não. Foi um massacre, ela disse. Isso não ajuda em nada. Os humanos, embora muitos tenham o coração cheio de amor e compaixão - diz a voz feminina mostrando imagens de avós e netos, crianças brincando com cachorro. Mas a voz masculina agora ao ver isso se torna um manto negro cheio de estrelas, que no caso são feitos da própria escuridão do espaço e de estrelas mesmo, olha a imagem e parecendo ter uma extrema falta de empatia com isso tudo. Sem virar para a direção da voz diz:

    - Sempre uma romântica incorrigível! Sempre achando que eles têm chance! - diz a voz masculina.

    - E você, como alguns do conselho, acha que não. Deixe-me ver, você, anjos rebeldes, lobisomens, algumas raças de elfo, alguns reptilianos, etc., etc. - diz a voz feminina com ar de ironia.

    Mas continuando irredutível na sua incrível falta de empatia e para desconversar, retoma o assunto da sereia Iara.

    - Sim, fiquei sabendo. Os antigos deuses se retiraram do Olimpo, do Egito, do Norte da Europa e da África. Todos migraram para seus universos de origem. Alguns ficam até visitando o Conselho Supremo ou fazem parte dele, mas sabe que quando se toca em humanos o Conselho fica literalmente pisando em ovos, os veneráveis antigos, os dragões, anjos rebeldes, quase todos do lado esquerdo da assembleia no Conselho Supremo ficam querendo fígado humano para o jantar. Dominar, dividir e conquistar esse é o joguinho de vocês. A conversa era como Alexandre e Júlio Cesar eram maravilhosos... Ah, vocês tem que ver os que vêm por aí, você diz, e quando junta você, os anjos caídos e os deuses da guerra, geralmente planetas inteiros são destruídos assim e não tem problema nenhum, tudo é para um bem maior, os veneráveis antigos adoram! - e conclui:

    - Ora, os veneráveis antigos são poderosos, adoram subjugar o homem, assim como os anjos rebeldes, os lobisomens e os dragões. Ou os caçam ou os tornam escravos, não tem meio termo. Já os gigantes, anjos, elementais e alguns guardiões...

    - Sim, assim como você - diz a voz masculina e completa – acham o ser humano uma gracinha completa, uma obra prima!

    - Sim, mas não se esqueça de quem é o voto de Minerva - diz a voz feminina.

    - É dela mesma, de Minerva! - Notando, ouvindo um sonoro hummmm...

    - O que há? Eu fiz uma piada! Por que quando faço uma ninguém entende? - Pergunta a voz masculina.

    - Porque não tem graça nenhuma! Incontáveis séculos de sabedoria e não sabe fazer uma piada! - diz a voz feminina.

    - Sabe que quando o Conselho Supremo ou ele emite uma ordem, essa tem que ser obedecida. Sei que na reunião passada ele foi favorável ao Lorde Dragão. Aliás, a ira dele contra os humanos ultrapassa a de qualquer deus ou entidade da guerra - diz a voz feminina.

    - Sim, mas dragões foram a primeira raça que surgiu, até mais antiga que os próprios gigantes, anjos e todo resto.

    - Sim, Ger é sábia, porém o poder não está nas mãos de Ger naquele planeta. Se o dragão tivesse o poder que ele busca, ou seja, um lugar vitalício no conselho, os humanos estariam perdidos, pois ele põe a culpa de destruição de sua cultura ou culto nos humanos - diz a voz feminina.

    - Sim, sei. O culto ao dragão, ou culto a grande serpente Tro-y-ein é poderoso e perigoso, depôs seu próprio pai. E procura vingança, a sorte é que Ger, a vice-rainha, o acalma - diz a voz masculina com um ar malicioso.

    - Não há tempo para brincar. Aquele dragão não ama nada, nem a ninguém, ele só pensa em si mesmo.

    - Temo pela sorte de Ger. Sinto que a balança vai mudar, ouvi dizer que ela...

    - Não pode ser! Isso é abominável! - diz a voz masculina - Bem, vamos então deixar meu querido barão e seu filho um pouco de lado - diz a voz masculina, apanhando o tabuleiro onde estavam os bonecos de Alexander e seu pai, o barão Hans, e o guardou num espaço em um buraco numa parede na rocha e pegou outro tabuleiro com o dragão, uma princesa, um rei, uma bruxa, etc.

    - Vai mesmo jogar com ele?

    - Sim, talvez esteja certo sobre o homem ou não. A melhor forma para ver isso é ele mesmo entrando em campo como jogador. E depois eu sou a lei aqui, e aqui eu faço que eu quero. Vamos?

    - Jogar? Vamos, os que vão morrer te saúdam! - ironizou a voz feminina, completando – Viu? Eu fiz uma piada!

    Hum, hum. - respondeu a voz masculina com tom de ironia. – Bem, vamos começar! Vamos ver até onde vai!

    - Já até sei: vai transformar de novo, Júlio Cesar, mas se tratando de um dragão, acredito que seja um novo Nero.

    - Ora, mulher, não teste a minha paciência! Vamos jogar, deixe me ver aqui. Humm... Parece que esqueci um detalhe: e essa será uma boa história. Será um bom jogo - disse a voz masculina, pegando uma peça de um jogo e colocando no novo.

    - Pelos deuses! Você gosta mesmo dele, não é? - E a voz feminina continua – Ih, tenho medo desse sorriso!

    - Ah, role esses dados!

    Em algum lugar na Europa, carruagens passam e estacionam para um baile de máscaras. Até aí tudo normal, nobres adoram bailes de máscaras. As máscaras são para mostrar como uma pessoa é quando não estão olhando ou o que fazem quando ninguém está olhando. Sempre acontece muita coisa misteriosa e todas as paixões e vícios explodem nesses bailes, mas esse é diferente. É organizado por uma elite, a elite das elites: todos entrando num palácio, palácio do rei Robert, essa elite é de bruxos, alquimistas, praticantes do paganismo, culto da deusa, do deus, das forças do universo e da natureza. O governo desse reino é diferente, é à frente, bem à frente do seu tempo. Bom, tal reino organiza esse baile para costurar alianças e trocar experiências, mas os motivos de ser neste lugar é porque o reino de Robert é o único que acolhe alquimistas e bruxos, da perseguição que se arrasta pelo resto do mundo. Todos são recebidos após a declaração de uma senha que era:

    - O rato não estava em Roma para roer a roupa do rei!

    Uma clara declaração contra o rei e o papa da época, que claramente queimavam os que não se enquadravam em suas crenças ou diretrizes. Dita essa senha, todos tinham acesso ao salão, onde eram recebidos pelo rei Robert e a princesa Ananda, elegantemente vestidos. Ele de bobo da corte, o que causou estranheza a um dos reis quando o cumprimentou, que perguntou por que estava de bobo ou palhaço.

    - Ora, o palhaço é o inverso do rei, logo ele não tem ou não resolve problemas do governo. Hoje eu também não, Heitor. Então hoje é só diversão, homem! Beba vinho!

    E Robert pegou Heitor, o rei do reino vizinho e valsou com ele debaixo dos risos da princesa e da rainha, a mulher de Heitor e da rainha. Ao ver isso, Heitor diz:

    - Que isso, homem! Ora!

    - Ora, não seja tão carrancudo, homem, divirta-se! - disse Robert a Heitor, comentando – Helena, esse seu marido não tem jeito!

    - Majestade, com licença - disse a princesa docilmente.

    - Sim, minha querida, fale - disse Heitor encantado por Ananda. Afinal, Heitor esperava que Ananda casasse com Daniel, seu filho e, como os reinos eram vizinhos, só faria cair a fronteira e nada tornaria mais feliz o gordo, careca e bigodudo rei, que ter netos. Daniel só pensava em militarismo e cavalos.

    - Daniel não veio?

    - Ele teve compromissos na França, querida. Burocracia real, mas acredito que estará aqui em breve! Bem, pelo menos ele disse que viria!

    - Venha, Heitor, vamos conversar, temos javali e vinho.

    - Hum, adoro!

    Com a chegada do rei Heitor, o rei Robert e a princesa Ananda relaxaram e deixaram a entrada de convidados a cargo do comandante Marcelus e do subcomandante Weber. Ambos permitiram a entrada de muitos convidados, mas um deles com uma máscara de chacal, não de lobo, mas de chacal mesmo, bem convincente e realista, com um sobretudo negro, enquanto entrava. Como tudo era diferente no reino, os bailes também eram diferentes. Batia-se pés e mãos e parecia-se sapatear em ritmo, bem ritmado, lembrando a dança de cossacos russos. Os representantes do embaixador da Rússia, que era um bruxo, adorava a semelhança.

    O homem com a máscara de chacal balançou a cabeça de uma forma negativa e disse:

    - Essas coisas só podiam acontecer aqui! E logo depois riu, satisfeito.

    Não demorou para ele procurar a princesa Ananda, que conversava com outras nobres da mesma idade que ela.

    - Não é por você ser a princesa, mas é a mulher mais linda do baile!

    E estava, uma das mais belas. Seu vestido branco com alguns detalhes em dourado, seu rosto perfeitamente simétrico, cabelos negros lisos e olhos amendoados negros e escondida na máscara de cor vermelha. Os lábios sutilmente pintados de vermelho aumentavam seu charme. Quando ela olha a máscara e a vestimenta, se vê atraída por ela, mas resolve dar uma desculpa.

    - Não, aguardo meu noivo, o príncipe.

    - Ah, lhe asseguro, princesa, que apesar de eu estar trajado de chacal, lhe devolvo inteira a ele sem nenhum pedaço faltar. Venha, por favor! - disse o misterioso cavaleiro estendendo a mão.

    E ela, gostando da ousadia, aceitou. Ele a conduziu ao meio do salão. Como se tratava de uma lugar onde todos tinham direta ou indiretamente envolvimento com magia, o chão era decorado com um maravilhoso pentagrama inverso que lembrava o símbolo do deus consorte da deusa, na tradição da magia daquele lugar. Foi ali que os dois começaram a valsar. Todos ficaram boquiabertos. Quem era o misterioso com a máscara de lobo? – perguntavam. Não demorou muito para que os outros convidados os seguissem, alguns de forma desajeitada. Foi aí que a princesa disse:

    - Parece mesmo ter uma energia poderosa, todos estão nos seguindo. Quem é o poderoso mago debaixo dessa máscara de chacal?

    - Hum, vejo que percebeu a diferença entre um chacal e um lobo qualquer. No entanto, se eu tirar a máscara perde-se a graça do meu propósito.

    - Pretende devorar-me? - perguntou a princesa com sorriso malicioso - pois todos aqui mostram sua verdadeira natureza com fantasias e máscaras.

    - Posso lhe assegurar princesa,

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